História Amnesia - Capítulo Quatorze

you say i'm crazy, cause you dont think i know what you've done

POV Caroline

O que dizer de Annie Sophie Grace, que eu mal conheço e já considero muito?

Niall agia rapidamente retirando toda a nossa roupa. Não poderíamos simplesmente perder tempo quando temos o ar das graças de ficarmos sozinhos. Annie tem ajudado e muito ultimamente, já que sempre ''levamos Annie pra fazer compras'' ou ''levamos Annie pra pontos turísticos'' quando na verdade ela vai sozinha e a gente vai... Bem, pra outros lugares.

– Quanto tempo se leva pra tomar um chá? – Ele sussurrou no meu ouvido, e eu sorri. Selei nossos lábios e o encarei, pensativa

– Uns dez minutos.

– E aqui nessa casa, quanto tempo se leva?

– Uma meia hora, levando em conta as broncas do Liam e todas as brigas que podem acontecer

– Vamos mandar ela pra tomar chá mais vezes – Niall disse, sorrindo. Soltei uma risada enquanto ele terminava de tirar a calça que eu estava usando, ganhando uma visão perfeita de uma Caroline MCourty de lingerie. Nossas mãos já não precisavam mais de comando, já que estávamos inteiramente acostumados a fazer tudo rápido. Puxei-o pra cima de mim, enquanto tentava empurrar sua calça com meus próprios pés. Beijos no pescoço e chupões eram coisas quase que obrigatórias, e ele sabia muito bem disso. Puxei a camiseta que Niall vestia e deixei cair do lado esquerdo da cama, aproveitando suas costas nuas pra fazer um pequeno estrago com minhas unhas. Ele procurava loucamente o fecho do meu sutiã nas costas, enquanto eu gargalhava, já que este se encontrava na parte da frente. Peguei seus pulsos e os guiei até onde ele queria, não perdendo mais tempo nenhum. Nos livramos da peça e ele colocou as mãos sobre meus seios, sorrindo malicioso pra mim.

– O tempo – Sussurrei, e ele riu

– Eu tranquei a porta – Niall sussurrou de volta, e eu ri. Ele desceu pra puxar minha calcinha, e aproveitou pra abocanhar um dos meus seios. Deixei escapar um gemido, depois cobri minha boca com a mão. Barulho era a única coisa não permitida nessa situação. Empurrei Niall pra baixo logo depois que ele se livrou da última peça do meu corpo, e eu estava disposta a fazer o mesmo com ele. Me sentei no meio de suas pernas enquanto ele cruzava os braços e deitava por cima, uma das poses mais perfeitas que ele podia fazer. Passei a mão por cima de seu membro ereto e soltei um sorrisinho, puxando a cueca dele toda pra baixo, e me livrando dela. Meu momento de mais puro prazer e euforia foi interrompido por uma gritaria na cozinha.

– Ah não – Grunhi, revirando os olhos

– Será que é importante?

– Acho que não

– Então vamos terminar no banheiro. Rápido – Niall disse, sorrindo e me pegando no colo. Ele me colocou na banheira e subiu por cima, não perdendo mais tempo. Penetrou direto com o membro, abafando todos meus gemidos com beijos sufocantes. O vai e vem dele não era simples, tinha de ser complexo com mordidas e chupões, mesmo que com certa pressa. O barulho no andar de baixo persistia, enquanto nós só aumentávamos a velocidade. Minhas unhas percorriam toda a extensão

de suas costas, deixando enormes vergões avermelhados. Em um movimento surpresa, Niall agarrou minhas coxas e penetrou com mais força, me levando ao céu em apenas alguns movimentos sutis.

– Deveríamos descer? – Perguntei, depois de um tempo deitada ao seu lado. Ele deu de ombros.

– Talvez Annie precise de ajuda

– Tinha que ser o Louis – Falei, me levantando. Vesti minha roupa outra vez, jogando algumas peças que eram do Niall para seu respectivo dono. Puxei meu cabelo e o prendi em um coque alto, destrancando a porta. Os gritos pareciam ter acalmado.

– Vou descer daqui a pouco

– Tudo bem – Respondi, encostando a porta e descendo a escada. Vi Annie sentada no sofá, encarando o nada com cara de choro e de sono. A tv estava ligada, mas não atraiu de modo algum a atenção dela. Sentei ao seu lado, e automaticamente ela encostou a cabeça no meu ombro.

– Me leva embora daqui, por favor – Ela sussurrou, e eu me virei. Envolvi Annie com meus braços, já que ela era pequena que nem uma criança. Afaguei seus cabelos, tentando fazer aquilo parecer mais suave.

– Quer me contar o que foi aquela gritaria?

– Louis. É tudo culpa dele. Por que ele não me deixou pra morrer, Caroline? Por que ele tinha que me salvar?

