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História Amnesia - Capítulo Um


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


mano, apaixonada por vcs comentando <3 to com um pique sem fim pra essa fanfic, espero que gostem tanto quanto eu! xx

Capítulo 2 - Capítulo Um


I stopped using my head, let it all go

 

120 Princess Road, Payne. Mas que droga, vocês são surdos? – Falei. As enfermeiras passavam me encarando por estar falando em um tom moderadamente alto dentro de um hospital. Que pena, nem ligo pra elas.

– Louis, eu te pedi as coordenadas, não o nome da rua – Liam respondeu, e eu bufei

– Liam, você tem Google Maps pra que? Pra ver os puteiros mais bonitos? Procura a porcaria da coordenada com o endereço!

– Dá pra você parar de ser grosso? É só falar com delicadeza que eu procuro, madame.

– Vai se fuder – Respondi. Dei uma olhada pra dentro do quarto. A garota ainda não tinha acordado. Voltei a minha atenção pro celular

– Tudo bem, achei. Quer que eu te busque?

– Não, Liam. Te liguei porque quero que você me mande uma princesa em uma abóbora. É claro que eu quero que me busque, otário.

– Achei que você estaria feliz por ter ganhado a porcaria do carro que você tanto queria, e agora trata todo mundo com grosseria. Você é bipolar.

– Dá pra você me buscar logo, pelo amor de Deus? – Pedi. Liam riu.

– Não dá pra te buscar ai, mas vou deixar um carro por perto.

– Obrigado, bom garoto – Falei, finalizando a ligação. Voltei pra dentro do quarto, onde o médico batia a caneta em sua prancheta, me aguardando. Tossi forçadamente pra avisar minha chegada, e ele sorriu.

– Acredito que você seja o responsável por Annie Grace – O doutor disse

– Sim – Respondi. Annie Grace, esse era o nome da garota. Com grande sorte, eu havia revirado a bolsa que ela carregava consigo, e achei alguns documentos.

– Suponho que vocês sejam próximos, estou certo?

– Somos irmãos – Menti. O doutor assentiu e prosseguiu

– Tudo bem, Sr. Grace. Sua irmã sofreu um traumatismo craniano, e não tenho notícias muito agradáveis

– Pode falar

– Como a pancada foi forte, a garota perdeu toda a memória.

– Puta que pariu – Sussurrei. A tal Annie se mexeu na cama e piscou os olhos duas vezes. Depois bocejou e encarou-nos.

– Quem são vocês e o que eu estou fazendo aqui? – Ela perguntou. Olhei diretamente nos seus olhos, que eram uma mistura de verde com azul. Sua voz era fina e suave, nada irritante como as das meninas cujas eu convivo.

– Eu já te explico, Annie – Falei, tentando parecer irmão da garota – Prossiga doutor.

– Doutor? – Ela perguntou, franzindo a testa. Ela encarou o homem de branco com fascínio, como se ele fosse a pessoa que lhe responderia todos os seus questionamentos.

– Muito bem. As chances de recuperar a memória são baixas, mas possíveis. Leve-a para lugares que ela costumava freqüentar, deixe as coisas adaptadas para ela. Com sorte, a memória voltará.

– Ah, claro – Falei. A garota passou a me observar, o que foi um tanto incômodo. Seus olhos me penetravam como uma máquina de raios x.

– Aqui está a lista de remédios. Ela já pode voltar pra casa – O médico disse. Peguei o papel em mãos. Não era muita coisa, algum dos garotos poderia arranjar esses medicamentos. O meu problema é: Pra onde eu vou levar Annie Grace?

Olhei a garota com atenção. O médico se retirou, nós deixando a sós. Sorri pra ela, que não retribuiu. Ela se levantou e começou a procurar alguma coisa pelo quarto, provavelmente alguma roupa pra vestir. Sentei em uma poltrona que estava lá e fiquei observando seus movimentos.

– Eu não sei quem você é – Ela disse, depois de achar uma blusa e vestir – E não sei pra onde você vai me levar, mas eu acho que eu sei lutar

– Você é engraçadinha assim sempre? – Perguntei, e ela fez uma careta cínica pra mim. Bufei e peguei sua bolsa, que tinha documentos, uma troca de roupa, algumas balas e um chocolate. Ela colocou a sapatilha que estava no chão e me seguiu.

– Pra onde vamos?

– Qualquer lugar onde eu possa te abandonar e nunca mais te ver – Falei – Se lembra onde é sua casa?

– Não – Ela respondeu, me olhando estranho. Bufei e peguei meu celular. Disquei o número do Liam outra vez. Ocupado. Decidi ligar pro Zayn, já que ele provavelmente saberia o que fazer com essa garota perdida. Ele atendeu no quarto toque, rindo

– Me diz que você não fumou, pelo amor de Deus – Falei, e ele riu

Calma cara. É só a Caroline. Tudo bem?

– Não, nada bem. Fiz uma garota perder a memória – Respondi

Mas como? Você é louco, porra?

– Não perde o controle, infeliz! Ela ta bem, ta aqui do meu lado, só que eu não sei onde essa garota mora, e eu preciso levar ela pra casa.

