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História Amnesia - Capítulo Vinte


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


vou precisar da ajuda de vcs, LEIAM AS NOTAS FINAIS. OBRIGADA. Boa leitura xx

Capítulo 21 - Capítulo Vinte


Heaven can wait, we're only watching the sky

– Annie – Ouvi alguém chamar. Coloquei a mão na frente do meu rosto, já que o sol entrava pela janela e me deixava zonza. Abri os olhos e foquei Louis Willian Tomlinson só de cueca na minha frente, me segurando pra não rir ao lembrar da noite passada.

– Bom dia? – Arrisquei, e ele levou o indicador até minha boca. Ouvi a movimentação do lado de fora do meu quarto, e arregalei os olhos. A conversa entre um homem e uma mulher eram tão próximas que eu podia jurar que estavam em frente ao meu quarto.

– Preciso ir embora. Seu pai pode subir a qualquer momento.

– Louis – Sussurrei, sorrindo e puxando ele pra se sentar na cama comigo outra vez – Não vou deixar que ele te tire de mim, nem que ele chame as forças internacionais aqui.

– Pelo contrário – Ele disse, deslizando os dedos pela minha bochecha – Não vou deixar que ele tire você de mim. Você escolheu gostar do pior cara desse mundo, Grace.

– Não ligo – Falei, e ele sorriu

– Realmente preciso ir. Aqueles babacas não deixaram nenhum carro pra mim.

– Louis – Sussurrei, então parei repentinamente. O barulho de passos era iminente, subindo as escadas degrau a degrau. Como se não bastasse, vieram acompanhados de conversas, entre um homem e uma mulher. Empurrei Louis pra dentro do armário com uma rapidez que eu não imaginava ter, voltando com essa mesma pressa pra me deitar na cama e me cobrir com todos os cobertores, fechando os olhos. O baque da porta contra a parede me fez encolher mais ainda, desejando que o armário não caísse justo hoje.

– Charles, eu vou levá-la – Uma voz feminina disse, e meu coração palpitou. Era uma voz que eu poderia conhecer mesmo sem memória.

– Eu já disse que não pode fazer isso, Georgia – Uma voz masculina disse, e eu decidi que era hora de despertar. Fingi um falso acordar e encarei os dois, totalmente assustada com a pessoa que estava em minha frente. Sim, era ela. A única pessoa que eu desejava que tivesse morrido, no mundo todo.

– Tia Georgia – Falei, engolindo em seco – O que traz aqui?

– Não faça perguntas idiotas, Grace – Ela disse, caminhando rapidamente pra onde eu estava. Ela agarrou meu pulso direito, mas eu o puxei de volta com brutalidade

– Se não quer perguntas idiotas, não seja uma idiota – Respondi, puxando a calça de moletom que estava por baixo dos meus cobertores e vestindo

– Garota, chega de gracinhas – Ela disse, então me levantei e me coloquei a frente dela, respirando fundo – Você fugiu da minha guarda, sua imbecil. Só vou te levar pro seu lugar

– Não vai. Meu lugar é com meu pai.

– Seu pai? – Georgia respondeu, rindo – Esse louco aqui? Você morreria nas mãos dele, querida. Está presa há seis dias, e ainda soube que o motivo foi porque você foi sequestrada por mafiosos.

– Não fui sequestrada. Sofri um acidente e os mafiosos cuidaram de mim, grandiosíssima estúpida. Seis mafiosos juntos são bem melhores que você.

– Annie Grace! – Meu pai falou, e eu apenas o encarei

– Não aja como se você fosse um ótimo pai – Respondi, rindo com ironia – Vocês deveriam ser irmãos, não cunhados. Pelo menos você é suportável, pai. Essa louca ai, jamais.

– Louca é você – Georgia disse, voando com as mãos no meu pescoço e me empurrando pra parede, prendendo o ar que eu tinha – O lugar dos loucos é no sanatório, e é pra lá que eu vou te mandar

– Georgia! – Meu pai disse, desesperado – Ela está sem ar!

