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História Amnesia - Capítulo Três


Escrita por: horankillers e horansheart

Capítulo 4 - Capítulo Três


but I wonder where were you? When I was at my worst, down on my knees

 

Chegamos em casa carregando nada mais, nada menos que sete sacolas e mais quatro embalagens pequenas que estavam dentro das sacolas. Zayn e Caroline insistiram em comprar roupas de todos os jeitos pra mim, e foi impossível recusar. Louis arregalou os olhos quando viu as sacolas, mas logo deslizou o olhar pra mim e sorriu  

– Comprou tudo o que precisava? – Ele perguntou. Dei de ombros 

– Não sei. Acho que sim. Caroline disse que é suficiente.  

– Mentira dela, precisava de bem mais que isso – Caroline disse, nos fazendo rir 

– Caroline, você entende mais de roupas de baixo – Niall disse, e eu arregalei os olhos 

– Niall! – Ela disse, ficando vermelha e soltando um sorriso em seguida – Você não deveria saber nada sobre meus gostos de roupas de baixo. 

– Eu não deveria ouvir isso – Falei, e os dois riram  

– Ótimo. Vem aqui agora, preciso de mostrar uma coisa – Louis disse, me puxando. Segui-o escada a cima, onde demos de cara com o corredor. Ele me puxou até o fim e subiu mais uma escada de madeira, e eu me deparei com o que parecia ser um sótão, só que com janelas. Havia uma pilha de edredons no chão, espalhados pra formar uma cama. Dois travesseiros estavam lá, voltados para a vista da janela, que mostrava um belíssimo entardecer. Um rádio estava mais ao canto, junto com um notebook e uma pilha de livros empoeirados.  

– É seu quarto? – Perguntei. Louis encostou a porta e fez sinal pra que eu sentasse na pilha de edredons  

– Sim e não. É bom vir pra cá às vezes, mas não é fixo. Gostou?  

– É arrumado – Falei, e ele riu  

– Tudo bem, isso não importa. Separei umas músicas pra você ouvir, me diz se alguma delas te lembra alguma coisa. Tudo bem?  

– Claro – Respondi. Ele puxou uma almofada, que estava um pouco mais ao canto, e sentou em cima. Depois ligou o rádio e conectou com o notebook, começando com outra música dos Beatles. Sorri logo que começou, pois mais uma vez eu sabia a letra. 

– Então? 

– Here comes the Sun – Respondi, com um sorriso – Também me deixa feliz, mas não me lembra nada. 

– Posso pular? – Ele perguntou, e eu só assenti. O toque mudou, e logo eu reconheci. Oh Darling.

– Você só pode estar brincando, Louis – Falei, rindo – Só separou Beatles? 

– Achei que você gostasse!  

– Adoro, mas talvez não sejam só eles que me tragam memórias  

– Todo esse tempo gasto a toa – Ele disse, bufando. Me levantei e cheguei mais perto. Puxei outra almofada e me sentei ao seu lado, abrindo um site de músicas. Tomei o controle do aparelho e coloquei em uma música aleatória. Photograph, do Ed Sheeran. Me encostei ao ombro do Louis pra prestar atenção na letra.  

 

Loving can hurt 

Loving can hurt sometimes 

But it's the only thing that I've known 

When it gets hard 

You know it can get hard sometimes 

It is the only thing that makes us feel alive 

 

– É bonita – Falei, e ele me encarou, esperando mais alguma coisa – Ela é tão linda, aprece até que foi feita pra um casal que foi separado... 

– Annie? – Ele chamou, vendo que eu parei no meio da frase. Um casal que foi separado pelo tempo, por circunstâncias desagradáveis. Eu tinha um namorado.  

 

Flashback on 

– Annie Sophie Grace – Brandon disse, sorrindo. O garoto mais gracioso de cabelos cor de palha que eu já tinha visto em toda a minha vida.  

