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História Amnesia - Capítulo Quinze


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


Devo dizer que eu não pretendo passar muito do capítulo vinte, então estamos chegando perto do fim, né? Hahahahah Boa leitura xx

Capítulo 16 - Capítulo Quinze


all these people try to pull me down tellin me you aint gonna make it, but im not breakin

 

POV Annie  

Hoje era um dia em que definitivamente, preferia ser uma criança de cinco anos e não entender nada. Estava sentada no sofá com Caroline e Niall, sem abrir a boca. Nenhum deles queria me deixar ir embora, mas eu precisava ver meu pai, precisava cuidar dele. Por outro lado, ainda tinha detalhes que me impossibilitavam de sair. E por mais que eu quisesse negar, por mais que eu odiasse, Louis era o primeiro dos motivos.  

– Annie Sophie Grace! – Ouvi Caroline dizer. Sacudi a cabeça e a encarei – Você é surda? 

– Claro que não! – Respondi, e ela riu  

– Zayn te gritou três vezes. Disse que era pra você subir pro seu quarto, que era importante. 

– Interessante – Falei, me levantando e caminhando até lá. Empurrei a porta do sótão e encontrei Zayn sentado na minha cama, com um celular na mão. Não decidia se esse garoto era sinistro ou sexy ao ficar desse jeito, então o encarei por longos segundos antes que ele percebesse que eu estava ali. 

– Grace – Ele disse, com um sorriso 

– Malik – Respondi, franzindo a testa – O que faz aqui? 

– Vim te ver. Te pedir pra ficar. 

– Perdeu seu tempo – Retruquei, me apoiando na parede. Ele mexia no celular inquieto, mudando seu foco de mim para o objeto – Vou assim que puder. 

– Não vai. Sabe que vai ter que convencer um por um, e resolver a confusão que você causou. 

– Confusão? – Perguntei. Ele se levantou e caminhou até mim, apoiando suas mãos na parede por cima dos meus ombros. Senti seu perfume me deixar zonza, então fechei os olhos e respirei profundamente até ouvir uma voz. 

– Zayn? Annie? – Era Louis. 

– Essa confusão – Zayn sussurrou, me puxando pela cintura e me roubando um beijo. Segurei os braços dele com força, tentando os afastar de mim, mas ele se mantinha firme. Ouvi algué bater a porta, provavelmente Louis, então Zayn me soltou e deu um sorrisinho. 

– Você é louco? – Gritei, correndo até a porta – Louis! 

– Não, Grace – Ele disse, me puxando – Estou apenas dificultando as coisas 

– Vai dificultar a vida da sua avó, merda – Falei, me soltando – Louis Willian Tomlinson, pelo amor de Deus fala comigo! 

– Ei – Alguém me parou no corredor. Respirei fundo e visualizei Harry, sorrindo com aquela paciência infinita – Qual o problema? 

– Todo. É um problema infinito. Viu o Louis por ai? 

– Ele bateu uma porta na minha cara agora a pouco. Qual o seu problema? 

– Te explico depois, e obrigada – Falei, lhe dando um beijo na bochecha e correndo. Abri porta por porta, e não conseguia encontrar esse menino em lugar algum. Vi Zayn descer as escadas e me enfiei em um banheiro, mais precisamente o banheiro da suíte do Niall. Respirei fundo e escorreguei pela parede, enfiando minha cabeça entre os joelhos. Ele não podia ter feito isso. Não podia simplesmente terminar de arruinar minha vida desse jeito. Qual a dele? Pensei que pudesse confiar depois de tudo. 

– Grace – Ouvi uma voz grave falar. Encontrei Louis sentado na privada, como se aquele fosse o lugar mais óbvio do mundo para se sentar.  

– Louis – Sussurrei, querendo entrar pelo cano e fugir dali agora mesmo. Respirei fundo três vezes, mas nada me vinha a mente para explicar aquilo. 

– Você está vermelha por qual motivo, exatamente?  

– Ah – Falei, esfregando minhas bochechas – Exatamente não sei.  

– Exatamente vermelha é como você está. 

– Exatamente constrangida eu estou 

– Exatamente – Ele disse, encarando o chão.  

– Talvez eu devesse explicar – Comecei, então percebi que ele estava sorrindo. 

– Você não me deve nada. Eu só fiquei um pouco bravo. 

– Devo sim. Não foi ele quem me achou desmaiada em um lugar aleatório. Não foi ele quem cuidou de mim em um hospital sem nem mesmo me conhecer, e depois me trouxe pra própria casa só porque eu não me lembrava de nada. Eu devo tudo a você, na verdade. 

