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História Amnesia - Capítulo Doze


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


a pedidos de uma leitora especial (todas são especiais, amo vcs) um capítulo todo c pov louis. Boa leitura xx

Capítulo 13 - Capítulo Doze


he is so bad, but he does it so well

 

Nenhuma palavra saia da minha boca. Provavelmente, estava tão branco quanto um fantasma deveria ser. Estava pasmo, chocado, confuso. Tudo o que havia em minha mente, tudo que eu havia pensado ao longo desses anos, tudo tomou uma revira volta. Mal conseguia me mexer, enquanto ela esperava uma reação qualquer minha. Em pé, parada e de braços cruzados enquanto me encarava, estava uma garota que eu jurei a mim mesmo estar morta. Vestida com um jeans surrado e uma camiseta larga, os cabelos louros espalhados pelo dorso e uma expressão inabalável, estava Claire Domenick.

– Louis, seu palhaço. Desfaça essa cara de idiota que você tem, sorria e não grite. Depois me beije, porque eu sei que você está louco por isso – Ela disparou, e eu pisquei, incrédulo.

– Como é que você conseguiu entrar aqui?

– Ora Louis, tantas perguntas e você me faz logo essa? Pela janela, lógico. Esse quarto não tem trava.

– Mas você estava morta! – Falei, aumentando o tom, o que a fez arregalar os olhos e cobrir minha boca com a mão.

– Você não é nem louco de anunciar pra todo mundo que eu estou aqui. Vim te visitar, meu amor. Sim, eu dei fuga por algum tempo, fingindo estar morta. Alguns amigos me ajudaram. Mas aqui estou eu, pertinho de você outra vez.

– Meu amor? Você ainda tem coragem de me chamar de meu amor? Eu deveria te jogar pela mesma janela de onde você entrou, pra ver se você morre de verdade! Se esqueceu do que você fez, Claire?

– Me poupe, Louis – Ela disse, revirando os olhos e se jogando na cama – Limpar as suas contas bancárias e entregar o Zayn e o Liam pra polícia não foi nada demais. Eles saíram depois, não saíram?

– Nada demais? Você me levou três milhões de euros, Claire – Falei, partindo pra cima dela e a segurando pelos pulsos, o que a fez rir e se deliciar – Quase fui morto pra tirar os dois da cadeia, e você ainda esqueceu a melhor parte.

– Que melhor parte?

– Do seu caso com o meu pior inimigo. Que o inferno o tenha – Respondi, largando ela. Claire riu.

– Você acreditou mesmo que eu queria algo sério? Ah, pobrezinho. Eu queria curtir tanto quanto você, meu amor. Mas agora acho que posso pensar em ter uma aliança no dedo com seu nome.

– Nem morta você vai ter isso.

– Ah, qual é? – Ela falou, brava – Eu sumo por dois anos e você fica se lamentando? Aposto muito que você deve estar todo duro de vontade de me agarrar agora mesmo, Louis. E eu estou te dando uma chance fácil.

– Ah, é? Então é minha vez de te dar uma chance fácil. Saia por onde você entrou, esqueça que eu existo e aproveite pra morrer de verdade.

– Ou? – Ela desafiou, com um sorrisinho

– Ou eu te levo até a sala para o Zayn e a Caroline te espancarem até a morte. Qual você prefere?

– Prefiro a minha opção.

– Que pena, ela não é válida – Retruquei. Ela abriu a boca pra falar, mas de repente se calou. E de imediato entendi o motivo: Passos se aproximavam da porta.

– Caroline! – Ouvi Annie gritar, com aquela típica voz de sono – Pelo amor de Deus, você pode vir aqui um minuto? Fazem quinze minutos que eu te chamei!

– Quem é? – Claire sussurrou, e eu barrei a porta no mesmo momento que ela fez menção de espiar.

– Amiga da Caroline. Faça o que eu mandei e saia daqui agora, Claire. Não me obrigue a fazer isso.

– Só saio quando tiver alguma certeza que você vai me escutar.

– Tudo bem – Falei, empurrando ela pela janela – Aquele bar de sempre, as oito da noite de hoje.