– Brandon Castelucci – Falei, com todo o sotaque italiano que eu pude. Ele riu de uma mistura de sotaques que eu acabei fazendo, e segurou minhas mãos  

– Fala outra vez, por favor. Você fica perfeita falando italiano 

– Castelucci – Repeti, e ele me deu um beijo rápido  

– Eu te amo, garota.  

– Eu também te amo. Mas agora você pode me explicar o que estamos fazendo aqui nesse parque, que não tem ninguém, e está fazendo um frio desgraçado?  

– Insensível – Ele disse, rindo. Alguns flocos de neve começavam a cair, deixando meu casaco, touca e cachecol brancos. Brandon passou a mão pelos meus cabelos, tirando alguns flocos.  

– Vai falar ou não?  

– Annie Sophie Grace – Ele repetiu – Eu te trouxe aqui porque achei que séria um ótimo cenário.  

– Cenário pra que? – Perguntei. Ele riu e se ajoelhou, segurando minha mão. 

– Annie, eu te amo faz um bom tempo, e eu sei que você também me ama. Então eu esperei um dia com previsão de nevada, porque eu sei que você adora neve. E fica maravilhosa fazendo anjos de neve. Mas hoje eu quero diferente. Quero que você faça seu primeiro anjo de neve com seu namorado. Annie Sophie Grace, aceita ser minha, pra todo o sempre?  

 

Flashback off.  

 

– Annie! – Louis gritava, me sacudindo. Segurei os braços dele e o encarei fundo. Ele estava desesperado, tentando me tirar do meu momento de transe. Pisquei os olhos duas vezes, enquanto ele esperava uma resposta  

– Brandon Castelucci – Falei, e ele não entendeu nada – Procura, Louis. Eu o conheço, preciso encontrar esse garoto. Preciso que ele me conte coisas sobre mim 

– Annie, quem é esse cara? O que foi aquele transe? Você não esta bem, deita aqui – Ele disse, me carregando até a cama. Pegou os dois travesseiros e os ajeitou como um apoio pra que eu me deitasse. Sentia como se o mundo estivesse rodando de um jeito confuso. Eu via vários flashes na minha mente com relação a esse garoto, e tudo me diz que ele era a melhor pessoa na minha vida. Louis colocou a mão na minha testa, pra saber se eu estava com febre.  

– Louis, eu preciso achar ele. Preciso achar o Brandon. Agora.  

– Depois, Annie. Agora você vai ficar ai deitada enquanto eu busco alguma coisa pra você comer. Espera um segundo – Louis disse. Ele deu um beijo em minha testa e saiu correndo pela porta. Brandon Castelucci. Ele era italiano, com certeza. Não ousei levantar pra procurar o nome dele em alguma rede social, pois Louis me mataria. Eu queria fazer isso junto com os garotos e Caroline. Eu iria atrás desse garoto, ele iria me explicar tudo o que tinha acontecido entre nós.  

– Annie? – Liam chamou, entrando no quarto – Tudo bem?  

– Tudo ótimo – Respondi, e ele fez uma careta 

– O Louis desceu correndo, achei que tivesse acontecido alguma coisa 

– Ah, não – Respondi – Tive uma lembrança e entrei em uma espécie de transe, e ele achou que eu ia morrer  

– Dramático – Liam disse, e nós rimos – Qual foi a lembrança?  

– Um garoto chamado Brandon Castelucci – Respondi. 

– Podemos começar a procurar sobre ele amanha, o que você acha?  

– Por que só amanha?  

– Hoje o Louis não vai deixar. Vai dizer que você não está bem – Ele disse, e riu em seguida  

– Ele ficou tão preocupado, diz pra ele que não é necessário! 

– Annie, você não sabe o que diz. É melhor aproveitar – Liam disse, sorrindo – Tenho que ir. Vou encontrar uma amiga minha.  

– Arruma a jaqueta – Falei, apontando pra gola enrolada – É só amiga mesmo?  

