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História Amnesia - Capítulo Oito


Escrita por: horankillers e horansheart

Capítulo 8 - Capítulo Oito


driving too fast, moon is breaking through her hair

 

POV Louis

– Benoit – Chamei, com todo o desgosto desse mundo. Aquele filho da puta tinha me tirado da cama às sete da manhã, ousando me ameaçar. Tudo o que eu queria era acabar com a vida dele, mas eu não precisava de mais uma mancha na minha ficha criminal agora. Annie não poderia nem sonhar que eu não sou um verdadeiro administrador de carros. Os meninos e Caroline estavam me ajudando o máximo possível com ela. Já não tinha mais nenhuma marca do acidente, só a falta de memória. Eu não quero revelar pra ela que eu fui o culpado de tudo. Tenho medo da reação dela. Tenho medo que a pequena Sophie se volte contra mim, porque eu tenho que afirmar que ela é alguém pra mim. Uma pessoa que merece ser protegida.

– Ora, ora, ora, Tomlinson. Achei que era preciso mais que uma ligação pra te trazer aqui – Jamie disse. Bufei e puxei uma cadeira em frente à mesa dele, colocando uma calibre 38 à minha disposição. Benoit engoliu em seco, e sorriu pra mim, pegando um envelope.

– Desenrola logo. Tenho um compromisso a tarde.

– Vai sair com a Grace, vai? – Ele perguntou, e eu saltei da mesa, apoiado nas duas mãos.

– Não repita o nome dela. Esqueça que ela existe, Benoit. Ela não é coisa pro seu bico.

– Ah, que gracinha! Já esqueceu a Claire! O que é uma pena.

– Eu vou precisar usar essa arma? – Perguntei, e ele sorriu seco

– Não senhor. Aqui, o que você pediu – Ele respondeu, me entregando um envelope. Sorri vitorioso. As provas de um crime infeliz no qual eu tinha sido descuidadoso demais, e deixei a digital em uma arma. Benoit, que já está me devendo mil e um favores, aliviou esse crime da minha ficha. Acusou um outro cara, que eu não faço questão de saber quem é. Todas as provas oficiais estavam na minha mão, e as falsas com a polícia britânica.

– Ótimo, Benoit. Tudo ótimo.

– Nem tudo, Tomlinson...

– O que é agora? – Perguntei, impaciente. Ele respirou fundo.

– O patrocinador daquele racha quer te ver. Aquele que você atropelou a garota – Benoit disse, e eu senti meu sangue gelar.

– Mas... Em casa? Ele sabe onde é minha casa?

– Sabe. E disse que vai lá as 19h, e é bom que tenha uma festa pra recebe-lo.

– Que merda, Jamie! E onde é que eu vou enfiar a Annie? No sótão? Ah, esqueci, ela já está no sótão! Benoit, ela não pode sonhar que eu estou envolvido nessas coisas!

– Ah não, Louis. Fica tranquilo. É só falar pra ela ficar quietinha no quarto. Se você quiser, eu deixo ela quietinha em segundos – Ele respondeu, com um sorriso malicioso. Peguei minha arma em um relance e mirei na parede. A bala passou rasgando ao lado dele, quase encostando no ombro. Benoit gritou que nem uma criança. Me levantei, bravo, e guardei a arma.

– Não ouse repetir isso. 19h, aquele desgraçado daquele patrocinador vai na minha casa, sim. E vai ter o que ele merece.

 

POV Annie

Deitei no chão do meu quarto, sem nada pra fazer. Às vezes eu me pego achando que tenho problemas, porque quando percebi, estava rolando e um lado pro outro que nem um cachorro no chão. E o Zayn estava olhando e rindo.

– Minha nossa, Annie. Bebeu algum tipo de vodka alterada? – Ele disse, rindo. Ri fraco e sentei.

– Idiota. É a convivência com você

– Vá à merda, Sophie. O Louis ligou e mandou você se arrumar que hoje tem.

– O que é? – Gritei, e ele começou a rir que nem idiota

– To brincando. Ele disse que é pra você se arrumar, porque vocês vão sair. E mandou eu ficar de bico fechado.

– Se eu fosse você, ia mandar ele ficar de bico fechado. Exigente demais.

– E você acha que eu não fiz isso, Sophiezinha? – Ele disse, gargalhando

– Não me chama de Sophiezinha. Rala daqui, preciso me arrumar.

