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História Amnesia - Capítulo único


Escrita por: Nutella08

Capítulo 1 - Capítulo único


 

Meus olhos estão pesados, parecem estar pesando uma tonelada, até que finalmente consigo os abrir. De cara vejo uma luz forte, estou em um quarto estranho, não, espera, estou em um hospital, por quê? Não estou me lembrando de nada, estou deitada, eu devo ser a paciente, mas ainda não sei o porquê de estar aqui, dou uma rápida olhada para o lado e vejo um menino em uma cadeira dormindo, ele tinha cabelos castanhos e pele até que clara, ele parece ter entre seus 16 ou 17 anos, mas não o reconheço, eu não me lembro de absolutamente nada, qual meu nome? Do nada, um flash passa pela minha cabeça, meu nome é Mel e minha última memória, é de quando eu tinha apenas 10 anos, estava voltando na escola e pedi sorvete para os meus pais e eles me levaram ao parque de diversão, nos três fomos à montanha russa juntos, estávamos felizes, mas não me lembro de mais nada a partir daí, ao menos nada concreto, sei o nome da minha mãe Madsson e do meu pai Harry, penso no menino ao meu lado, quem ele é? Meu amigo? Meu namorado? Um parente? Talvez um primo... Se ele está aqui, deve me conhecer, vistoriei o resto do quarto, meus pais não estão aqui, onde estão? Esse garoto deve ser alguém próximo a mim, ao contrário não estaria aqui, ele vai ficar decepcionado por não me lembrar dele. Vejo o mesmo se mexendo e acordando, seus olhos são um preto penetrante, que passa a brilhar quando me vê já sentada.

 

- MEL! Você finalmente acordou! - ele me abraça forte, e eu simplesmente o abraço de volta, me sinto bem em seu abraço - você está bem? – balanço a cabeça positivamente e ele dá um sorriso - Vou chamar a enfermeira - ele desfaz o abraço e caminha até a porta.

 

- Espera! - ele olha para trás - Quem é você? O que você é meu? - seus olhos se enchem de lagrimas, não gosto de ver isso, estou me sentindo culpada.

 

- Sou o LuHan e eu era seu melhor amigo... - ele diz em um tom baixo e triste, porem audível.

 

- Era? – fico um tempo em silencio – não é mais? Por que eu perdi a memória? – ele fez uma cara de espanto e olha para trás com um pequeno sorriso.

 

- Sempre serei Mel... - ele volta seu olhar para baixo - vou chamar a enfermeira...

 

Ele demorou um pouco, mas quando voltou, não trazia consigo só uma enfermeira, mas tinha uma menina e um menino de mãos dadas, eles devem ser namorados e ficam bem juntos.

 

- Oi Mel! Sou a Lana, estava com saudades - ela diz com uma voz um pouco tremula e chorosa, eu olho para LuHan, que de imediato entende.

 

- Sua melhor amiga – agora entendo a voz chorosa, também ficaria se minha melhor amiga perdesse a memória de todos os nossos momentos juntas.

 

- Ah sim, oi Lana e...

 

- Pedro.

 

- Lana e Pedro- enquanto isso a enfermeira olha com pena para eles.

 

- Você já pode ser liberada, mas espere no mínimo uma semana antes de voltar para a escola, sua memória vai voltar aos poucos, mas pode ser que ela demore a voltar ou que ela volte bem rápida, e tem algumas coisas que você pode não se lembrar.

 

Eu balanço positivamente e todos saem do quarto, menos Lana que traz consigo roupas para mim, ela ajuda a me vestir e saímos do quarto e os outros estão nos esperando.

 

- Onde estão meus pais?

 

Eles se olham, estão em uma mistura de apreensão e nervosismo, não sei o que está acontecendo, mas a pergunta é clara, onde estão meus pais? Olhei para LuHan e depois para Lana, passei meu olho rapidamente por todos os três dessa vez, parei de andar e todos pararam e me olharam.

 

-Onde eles estão? – novamente minha única resposta é o silencio – LUHAN, LANA E PEDRO! Onde estão meus pais? – LuHan se aproxima de mim e coloca a mão no meu rosto me fazendo olhar fixamente para seus olhos negros que ainda estão brilhando, me deixando sem reação alguma

 

- Mel, vamos tomar um sorvete e eu te falo e aqui não é lugar para você gritar ok? – totalmente hipnotizada e sem reação eu concordo com a cabeça.