– Obrigada. E é sim – Ele disse, rindo. Liam era autoritário ao mesmo tempo em que conseguia ser uma pessoa graciosa. Ele desceu as escadas, e eu pude ouvir seus passos se distanciando. Logo em seguida ouvi alguém subir. Louis apareceu na porta com uma bandeja enorme, cheia de coisas. 

– Louis! – Repreendi. Ele me olhou, sorrindo – Só um copo de água bastava!  

– Faz tempo que você não come.  

– Você que fez? – Perguntei 

– Foi. Zayn que me ensinou a fazer o suco de laranja, olha só – Ele disse, entregando o copo na minha mão, pra que eu experimentasse. Minha mão esbarrou na dele, o que o fez se assustar e derrubar todo o suco na minha camiseta  

– Louis! – Grunhi, rindo. Ele me olhava assustado, e fez uma careta extremamente engraçada, o que me fez rir mais ainda.  

– Desculpa! Droga, eu tive trabalho pra fazer esse suco! Espera, vou te ajudar – Ele disse, pegando um guardanapo. Louis empurrou a bandeja pro lado e se debruçou sobre minhas pernas, alcançando a parte da camiseta. Ele passou o papel pela minha barriga e fui subindo, chegando perto dos meus peitos.  

– Louis – Chamei. Ele não olhou – Louis.  

– Sim? – Ele perguntou, finalmente olhando  

– Acho melhor eu fazer isso, não é? – Falei. Ele me olhou e riu 

– Me desculpa, eu só quis ajudar  

– Não tem problema – Respondi, tomando o papel de suas mãos. Ele percebeu meu esforço e riu. Depois tirou a camiseta branca que ele estava vestindo, ficando só de calças. Me entregou e indicou a ponta do quarto  

– Pode se trocar ali se quiser, juro pra você que eu fico olhando pra parede – Ele disse, me fazendo rir.  

– Tudo bem, olhe pra parede então – Falei. Andei até o canto onde a mesa me escondia, e troquei de camiseta. Vesti outra vez a blusa do Liam, que ainda estava comigo.  

– Pronto? – Louis perguntou  

– Tudo bem, pode olhar – Respondi. Ele me puxou outra vez pra cama e nós sentamos ali. Reparei as várias tatuagens que ele tinha espalhadas pelo coro, e que corpo. Louis servia chá em duas xícaras enquanto eu estava paralisada, olhando todas as tatuagens.  

– Annie? – Ele chamou, me tirando do transe. 

– Sim? – Perguntei. 

– Então, quantos?  

– Quantos o que?  

– Cubos de açúcar!  

– Ah, claro! Três! – Falei, desesperada. Aquele físico tinha me tirado toda a atenção.  

– Aqui, viciada em açúcar. Cuidado com a diabete. – Ele disse, me estendendo uma xícara. Era um chá de morango delicioso. 

– Louis, por que ‘’If is what it is’’?  

– O que? – Ele perguntou, confuso. Bebia seu chá tranquilamente.  

– Sua tatuagem – Falei, indicando com a cabeça. 

– Ah – Ele respondeu, olhando pra ela – Gostou? 

– Ficou maravilhosa em você – Falei, levantando as sobrancelhas. Ele riu da minha cara.  

– Você não tem nenhuma?  

– Não – Falei – Mas acho que seria legal fazer alguma.  

– Tem alguma vontade especial? – Ele perguntou, me olhando – Conheço alguém que sabe fazer tatuagens muito bem  

– Não. Queria alguma coisa, mas não tenho certeza se ficaria bem em mim. 

– Annie! Claro que fica! Olha aqui – Ele disse, puxado meu braço e levantando a manga da blusa – Você escrever ‘’Louis Tomlinson’’ aqui ia ficar lindo! 

– Louis! – Gritei, rindo – Claro que não!  

– Por que não? Ia ficar bonito, meu nome é muito bonito.  

– Convencido! – Grunhi, tomando mais um gole do meu chá – Talvez uma frase, não sei. Tenho medo.  