– Solta ela – Ouvi alguém dizer. Arranhava os braços da mulher, desesperada por um pouco de ar. Sentia meus pulmões se espremerem, buscando qualquer tipo de oxigênio. Me virei pro lado e então vi o dono da voz. Obviamente, era Louis, apontando a grande enciclopédia salva vidas contra minha tia.

– Mafioso! – Meu pai gritou. Num momento de distração, apoiei minhas costas na parede e chutei a barriga da minha tia com força, forçando-a a soltar meu pescoço e liberar meu ar. Respirei fundo e corri até onde Louis estava, me colocando atrás dele e segurando sua cintura. Charles e Georgia, papai e titia. Ambos me encaravam, sem reação alguma pra meu ato.

– O mafioso é parte de mim – Falei, encarando os dois – Ninguém vai fazer mal algum a ele.

– Annie Sophie Grace, largue esse garoto nesse exato segundo e venha já pra cá.

– Não vou! – Gritei, me colocando na frente dele – Faça o que quiser, mas você não encosta um dedo nele.

– Annie, não sabe o que está fazendo – Louis sussurrou, e eu sorri – Vou sumir daqui, mas prometo que volto pra te buscar.

– O que ele diz? – Minha tia perguntou, apontando pra ele

– Pede gentilmente que vossa senhoria pare de ser uma merda de uma intrometida – Respondi, sorrindo – E agora eu digo que vocês vão livrar o caminho, e ele vai embora.

– Não vai mesmo – A mulher disse, caminhando até nós dois – Não vai atacar uma enciclopédia em mim, não é garoto? Seria covardia um homem bater em uma mulher.

– Mas mulher em mulher não – Falei, tomando a enciclopédia da mão dele e arremessando contra ela. Georgia deu dois passos pra trás, confusa, então puxei Louis e corri até a porta. Papai estava tão atordoado que mal se mexeu, então empurrei Louis pra fora com facilidade e tranquei-o para fora do quarto, sem me livrar dos protestos. Mas era mais que certo que eu ficasse ali, caso contrário meu pai seria mandado para um sanatório. Mesmo tendo se tornado um idiota, ainda tinha me abrigado pra que não vivesse com a mulher que se denominava minha tia. Tinha cuidado de mim por anos, então eu precisava retribuir esse favor. Respirei fundo e encarei os dois.

– Suma daqui, Georgia. Suma daqui agora.

– Querida, por acaso se lembra do meu sobrenome? – Ela perguntou, e eu pisquei os olhos

– Deveria lembrar do sobrenome de uma idiota feito você?

– Ah, deveria. Pela cara de assustado do seu namoradinho, deveria lembrar. Suponho que ele tenha te contado sobre Claire.

– Claire... Claire Trace Domenick – Falei, a encarando. Um flash de memória me veio, então a encarei assustada – Georgia Trace. Você adotou aquela garota desgraçada num orfanato há doze anos.

– A garota desgraçada te denunciou, Grace – Ela disse, sorrindo. eu pai apenas observava a situação, o que me deixava ainda mais tensa – Eu que mandei ela ir atrás do garoto. Mandei ela deixar ele drogado, mandei que invadisse o quarto dele, mandei que atirasse em você. Uma pena que ela errou.

– Você organizou um atentado contra a minha filha? – Meu pai gritou, enfurecido. Vacilei um passo pra trás, vendo que aquela briga já não era mais minha.

– Você me entendeu mal – Ela disse, sorrindo falsamente – Charles, não ia mirar nela...

– Você acabou de se lamentar pela garota ter errado – Ele respondeu, empurrando ela pra parede – Você se lembra muito bem do meu posto, não se lembra?

– Claro que lembro. Você é um delegado de merda, é isso que você é!

– Georgia Trace, em nome da lei britânica, você está presa por desacato a autoridade e tentativa de homicídio – Ele disse, tirando um brasão da polícia do bolso. Pensei em dar pulinhos de alegria, mas percebi que a mulher apenas ria. Encarei ela, sem entender nada.

