you know i can't fight the feelings, and every night i feel it
POV CAROLINE
– Então você foi ver a Grace no meio da noite, sem avisar ninguém, e nem se prestou a trazer ela aqui? – Perguntei, encarando Louis. Ele estava sentado no meio da sala com um sorriso extremamente besta, encarando um a um, exceto Zayn, que estava em seu quarto.
– Exatamente – Ele respondeu, depois se calou e voltou a sorrir. Olhei pro Niall, que estava tentando não rir da minha cara.
– Você podia ter avisado – Ele disse, depois de perceber a situação em que eu estava – Veja pelo lado da Caroline, Annie foi a única garota que prestou em anos. Então descobrimos que ela é filha do delegado e bum, ficamos sem a Grace.
– E bum? – Liam perguntou, rindo da expressão dele – Tudo bem, nós precisamos ver a Grace. Como líder supremo de todos vocês, vou nos guiar em uma viagem até a casa dela enquanto alguém distraí o delegado.
– Líder supremo? – Perguntei, rindo escandalosamente – Não mesmo. Acho que Louis deveria ir, já que ele já viu Annie uma vez
– Negativo, McCourty – Ele disse, me encarando feio – Eu não vou me meter com o pai dela pra ficar sem ver a Annie.
– Ta apaixonado – Niall disse, falando co uma voz e um sotaque irlandês engraçado – Ah meu Deus, Annie Grace é minha vida, salvei ela do farol e ela vai correr pra mim!
– Vão casar e viver felizes para sempre, que lindinhos – Harry completou, e os dois começaram a rir.
– Dois babacas sem namorada – Louis disse, fazendo uma careta
– Como se você tivesse uma – Liam disse, e nós rimos
– Tudo bem, todos nós concordamos que devemos ver a Annie – Harry disse, terminando de comer uma laranja – E um cara que não é tão próximo é o Zayn, eu acho. E ele adora confusões, então poderia quebrar essa pra gente.
– Nos seus sonhos que eles não são próximos – Louis disse, rindo – Se não fosse por ele, só Deus sabe o que tinha acontecido com ela aquela noite.
– Não precisamos lembrar daquilo – Falei, olhando feio pra ele – Sorte a sua que ele estava lá, porque se você tivesse machucado ela, eu quebrava sua cara.
– Com toda essa força, não quebra nem um copo.
– Chega vocês dois – Harry gritou, tirando a última semente da laranja – Vamos pedir ou não a distração dele?
– Na verdade – Louis disse, tamborilando os dedos – Conheço duas pessoas que podem fazer uma distração bem melhor.
– Quem? – Niall perguntou, arregalando os olhos.
– Sr e Sra Trevinno – Ele disse, se levantando – Meia hora quero vocês com o carros pra fora da garagem. Vamos dar um passeio para o outro lado de Manchester.
– Vou me arrumar – Falei, subindo as escadas. Bati a porta do quarto e contei os dois minutos do relógio. Mal bateu o ponteiro para que se completassem 120 segundos, Niall apareceu sorrindo.
– Olá, senhorita – Ele disse, cainhando lentamente e me fazendo deitar na cama, apoiando os braços no espaço em cima dos meus ombros.
– A que devo a honra de tão nobre senhor a esta hora? – Perguntei, e ele riu
– Tanta beleza estava em minha frente que não pude deixar tamanha oportunidade passar
– Que gentil o cavalheiro é – Falei, puxando ele pelo colarinho – Como poderei agradecer por tanta nobreza?
– Quem sabe assim – Ele disse, selando nossos lábios. Niall entrelaçou os dedos entre meus cabelos, tornando tudo aqui melhor. Quando estava prestes a colocar minha mão por baixo da camisa dele, ouvi alguém bater na porta. Empurrei ele pelo peito e ele virou uma cambalhota pra trás, dando de cara com o chão e fazendo o maior barulho.
– Malditas caixas! – Gritei, tentando disfarçar – Quem é?
– Sou eu, Car. Posso entrar? – Liam perguntou. Arregalei os olhos e Niall se enfiou no banheiro, batendo a porta.
– Claro – Falei, abrindo a porta do corredor – Tudo bem?
– Claro – Liam disse, entrando e sentando na minha cama. Ouvi um barulho de coisas caindo no banheiro, e me segurei pra não rir – O que foi isso?
