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História Amnesia - Capítulo Vinte e Três


Escrita por: horankillers e horansheart

Capítulo 24 - Capítulo Vinte e Três


We can't back down, we'll never let them change us

 

A festa na faculdade basicamente nos salvou, já que não levaríamos Annie pro leilão de jeito algum e ninguém poderia ficar. Apesar de todos os contras, de todas as minhas suspeitas, acabei cedendo. Ela realmente precisava fazer mais amigos, ela precisava ficar livre de seis criminosos que já estão perdidos na vida. Diferente de todos nós, Annie é alguém. E esse alguém estava saindo do banheiro nesse exato momento, mais bonita que uma Angel da Victoria's Secret. Usava um vestido preto justo, com uma saia rodada e um salto também negro. Estava tão deslumbrante que eu me sentia egoísta por querer guardar ela comigo pra sempre.

– Então? – Ela perguntou, dando uma voltinha e sorrindo – Dá pra deixar todos os garotos da Atlética de Engenharia babando?

– Só os de engenharia? – Perguntei, e ela caminhou até a sacada do quarto, exatamente onde eu estava.

– Pra que iria querer mais? Já tenho você. – Ela disse, me encarando. Os olhos dela brilhavam como as estrelas hoje.

– Você está tão maravilhosa hoje que vou te chamar de Nebulosa – Falei, e ela gargalhou

– Boa. Você aprende rápido – Ela disse, sorrindo. Pensei em a puxar pra um beijo, mas com certeza ia tomar um tapa por estragar o batom vermelho dela – Está na hora de ir, não?

– Ah, sim – Falei, tirando os olhos dela. Seguimos até a escada, onde a ajudei a descer devido ao salto, e quando chegamos na sala, todos pararam pra observar.

– Minha garotinha – Caroline disse, fazendo voz de choro

– Crescem tão rápido – Niall disse, a abraçando – Nosso bebezinho!

– Credo vocês dois – Annie disse, fazendo cara de nojo – Zayn, porque está de terno?

– Eu? – Ele perguntou, arregalando os olhos e olhando pra mim. Arregalei os olhos pra ele, tentando avisar que não era pra arregalar os olhos pra mim, e ele só ficou mais apavorado.

– Tem mais algum Zayn aqui? – Annie perguntou, fazendo cara de óbvio e olhando ao redor – É você, lógico!

– Vai encontrar um patrocinador – Liam disse, aparecendo na cozinha – Junto comigo.

– Vocês disseram que ficariam fora disso – Annie resmungou, mas depois sorriu – Vocês não conseguem ficar longe de problema.

– Que bom que sabe – Sussurrei, enquanto ela caminhava. Abri a porta do carro pra que ela entrasse, depois assumi o banco do motorista. Assim que encarei o volante, respirei fundo e a encarei – Annie.

– O que? – Ela perguntou, em olhando assustada

– Você tem dezoito anos.

– E o que tem isso?

– Você não tem um carro com dezoito anos – Falei, como se fosse óbvio – Você namora com seis apostadores de racha e você não tem um carro seu, Annie Sophie Grace!

– Louis! – Ela disse, rindo – Não me importo com isso. Não se preocupe.

– Até parece – Falei. Dirigi até a faculdade e a deixei lá, onde ela se despediu com um selinho rápido. Assim que vi a tal da Emma caminhando pra vir buscar ela, dei meia volta e fui embora antes que ela me visse. Mas, óbvio, chequei o retrovisor. Era a legítima paixão do Liam. Emma Collins estava de volta pra trazer boas histórias. Ri disso e segui meu caminho, efetuando uma chamada pro Liam pelo painel do carro.

– Manda – Ele disse, e eu revirei os olhos.

– Annie já está na festa. Vocês já saíram de casa?

– Sairemos em cinco minutos, é mais fácil você voltar pra cá do que eu te passar o endereço. Aliás, você esqueceu seu terno.

– Que bosta – Sussurrei, bravo – Chego em dois minutos

– Ótimo – Liam disse, e encerrou a ligação. Virei os dois quarteirões e estacionei o carro de qualquer jeito, já que iríamos com ele por ser um dos únicos a ter os cinco lugares. Caroline e Niall iriam na Porshe 918 nova, pra dar uma moral. Abri a porta e subi as escadas correndo, me enfiando no terno de qualquer jeito. Annie me torturaria e depois me mataria ao ver a situação da gola da minha camisa, mas hoje ela não iria se preocupar com isso. Desci as escadas outra vez e me deparei com uma cena hilária de Niall e Caroline tendo uma briga.

– Eu já falei pra você não me contrariar – Ela disse, o encarando feio

– Caroline, eu estou dizendo que isso não vai dar certo.

– Boa noite – Gritei, entrando na sala. Os dois se viraram pra mim no mesmo momento que eu falei, e eu desejei ter ficado quieto ao entrar na discussão.

– Diga a ela, Louis – Niall disse, visivelmente irritado

– Acalmem-se, crianças – Falei, levantando as mãos – Não sei o que está acontecendo, eu só ia até a cozinha pegar uma maçã.

