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História Amnesia - Wake Up.


Escrita por: FilhaDeVhope

Notas do Autor


uhn... desculpe qualquer erro...
capa feita por HatofTheMadHatter

Capítulo 1 - Wake Up.


- Ele ainda está vivo?

-  Jeon! É obvio que ele está! N-Não é m-mesmo?

- Talvez ele não passe dessa noite...

- E mesmo que sobreviva, provavelmente ele não se lembrará de nós...

Ouço essas vozes ao fundo, porém não reconheço. Percebo meus olhos começarem a latejar de dor e sinto minha boca rachar de tão seca. Pisco três ou quatro vezes até perceber o que estava acontecendo. Ok, eu estava em uma maca de hospital

Jimin: Tae! – O menor me abraça como se me conhecesse a anos. Retribuo, mesmo sem entender nada. Porque ele me chamou de Tae?

Espera um minuto.... Qual meu nome?!

Jungkook: Graças a Deus! Ele está bem. – Diz o maior, com um ar de alívio e esperança

Olho a minha volta, todos estão comemorando. Por quanto tempo estou aqui? Qual o meu nome? O que aconteceu?! Chegou um momento que eu estava quase irritado de tanto que as pessoas sabiam de mim e eu não sabia nem o que tinha acontecido.

- Perdão.... Mas quem são vocês? – Digo, tentando ser o mais educado possível.

Um silêncio toma conta da sala. Me pergunto se falei algo de errado ou se era para eu ter falado algo. Mas a minha lembrança mais recente é de eu estar saindo da escola, após a aula de história e então minha visão ficar turva e eu desmaiar.

Yoongi: O que você se lembra? – Diz um dos garotos com um ar apreensivo

- Sair do colégio e de repente desmaiar... – Sinto um clima de tensão se estabilizar no ar.

Jungkook: O médico disse que ele podia se apegar a uma lembrança antiga para substituir a falta de memória... – O maior por acaso é médico para dizer o que eu estou ou não sentindo?

O menor entre eles vem até mim e segura uma das minhas mãos, me fazendo sentir com um pouco de medo do que viria a seguir, mas ao mesmo tempo sinto como se ele fosse me tratar como alguém com problemas mentais.

Jimin: Amor, não lembra de mim...? – A voz dele tinha esperanças. Eu realmente queria lembrar dele, porque agora o que sinto é vontade de chamar a polícia.

- Não... – Digo, colocando minhas duas mãos debaixo da coberta.

O menor sai aos prantos da sala, indo junto com o menino que disse que perdi a memória. O choro toma conta da minha mente, me deixando em agonia. Realmente, ouvir alguém chorar me deixa com uma leve agonia e desespero.

- Quem era? – Sem querer, tive uma leve tonalidade de indiferença. Isso sempre acontecia quando meus sentimentos eram quase expostos.

Namjoon – Seu namorado...

Como assim? Eu tenho um namorado?! E a Sook?! Quanto tempo eu passei nessa maca?

Jin – Joonie... Melhor não assustar ele, deve já estar sendo um choque. – Finalmente, alguém me entende.

Namjoon – Ele perguntou, eu respondi. – Acho que terei sérias brigas com esse garoto.

Me encolho um pouco, observando ele discutirem.

Jin – Desculpa, Tae – Diz o maior, olhando para mim – É um choque para todos.

- Eu... Preciso de um espelho e um médico... – Digo olhando para o maior, logo sinto um enjoo forte. -.... E um balde.

O menor pega um balde e o maior pega um espelho e sai correndo às pressas da sala, indo com o moço que perguntou sobre o que eu me lembrava. Vomito a minha alma naquele balde, e o pior, eu não sinto nem minha garganta. Eu morri e fui para o purgatório?

Termino a minha sujeira e limpo a minha boca com a mão, o maior logo pega um pano, limpa a minha mão e minha boca. Sinto como se ele estivesse tão confuso quanto eu. Ele pega um espelho e coloca a minha frente.

Eu estava com aparência de ter vinte e poucos anos. Estava tentando ligar os pontos. Provavelmente eu desmaiei por conta daquele soco que me deram na aula, sofri algum traumatismo craniano aos catorze anos e só acordei do desmaio dez anos depois.

- Mudei tanto...? – Me observo no espelho, vendo cada detalhe e mesmo assim não acreditando.

Jin – Não, Tae. Você não mudou. Somente não se lembra. – Ele tinha um ar um pouco cansado.