– Nós vemos as oito – Ela disse, me surpreendendo ao me puxar pra um selinho rápido. Depois pulou a janela e sumiu no mundo mais uma vez.

Puta merda, pensei. Isso ia ser um problema bem grande. Ninguém poderia saber que Claire estava viva, caso contrário o morto seria eu. Tinha que proteger Annie e devolver ela pro pai dela, mas o sujeito estava louco. Não podia deixar Annie descobrir quem eu era de verdade. Abri a porta, decidido a conversar com Annie. Subi as escadas até o sótão, onde ela estava sentada em seu colchão conversando com Caroline, enquanto Niall e Zayn estavam cada um em uma cadeira com uma caixa de ferramentas, e Harry com um manual no chão, procurando furiosamente alguma coisa.

– Eu não vou nem perguntar – Falei, olhando mais de perto.

– Meu aquecedor quebrou – Annie disse, soltando um bocejo – E é frio aqui em cima. Precisava arrumar.

– Por que não me chamou? – Perguntei, e Caroline deu uma encarada.

– Talvez seja porque você vai pra terra do nunca nas horas vagas, Louis. Ninguém te acha – Ela disse, e eu revirei os olhos. Annie riu e apontou para os garotos.

– Vai lá e ajuda eles então, senhor sabe tudo. Disseram que o Liam chega dentro de umas duas horas, então se ninguém consertar até lá, ele resolve – Annie falou.

– Como se Liam fosse Deus – Zayn reclamou – Você está sendo muito mimada por ele.

– Daqui uns dias ela muda de ideia – Niall disse, rindo – Ele não é bonzinho assim não, Sophie.

– Não me chama de Sophie – Ela esbravejou, fazendo todo mundo rir

– Sophie, podemos conversar lá fora? – Chamei, e ela me olhou brava.

– Não tem nenhuma Sophie aqui.

– Tudo bem então, Sophiezinha. Pode vir comigo?

– Esse definitivamente não é meu nome.

– Sophie Grace, vai lá conversar com seu namorado – Caroline disse, e Annie bateu nela.

– Sophie Grace é sua avó, Caroline.

– Na verdade minha avó se chama Georgia McCourty, mas tudo bem – Ela retrucou, e Annie se jogou nos travesseiros.

– Grace, será que você pode se livrar da sua amiga cuja vó se chama Georgia e vir aqui conversar comigo?

– Ta bom – Ela esbravejou, num tom de voz um pouco mais alto. Levantou da cama e deixou os quatro sozinhos. Desci com ela até meu quarto e encostei a porta. Ela se jogou de cara na cama e ficou lá, sem se mexer.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, e ela se virou de barriga pra cima, mas continuou deitada.

– Claro que não, não aconteceu nada. Tudo bem estar com amnésia, sem mãe, com uma tia louca atrás de você e seu pai estar insano. Normal, acontece todo dia.

– Você sente falta de casa – Falei, amargurado. Queria que ela ficasse comigo, não que voltasse pra casa do pai.

– Quero minha vida de volta – Ela disse, me encarando – Podemos ir até a casa do Bran? Talvez ele me leve pra ver Colin e alguns outros amigos.

– Hoje não dá – Falei, estralando alguns dedos. Annie revirou os olhos e se virou

– Nunca dá mesmo.

– Eu vou tentar arranjar mais tempo, prometo. Mas hoje eu preciso sair. E quero que você me prometa uma coisa.

– E o que é?

– Vou voltar tarde. Provavelmente todo mundo vai sair hoje, então você vai ficar sozinha. Quero que me prometa que não vai abrir a porta pra ninguém, exceto Caroline ou um dos garotos.

– E você? – Ela perguntou, me encarando mais uma vez.

– Só Caroline ou um dos garotos. Ninguém mais – Falei. Ela me encarava, provavelmente procurando alguma coisa pra falar – Prometa.

– Eu prometo – Ela disse, com cara de confusa. Ajudei ela a se levantar, e subimos outra vez pro quarto. Eu deveria contar tudo pra ela, mas corria o risco de Annie querer fugir de uma vez, sumir em qualquer lugar. O que ela nunca entenderia era que, uma vez próxima a mim, ela correria risco sempre. Chegamos ao quarto e ela se sentou ao lado de Caroline como se estivesse tudo normal. Puxei Zayn pra fora do quarto, embora houvessem certos protestos.