 

Quando estava entrando no carro de Pedro para ir até a sorveteria, mais um flash, dessa vez, me lembra de LuHan me dando um colar, ele coloca em mim estava nevando, então imagino que estávamos comemorando o natal juntos já que logo depois eu também dou um presente para ele, antes de ver o que era o cenário muda, agora estava no carro com os meus pais, ainda estava nevando então, devíamos estar fazendo uma viagem de ano novo, considerando as malas que estão no carro, do nada vem um clarão, me lembro de acordar no hospital, e assim como dessa vez, LuHan estava lá, eu o abracei e perguntei onde estão meus pais, dessa vez, ele não hesitou em me responder... ai caiu a ficha, me lembro de quase tudo que ocorreu desde o natal do ano passado até agora, a maioria das lembranças são como um borrão, mas essa não, eles morreram, faz 8 meses, e eu estou morando em um apartamento com LuHan, eu sento no carro e começo a chorar, muito, desesperadamente, LuHan me abraça mesmo sem saber o que está havendo, lembro também o que sentia por ele, uma mistura de amor de irmão e amor de verdade, lembro de ficar com muitos garotos para não deixar ele desconfiar já que ele pegava várias, na escola, sou popular, na verdade nos 4 somos éramos 5 mas uma tal de Isabella de cabelo tingido que insisti em falar que é ruivo natural se revoltou contra nós e eu ainda não me lembrei do motivo, me lembrei de muitas coisas, mas não sinto que sou a mesma. LuHan começa a fazer carinho sobre minha cabeça e me abraça mais forte.

 

- Você se lembrou, não é?

 

- C-como sabe?

 

-Eu te conheço Mel, sei que não há nada no seu passado que te faça chorar desse jeito além disso, sei também,  que você já falou para si mesma, que não é a mesma de antes, e eu saber isso, prova que você, ainda é minha doce Mel, tão doce que chega dar diabete – dou um pequeno sorriso e passo a mão pelo meu pescoço sinto um colar, é o que LuHan me deu, é um L e um M, dou uma pequena espiada em seu pescoço e ele também tem um colar, só que com as mesmas iniciais invertidas M e L - mas se você não quiser mais ser minha doce mel, não vai ter problema, nós não vamos nos decepcionar, seja apenas você mesma que eu ainda vou te amar do mesmo jeito e continuarei com você do mesmo jeito....quer dizer.... Nós ainda vamos te amar e continuar contigo – dou um sorriso de alivio e acabo parando de chorar, chegamos à sorveteria e Luhan pediu o meu sabor preferido já que eu ainda não havia lembrado que é realmente bom * Eu do passado, me explica uma coisa, você conquistou um toro de boy, por que não conquistou esse aqui? É sério que eu não namoro com ele? O que você estava fazendo em? Dormindo no ponto só pode...* sobre eu não ter lembrado, pois é, não lembro de detalhes e as coisas que lembro são borrões que podem variar entre a realidade e minha imaginação, porém, me lembrei de coisas desnecessárias, como por exemplo várias matérias da escola, que utilidade isso tem agora?  NENHUMA, enfim, acabei de descobrir que moro com o LuHan desde o acidente dos meus pais então, Pedro nos deixou em casa.

 

- LuHan.

 

- Oi?

 

- Posso te chamar de Luh?

 

- Claro que pode Mel... Estava pensando, que tal você me fazer perguntas do seu passado para você saber um pouco mais sobre quem você era?

 

- Ok... Quando nos conhecemos?

 

- No jardim, mas ficamos amigos mesmo quando tínhamos 8 anos e eu te defendi de umas meninas que estavam puxando seu cabelo.

 

- Como era meu relacionamento com meus pais? E na escola...?

 

- Você era uma boa filha e é uma boa aluna, você e seus pais eram muito unidos, eles eram ate que bem liberais considerando quantas vezes eu já viajei com vocês.

 

- No acidente... Você estava?

 

- Não, tínhamos combinado de passar o natal juntos e passar o ano novo com nossas famílias dessa vez... - ele olha para baixo - você passou janeiro trancada no quarto, não queria ver ninguém, a única pessoa que você deixava entrar no quarto era eu, te convenci a vir para meu apartamento e você só aceitou duas semanas após o acidente... vamos parar por hoje?

