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História Amnesia - Capítulo Seis


Escrita por: horankillers e horansheart

Capítulo 7 - Capítulo Seis


it just wont feel right, cause i can love you more than this

 

Quando acordei, Louis já não estava mais do meu lado. A camisa que ele usava ontem estava jogada logo a direta do criado mudo. Me sentei na cama, frustrada por ele já não estar mais ao meu lado. Provavelmente foi trabalhar. Ou algo do tipo. Então notei que havia uma bandeja em cima da escrivaninha, que ficava na outra ponta do quarto. Juntei minhas forças e levantei, indo até lá. Havia um bilhete grudado em um copo. Destaquei-o

Espero que tenha dormido bem. Tive que sair, mas prometo que volto assim que puder.

Louis xx

Olhei pro café da manhã que ele tinha me preparado. Três donuts de creme e uma bela xícara de chá de morango. Ótimo, não poderia ter nada melhor que um café desses. Comi tudo, sem exceção, porque estava maravilhoso. Depois desci as escadas de dois em dois pra deixar a bandeja na pia, e me deparei com algo surpreendente: Caroline deitada no colo do Niall. E os dois estavam assistindo um filme romântico. Chequei o relógio, que indicava dez e quinze da manhã. Muito amor pra esse horário.

– Bom dia – Falei, em alto e bom tom. Os dois pularam do sofá, se virando na minha direção. Pisquei pros dois, que pareciam ter visto um fantasma. O mais engraçado é que Caroline estava com os cabelos bagunçados e Niall também, e anteriormente ele estava com o braço na cintura dela. Eu não deveria desconfiar de nada, já que geralmente fazia isso com meu melhor amigo que me recordei recentemente, mas é muita coisa pra que meu cérebro fizesse parecer normal pra mim.

– Ah, Annie. É você – Caroline disse, revirando os olhos.

– Achei que o Louis tivesse te levado junto – Niall disse, confuso. Encarei-o.

– Pra onde ele foi, afinal? – Perguntei. Caroline e Niall se entreolharam.

– Trabalho – Caroline respondeu prontamente. Bufei e levei minha bandeja pra cozinha. Se ele poderia me levar, por que simplesmente não me acordou pra que eu lhe fizesse companhia? Subi as escadas outra vez e peguei meu notebook, pra procurar informações sobre Brandon Castelucci mais uma vez. Abri um perfil e fui ver a foto, então quase cai de costas. Era ele.

 

Flashback On

Era meu primeiro dia como líder de torcida do time de futebol americano. Os testes tinham sido simplesmente espetaculares, e eu fui elegida com grande vantagem. O time dos garotos estava todo lá, junto com as veteranas. Eles estavam com os uniformes perfeitamente colocados, coisa que ia mudar muito quando começassem a treinar. Eles se apresentaram um por um, então o último dos garotos deu um passo à frente. Era alto, de cabelos cor de palha, com um sorriso maravilhoso. Estava segurando o capacete logo abaixo do braço esquerdo.

– Meu nome é Brandon. Brandon Castelucci, com sotaque italiano e chique, por favor – Ele disse, causando risos em todos – Sou o capitão do time. Espero que se sintam em casa, porque vocês são minhas garotas agora.

E foi assim que eu conheci meu melhor amigo, e futuro namorado.

Flashback Off

 

Puta que o pariu, Brandon. Te achei. E agora eu não sei se eu posso simplesmente ir atrás de você. Não sei o que eu vou dizer se eu o encontrar, não sei qual vai ser a reação de ambas as partes. Mas eu realmente preciso saber o que aconteceu.

Coloquei uma calça jeans e uma camiseta simples de manga curta. Reparei um casaco embolado no chão. O casaco do Louis. Sorri e o recolhi, aproveitando pra vestir. Ficava simplesmente enorme, mas isso não era importante. Peguei uma bolsa e joguei meu celular e um cartão de crédito pra emergência que o Louis tinha deixado pra mim. Anotei o endereço do Brandon no bloco de notas do meu celular, e corri até o andar de baixo. Niall estava estirado no sofá só de calças, e eu não faço a mínima ideia de como ele estava aguentando aquele vento gelado.

– Niall, preciso de você. E da Caroline. – Falei, e ele me olhou, assustado. Eu não conseguia parar quieta.

– Annie, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Você parece nervosa

– Eu descobri uma coisa que pode me ajudar muito. Mas preciso que vocês me levem até um lugar.

– Claro – Ele disse, levantando e pegando uma camiseta que estava jogada em um canto da sala – Vou chamar a Caroline. Pode entrar no carro branco – Ele disse, me arremessando as chaves. Peguei elas no ar e corri até a garagem. Apertei o botão pra destravar o veículo e corri até ele. Era um Porshe Cayenne Branco, majestoso e impecável. Me sentei no banco de trás e deixei a chave já no contato. Dois minutos depois, Niall e Caroline adentraram o carro.