– Se você acha que vai me dar uns beijos que nem fez com a Grace está muito enganado, porque eu sou difícil.

– Até parece que eu iria te beijar, Malik.

– Claro, quando se tem uma gata daquelas dando mole, quem é Zayn Jawadd Malik?

– Ora, cale a boca.

– Tudo bem – Ele disse, levantando os braços e rindo – Pode dizer o que você quer.

– Vai ficar em casa hoje?

– Não, tenho que resolver uns negócios com um pessoal. Por que?

– Vai voltar tarde?

– Caralho, você quer me levar no motel? É isso? Não, não vou voltar tarde

– Vou levar você no motel, te trancar no quarto e te abandonar lá pra nunca mais ver sua cara

– Essa doeu

– Sério, preciso de um favor – Falei, e ele arregalou os olhos, já que era difícil que eu pedisse um favor pra alguém

– E qual seria?

– Preciso que você cuide da Annie. Não pra você pegar ela nem nada do tipo, só que cuide dela. Vou sair pra uma boate hoje a negócios, e eu tenho quase certeza que vou voltar daquele jeito.

– Daquele jeito – Zayn disse, ficando sério de repente – Quer que eu tranque o quarto dela, que eu durma lá na frente ou algo do tipo?

– Faça o que for preciso.

– Qualquer coisa?

– Tudo o que puder pra proteger ela.

 

[...]

Coloquei apenas uma camisa e uma calça social, já que Claire Domenick não era grande coisa pra requisitar roupas mais elegantes. Annie se balançava pra frente e pra trás na minha cama, provavelmente esperando pra colocar defeito em alguma parte da minha vestimenta. Quando terminei, abri os braços e sorri pra ela, que parou de se balançar e me encarou, depois deu um sorrisinho.

– A gola – Ela disse, simplesmente. Se levantou e alisou a gola da camiseta, me afastando depois e dando uma olhada completa

– Estou bem?

– Bem o suficiente pra conquistar umas seis garotas e levar todas elas pra cama. Seis sortudas por terem tempo com você.

– Eu prometo que depois de hoje, vou ter tempo pra você.

– Tudo bem – Ela disse, dando de ombros – É que eu acho engraçado o fato de você ter várias garotas ao seus pés e não dar atenção pra nenhuma delas.

– Você não entende – Sussurrei, querendo que ela não ouvisse. As palavras dela me atingiam quando ela tinha a intenção, e isso me deixava cada dia mais impressionado com ela. Annie mantinha uma calma absurda, mesmo depois de falar aquilo. Ela suspirou e me fitou, um jeito impressionantemente reconfortante no olhar.

– Tudo bem – Foi o comentário dela antes de deixar a sala.

Desci as escadas logo em seguida, relembrando Zayn da única coisa que ele teria de fazer. Peguei as chaves do carro e me despedi de quem estava na sala, com direito ao clássico ''vai e morre, idiota'' da Caroline. Dirigi até uma boate que eu não frequentava há anos, já que era uma das recordações de Claire. Não tinha decidido ainda se podia ou não confiar nela, se eu gostava ou não dela. Agora, tinha Annie na jogada. Uma simples garota que mudou todo o tabuleiro.

Entrei naquele lugar que agora me parecia horrível, e segui em frente procurando um lugar que eu costumava ficar. As beiradas do balcão de bebidas, mas nunca tão perto. Como se estivesse iluminada, encontrei Claire em um vestido apertado no meio de toda a multidão.

– Louis – Ela disse, levantando uma taça de champanhe. Fui até onde ela estava, tentando me livrar logo daquele peso. Ela indicou duas cadeiras vagas no canto e nos sentamos. Pedi um martini, e ela sorriu – Mudou os velhos hábitos?

– Vida nova, hábitos novos – Falei, bebendo devagar – Não pretendo ficar bêbado.

– É o medo de acertar algum dos garotos com um soco de raiva puríssima? – Ela disse, colocando a mão sobre a minha. Puxei a mesma e passei-a pelo cabelo, pra disfarçar o gesto.