– Grace... – Ele começou, mas eu não parei. 

– Quero que você olhe nos meus olhos e me escute, por favor. Eu não quis fazer aquilo, não quero que você fique bravo comigo ou coisa do tipo. Quero só que você me perdoe do mesmo jeito que eu te perdoei quando você veio bêbado pra cima de mim. Porque se existe um motivo que me impede de ir embora daqui, esse motivo é você Tomlinson. 

– Vai me deixar falar? – Ele perguntou, e eu assenti – Grace, eu não estou bravo com você. Não vou te jogar na parede ou coisa do tipo. E se sou eu o motivo que não te deixa partir, sinta-se livre a partir de agora. Queria que você ficasse, mas não somos sua família de verdade, o que quebra aquele voto. Você pode ir quando quiser, mas nunca vai me impedir de sentir sua falta. 

– Você... – Comecei, e ele sorriu. Aquele era o problema. Não era culpa de seus atos. Não era culpa do seu jeito arrogante. Não era culpa do seu trabalho que lhe tomava todo o tempo. Era culpa do sorriso que me cativara de tal forma que me impedia de ir embora.  

– Pode avisar quando quiser ir. Posso te levar até lá – Ele disse, se levantando e me estendendo a mão. Segurei-me em seus braços e peguei impulso pra cima, esbarrando nele. Sua boca estava a altura dos meus olhos, como se fosse um convite pra desfrutar de tudo aquilo. Me afastei dele e sorri, tentando não criar mais laço algum e ter coragem de partir.  

– Podemos ir amanha, talvez – Sussurrei, e ele me puxou pelo ombro, me colocando outra vez a sua frente. A mão fria dele me causava arrepios, então pisquei os olhos com força, tentando esconder isso. 

– Só não esqueça de mim, Sophiezinha. 

– Não vou – Sussurrei outra vez. Ele se virou e foi embora, me deixando em algo próximo a um estado de choque. Lavei o rosto na pia, e quando fui sair, dei de cara com Niall e Caroline. 

– Grace – Caroline disse, piscando os olhos na minha direção 

– To saindo – Falei, mas Niall me segurou 

– Vi Louis sair daqui a dois minutos. Por acaso... 

– Não é nada disso que você está pensando, sou uma pessoa inocente e consciente 

– Tudo bem – Ele disse, levantando as mãos e sorrindo – Mas eu não sou, então dá o fora 

– Beleza – Falei, saindo e fechando a porta. Desci as escadas de dois em dois degraus, como eu tinha costume de fazer, e me deparei com Harry sentado no sofá, comendo alguma coisa não identificada enquanto assistia televisão. Típico. 

– Quer bolo, Annie? 

– Isso ai é bolo? – Perguntei, observando o que ele tinha em mãos. Harry deu de ombros. 

– Parece ser, suponho que seja. 

– E se isso for uma bolota de lixo, você supõe que vá morrer? 

– Suponho 

– Você é estranho – Falei, e ele sorriu – Obrigada por não me fazer um interrogatório agora. Eu realmente precisava falar com ele.  

– Você acha que se livrou? – Ele perguntou, rindo – Eu só estava esperando o momento. Pode sentar nesse sofá agora, Grace. 

– Pra que eu fui abrir a boca? 

– Pra me contar tudo, ora. Pode começar. 

– Vou embora amanha – Falei, e no mesmo minuto ele se engasgou com aquilo que ele dizia ser bolo. Harry se levantou, inspirou o ar profundamente e me encarou, depois sentou outra vez, fazendo um gesto que pedia para eu continuar – Louis concordou.  

– Filho de uma puta – Ele disse, se levantando – Tomlinson, precisamos conversar. 

– Acho que eu sou o Payne – Liam disse, já que Harry tinha apontado pra ele enquanto falava – Mas podemos conversar mesmo assim.  

– Sophie quer ir embora – Harry disse, e eu revirei os olhos 

– Annie quer ir embora. Meu nome não é Sophie. Que merda, Styles. 

– Sophie, não me chame de Styles 

– Então não a chame de Sophie – Liam disse, fazendo cara de óbvio – Mas por que quer ir embora, Sophie? 

– Você acabou de chamá-la de Sophie. 

– Dá pra vocês calarem a boca? – Louis disse, descendo as escadas – Só eu chamo ela de Sophie 

– Vocês poderiam, por favor, parar de repetir a merda do meu segundo nome? 