– Ah, o vento bate e derruba algumas embalagens de vez em quando. O que te traz aqui?
– Aconteceu alguma coisa entre Louis e Zayn, e eu não faço a mínima ideia do que seja. Perguntei pro Zayn se ele queria ver a Annie, e ele recusou. Você sabe o que aconteceu, Caroline?
– Não faço a minima ideia – Falei, curvando os ombros – Mas provavelmente brigaram pela Annie.
– Por que você acha isso?
– Por que o Zayn gostava dela, Liam. Agora, se não se importa, vou terminar de me arrumar.
– Tudo bem – Ele disse, se levantando e saindo – Obrigado, Caroline
– Disponha – Falei, fechando a porta e rindo. Bati na porta do banheiro duas vezes, indicando que Niall já poderia sair, e peguei uma troca de roupa na prateleira.
– Doeu – Ele disse, saindo do banheiro e me encarando – Se você não fosse tão maravilhosa, nunca mais voltava aqui.
– Vossa senhoria gostaria de um convite pra calar a boca? – Perguntei, e ele riu.
– Vossa senhoria gostaria de um convite pra continuar o que paramos?
– Preciso me arrumar – Falei, chegando perto dele e selando nossos lábios – E você também, já que não fazemos a mínima ideia de quem são os Trevinno, e devemos executar nosso papel de anjinhos.
– Te vejo mais tarde?
– Com certeza absoluta – Respondi. Então ele sorriu e saiu, me deixando sozinha no quarto. Vesti uma jeans e uma camiseta simples, calcei um tênis e desci as escadas de dois em dois, lembrando inteiramente da Annie com esse gesto. Segui até o carro que Niall ia dirigir e me joguei no banco do carona. Harry estava deitado no banco de trás, então Liam e Louis iam sozinho no outro. Esperamos eles saírem e seguimos atrás.
Andamos por mais de quarenta minutos, até chegarmos a um bairro no extremo norte de Manchester, quase chegando em Bury. Era uma área pacata e tranquila, o que eu julgaria ideal pra uma família unida, não um casal que se metia com gente do nosso tipo. Paramos em frente a uma casa com um extenso gramado na frente, e logo de cara um conversível na porta e uma Harley Davidson. Assoviei, impressionada, e desci do carro. Louis e Liam estavam nos esperando.
– Caramba, Louis – Falei, surpresa – Nunca pensei que você tivesse bons amigos
– Bons amigos – Ele disse, rindo – São fugitivos de primeira do Canadá. Tiveram que pedir pra um pessoal daqui livrar o nome deles, ou seriam procurados mundialmente por assaltar o banco central de Atlanta. A garota também corria, era conhecida como La Bieber. Impressionantemente precisa.
– Minha nossa – Niall disse – E vive em paz hoje?
– Casou com um outro garoto da quadrilha – Louis respondeu, avançando um passo. Esticou o dedo e apertou a campainha, que reproduziu uma melodia suave de se ouvir, nada comparado à situação da casa
– Emma, você não ouse encostar na minha porta com esses dedos de chocolate – Ouvi uma garota gritar, brava – Mas que puta que pariu, por que sua mãe te larga aqui?
– Já vai – Uma voz de criança gritou. Ouvi uma batida na porta, e uma garota loira dos olhos cor de mel abriu metade da porta, colocando a cabeça pra fora
– Louis! – Ela disse, sorrindo. Abriu a porta rápido e saiu, fechando a mesma novamente – Por que não avisou que vinha? Teria devolvido a capetinha ali pra mãe dela.
– Ah, não pode ser tão ruim – Ele disse, sorrindo. Chegava a ser encantador com as outras pessoas. Pena que não era assim em casa.
– Faça o favor – Ela disse, abrindo a porta – E não seja mal educado, apresente seus amigos.
– Toma – Liam disse, fazendo cara de convencido
– Sou Caroline – Falei, me adiantando – Esse é Niall, ele Liam e o largado ali é o Harry. Prazer.
– Prazer – Disseram os garotos em sintonia
– O prazer é todo meu. Se alguma coisa grudar na perna de vocês, é só minha afilhada, não se assustem
– Que gracinha – Falei, rindo. Adentramos o hall que dava na sala, ambos impecavelmente arrumados e decorados, exceto por alguns brinquedos de criança no chão. Dois sofás enormes ocupavam uma sala espaçosa, e ainda tinham três poltronas, todas posicionadas em um perfeito ângulo de visão. Ocupamos esses lugares, e ela sentou na poltrona. Ia abrir a boca quando um mini furacão apareceu, pulando em cima do espaço entre onde eu estava e onde Harry estava, e começou a pular.
