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História Amnesia - Capítulo Vinte e Sete


Escrita por: horankillers e horansheart

Notas do Autor


capítulo meio bostinha, vou tentar melhor no 28, mas só prometo um epílogo destruidor! boa leitura xx

Capítulo 28 - Capítulo Vinte e Sete


And I got to stay high, all the time, to keep you off my mind. 

 

– Eu te odeio, Louis Tomlinson – Annie disse, fazendo uma careta na cadeira do tatuador. Eu apenas a encarei e sorri, enquanto ela ganhava uma âncora na parte da frente do ombro – A propósito, você disse, que seria no braço. 

– Foi uma aposta – Falei, dando de ombros – Eu ganhei, você obedece. A propósito, você fica bem melhor com essa tatuagem ai. Tirou seu ar de bebezinho .

– Eu não tenho ar de bebezinho – Ela disse, entredentes. Depois fechou os olhos e fez outra careta – Você vai pagar por isso. 

– Em uma aposta, jamais. Aliás, terceira regra: Nunca aposte com um apostador, a não ser que você saiba todos os pontos fracos. Ou seja, se você não souber se aproveitar, você sempre vai perder. 

– Pronto – O tatuador disse, tirando as mãos de cima e dando uma visão perfeita da pequena âncora que eu tinha escolhido. Ele citou algumas recomendações e cobriu com o curativo. Ajudei Annie a se levantar, e dessa vez eu assumi o banco do motorista. Ela sentou no passageiro e me encarou, ainda brava. 

– Você é um completo idiota com muito bom gosto – Ela disse, inclinando a cabeça pra trás. 

– Ficou tão pequena que você esconde com a palma da sua mão – Falei, dirigindo até nosso bairro outra vez – Você falha, você paga.  

– Por que uma âncora? – Ela perguntou, tentando tirar o curativo. Dei um tapa em sua mão, pra que ela não mexesse ali. 

– Seja sua própria âncora, Grace. Não dependa de ninguém pra seguir com seus atos. Você dependeria de mim hoje se fosse realmente necessário atirar naquele cara. Se você quiser saber se defender, se não quiser depender de ninguém, vai ter que aprender a ser fria. 

– Por que isso envolveria matar pessoas inocentes? Louis, eu não quero entrar no meio dos seus esquemas. Eu só quero que você me ensine essas coisas. 

– Na hora que vierem pra cima de você, eles vão te lançar um olhar desesperado – Falei, dando meia volta pra sair pro centro outra vez – Você quer saber, eu te ensino. Mas você tem que me obedecer apesar de qualquer coisa. Se eu disser atire, você atira. Sem teimosia. Não importa quem é ou qual a função desse ser humano, você atira. 

– Por que? – Ela sussurrou, fechando os olhos e depois os abrindo pra me encarar – Por que tem que ser difícil? 

– Annie – Falei, estacionando o carro. e a encarando – Se você não quiser, não tem problema. Eu posso cuidar de você, todos nós podemos. Mas se você quer aprender, eu tenho que te ensinar.  

– Por que você mudou de uma hora pra outra? – Ela perguntou, desconfiada – Disse que nunca me daria uma arma na mão. 

– Circunstâncias – Falei, tirando os olhos dela e seguindo pra uma área pacata. Era uma área quase abandonada, não desenvolvida e sem projetos. Entreguei a pistola pra ela e estacionei o carro. Apontei um alvo ao longe pra ela; uma casa de madeira.  

– Alguém mora ali? – Ela perguntou, destravando a arma.  

– Não. Mas é um bom lugar pra se treinar a pontaria. Atire. 

– Mas... 

– Annie, não existe ''mas''. Eu te mandei atirar, você já perdeu dez segundos – Falei.  Ela bufou, esticou o braço e mirou na casa, disparando, e se assustando com o tranco da arma. Ri da  cara que ela fez e peguei a pistola de sua mão. 

– Você pensou demais – Falei, destravando a arma e a encarando, mirando na casa sem olhar e a disparei – Quando você não pensa, a consciência não pesa tanto.  

– Você sabe demais – Ela resmungou, sentando no chão de grama – Eu nunca vou ter essa pontaria. 

– Vamos tentar algo diferente então – Falei, puxando meu celular e discando pra Caroline. 

– Fala, bobo alegre – Ela disse, assim que atendeu o telefone. 