– Não precisa ter medo – Louis disse, rindo – Olha, vamos fazer um combinado.  

– Pode falar.  

– Você me deixa te levar pra fazer uma tatuagem. Se você agüentar, eu faço o que você quiser. Tudo bem?  

– Qualquer tatuagem?  

– Qualquer uma  

– Se eu fizer um ponto final você vai me bater? 

– Vou! – Ele gritou, me fazendo gargalhar – Vou bater até o ponto final sumir, idiota! Eu que vou escolher!  

– Se você mandar escrever seu nome, eu escrevo Annie Sophie Grace no meio da sua testa. 

– Sophie? – Ele perguntou, franzindo o cenho – Esse é seu nome do meio?  

– Sim – Falei, cruzando as pernas – Lembrei hoje, junto com o tal do Brandon.  

– Como era esse garoto?  

– Tinha olhos castanhos, e cabelos cor de palha. Mas era um cor de palha, diferente, sabe? Era todo desgrenhado. E era tão pálido quanto o Zayn.  

– Ele disse alguma coisa naquela coisa tipo um sonho que você teve?  

– Disse – Respondi, brincando com um bolinho de chocolate que estava na bandeja – Disse que eu gostava de neve. E perguntou se eu queria ser a garota dele, pra sempre. 

– Você aceitou? – Louis perguntou, depois de um longo silêncio. O tom de voz dele já tinha mudado, com essa simples frase. Já tinha voltado a ser como era quando nos conhecemos, no hospital. Pisquei duas vezes, o encarando. Louis retribuía meu olhar, esperando por uma resposta. Respirei fundo e encarei minha xícara.  

– Não sei. Acabou aí. É por isso que eu quero tanto achar Brandon Castelucci. Quer que ele me esclareça algumas coisas, e eu sei que ele pode. Ele falava como se fosse meu melhor amigo, entende Louis?  

– Entendo – Louis disse, se levantando – Já está tarde, Annie. E você ainda não repousou direito.  

– Posso dormir aqui? É tão lindo – Falei, encarando as estrelas, pra evitar olhar em seus olhos. Ele suspirou.  

– Claro que pode – Louis disse, se aproximando. Ele me fez deitar e ajeitou os travesseiros. Depois puxou o cobertor até meu queixo, e deu um beijo na minha testa  

– Vou dormir sem escovar os dentes? – Perguntei, e ele riu fraco 

– Só hoje. Prometo que amanha você escova os dentes.  

– Se eu acordar com bafo de leão, a culpa é toda sua. 

– Tudo bem, Annie – Ele disse, sorrindo – Boa noite, até amanha.  

– Até amanha – Respondi. Ele se virou de costas e saiu. Ouvi a porta fechar, e a luz apagou assim que ele saiu. Eu encarava a Lua, que brilhava do lado de fora. O céu era pontilhado de estrelas, e logo abaixo Manchester funcionava a todo vapor, me proporcionando uma das vistas mais bonitas até hoje. Pensei no dia de hoje. Pensei no Louis, que eu mal conhecia e já sentia necessidade de estar com ele todo dia, toda hora, toda fração de segundo dessa vida em que eu já não sei quem é quem. Eu preciso que ele fique assim, me dando um beijo de boa noite na testa, trazendo as coisas até mim, simplesmente cuidando como se eu fosse algo importante pra ele. Eu não quero estragar essa amizade que eu conquistei em apenas um dia com o Louis por culpa de um garoto cujo eu só lembro o nome, e uma declaração. Eu não sei se eu namorei esse garoto, mas não quero ter feito nada que magoe o Louis. Na verdade, eu quero mudar meu passado. Quero ter vivido com esses garotos e com Caroline todos esses dias, e quero viver com eles daqui pra frente. E nós vamos fazer isso como Louis me prometeu. Juntos.  


Notas Finais


Estão gostando, amores? comentem xx


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