– Ei – Falei, afastando -a e a encarando – Se não fosse por aquele idiota, não nos conheceríamos.

– Car, eu te odeio – Ela disse, rindo – Eu estou fazendo drama, pode me deixar fazer drama em paz? Apenas concorde.

– Ah, claro. Concordo que você deveria morrer, sua dramática metidinha.

– Grossa

– Você que pediu – Falei, me defendendo. Ela sorriu por um segundo, mas um barulho na cozinha a deixou outra vez atenta e chateada.

– Eles vão se matar lá dentro – Ela disse, preocupada. Me levantei e ela segurou meu braço – Eu sei que o Louis é um babaca, mas não deixe que o machuquem.

– Mas...

– Não deixe – Ela pediu. Assenti e caminhei lentamente até a cozinha, com medo de que alguma coisa me acertasse em cheio. Avistei Louis em um canto da cozinha, provavelmente lúcido outra vez. Zayn e Liam gritavam com ele, e as vezes ele respondia com mais gritos, o que causava todo aquele barulho na cozinha. Me encostei no balcão, a fim de entender a conversa. Eu realmente queria que aquilo fosse mentira.

– Claire morreu! Morreu Louis, coloque isso na merda da sua cabeça! – Liam gritou, acidentalmente batendo a mão no saleiro, que se estilhaçou no chão.

– Eu a vi, Liam! Ela fez isso comigo, por que vocês não acreditam em mim? – Louis retrucou

– Nós a vimos morrer! – Zayn gritou, e eu arregalei os olhos

– Ela está viva! – Louis devolveu, e eu explodi.

– Isso é impossível! – Gritei, atraindo toda a atenção pra mim – Quero que um raio me parta se Claire Domenick estiver viva! E se estiver, eu a matarei.

– Ela está muito viva – Louis disse, me encarando – Ela fez tudo isso comigo, você acha que eu levantaria minha mão contra Annie?

– Não seria novidade você tratar alguém mal.

– Olha só quem fala, McCourty

– Annie vai dormir no meu quarto com medo de você. Acho que o único errado é você. Não enxerga o quanto ela é uma menina maravilhosa? Tão inocente, tão calma! – Sussurrei, brava – Olha o que você faz com as pessoas!

– Caroline, pela primeira vez você tem que acreditar que a culpa não foi minha.

– Me prove que aquela vadia está viva, me deixe acabar com ela, ai eu vou acreditar em você quantas vezes quiser.

– Atrapalho? – Annie perguntou, parada na porta da cozinha. Mal nos encarava, provavelmente com medo de sofrer outro ataque furioso de Louis Babaca Tomlinson.

– De jeito nenhum – Liam respondeu, sorrindo

– Na verdade ela atrapalha, porque isso é hora de criança estar dormindo – Zayn comentou, e ela riu

– O que está fazendo aqui então? – Ela respondeu

– Toma que é de graça – Harry disse, rindo. Ela deu de ombros e sorriu, sentando entre Liam e Harry. Louis a encarava com uma cara de remorso que quase me deixou com dó dele, mas isso era quase impossível. Annie balançava as pernas no ar, já que era pequena demais pra os encostar no chão.

– Acho que não precisamos de mais um conflito nessa casa, não é? – Harry disse, dando a mão pra ela – Não somos assim. Enquanto não acharmos sua família, você é parte da nossa.

– Muito gentil – Annie disse, sorrindo – O que sugere?

– Louis vai dizer o quanto queremos que você fique. Vai se desculpar por ser um babaca. Vai atender a todas suas necessidades, e se ele fizer isso mais uma vez, teremos liberdade de mandar ele dormir no jardim.

– Louis? – Chamei, sorrindo. Toda aquela humilhação pra ele era uma vitória pra mim.

– Annie, eu não sei o que deu em mim. Por favor, me perdoa. Quero muito que você fique, nem que seja preciso aguentar Caroline me enchendo o saco o resto da minha vida. Eu prometo pra você que isso não vai acontecer outra vez

– Promessas não são eternas – Ela disse, com um sorriso. As vezes era impossível ver Annie como pessoa ao invés de poeta ou anjo. Talvez um anjo poeta, talvez uma poeta anjo – Mas hoje eu me lembrei de alguns princípios interessantes que me impedem de não te perdoar.

– Se lembrou? – Perguntei, arregalando os olhos – Annie, que maravilhoso!

– Sim – Ela disse, brincando com um palito de dente entre os dedos – Grande parte são princípios de família. Um deles diz que não importa o quão errado uma pessoa esteja, mas você será uma pessoa melhor se a perdoar. E nós, os Grace, adoramos ser melhores.

– Fantástico – Niall disse, rindo – Temos uma garota com família tradicionalista.

– Por pouco tempo – Ela disse, sorrindo – Por acaso, um dos princípios da família me deu a resposta de como fazer meu pai me aceitar.