– Você não se toca, Charles – Georgia respondeu, rindo – A sua lei não vai e aplicar a mim. Eu vou levar a garota, e vai ser agora

– Apenas tente – Papai disse. Então ela sorriu e acertou um soco na cara dele, puxando um pequeno objeto pontudo do bolso. Um tranquilizante, adivinhei. Antes que ele pudesse se recompor, ela aplicou o conteúdo da pequena seringa nele, deixando seu corpo como gelatina, fazendo-o desmaiar de vez.

– Vadia! – Gritei, aterrorizada, correndo até onde meu pai estava. Tentei me abaixar pra checar se ele estava bem, mas a mulher entrelaçou a mão entre meus cabelos e me puxou pra cima. Protestei com gritos, mas ela não parou. Me puxou até ficar em pé, então me jogou contra a parede.

– Você vem comigo, Annie Sophie Grace.

– Nem morta! – Falei, como se cuspisse as palavras na cara dela – Você não vai me tirar desse quarto de jeito nenhum, ridícula.

– Vai fazer o que? Jogar uma enciclopédia em mim? – Ela perguntou, rindo. Analisei minhas opções, que eram basicamente correr até a janela, correr até a porta ou correr até a enciclopédia. Respirei fundo, tentando dar um jeito de excluir aquela mulher do meu plano de visão, do meu plano de vida. Olhei pra cara dela, e suspirei.

– Você não me deixa escolhas – Falei, unindo minhas duas mãos pra dar uma cotovelada em seu rosto. Corri até a enciclopédia e a agarrei, tentando ficar o mais próximo possível da porta.

– Quem não me deixa escolhas é você – Ela disse, suspirando e pegando um telefone. Discou um número, sem tirar os olhos de mim, e levou o aparelho ao ouvido – Pode subir, Claire.

– Claire? – Perguntei, engasgando. Vi um vulto de cabelos loiros passar pela porta, sorrindo insanamente.

– Teve sorte que não consegui alcançar seu namoradinho – Ela disse – Ele fugiu, Annie Grace. Mas você não vai.

– Louis – Sussurrei, respirando fundo. Antes que pudesse pensar no meu próximo passo, Claire soltou um grito e me puxou pelo braço, fazendo com que eu ficasse de costas pra ela, uma posição perfeita para que ela passasse seu braço pelo meu pescoço e me arrastasse escada a baixo.

– Você é tão ingênua, garota – Claire disse, rindo – É um grande prazer conhecer a garota que roubou meu namorado.

– Ele nunca te amou – Falei, a encarando – E nunca vai amar

– Entra ai e fica quietinha – Ela disse, abrindo a porta de um carro preto e me colocando pra dentro.

 

POV Louis

– Atende, merda – Falei, brigando com o telefone público. Estava a ponto de socar aquela porcaria, quando, no sétimo toque, uma voz sonolenta atendeu minha ligação.

Alô?

– Liam James Payne! – Gritei, bravo, e pude sentir que ele tinha afastado o telefone da orelha – Casa da Annie, nesse exato momento. Traga sua arma, traga Caroline, traga os garotos, não me importo o que esteja acontecendo. Eles podem estar sendo coroados reis e rainhas da Inglaterra, eu não lindo. Venham até aqui agora.

O que aconteceu, Tomlinson? Por que armas?

– Lembra da titia louca? Poisé, ela voltou. Annie me trancou pra fora de casa, então ela deve estar sozinha com aquela maníaca. Preciso que você venha, Liam.

Dez minutos – Liam disse, com a voz já alterada – Chegaremos em dez minutos.

E desligou.

Bati o telefone contra a cabine, sentindo a raiva tomar conta de mim a cada segundo. Como eu pude ser estúpido a ponto de ter largado ela sozinha? Annie mal sabia se defender, era apenas uma garota. O pai dela era um saco de batatas, que não servia pra nada. Sua função, pelo jeito, era apenas ficar parado e encarar. E ela me trancou pra fora daquele quarto como se fosse muito mais preparada que eu.