Como assim levar pra casa? Você deve estar bem louco, Louis. Se os pais delas te pegarem, você pode ser autuado por homicídio.

– Esqueci dessa parte – Falei, bufando. Abri meu carro e conduzi a garota até o banco do passageiro. Ela olhava ao seu redor, como uma criança de cinco anos faria.

Traz ela pra cá

– Você só pode estar louco, Zayn. Vocês vão fazer a mesma coisa que fizeram com a Caroline. A Annie parece ser legal.

Mas já se apaixonou? Achei que era você que gostava de uma curtição com as garotinhas

– Cala a boca, vai. Eu não posso levar a garota até ai.

É provisório, cara. Traz aqui e a gente dá um jeito de devolver ela.

– Sejam cuidadosos. Até – Falei. Desliguei o celular e ocupei o lugar do motorista.

– Com que você falava? – Annie perguntou

– Com um amigo meu – Falei, dando partida. Ela arregalou os olhos e depois focou na estrada. O que eu deveria conversar com uma garota que perdeu a memória? Óbvio que eu não ia confessar que a culpa era minha. Liguei o rádio, e ela empurrou minha mão. A encarei por alguns segundos, mas ela não retribuiu o olhar, pois estava muito ocupada escolhendo a música. Bufei e peguei um atalho que levava até nosso bairro. Ela batucava os dedos de acordo com o som e cantarolava algumas partes. O melhor de tudo é que ela lembrava as letras das músicas, mas não lembrava o caminho pra casa. Ótimo, passei algumas horas com ela e já tenho vontade de despachá-la pra casa, ao mesmo tempo em que eu quero ficar com ela pra que nada dê errado pra mim. Ela parecia ser uma pessoa diferente, da qual eu nunca tinha visto antes. Annie não era intrometida, não era oferecida. Ela provavelmente acreditava que eu era um cara completamente inocente na sociedade, querendo apenas leva-lá pra casa em total segurança. Que pena, não sei fazer nada disso.

– Estamos indo pra sua casa? – Ela perguntou, me encarando.

– Sim e não – Respondi. Ela continuou a me encarar, e essa mania dela já estava me deixando incomodado – Eu não moro por aqui.

– Legal – Annie disse, afundando no banco.

– Se lembra quantos anos você tem? – Perguntei

– Querido, qual a parte de ‘’Eu perdi toda a minha memória’’ você ainda não entendeu?

– Grossa – Falei, e ela bufou, mexendo no rádio outra vez.

– Seu carro é legal – Annie disse, depois de um tempo

– Ele não é só legal, minha cara. Ele é completamente personalizado...

– Não me importa o que é. Eu achei legal – Ela respondeu, roubando minha fala. Suspirei. Annie não queria conversar comigo. Ela não era do tipo de garota oferecida com quem eu costumava lidar. Ela era uma garota normal, penso eu. Enrolava os cabelos com as pontas dos dedos, enquanto cantarolava algumas músicas. Eu me permitia desviar o olhar pra ela por enquanto, e eu devo admitir que ela é uma das garotas mais lindas que já pisou nesse carro.

Foco, Louis.

– Está com fome? – Perguntei, parando em uma lanchonete. Ela arregalou os olhos, e depois sacudiu a cabeça, provavelmente se livrando de algum pensamento.

– Sim – Annie disse – Mas eu não quero comer aqui, se é que você parou pra me alimentar

– Claro que parei pra te alimentar – Falei, franzindo o cenho – Por que é que você não quer comer aqui? É uma das melhores lanchonetes do bairro

– Não me parece um lugar agradável – Ela disse, focando no nome da lanchonete – É como se meu consciente me impedisse de entrar, mas eu não lembro por que.

– Annie – Chamei, a encarando – Está se lembrando de alguma coisa?

– Não – Ela disse, chateada – Foi só uma sensação ruim.

– Tudo bem. Continue assim – Pedi. Acelerei o carro, a procura de outra padaria onde as pessoas não pudessem me reconhecer.

– A propósito, qual é o seu nome? – Annie perguntou.

– Louis. Louis Tomlinson – Respondi. Eu não me lembro de ter feito algum mal a ela, então não temi em contar meu verdadeiro nome. Ela me olhou profundamente mais uma vez, e suspirou logo em seguida

– Eu não faço à mínima ideia de quem eu sou – Ela disse, enterrando a cabeça em seus próprios braços.

– Annie – Chamei. Ela me olhou de canto de olho – Nós vamos descobrir quem você é.

– Nós quem?

– Eu e você. E mais alguns amigos meus que você vai conhecer. Não tenha medo, tudo bem?

– Promete? – Ela pediu. Respirei fundo. Odeio fazer promessas, porque eu me sinto culpado se não as cumpro. A encarei profundamente, e ela retribuiu.

– Prometo, Annie Grace – Falei. Ela sorriu e voltou seu olhar para a janela. Estacionei em frente à outra lanchonete, bem pacata.

– Posso descer? – Ela perguntou.