– Você vai embora? – Louis disse, de repente. Ele arregalou os olhos, completamente apavorado com essa ideia.

– Esperava mesmo que eu ficasse aqui pra sempre? – Annie disse, rindo – Não, claro.

– Você não pode ir – Ele retrucou, com um expressão deprimente – Não quero que vá

– Não queremos – Zayn corrigiu

– Talvez eu possa visitar vocês

– Annie, não – Falei, interrompendo a conversa – Você não pode ir, sério. Vamos te trancar no sótão com um bule de chá se você tocar nesse assunto outra vez

– Caroline – Ela disse, me encarando – Não pode fazer isso. Preciso ficar com o meu pai.

– Podemos conversar a sós? – Louis pediu. Annie ficou um pouco mais pálida na hora, o encarando sem uma expressão definida.

– A gente te protege – Harry garantiu, sorrindo – Pode ir.

– Tudo bem – Ela disse, se levantando e seguindo Louis. Sentaram os dois na sala, onde podíamos saber de tudo o que estava acontecendo, mas sem ouvir nada por culpa do barulho da televisão. Encarei Niall, que me encarava de volta. O olhar de Sherlock Holmes que ele fazia as vezes me fazia querer rir e morar na Baker Street 221B ao mesmo tempo.

– Acha que ela vai embora? – Ele me perguntou

– Não podemos prender ela, mas quero que ela fique. Annie foi nossa única amiga. Minha única confidente, e eu só a conheço a uma semana

– O mais estranho é que nunca nos aproximamos de ninguém, ai a Annie chegou e virou tudo isso de cabeça pra baixo

– Ela virou o Louis de cabeça pra baixo – Comentei, rindo e encarando os dois – Se ele não fosse tão estúpido, formariam um casal.

– Car, para de chamar ele de estúpido. Todo mundo já sabe que ele é.

– Gosto de relembrar vocês sempre, porque vocês também são estúpidos de deixar Annie pro Louis. Sinceramente, ela seria uma boa companhia pro Liam, mas ele é chato. Zayn é muito atrevido, e o Harry não combina com ela. Se o Louis não fosse estúpido, seriam perfeitos.

–E eu? o que tenho de errado? – Ele perguntou, colocando a mão na cintura

– Já é comprometido – Sussurrei, sorrindo.

– Caroline – Zayn chamou, tirando meu momento de romance. Me virei e caminhei até onde ele estava, junto com Harry. Me acomodei em uma cadeira perto deles, e os encarei.

– Então? – Perguntei

– Alguém, por acaso, pensou na corrida de amanha? Só o Louis não vai por motivos que desconhecemos – Harry disse, e eu arregalei os olhos

– Annie – Zayn disse, tirando as palavras da minha boca

– Eu não vou deixar ela aqui sozinha – Respondi

– Mas não podemos levar ela até lá. E também não podemos apenas ficar em casa ao invés de ir.

– Você não me entendeu, Zayn Malik – Falei, sorrindo ironicamente – Annie Sophie Grace não vai ficar sozinha com Louis William Tomlinson nunca mais.

– Então é melhor você olhar isso – Harry disse, indicando a porta da cozinha com a cabeça. Annie estava parada lá, com Louis logo atrás. Me levantei de imediato para ouvir o que ela tinha a dizer. Se quisesse que ateássemos fogo nele, eu o faria. Mais do que nunca, eu desejava proteger Annie de qualquer coisa que acontecesse. Faria de tudo pra que ela ficasse.

– Estamos a ouvidos, Grace – Liam disse, sorrindo com um copo de suco na mão como se aquilo fosse uma simples conversa de família.

– Temos um dilema – Louis disse, sorrindo. O sorriso convencido de sempre. Ou seja, Annie foi burra o suficiente para perdoa-lo.

– Annie? – Chamei. Ela parecia nervosa.

– Como eu já disse, sigo princípios de família. Então tudo que eu fizer agora, será baseado neles. Não ai afetar quase nada.

– Só uma coisa muito importante – Louis comentou. Ela virou pra ele e o mandou calar a boca, o que nos causou risos.

– É o que me traz o dilema. Só isso.

– Conte-nos, Sophiezinha – Niall disse, cuspindo farelos de cookie – Talvez possamos resolve-lo juntos.

– Um dos princípios parte da ideia de nunca abandonar a família. Foi por isso que eu fugi das mãos da minha tia e voltei pro meu pai. Então, o certo seria voltar correndo pra ele agora – Ela comentou, deixando todo mundo apavorado com isso. Menos Louis, que parecia super feliz.

– Conte o porém – Ele disse, e ela o olhou com uma cara feia.

– Não se abandona família, certo? E Harry falou uma simples frase hoje que mudou tudo.

– E qual foi? – Zayn perguntou

– Vocês são a minha família agora. Não posso abandonar vocês sem consentimento.