Ainda tive que enfrentar a estúpida da Claire na saída. Bati com meu ombro nela, como um legítimo jogador de futebol americano, e saí em disparada. A garota virou uma cambalhota no ar enquanto eu corria pra fora, sem carro, sem ajuda. Apenas eu e minhas pernas, e eu exigi tudo o que pude delas. Agora, eu estava batendo o telefone em uma cabine telefônica, furioso com minha vida e minha futilidade em relação à Annie Sophie Grace.

Vi um carro gigantesco preto virar a esquina furiosamente, levantando poeira. Logo atrás, menos de dez segundos depois, apareceu uma Range Rover que eu preferia chamar de tanque de guerra, já que eu a conhecia. Caroline abriu a porta e me puxou pra dentro rapidamente, batendo a porta outra vez.

– Viu o carro preto? – Liam perguntou, e eu assenti – Annie estava nele.

– Como é? – Gritei, arregalando os olhos.

– Você viu, donzela – Caroline disse, me jogando uma pistola. Olhei ao redor. Niall, Liam, Harry e Caroline estavam lá.

– Quem dirige?

– Eu, claro – Ouvi alguém falar. Enfiei a cabeça no espaço que dava nos bancos da frente e vi Zayn cantar pneu pelas ruas. Sorri, apesar de estar realmente bravo com ele por aquele pequeno detalhe.

– Quem te conveceu a sair daquele quarto, seu capacho?

– Annie Grace – Ele disse, rindo – Mas pode ficar tranquilo que ela é toda sua, Tomlinson. Mas não deixa de beijar bem.

– Filho de uma puta – Falei, socando o braço dele e rindo – Eu te perdoo por o que você fez, mas só se você alcançar essa merda desse carro. Eu vou quebrar a cara dessa mulher.

– Sabe o nome dela, pelo menos? – Ele perguntou. Peguei impulso e saltei para o banco da frente, ficando lado a lado com ele. Puxei o cinto de segurança e o travei.

– Você não vai nem querer saber

– Não pode ser tão ruim, garoto.

– Georgia Trace – Falei, então ele virou e arregalou os olhos, focando-os na rua logo em seguida.

– A mãe adotiva da Domenick?

– A própria – Falei, socando o estofado do apoio de mão. Zayn virava as esquinas com tal brutalidade que eu podia sentir que era eu mesmo quem estava dirigindo. Afinal, nós dois trocamos todas as técnicas. Ele podia fazer a burrada que ele quisesse, mas seríamos sempre amigos.

– Pretendo matar as duas vadias hoje – Ele disse, e eu o encarei. Ele tinha um olhar feroz, como se aquilo fosse o novo objetivo de vida dele

– Depois vai beber e pegar uma garota feito um cachorro louco? – Perguntei, e ele riu junto comigo.

– Você me conhece tão bem

– Tudo bem, conheço. Agora me explica a macumba que aquela mulher fez pra estar correndo mais rápido que a gente.

– Vê aquele encaixe no para-choque dela? – Caroline disse, surgindo no meio de nós dois.

– Claro. Parece um trava rodas.

– Bonitinho, né? – Ela disse, rindo – Olha aqui o que ele faz

– Caroline McCourty, me diga que você não vai tentar capotar aquele carro – Liam gritou, e eu arregalei os olhos pra ela

– Relaxa, baby. Não vou matar a Annie – Caroline disse, puxando um tablet – Niall, em dez segundos

– Pelo amor de Deus, o que vocês vão fazer? – Perguntei, me virando. Caroline deu alguns comandos então o carro da frente simplesmente travou, fazendo Zayn frear brutalmente, o que resultou em um choque da minha cara com o vidro, mais uma vez.

– Isso – Ela disse, sorrindo – Anda, desce e pega ela.