– Por que não poderia? – Perguntei. Ela riu e se colocou do meu lado, esperando que eu entrasse primeiro. Em poucos segundos percebi o quanto ela era pequena perto de mim. A blusa que ela usava ficava um tanto folgada, coisa que eu não tinha reparado antes. Ri mentalmente e entrei na lanchonete.

– O que vão querer? – A atendente perguntou. Encarei Annie por alguns segundos, esperando que ela respondesse. Ela olhava pro cardápio com um interesse enorme, o que fazia a atendente ficar impaciente.

– Um chá – Annie disse, sorrindo – Me parece uma boa ideia.

– Então tomaremos chá – Falei. A atendente quis me matar. Cinco minutos encarando Annie, que encarava o cardápio, que acabou escolhendo um simples chá. Pedi um brownie pra acompanhar, e nos sentamos à mesa.

– Então, Louis – Annie disse, colocando ênfase no meu nome – Me conte sobre sua vida, já que eu não me lembro da minha

– Minha vida? – Perguntei, assustado. O que eu ia contar pra garota? Que eu era um apostador de rachas? Que eu vivia ilegalmente?

– Sim, sua vida.

– Eu administro uma empresa de carros – Falei. Ela me penetrou com o olhar.

– Você é administrador? – Ela perguntou, fazendo careta

– Sou – Menti. Eu simplesmente odiava administração, mas vale tudo pra não parar na delegacia.

– Legal – Ela disse, totalmente desinteressada. Estava na cara que não era essa parte que ela queria saber, e que ela estava muito menos interessada agora em saber que eu sou, supostamente, um administrador.

– Eu moro com alguns amigos – Falei, e ela voltou a olhar pra mim – Nós viemos passar uma temporada aqui em Manchester, mas nós somos de Londres.

– Vocês viajam bastante? – Annie perguntou, interessada

– Quase sempre. Não temos uma casa fixa, sabe? É sempre bagunçado e provisório.

– Deve ser legal – Ela disse, tomando um gole de seu chá, mas sem parar de me encarar. Virei pro lado, fugindo daquele mar que ela tinha como par de olhos. Comi um pedaço do brownie, pensando em alguma maneira de quebrar o silêncio.

– O chá não te ajudou a lembrar de nada? – Falei, depois de um tempo. Ela bebia sua última gota de chá nesse segundo.

– Não, mas estava delicioso – Ela disse – Obrigada.

– Podemos ir? – Perguntei. Annie assentiu, e entramos outra vez no carro. Ela moveu o braço esquerdo em direção ao rádio, mas eu a parei no meio do caminho

– O que foi? – Annie perguntou, assustada. Me debrucei sobre ela pra alcançar o porta luvas, e peguei um cd dos Beatles que estava encalhado lá. A primeira música era Yellow Submarine, e assim que começou a tocar, ela apontou pro rádio, com os olhos arregalados

– Annie? – Chamei, vendo que ela ria desesperadamente

– Louis, essa música! Eu ouvia ela todo dia!

– Conta mais! – Pedi, ansioso. Não esperava que o processo de recuperação da memória fosse tão rápido, mas a garota vinha me surpreendendo

In the town where I was born, lived a man who sailed to sea, and he told us of his life in the land of submarines

So we sailed on to the sun, till we found a sea of green. And we lived beneath the waves, in our yellow submarine – Continuei, fazendo Annie rir.

We all live in a yellow submarine, yellow submarine, We all live in a yellow submarine, yellow submarine! – Cantamos juntos, e eu desatei a rir no final, junto com ela

– Você canta bem, Louis – Ela disse, afundando no banco, com um sorriso enorme

– Você também canta muito bem. Annie. Mais alguma recordação?

– Não – Ela disse, suspirando – Mas essa música me traz um sentimento bom

– Não faz mal – Respondi, finalmente ligando o carro – Você vai se recuperar, eu prometo

– E se fosse melhor não lembrar? – Annie perguntou, depois de um tempo. Ela olhava pelo retrovisor, mas eu conseguia ver o reflexo dos seus olhos azuis

– Annie Grace – Chamei, e ela se voltou pra mim. Eu a olhava de canto de olho pra não perder o foco da pista

– Sim, Tomlinson.

– Pare de falar bobagens. Vai dar tudo certo.

– Se você diz – Ela respondeu, dando de ombros

– Se eu disse, é porque é ordem. E trate de me obedecer.

– Palhaço – Ela respondeu, rindo. Virei duas ruas e paramos em frente à minha casa. Suspirei fundo. Aquilo devia estar uma zona sem fim. Desliguei o carro e abri minha porta. Tirei a chave do contato e corri até o outro lado pra abrir a porta pra ela. Annie saiu e arregalou os olhos

– O que foi? – Perguntei.

– É enorme – Ela disse, sorrindo em seguida.

– Pronta pra conhecer algumas pessoas esquisitas?

– Já não basta você?

– Engraçadinha – Respondi – Vamos?

– Sim senhor – Ela respondeu, segurando em meu braço. Ri dela e caminhamos em direção à porta, juntos.


Notas Finais


é isso, espero que gostem! pretendo continuar assim que der, comentem! xx


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