– Emma Trevinno Bieber – A garota gritou, irritada – Se você der mais um pulo eu te jogo daquela janela nesse segundo!
– Passou o segundo! – A menininha falou, voltando a pular.
– Brian, vem pegar essa peste! – Ela gritou. Um garoto loiro apareceu, de avental de cozinha e com uma colher na mão.
– Emma, deixa sua madrinha em paz, pelo amor de Deus. Ninguém aguenta ouvir ela gritando.
– Mais uma dessa e você vai ver onde essa colher vai parar – Ela disse, apontando pra ele. O garoto pegou a menina no colo e saiu pra cozinha – Me desculpem por isso, sério. Ela não para um segundo.
– Caramba – Harry disse, arregalando os olhos. A garota riu.
– Desculpem por não me apresentar. Sou Mellie Bieber.
– Mellie, realmente me perdoe por isso, mas preciso de um favor – Louis disse, sorrindo
– Lá vem bomba – Ela falou, suspirando – Envolve?
– Um delegado, a filha dele e uma invasão a casa desse cara – Liam disse, animado
– Mas que puta que pariu – Ela falou, arregalando os olhos – Vocês vão assaltar um delegado?
– Claro que não! – Louis disse – Vamos visitar a filha dele. E eu preciso de uma distração
– Distração, no caso, seria um racha armado.
– Você me entende tão bem – Ele disse, dando um sorriso. Mellie riu.
– Brian, você ainda tem a chave daquele Mustang? – Ela gritou. A casa se silenciou por um segundo, e o garoto de avental voltou a aparecer, agora sem usar o acessório. Ele encarou Mellie e deu um sorrisinho maníaco.
– Vamos correr?
– Vamos
– Esperei tanto por esse dia – Ele disse, levantando as mãos pro alto – Agora?
– Agora – Louis confirmou
– Vou levar Emma pra casa. Deixa o endereço nesse papel – Ela disse, indicando um bloquinho em cima da mesa. Puxei o bloquinho e anotei o endereço rapidamente, então nos levantamos
– Foi um prazer negociar com você – Louis disse, se levantando
– O prazer é todo meu – Ela disse, nos acompanhando até a porta – Nos vemos lá.
– Cara, que garota incrível – Harry disse, sorrindo – Ela dirige um Mustang
– Ela é casada, Styles. Cala a boca e entra no carro, porque vamos ver Annie Grace dentro de algum tempo – Falei, sorrindo. Entramos no carro e dirigi de volta pra onde Annie morava. Batucava os dedos no volante a medida que me aproximava, porque ver Annie Grace pra mim era tão feliz quanto beijar o Niall. Dentro de tanto tempo, ela foi a única que nos conquistou e ainda conseguiu amolecer o coração do Louis. Mais do que tudo, se tornou minha amiga. Não posso deixar ela a mercê de um louco que ela chama. Ou melhor, como Louis disse, babbo.
Assim que estacionei, Liam, Louis e Harry se juntaram em um canto e começaram a conversar sobre como iríamos subir até lá, e talvez convencer Annie a vir conosco. Caminhei lentamente até eles, pensando se Annie ia nos abraçar ou nos entregar de vez pro pai dela. Era bem mais a cara dela fazer a primeira, já que o motivo pra ela nos odiar não era tão forte. Qual é, o que tem de tão péssimo em ser mafioso?
– McCourty – Louis disse, sorrindo, e isso me assustou. Nunca estávamos em paz um com o outro, então ele me chamar sorrindo era um tanto quanto estranho – Preste atenção naquele Audi R8 que vai passar daqui vinte segundos.
– Vinte? – Perguntei, enquanto comecei a ouvir o ronco de um carro. Ele apontou para o fim da rua, então vi um R8 e um Mustang correndo a toda, com três carros de policia atrás. Os motoristas? Dois loiros rindo e acelerando o quanto podiam
– Os Trevinno – Falei, rindo – Eles são sensacionais, Tomlinson.
– Paz pra ver a Annie?
– Paz pra ver a Annie – Confirmei, e fizemos um toque de mãos.
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