– Podia ter avisado – Zayn reclamou, abrindo a porta com um chute. Fiz o mesmo com a minha e agarrei a pistola que Caroline tinha me entregado, caminhando até o carro. A princípio, estava inteiramente intacto. O dispositivo de travas que tinha sido colocado no carro não trava apenas o eixo de trás das rodas, e sim em todos eles, evitando um acidente. Tentei abrir a porta traseira, em vão. Parecia que o carro vinha dirigindo sozinho, já que ninguém se manifestou pra sair e checar o que tinha acontecido. Foi então que minha surpresa apareceu.

Senti alguém passar o braço em contorno do meu pescoço, tomando meu ar. Agarrei esse braço que não faço ideia de quem seja ou de onde veio, forçando-o para frente. A maior surpresa não foi a cambalhota que a pessoa virou quando o puxei, e sim quem era. Claire Domenick estava em pé já outra vez, empunhando uma arma pra mim

– Quanta insanidade – Falei, destravando minha arma e apontando contra ela – Você acha mesmo que eu não teria coragem de atirar em você?

– Então atira! – Ela gritou, rindo – Grande babaca, se você atirar em mim, a sua namoradinha morre, Louis. Ai você vai perder duas ao mesmo tempo.

– Duas quem? Não vejo nenhuma outra Grace aqui. Aliás, não vejo nem a original.

– Vai me perder, Louis! Vai perder tamanha beleza igual eu, porque você sempre foi um perdedor, não é? Você age como um perdedor, se comporta como um, eu tenho nojo desse seu jeito. Se acha tanto, mas não passa de um menininho brincando de correr.

– E você, que não passa de uma menininha brincando com uma arma? – Falei, a encarando – Larga essa porcaria, Domenick. Vamos contar verdades, então. É assim que você quer brincarm então vamos

– Conte-me, perdedor

– Por que não conta você, mimadinha? Você é tão horrível, Trace. Se transformou em um monstro quando eu só queria seu bem. Quase destruiu tudo que eu tinha, só porque você acha injusto que você foi largada na rua por seus pais biológicos, e encontrada por outro lixo humano feito você. Acha injusto que eu tenha tido uma mãe que tenha cuidado de mim, que todos os outros garotos tinham. Que Caroline teve, que você sempre a invejou por ser sempre tão amada por todos nós. Olha o que você fez, garota. Estragou uma amizade que eu tinha com Caroline, me deixou com fama de coração partido e chato, estragou tudo o que eu tinha – Gritei, apontando a arma pra ela, gesticulando cada palavra que saia da minha boca. Claire me olhava, impressionada. O bom de ter outra garota que não seja a sua ex namorada pra se ocupar a cabeça é que você percebe o quão estúpido você foi por aguentar um monstro feio Claire Trace Domenick.

– Idiota – Ela disse, e eu vi algumas lágrimas fugirem do olho dela. podia até sentir remorso, mas ela merecia tudo aquilo e muito mais – Você se perdeu por culpa de uma garotinha que você atropelou. Ela parece ser um amorzinho, mas ela deixou minha mãe desesperada, Louis. Ela me maltratava, sabia? Gritava comigo todo dia, o monstro é ela, não eu. Ela se trancava no quarto e não comia, ficava gritando por socorro como se a gente maltratasse ela.

– E maltratavam! – Ouvi alguém gritar. Olhei pra trás, e vi Annie e sua tia, que estava segurando os braços dela pra que não fugisse. Sophie tropeçava em suas próprias pernas, se sacudindo pra se livrar dos braços da outra monstra que a segurava – Me atormentavam toda noite dizendo que minha mãe estava no inferno, dizendo que seria meu destino e destino do meu pai também.

– Cala a boca! – Georgia gritou, puxando os cabelos dela pra trás. Ouvi uma arma destravar logo atrás de mim, então automaticamente virei e vi Caroline rendendo Claire e Niall apontando uma arma pra Georgia.