– Tudo bem, Sophie – Os três disseram juntos, e eu bati de cara com a almofada. Eles continuaram debatendo sobre quem me chamaria por qual nome, enquanto eu tentava silenciosamente encontrar uma maneira de explicar meus motivos para ir, embora eu não quisesse realmente partir. Queria poder ficar aqui por todo o tempo do mundo, mas alguém precisava de mim. E por mais que eu quisesse dizer que eu não precisava desses garotos, na verdade agora eu precisava, de todos eles. 

– Posso ligar pro Brannan? – Perguntei, então os três pararam de conversar e me encararam, como se agora eu fosse o centro do universo. 

– Quem é Brannan? – Harry perguntou, fazendo uma careta 

– O namorado dela – Louis disse, meio baixo e meio bravo. Bati de cara na almofada outra vez. Você só faz e só fala merda, Annie Grace. Qual a necessidade de falar do garoto na frente do Louis? Ah, como eu sou burra. 

– Só queria avisar que vou embora, pra ele não ficar preocupado – Falei, dando de ombros – Não é bem meu namorado 

– Grace, não minta – Liam disse, me encarando 

– Não me lembro! – Gritei, e ele arregalou os olhos – Eu não me lembro de merda nenhuma!  

– Acho que alguém me chamou – Harry disfarçou, subindo as escadas. Deitei no sofá e encarei o teto branco da casa. Toda essa confusão de lembranças e de sentimentos não era algo com a qual eu poderia lidar. Eu estava completamente imersa e perdida na confusão que se formou em um mar de lembranças que me foram retiradas. Vi de canto de olho Louis e Liam conversarem baixinho, logo após o Payne saiu de casa. Louis se sentou na beirada do sofá onde meus pés estavam, e me encarou. 

– Para de me olhar, pelo amor de Deus – grunhi, e ele riu 

– Não mesmo, é seu último dia aqui. Vou te encarar o quanto puder.  

– Por que você faz isso? – Perguntei, o encarando. Ele deu de ombros 

– Isso o que? 

– Você me manda ir ao mesmo tempo que quer que eu fique. Eu não consigo me decidir desse jeito. Preciso que você me dê uma resposta firme sobre isso. 

– Mas eu já falei. 

– Qual é? 

– Não vou te impedir, mas vou sentir sua falta – Ele disse, sorrindo e levantando – Talvez não sinta falta de ver você beijando um amigo meu, mas vou sentir falta da Sophie que eu conheci no hospital. 

 – Eu não o beijei – Falei, me sentando no sofá – Quem veio pra cima de mim foi ele.  

– Você não precisa se defender – Ele disse, me encarando – O que eu vi estava bem claro. Vocês dois estavam se beijando. 

– Louis, não. Não foi minha culpa. Não posso provar isso, mas quero que você confie em mim. Eu não quis fazer aquilo. 

– Eu não quero ouvir suas desculpas – Ele disse, me encarando. Sua expressão estava mais séria, como se de repente ele tivesse voltado a ser o ignorante que me pegou no hospital – Eu vi e acabou. Explique para o seu namorado, que não sou eu 

– Mas queria ser – Falei, cruzando os braços e o encarando – E se você quisesse tornaria tudo isso mais fácil, mas você adora complicar as coisas! 

– Não quero namorar uma garota que beija meus amigos! 

– Eu não o beijei! – Gritei, e ouvi uma batida na janela. Me virei rapidamente e olhei com atenção, enquanto Louis gritava de volta pra mim, mas eu já não prestava mais atenção. Alguém estava atrás daquela janela. 

– Grace, você pode me escutar uma vez na vida? – Louis gritou, me tirando dos devaneios. O encarei e pisquei duas vezes 

– Tomlinson, você pode parar de ser surdo e cego e ver o que está atrás daquela janela? 

– Você está alucinando! Inventando coisas pra fugir do assunto! 

– Não me chama de louca – Falei, dando um passo a frente e ficando na ponta dos pés para o encarar – Eu vi aquilo, seja homem o suficiente pra não gritar comigo e vá ver o que é aquilo! 

– Quer que eu te mostre quem é homem do jeito certo? – Ele disse, agarrando meus pulsos e me colocando contra a parede. O encarei, assustada, então o barulho na janela se repetiu, e dessa vez ele ouviu. Olhamos pra janela, então como num passe de mágica, ela se estilhaçou. E a única coisa que eu vi foi uma garota loira armada, apontando pra nós e disparando.  

– Claire Trace Domenick! – Ouvi Liam gritar, furioso. 


Notas Finais


comentem xx


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