- Eu tinha catorze anos na minha última lembrança – Olho para ele, vendo seus olhos marejar

Jin – Você bateu com o carro, Taehyung. Faz um mês que você está na maca. Você foi o que mais sofreu, foi jogado a mais de dois metros longe do carro e quase morreu. Tiveram que te colocar em coma e esperar pelo melhor. – Ele desaba em lágrimas e coloca as duas mãos no rosto.

Eu não estava conseguindo acreditar no que ele tinha dito. Era como se tudo fosse uma mentira, como se estivesse tendo um pesadelo muito ruim. Estava em choque, não me descia essa história que eu perdi a memória.

- Isso é um pesadelo? – Pergunto, anda incrédulo na história.

Jin – Pergunto isso todos os dias. Sempre espero acordar e ver que ainda é de manhã. Que eu não fui burro de ter deixado dirigir... – Ele se culpava por um erro que (supostamente) eu cometi.

- Qual seu nome? – Queria informações. O máximo delas para reunir tudo e tentar lembrar de algo.

Jin – Meu nome é Seokjin, mas pode me chamar de Jin. Aqueles que saíram para chamar o médico eram Kim Namjoon e Min Yoongi, mas pode chamar eles de Namjoon e Yoongi. O garoto que saiu aos prantos se chama Park Jimin, ou somente Jimin. Aquele que saiu atrás do Jimin se chama Jeon Jungkook, mas pode chamar de Jungkook. O garoto que pegou no sono antes de você acordar é o Jung Hoseok, ou somente Hoseok. – Acho que ele é o único que não está me deixando confuso.

- E qual o meu nome? – O tom da minha voz transmitia medo, mesmo que eu não quisesse.

Ele respira por um momento e vejo três pessoas entrarem pela porta, uma sendo médico e as outras eram os mesmos que havia visto, Kim e Min.

Jin – Nos falamos depois, Tae. – Ele parecia um pouco mais aliviado em ver um médico tomando responsabilidade da situação.

Jin segura Hoseok em seus braços, já que o mesmo estava dormindo e ele realmente parecia cansado. Kim e Min saem da sala, junto com Jin e Hoseok. Era somente eu e um médico, por algum motivo aquilo me intimidava. Estava sozinho novamente com coisas estranhas e uma pessoa estranha.

Médico - Bom dia, Kim Taehyung – Havia uma calma na voz dele. O mesmo se encontrava vendo alguns exames e papéis.

- Quanto tempo eu dormi? – “Dormir” para mim parecia um pouco mais comum que entrar em coma.

Médico – Cerca de um mês e alguns dias. – Ele para de mexer nos papéis e pega uma seringa de um dos armários.

- Eu não lembro de muita coisa... – Minha voz estava mais áspera do que eu me relembro. Parece um pouco com a voz do locutor de rádio de quando minha mãe ouvia quando eu era menor.

Médico - Seu plano de saúde cobre consultas psicológicas e terapias. Se o sr. quiser, podemos incluir em seu tratamento e estendê-lo até quando for necessário. – Ele falava com calma, mas eu me confundi. Tratamento para que?

- Aceito as consultas, mas tratamento para que? – Estava tentando ser o mais educado o possível, mas a confusão em minha mente não deixava.

Médico – Durante o coma tivemos que fazer um tratamento para o seu traumatismo craniano e seus ossos fraturados, juntamente com um transplante de rim feito em anônimo. – Ele segura meu braço e amarra uma fita de elástico – Aperta e solta a mão algumas vezes, por favor. – Faço o que ele manda e ele retira meu sangue com a seringa, colocando uma gaze com esparadrapo por cima.

- Posso ir para casa? – Não sabia direito o sentido de casa. Talvez eu fosse ver meus pais ou talvez eu morasse em um apartamento. Ou talvez eu nem tenha casa. Eu não lembro.

Médico – Por enquanto ainda não. Precisamos do resultado do seu exame para ter certeza que ocorreu tudo bem. Descanse enquanto isso, isso pode ajudar. – Ele sai do quarto com um pouco do meu sangue em um pequeno vidro.

Pessoas desejam saber o que os outros gostam. Do que o outro pensa, do que provavelmente o outro sente. Eu só queria saber o que eu deveria pensar agora. É como se eu jogasse dez anos no lixo, literalmente. Lutaria para lembrar, mas está muito longe de eu conseguir lembrar de algo.



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