– Idiota. Sabe o Parque Três? Preciso que venha até aqui. 

– Pra que, exatamente? 

– Pra colher morangos e dar as mãos que não é, né Caroline? Annie está aqui comigo. 

– Você deu uma arma pra ela? – Caroline gritou, animada  

– Dei. E ela precisa de pontaria. Agora, mexa seu traseiro e venha até aqui. 

– Cinco minutos – Ela disse, e encerrou a ligação. Andei até o carro e revirei o porta luvas. Nada. Procurei mais armas e munição no porta malas, nos fundos falsos, e não encontrei nada; Então Annie sentou no banco do motorista, se mexendo no painel e nos botões de controle, que reparou algo embaixo do banco. 

– Uma faca – Ela disse, tirando a arma da bainha – Uma faca de dois fios. Eu costumava brincar de arremessar facas na porta de madeira da casa da minha tia. Até que ela tomou a faca de mim e a arremessou contra mim. 

– Como? – Perguntei, arregalando os olhos. Ela levantou a blusa e mostrou uma cicatriz na costela. um risco fino e eternamente marcado ali – Eu devia ter matado ela.  

– Tudo bem – Annie disse, dando de ombros – Posso arremessar essa faca na casa de madeira? 

– Claro que sim – Falei, e me surgiu uma ideia. Annie não precisava necessariamente de uma arma. Nos aproximamos mais da casa. e ela pediu pra que eu apontasse um local. Apontei o centro da casa, e ela tomou distância e jogou, acertando exatamente onde eu tinha apontado. Ela sabia manejar uma faca. 

– Outro lugar – Ela pediu. Apontei no canto superior direito, e me afastei. Ela respirou fundo e tomou distância mais uma vez, arremessando a faca exatamente no lugar que eu indiquei, mais uma vez. 

– Você é ótima nisso – Falei, e ela deu de ombros. 

– Mais um lugar. Uma vez é normal, duas é coincidência, três é padrão. 

– Ótimo – Falei, e indiquei o meio da aresta da casa. Coloquei-me ao lado dela, e dava pra reparar que com as facas, ela tinha o mesmo carinho que eu tinha com as armas. A precisão, o posicionamento, a vontade de jogar. Ela não fazia isso pra provar nada. Fazia porque ela gostava de fazer aquilo. E quando ela cravou a faca na quina da casa, eu tive certeza que ela tinha todo o potencia que precisava pra se meter em qualquer coisa. E era isso que me impressionava e me assustava ao mesmo tempo. 

– Nossa – Alguém disse, batendo palmas. Nos viramos imediatamente, e eu dei de cara com Niall aplaudindo e Caroline logo atrás – Nunca, em toda a minha vida, eu vi alguém jogar uma faca tão bem assim, Sophie. 

– Faz quanto tempo que vocês estão aqui? – Perguntei, enquanto Annie corria pra buscar a faca. 

– Dois minutos. Vi os últimos dois lances dela – Caroline disse, sorrindo – E você sabe o que isso significa. 

– Você não vai tomar ela como arma secreta – Falei, e ela deu um sorriso sarcástico. Annie chegou, brincando de jogar a faca pro alto e a pegar, e até nisso Annie se tornava impressionante, pois ela sempre a agarrava pelo punhal. 

– Tudo bem Grace, chega de se amostrar – Niall disse, pegando a faca e a colocando de volta no carro – Vamos treinar com armas de verdade. 

– Aqui – Caroline disse, puxando uma Desert que eles tinha trazido. Annie pegou a arma na mão e a analisou, checando se estava carregada – Garota esperta. Aliás, o que é esse curativo no seu braço? 

– Aposta – Ela disse, revirando os olhos – Onde eu atiro? 

– Isso tem cara de tatuagem – Caroline disse, encarando bem – Louis já chegou com vários desses em casa.  

– Acertou – Ela respondeu, respirando fundo. Caroline sorriu e andou até a casa, demarcando uma área vermelha com um maldito giz vermelho que estava sempre com ela, e ninguém sabe o motivo. Arrisco que seja pra treinar, já que ela some do nada por muitas vezes, e adora esse esquema de marcação nas paredes. 