– Então, onde vamos? – Caroline perguntou, animada.

– Aqui – Falei, mostrando o lugar. Niall riu, animado

– Poderíamos ir a pé. Fica a quatro ou cinco quadras daqui – Ele disse. Caroline grunhiu e fez cara feia, algo próximo à birra.

– Você sabe meus motivos pra ir de carro – Ela retrucou

– Tudo bem – Niall disse, abrindo as portas da garagem pelo controle automático. Comemorei internamente, já que eu também odiava andar demais quando poderíamos simplesmente usar o carro. A rua era deserta, coisa que eu nunca tinha reparado. Caroline ligou o rádio, mas Niall não a deixou cantar, reclamando de uma suposta dor de cabeça. O que foi constrangedor, porque eu queria cantar junto. Niall virou em uma rua arborizada, com casas grandes e quintais floridos. Sorri ao ver aquela combinação de cores maravilhosa

– É aquela casa ali – Caroline indicou, depois de olhar novamente o endereço – Eu vou com você. Niall fica aqui.

– Não, eu vou junto – Ele disse, estacionando logo em frente

– Não, você vai ficar aqui – Caroline disse. Ele bufou

– Car, e se ele matar vocês? E se ele te jogar na parede e te beijar?

– Já tenho alguém que faça isso por mim – Ela disse, e eu pigarreei

– Niall, Brandon não é um assassino. Posso te garantir isso – Falei, brava com o jeito que ele se referia à única pessoa que eu me lembrava – E a Caroline vai comigo, enquanto você fica aqui.

– Toma – Caroline disse, saindo do carro

– Desculpa, mas só a Car vai entender – Falei, e Niall assentiu. Não sei se ele ficou bravo, pois não deixava transparecer. Desci do carro, aflita com o que poderia acontecer. Louis me mataria se soubesse que eu estava aqui. Depois mataria Niall e Caroline por ter ajudado. Ri mentalmente disso e parei em frente a porta.

– Toque a campainha – Caroline disse, vendo que eu estava sem rumo. Estiquei meu braço e apertei o pequeno botão. Assim como algumas crianças fazem quando estão com vergonha, eu me balançava pra frente e pra trás. Caroline riu baixo daquela cena ridícula.

– Já vai – Uma voz masculina gritou, e eu senti meu corpo estremecer. Não me recordo de como era a voz dele, mas ele não tinha irmãos, e seus pais eram separados. Então suponho que só possa ser ele. Ouvi o barulho de chaves, e respirei fundo. Assim que a porta abriu, sorri, tentando parecer uma pessoa graciosa.

– Brandon? Brandon Castelucci? – Arrisquei. O garoto, que estava com a escova de dentes na boca, deixou a mesma cair. Ótimo, parece que ele está vendo um fantasma. Talvez tenham dito que eu morri, e agora ele pensa que eu voltei pra levar ele pro Inferno.

– Annie? – Ele perguntou, de olhos arregalados. Depois levou a mão até meu rosto. Sorri pra ele, constrangida por não lembrar de nada. Olhei de canto de olho pra Caroline, que fez sinal de positivo com as mãos – Eu não acredito que você voltou

– Bom, eu tenho uma longa história pra explicar – Falei. Ele sorriu e saiu do meio do caminho que levava a sala.

– Claro, entra aqui. Pode sentar, só vou me vestir direito – Ele disse, recolhendo a escova e subindo as escadas, e foi ai que eu percebi que ele estava só de bermuda. Brandon tinha um físico espetacularmente igual ao de um jogador profissional de futebol americano, e eu suponho que ele seja um. Me sentei em um dos sofás, com Caroline ao meu lado. Procurei sua mão, buscando algum apoio. Louis seria uma companha perfeita agora, dizendo que ia dar tudo certo.

– Ele parece ser legal – Caroline disse, e eu sorri.

– Espero que ele não fique chateado comigo – Respondi. Ela sorriu pra mim

– Não acho que ele vá ficar.

– Pronto – Brandon disse, descendo as escadas e sentando no sofá – Suponho que ainda esteja brava comigo

– Então – Comecei. Respirei fundo, tentando fazer aquilo de uma forma menos trágica possível – Brandon, eu perdi minha memória. Me lembrei de você em um flashback da minha vida, mas só sei isso. Então eu comecei a procurar informações suas, e acabei encontrando seu endereço. Eu sei que não é muito conveniente chegar aqui e dizer isso logo cedo, mas eu preciso saber o que aconteceu

– Como isso aconteceu? – Ele perguntou, transtornado. Não estava bravo, e sim triste.