– Cala a boca você, querida – Caroline disse, com aquela clássica voz de superior que só ela tinha – Larga a Annie que você sai menos machucada. E a babaquinha aqui também.

– Por todos esses anos que você me prendeu, que você me bateu e me deixou sem comida, titia Georgia – disse Annie, dando ênfase no titia – Eu quero dizer que quem vai apodrecer no inferno é você, invejosa. Sempre me odiou porque eu sou a filha única. Me odiou e odiou minha mãe porque eu sempre fui a criança que todos desejavam, que todos elogiavam. Você é uma invejosa, assim como Claire.

– Invejosa é você! – Ouvi Claire gritar, então ela deu apenas uma cotovelada em Caroline, que estava distraída, então a derrubou no chão com um empurrão. Niall saiu da posição de ataque e correu pra socorrer Caroline, o que deixou tempo suficiente pra Claire achar uma faca e tentar atacar Annie.

– Claire Trace Domenick, solta essa faca agora! – Gritei. Ela corria na direção de Annie, que se sacudia vorazmente pra tirar as mãos de Georgia que a prendiam. Agarrei os cabelos esvoaçantes de Claire e a puxei pra trás com força, fazendo com que ela soltasse um grito em forma de protesto. Empurrei ela pro chão e me coloquei em cima do corpo dela, impedindo que levantasse. Segurei seus braços agitados, que se mexiam tanto que me causaram um corte no braço direito. Gritei com ela e estava quase alcançando sua mão, mas senti uma pancada forte na cabeça e tudo apagou.

 

POV Annie

– Louis! – Gritei, empurrando Georgia e Claire para o lado com toda a força que eu tinha. Não faço ideia de onde, mas a mulher empunhou um pedaço enorme de madeira e o bateu com força contra a cabeça dele, o que o fez desmaiar. Um corte feito por Claire em seu braço direito fazia escorrer sangue, mas não me parecia tão grave. Antes que eu pudesse cuidar daquilo, senti alguém me puxar pelo pescoço. Claire Domenick estava mais uma vez me segurando, e a única diferença foi que agora eu tinha uma faca em meu pescoço.

– Você nunca mais encosta nele – Ela sussurrou, deixando a ponta da faca tão próxima que eu pude ver que estava afiada. Liam e Harry seguravam Georgia, em uma luta pra colocar ela dentro do porta malas. Quando conseguiram, Zayn partiu com o carro, provavelmente pra delegacia. Claire já não estava mais focada em manter sua mãe adotiva segura. Aliás, essa nunca foi a motivação dela. A grande motivação era única: Ter Louis de volta pra ela

– Ele está machucado – Choraminguei, tentando segurar o braço dela e impedir que me cortasse uma artéria. Liam deu um passo pra se aproximar dele, mas Claire me sufocou ainda mais com a faca

– Nem mais um passo, Payne – Ela disse, sorrindo insanamente – O garoto é todo meu agora.

– Nem aqui nem no inferno – Falei, mesmo com a faca quase me matando – Ele nunca te amou, nunca vai te amar e nunca vai te perdoar. A perdedora é você, Domenick. Eu sou o amor dele agora, e você vai queimar sabendo disso.

– Quem vai morrer é você – Ela disse, mexendo o braço. Fechei os olhos, imaginando se um corte doeria demais, e se de trinta segundos a dois minutos agonizando de dor era demais. Senti que a faca ia cortar minha garganta, então um barulho de arma interrompeu meus pensamentos.

– Chora mais, vadia – Ouvi Caroline dizer. O braço que me sufocava agora já estava frouxo, me largando aos poucos. O corpo já inerte de Claire Trace Domenick caiu ao meu lado, sem vida alguma.


Notas Finais


GOSTARAM???
Então, preciso de uma ajudinha básica. Esse é o penúltimo capítulo salvo. O próximo que eu postar vai ser o último, e eu queria saber exatamente, como vcs esperam x como vcs acham que Amnesia termina, e se vc querem mais ou se ta bom por aqui. COMENTEM XX


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