–Vê esse círculo? É onde você vai atirar. E aqui – Caroline disse, desenhando um bem menor, no centro do primeiro círculo – É onde você alcança a perfeição. Encare como uma brincadeira de tiro ao alvo. A única diferença é que, as vezes, o alvo pode ser uma pessoa. 

– Nossa – Annie disse, suspirando. Então ela destravou a arma e a posicionou, apontando pro alvo, mas Niall a interrompeu. 

– Você vai atirar muito fora desse jeito – Ele disse, ajeitando o braço dela. Concentrei-me na vontade de não gritar pra que ele saísse dali, já que ele estava mexendo em todos os cantos do corpo dela, mas era óbvio que ele não tinha segundas intenções, já que ele fode a Caroline. 

– Atire – Caroline disse – E seja fria. Tira essa carinha de bebê do rosto e faça cara de brava, ou você se torna um alvo fácil. 

– Ela nunca vai conseguir isso – Falei, e todos riram, exceto Annie que me olhou com uma cara de brava – Você nunca vai ter cara de brava, coisinha fofa. 

– Nunca. Você não vai fazer isso jamais, porque você parece um filhote de cachorro de tão fofa – Niall disse, e eu ri. Psicologia reversa era um dos nossos melhores modos de convicção. 

– Vamos, Annie. Seja fria, pare de ser fofa ao menos um minuto – Caroline disse, e Sophie fez algo que realmente me surpreendeu. Em uma volta repentina, ela virou a arma destrava apontando para o chão em minha frente, e disparou. Quase soltei um grito de susto, mas me contive pra manter a postura. 

– Grace, não é assim que se faz – Falei, a encarando – Você não pode descontar sua raiva sem raciocinar. Por isso eu quero que você aprenda a ser fria. Ao contrário, você nunca vai conseguir. 

– Pra onde você mirou? – Caroline disse, espantada. 

– Pro chão – Ela murmurou, levantando o olhar e batendo a arma contra meu peito, soltando ela – E eu não fiz sem raciocinar. Foi pra chamar sua atenção. 

– Volta aqui – Falei, puxando ela pelo braço antes que entrasse no carro – Eu não quero que você desista. Você me convenceu a te ensinar, agora você vai até o fim.  

– Ótimo – Ela disse, tomando a arma da minha mão, caminhando até onde ela estava e atirando no alvo, quase tão rápido quanto um de nós teria feito. Olhei boquiaberto ao perceber que ela errou alguns centímetros apenas da perfeição – Que tal assim? 

– Pelo jeito você tem muitas qualidades que ainda não descobrimos, Grace – Niall disse, encarando o alvo – Atire a faca do mesmo jeito que você atirou com a arma. 

–Não, tenho algo melhor – Caroline disse, caminhando até o carro e voltando com uma bolinha de tênis – Acerte isso quando eu jogar pro alto.  

– Ela não vai conseguir – Falei, e ela me encarou com uma raiva que mudou a visão sobre a calma dela.  

– Jogue – Annie disse. Caroline arremessou a bolinha pro alto, e Annie arremessou a faca, que cravou no pequeno objeto e cai no chão. Ia bater palmas, mas o barulho do meu telefone impediu qualquer ação. Liam. 

– Fala, Senhor Razão de Tudo. 

– Você, Caroline, Niall e Annie. Voltem pra casa. E você, tranque bem a Sophie no quarto, porque achei um belo ponto fraco na casa do Carter. Mas precisa ser amanha. 

– Espera, como é isso? 

– Apenas voltem. Vejo vocês no escritório – Ele disse, e encerrou a ligação. Tive vontade de jogar o celular longe, mas não o fiz.  

– O que foi? – Caroline perguntou. 

– Casa. Explico lá. Annie, sinto muito, mas vamos parar por aqui – Falei, e ela deu de ombros. Annie entrou no banco do passageiro e moveu a mão até o rádio, ligando em Cool Kids. Sorri pra ela, que batucava as mãos no ritmo da música. Meu único medo de agora era esse: Me perder em uma missão e abandonar Annie pra sempre. Ou pior, ficar no mundo se Annie me abandonasse um dia. 

– Louis – Ela chamou, brincando com a faca na mão – Um dia eu vou conseguir ser como você? Fria e sagaz? 

– Nunca – Falei, e ela me encarou – Porque você vai ser melhor.


Notas Finais


número de comentários caindo, to achando que ta ruim </3 comentem! xx


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