– Acidente de carro – Respondi, brincando com meus próprios dedos

– Como você quer que eu te ajude?

– Quero que me conte da minha vida. De onde eu vim, o que eu costumava fazer. Preciso recuperar minha memória.

– Tudo bem, tudo bem – Brandon disse – Você morava em Liverpool. Sua mãe morreu, e você nunca nos contou o motivo. Então seu pai se mudou pra cá e te deixou lá com sua tia, mas ele tinha tudo em mente. Te matriculou em uma escola, se estabilizou financeiramente e te orientou a fugir da sua tia.

– Eu fugi? Meu pai me mandou fugir? Você só pode estar brincando – Falei, rindo.

– É sério – Brandon disse, sorrindo – Eu conheci seu pai. Sempre quis o melhor pra você. Então, depois de chegar aqui, você começou a estudar comigo, com Colin... Se lembra?

– Não – Respondi – Mas me lembro do meu primeiro dia de líder de torcida

– Você era líder de torcida? – Caroline perguntou, impressionada. Fiz que sim e ri.

– Era uma ótima líder de torcida – Brandon disse, dando um sorriso malicioso – A melhor, com certeza

– Então? – Caroline perguntou. Bran respirou fundo.

– Seu pai descobriu que sua tia estava te procurando, falsamente dizendo que estava desesperada pela sobrinha desaparecida. Até hoje ele te procura, então você mal saia, pra que nenhum policial te reconhecesse.

– Puta que pariu, Sophie – Caroline disse, rindo

– Não a chame de Sophie, ela não gosta disso – Brandon disse, e eu arregalei os olhos

– Como você sabe disso? – Perguntei, abismada

– Convivência – Ele explicou – Pois bem. Comecei a me aproximar de você, tentando achar um jeito de tirar daquela vida trágica de fugir de policiais sem ao menos ter feito alguma coisa. Então começamos a sair. Costumava de levar ao Hot Coffe. Ou em lugares desse tipo. E ficávamos a tarde toda conversando

– Hot Coffe – Falei. Minha mente se iluminou ao ouvir aquele nome – Você me deu um beijo no Hot Coffe, eu lembro disso agora.

– Sim. Te pedi em namoro lá também. – Brandon disse, sorrindo e encarando o chão ao mesmo tempo – Colin passou a me odiar quando eu te pedi em namoro. Ele gostava de você tanto quanto eu.

– Mentira sua, foi em um parque – Falei, e ele riu

– Você não aceitou no hot coffe, então pedi no parque uma semana depois.

– Você tem alguma foto desse cara? – Caroline pediu

– Um segundo – Brandon disse. Ele subiu as escadas correndo. Depois de um minuto, ele voltou com um porta-retratos na mão – Aqui. Eu, você. Colin é esse idiota aqui. A outra garota é a Emma. E essa coisa aqui no fundo é o namorado da Emma.

– Colin. Colin Chase – Falei, apontando pro garoto da foto – Ele nunca respondia minhas mensagens rápido. Chase é um desgraçado

– Isso – Brandon disse, rindo – Ele costumava te chamar de irmã. Mas recentemente eu briguei com ele, e ele colocou a culpa em você. Então você parou de falar comigo e com o Colin. Por isso achei que você estivesse brava.

– Vocês são dois idiotas – Falei, e Caroline riu

– Não fale assim, você me deixou sem informações suas por uma semana inteira. Eu quase fui parar no psicólogo

– Nossa, me desculpa – Falei, assustada – Se sente melhor agora? Estou viva

– Me sinto muito bem sabendo que você vai voltar pra mim – Ele disse, sorrindo. Caroline me olhou, com cara de quem dizia ‘’ você está ferrada, Grace’’. E eu concordava com isso.

– Preciso me recuperar primeiro, Brandon. Preciso achar meu pai, e saber o que vai acontecer. Eu só preciso de um tempo.

– Ah, sim – Ele disse, desapontado. Me levantei e caminhei até ele, lhe dando um abraço. Brandon sorriu e afagou meus cabelos

– Obrigada por me ajudar. Eu não sabia mais o que fazer. Você esclareceu muita coisa.

– Podemos ir até a casa do seu pai amanhã – Brandon disse, olhando pela janela – Eu acho que ainda sei onde fica. Mas não sei se ele vai estar lá.

– Sem problemas! – Falei, sorrindo – Que horas?

– As onze você passa aqui?

– Certo. Te vejo amanhã, Brandon.


Notas Finais


Sinto vários hates no Bran a partir de agora, hahaha.. Estão gostando? Comentem xx


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