– Tudo bem, Sophiezinha

– Vá pro inferno! – Gritei, fechando a porta. Ouvi a risada dele no corredor, e ri. Tomei o banho mais longo que pude, lavando cuidadosamente o cabelo. Coloquei uma camiseta justa de mangas longas junto com uma saia florida, o que me deixou com mais aparência de criança, e sorri ao lembrar do Liam me dizendo que ia comprar um berço e me colocar dentro. Sequei, cuidadosamente, cada madeixa do meu cabelo, tendo o carinho de deixar as pontas levemente enroladas. Calcei uma sapatilha azul de veludo que tinha comprado na última visita ao shopping, e me encarei no espelho. Ouvi alguém dar três batidas na porta, sem se anunciar

– Pode entrar – Falei, dando uma voltinha. Caroline vinha entrando, e parou quando me viu, embasbacada.

– Quando eu digo que o Louis tem sorte, ninguém acredita – Ela resmungou, e eu ri

– Obrigada, se é que foi um elogio.

– Claro que foi, idiota. Algum problema?

– Nenhum – Respondi, e respirei fundo – Car, o que é isso no seu pescoço?

– Isso o que? – Ela disse, apavorada. Uma marca bem roxa e bem recente tinha me chamado atenção. E se eu conheço aquilo, é a marca de um belo de um garoto, com uma bela de uma boca.

– Caroline, sua safada! Você não me conta nada!

– Annie, cala a sua boca. Foi um pequeno acidente com um garoto. Finja que isso não aconteceu.

– Não me diga que o garoto é um certo loiro que mora aqui, Car. Tenho visto vocês juntos até demais.

– Quem?

– Niall James Horan – Falei, sorrindo pra ela. Caroline começou a rir

– Cale a boca, Grace.

– Só pra deixar claro, está enorme. Vai precisar da Macys todinha pra cobrir essa marca.

– Idiota, é só colocar um cachecol. Pra onde o Louis vai te levar?

– Ainda não sei. Segredo – Respondi, terminando de colocar uma pulseira

– Annie, você consegue transformar um ignorante em um príncipe

– Caramba, ele é tão ruim assim?

– Acredite, ele é – Caroline disse, gargalhando – Bom, vou descer antes que a princesa chegue. Bom passeio, namoradinha do estressadinho. Vocês são os opostos perfeitos.

– Cale a boca, e obrigada, Car. Até logo – Respondi. Mal deu tempo de Caroline sair e encostar a porta, ouvi alguns passos se aproximarem e empurrarem a porta mais uma vez. Louis.

– Annie Sophie Grace – Ele disse, dando ênfase no Sophie – Você está estupidamente graciosa, como sempre. Mas hoje em especial.

– Muito obrigada, Tomlinson. E você está estupidamente desarrumado. Mas eu vou perdoar.

– Ah, me desculpe. Se você quiser esperar, posso tomar banho.

– Não, vamos assim. Se não, corro o risco de te perder para o seu trabalho mais uma vez

– Me desculpe, senhorita possessiva. Se eu não trabalhasse você não estaria aqui, talvez nem viva estaria, porque eu estava voltando do trabalho quando te socorri – Louis respondeu, e eu revirei os olhos

– Me deixasse morrer então. É menos torturante do que te perder pra administração.

– Eu não podia te deixar morrer. Cinco minutos – Ele disse, e desceu correndo pro quarto dele. Bufei e me joguei na cama. Com algum tempo, você descobre como as pessoas realmente são. Não queria me afastar dele, mas ele não me dava todos os motivos pra que eu ficasse perto. É como se ele pudesse, mas não quisesse. Ou o contrário, talvez? Como se não pudesse, mas quisesse? Eram tantas perguntas, e ele era misterioso demais pra mim. Fiquei algum tempo olhando pro teto, cantando algumas músicas, até que um perfume simplesmente maravilhoso invadiu o quarto. Louis.

– Demorou, princesa – Falei, e ele me fuzilou com os olhos

– Da próxima vez eu te mostro a princesa, Grace

– Não precisa – Falei, envergonhada. Ele riu e me puxou pela mão, me conduzindo até um Audi A4 preto. Como um cavalheiro, Louis abriu a porta do passageiro pra mim, e eu sentei. Comecei a procurar uma estação agradável enquanto ele se arrumava e abria o portão da garagem, e acabei parando em uma que tocava Are you mine? Do Arctic Monkeys. Louis me encarou e riu assim que ouviu

– Você não pode gostar de Arctic Monkeys. Não mesmo.