– Não vai mais – Caroline disse, me puxando de volta – Diga a ele pra me deixar comprar outro carro de corrida.

– Sério? – Falei, encarando Niall – Só porque ela é sua namorada você não quer deixar ela correr?

– Você não quis dar uma arma pra Annie também – Ele disse, e Caroline me encarou

– Como assim dar uma arma pra Annie? Ela deve ter uma arma pra se defender, qual é Louis!

– Olha, voltem à discussão de vocês, estou fora disso! – Retruquei, mas Caroline me puxou outra vez.

– Louis, não fomos nós que a obrigamos a vir. Ela escolheu isso, então ela está dentro de qualquer coisa que nos ameace. Você tem que criar um meio de defesa pra ela.

– Caroline, nós somos o meio de defesa dela – Respondi, tirando a mão dela do meu braço – Eu não vou entregar uma arma na mão dela.

– Ótimo – Ela disse, levantando os braços – Você não. Mas não garanto nada sobre o resto de nós.

– Você não ousaria – Falei, semicerrando os olhos

– Veremos – Ela disse, dando meia volta. Caroline era uma ótima pessoa quando ela não estava te afrontando. Liam diz que nós brigamos tanto porque as semelhanças são muitas. Eu tento não acreditar nisso porque não quero aceitar que sou estressado igual a Caroline, mas essa é uma verdade que raramente consigo evitar.

Entrei no banco do passageiro, já que eu odiava ir apertado com os outros garotos atrás e Liam nunca me deixava dirigir, em circunstância alguma, quando estávamos indo a um evento importante. Harry assumiu o volante, Zayn e Liam foram atrás. Desbloqueei a tela do celular que fui obrigado a comprar, já que Annie poderia estar em situação de emergência a qualquer momento. Nenhuma notificação, o que é provavelmente um bom sinal. Batuquei os dedos no apoio de mão, impaciente. Assim que chegamos, desci do carro e puxei Zayn pra perto.

– Preciso de ajuda.

– O que? Quer que eu escolha um motel pra você levar a Annie?

– Não, idiota – Falei, dando um tapa na cabeça dele, que me xingou por ter desarrumado o topete – Annie fez dezoito anos e eu não dei um carro pra ela. Preciso que me ajude a escolher um carro, não um puteiro.

– Lógico, até porque se você fosse escolher iria comprar uma Ferrari Enzo pra menina que nem sabe dirigir ainda – Ele disse, sorrindo – Primeiro os nossos carros. Depois pegamos um mais simples pra ela.

– Você me conhece tão bem – Falei, sorrindo. Por incrível que pareça, em um leilão tão elegante, tocava música alta, e não era música clássica ou ópera. Pra falar a verdade, entramos no recinto ao som de Red Lights, o que me deu uma leve impressão de que seria uma boa noite. Sentamos separadamente, como sempre costumávamos fazer em leilões. É uma estratégia bem simples, já que podemos cobrir os preços de qualquer forma. É só um jeito de manter outros compradores bem longe dos nossos interesses

–Você só pode estar brincando – Ouvi Zayn dizer, assim que ele se sentou ao meu lado – Tomlinson, temos uma LaFerrari aqui. Nós temos que comprar a qualquer custo.

– Eu não vou pagar uma LaFerrari pra você – Falei, sorrindo enquanto ele me olhava decepcionado – Quando se tem uma Lamborghini Veneno novinha atrás da cortina vermelha. Devia prestar mais atenção aos detalhes, Malik.

– Eu vou gastar muito dinheiro aqui – Zayn disse, sorrindo – Aliás, tenho uma opinião pra você.

– O que é? – Perguntei, o encarando. O cara que ia fazer as vendas entrou e assumiu seu lugar, começando a pedir silêncio

– Acho que tanto Annie como você se dariam bem com uma Maserati Granturismo – Ele disse, indicando o veículo com a cabeça – Elegante, confortável e rápido. É uma mescla entre você e Grace.

– Você devia ser meu mão direita sempre – Sussurrei, enquanto observava o primeiro comprador fazer um péssimo negócio. Sempre estava trocando olhares com Liam e Harry ou Caroline e Niall, que faziam ótimos papéis de compradores. Enquanto nada me interessava, eu pensava em Annie. Nunca conheci Emma pessoalmente, apenas por foto, mas espero que ela seja uma boa garota. E que cuide muito bem da Grace, ou eu com certeza acabaria com a vida dela assim que me surgisse uma oportunidade.

Caroline se levantou em um lance, mas não era um carro. Pra falar a verdade, era um negócio que deixaria qualquer comprador interessado. Cutuquei Zayn, que estava flertando com a menina ao lado, e ele começou a prestar atenção. O objeto em questão só fazia sentido pras pessoas porque era ouro branco puro, maciço. Pra nós, mafiosos? A chave do mundo.