– Não. É controle próprio. Não pretendo ficar a sua mercê e estragar minha vida pela segunda vez.

– Ora Louis, só vim conversar. Queria saber como andam as coisas. Seus negócios, sua vida.

– Sabe muito bem que eu nuca lhe contaria nada sobre isso – Falei, terminando minha dose.

– Garçom, desce uma vodka pra nós dois – Ela pediu, me encarando – Se não quer falar, então vamos competir.

– Pra que? Você perde, Domenick. Sempre fui melhor que você, e sempre serei.

– Eu não teria tanta certeza assim – Ela disse, pegando o copo dela – Virada?

– Valendo quanto?

– Dez euros – Ela respondeu, sorrindo

– Cinquenta – Falei, a encarando – Não existe competição por trocados.

– Então desce cem – Ela disse, me encarando.

– Cem euros – Falei, pegando o copo com firmeza. Claire deu um tapa na mesa antes de virar, mas eu já conhecia esse golpe e levei o copo à boca antes mesmo que ela pudesse dizer ''euro''. Claire tinha bebido metade da dose quando bati o copo no balcão, e ela suspirou e colocou o dela no balcão depois de terminar a dose.

– Toma aqui – Ela disse, abrindo a carteira e me entregando a nota de cem euros.

– Foi um prazer negociar com você – Falei, e ela sorriu

– O prazer foi meu. Preciso ir, na verdade. Nos vemos por ai, Louis.

– Espero que não – Respondi, me levantando e caminhando até o carro. E foi ai que eu me dei conta do que tinha feito.

As luzes dançavam na minha frente. Droga, como poderia ter sido tão estúpido? Uma boate de conhecidos da Claire. Minha respiração já estava se tornando pesada, e eu me enfiei no carro antes mesmo que começassem os outros sintomas. Ela tinha colocado droga na porcaria da bebida. Aliás, ela não. O próprio garçom. Desgraçado, infeliz. Só de pensar nele a raiva me consumia, me fazendo querer arrebentar o que visse em minha frente. Vi um corpo cintilar nas luzes, caminhando até a janela do carro. Travei a porta antes que algum movimento me deixasse indefeso.

– Perdi cem euros, mas agora quem vai se perder é você. Me diz Louis, de quem era a voz no corredor da sua casa aquele dia?

– Annie – Pensei. Aliás, achava que tinha pensado, mas tinha falado em voz alta. Claire saiu rindo e desejou uma boa noite, enquanto eu ligava o carro e dava partida. Estava tomaod de vez pelos efeitos. Dirigi feito um louco, literalmente. Annie. Annie Sophie Grace. Ah, eu vou pegar ela. Annie tem me escapado esse tempo todo, e eu tenho aguentado ela se desviando toda hora. Mas hoje, ela seria minha. Cheguei em casa só Deus sabe como, e abri a porta com força, subindo as escadas diretamente pro sótão. Ninguém no caminho. Acessos de lucidez me tomavam de vez em quando, pensando no que eu tinha conversado com Zayn hoje. Provavelmente, o infeliz não tinha voltado ainda. A loucura me tomou outra vez, e eu bati duas vezes na porta da Annie.

– Quem é? – Ouvi ela perguntar, com uma voz de sono.

– Sou eu, Annie. Abra a porta.

– Você me disse pra não abrir – Ela disse, confusa.

– Tudo bem, eu estou bem. Abra a porta, Sophiezinha.

– O que você quer?

– Quero ficar ao seu lado. Compensar o tempo que eu perdi longe de você.

– Eu não sei como você está, não tenho certeza se posso abrir a porta.

– Apenas abra.

– Promete que vai ficar tudo bem?

– Prometo – Falei. Ouvi o barulho da fechadura, e então a droga fez seu efeito completo. Poderia derrubar a porta agora mesmo se ela não abrisse, mas não foi preciso.

– Pronto – Ela disse, abrindo a porta. Entrei no quarto e fechei a porta, me virando e sorrindo pra ela.

– Eu falei que não era pra você abrir a porta, Grace. Eu falei.


Notas Finais


comentem xx


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