– Implicante, eu gosto da música. E você não vai mudar.

I go crazy, cause here isn't where I wanna be

And satisfaction feels like a distant memory

And I can't help myself

All I wanna hear her say is "Are you mine?"

– Well, are you mine? – Cantarolei, e ele riu.

– Grace, are you mine?

– Louis, eu te conheço a dois dias, como eu vou ser sua?

– Não sei, mas você poderia ter respondido que era, pra ter criado um momento de filme. Mas você é burra demais pra isso.

– E você é burro demais pra me trocar pela administração. Estamos quites, otário.

– Dessa vez passa – Ele disse, rindo. Revirei os olhos e ri junto. Manchester me trazia alguns borrões de memória, como um dia em que visitamos o museu de Manchester. Outro dia, passei por um Starbucks da avenida principal com o Brandon. Não eram coisas importantes, mas eram momentos que mereciam ser lembrados. Sensações gostosas, sorrisos à toa.

– Pra onde vamos? – Perguntei. Louis deu de ombros.

– Por que eu te contaria?

– Só pra ter certeza que você não vai me jogar num rio dentro de um saco. Ignorante – Falei, bufando. Mudei a estação de rádio, procurando alguma outra coisa. Ouvi Louis bufar, provavelmente irritado. Caroline tinha absoluta razão sobre ele ser uma pessoa estressada.

– Senhora impaciência, eu queria fazer uma droga de uma surpresa, mas você nem confia em mim.

– Temos que ressaltar que eu te conheço a três dias.

– Qual é Annie? Você estava bem ontem, o que aconteceu? Saudades do Castelucci? Aposto que sente falta de dar uns beijos não é? – Ele disse, acelerando o carro ao mesmo tempo que desviava a atenção pra me olhar. Eu estava frustrada por ele dirigir sem olhar e por me acusar de uma coisa daquelas. A velocidade apenas um pouco alterada já me deixou nervosa, a um modo que eu sentia meu coração bater bem mais rápido, e minhas mãos começarem a tremer involuntariamente.

– E se for, Louis? Vai dizer que você não sente saudades da Claire? Sente, não é? Eu só queria saber onde é que você ia me levar, ai do nada você começa a me acusar!

– Ah, claro. Vai usar a Claire contra mim. Todo mundo faz isso, não é? Ah, vamos usar aquela desgraçada pra relembrar os piores dias da vida dele, pra lembrar que ele não tem uma família e confiou em uma garota, e ela traiu ele. E ai o otário aqui vai e começa a fazer a mesma coisa, não é Grace?

– Espera – Falei, arregalando os olhos – você acha que eu vou ser igual a Claire, cuja qual eu não conheço? E eu acho bom você parar esse carro se quiser conversar civilizadamente!

– Tem medo de outro acidente, medrosinha? – Ele perguntou, sorrindo de canto e acelerando mais. me segurei no banco. Velocidade não, por favor. Cerrei os dentes, tentando não me desesperar.

– Eu não sou medrosinha!

– Parece que você não aguenta velocidades, não é? – Ele disse, desviando pra uma área pacata e acelerando cada vez mais, me torturando ao ver que o mostrador passava dos 150km/h. Passei meus joelhos pra cima dos bancos e os segurei com força, tentando me estabilizar. Estava quase a ponto de ter um ataque cardíaco ou algum tipo de convulsão. Tentei respirar fundo, mas não consegui.

– Louis, pelo amor de Deus, para com isso! – Gritei

– E se eu não quiser? – Ele gritou de volta, afundando ainda mais o pé. Agarrei-me ao banco o máximo que eu consegui, mas as árvores que passavam como vultos me davam vertigens. Meu coração palpitava, e mais um pouco eu sentia que teria um infarto ali mesmo.

– Louis, por favor, eu preciso que você pare – Pedi, respirando fundo – Me perdoa, mas para esse carro pelo amor de Deus.

– Por que eu pararia?

– Eu não gosto de velocidade, eu não gosto de estar num carro a 180km/h

– E por que não gosta?

– Porque minha mãe morreu em um acidente de carro – Choraminguei.


Notas Finais


e aquele clipe fodástico de bad blood, viram? podem puxar assunto, eu não ligo hahahah comentem xx <3


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