– O lance inicial é de dois mil dólares. Quem vai? – O cara falou. Encarei Liam, que percebeu meu olhar

–Dou três mil – Caroline gritou, e ele apontou pra Car com aquele martelinho ridículo

– Eu cubro – Uma pessoa aleatória gritou. Encarei-o, irritado.

– Dou sete mil – Zayn gritou, e o outro cara retribuiu o meu olhar. Ele não era normal, com certeza.

– Dou dez – Ele disse, e a sala se virou pra prestar atenção em nós. Encarei o cara do martelo, que esperava uma resposta

– Eu dou quinze – Liam gritou. O cara não se abateu.

– Dou vinte – Ele respondeu. Então decidi que aquele pequeno objeto iria valer o investimento, e encarei o juíz

– Cubro qualquer preço – Falei. O outro interessado se assustou, então deu uma risadinha e me encarou.

– Dou dois milhões – Ele disse, e Zayn me encarou. Eu sei que não podemos sair por aí apostando em coisas que podem não dar certo, mas se isso desse certo, seria a chave do nosso sucesso definitivo. Não que já não estivéssemos muito bem resolvidos com contas bancárias muito altas, mas aquilo era um grande objetivo.

– Então paga – Falei, e ele realmente se assustou.

– Eu sabia – Zayn disse, rindo – Ele não tem dinheiro!

– Aceita trinta mil? – Caroline gritou, e o cara decidiu vender sem nem perguntar se alguém daria mais. Sentei no exato momento que ela assinou o certificado de compra, eu enviei uma mensagem pra ela.

''Você sabe o que é isso, não é? L.''

''Diga que não estou enganada. É a chave. C'' Ela respondeu, minutos depois. Procurei ela em meio a multidão, e quando ela percebeu, eu apenas confirmei com um gesto. Ela sorriu e se ajeitou na cadeira. Senti meu celular vibrar mais uma vez, mas não era Caroline. Encarei o número na tela de mensagens, e quase tive um ataque.

Annie Sophie Grace.

Abri a mensagem rapidamente. Zayn me cutucou, mas eu afastei a mão dele e sussurrei um ''faça o que quiser''. Ouvi ele gritar alguns lances, mas não me importava muito com o que era. Deveria ser algo realmente interessante, já que ele disparava lances sem nem pensar.

Entorpecente. Bebida. Máfia. Armário 287.

Isso era tudo. Olhei pra mensagem, incomodado. Nenhuma das palavras faziam sentido, mas eu queria achar um padrão entre elas. Talvez fosse algum tipo de código que ela não tinha me ensinado. Olhei pra Zayn, que estava assinando o certificado da Maserati que eu deveria comprar.

– Você devia prestar mais atenção aqui – Ele disse, me entregando o papel – O que foi?

– Olha isso aqui – Falei, entregando o celular pra ele – Annie me mandou isso. Não sei o que significa.

– Louis – Ele disse, fazendo uma careta – Ela deve estar bêbada, esquece isso.

– Ela prometeu que não beberia.

– Annie está bem – Ele disse, tentando parecer confiante. E eu percebi que ele não era a pessoa certa pra isso. Nenhum deles, na verdade. Levantei do meu lugar e fui até onde Caroline estava, puxando ela pra um lugar mais reservado.

– O que aconteceu? Eu ia comprar aquele carro! – Ela sussurrou, brava. Entreguei o celular e esperei ela ler – Quem mandou isso?

– Annie – Respondi, impaciente. Ela apenas me encarou

– Procure notícias sobre a faculdade – Ela disse, puxando o celular dela pra procurar junto – Annie não mandaria uma mensagem dessas a toa. Procure coisas recentes, qualquer coisa que chame atenção.

– Não é mais fácil ligar pra ela? – Perguntei, enquanto procurava

– Não. Se ela mandou uma mensagem assim, é porque não pode falar – Caroline disse, mexendo agilmente em seu celular – Louis...

– O que? – Perguntei, puxando o celular da mão dela. Estava aberta na página de uma notícia de dez minutos atrás.

''Ataque anônimo à Universidade de Liverpool.

Alunos comemoravam, nessa segunda feira, uma festa de boas vindas aos calouros e começo de aulas, quando alguns indivíduos começaram a passar mal e desmaiar. Pelo que foi informado por algumas pessoas que foram pra fora antes do ocorrido, disseram que suspeitavam que tivesse sido colocado sonífero dentro de bebidas alcóolicas.

Minutos após os primeiros desmaios, a balada seguia normalmente, quando a fumaça de gás foi liberada pra animar o local. Mas assim que o gás chegou aos alunos, começaram todos a ficar tontos e ter sintomas como náuseas e desmaios.''

– Isso não é brincadeira de veterano – Falei, encarando Caroline – Isso é coisa de máfia.

– Louis... – Ela sussurrou, mas eu já estava me virando

–Annie – Falei, e saí o mais rápido o possível.


Notas Finais


Só pra saber, vcs preferem pov Annie ou pov Louis (ou algum outro)? Comentem xx


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