 

- Claro...

 

- Vai tomar banho, eu vou começar a fazer o jantar e depois vamos assistir a um filme - ele dá um sorriso fofo, como eu não namoro ele? Falando nisso... Será que tenho namorado? Provavelmente não, e se tiver, o melhor agora, é terminar.

 

Subo as escadas, tomo meu banho e saio do banheiro, têm dois quartos, eu entro no da direita, ele é azul escuro com vários quadros de nos dois, desde bem pequenos até em festas que menores de idade como nos provavelmente não poderiam entrar, tem uma camiseta preta bem grande jogada na cama, ela parece ser macia, pego nela comprovando o que havia acabado de pensar, sinto um perfume gostoso vindo dela e a visto sem perguntar para ele se podia, vou no meu quarto ele tem um tom de azul mais claro, abro meu guarda roupa e me deparo com várias roupas que não me parecem muito confortáveis, tomo um banho e depois vou para o meu quarto, pego apenas uma calcinha e a visto junto a blusa larga de LuHan, desço as escadas e vou para cozinha, Luh logo nota minha presença e dá um sorrisinho de lado.

 

- Você e sua mania de pegar minhas blusas...haja alto controle...- ele diz se virando para mim dando um sorrisinho sexy. Sorri envergonhada, desci as escadas correndo e dei um tapa leve no braço do Luh, que riu um pouco e voltou a cozinha.

 

- Quer ajuda? 

 

- Se me prometer não queimar nada, não quero ter que arrumar sua bagunça...- ele olhou para mim que estava com um sorriso um tanto sapeca- melhor não mexer com a comida - fiz biquinho – pega os pratos e arruma a mesa - olhei para ele com a cara tipo “onde fica essas merdas?” bom ele entendeu ao menos - na prateleira de cima do armário de canto – já viu minha estatura querido? Sou uma anã e o armário tem só o dobro do meu tamanho. Mas ok, eu vou conseguir pegar as merdas dos pratos, comecei a dar pulinhos, segurei a camisa que mesmo pegando na metade da minha coxa ainda subia um pouquinho... Muito... Até sentir duas mãos na minha cintura me levantando facilmente e eu finalmente consegui pegar os pratos.

 

- Consegui- gritei abraçando Luh que simplesmente devolveu o abraço e começou a rir.

 

- Claro né sua giganta... Foi moleza para você, nem precisou de ajuda...

 

- Claro que não né querido...sou grande – disse dando ênfase no “grande”, ele riu mais, uma risada gostosa, linda, que eu parei até de rir para ver ele rindo.

 

- Por que você sempre para de rir e fica me olhando?

 

- Porque você fica lindo rindo – digo simplista com um sorrisinho no rosto caminhando até a mesa, percebo a cor de o seu rosto ganhar um vermelho leve e percebo o que falei acabando por ficar vermelha também –  D- desculpa ...- ele sorri ainda vermelho, meu santo jurumelo que sorriso lindo - retiro as desculpas... Só falei a verdade.

 

-T- Tudo bem.

 

Estou encantada com esse ser maravilhoso, depois daquilo, jantamos normalmente, ele cozinha MUITO bem, mas nesse tempo estava refletindo... Eu tenho namorado? Não cheguei a perguntar isso para ele ainda, talvez esteja com medo da minha resposta... pode ser que ele fale um simples “não” ou um nem tão simples “sim”, mas minhas expectativas estão  em um “ Mel eu te enganei porque achei que você não estava preparada mas eu sou seu namorado!” imaginação fértil né? Mas realmente podia ser essa a resposta... Resolvi que vou matar minha curiosidade e perguntar enquanto lavamos a louça do jantar, preciso apenas de coragem...

 

- Luh eu tenho namorado? - Sabe meu coração? Pois é não está mais batendo, ele olha para baixo e em um tom mais baixo, quase inaudível, me responde um “Não “... O motivo pelo qual ele ficou assim? Eu não sei! – Está tudo bem?

 

- Sim Mel.

 

 - Certeza? Sabe você pode sempre contar comigo...

 

- Mel... D- dorme comigo hoje? Sei que é estranho, mas, não vai rolar nada e... - Não deixo ele terminar.

 

-Claro Luh...- digo com um sorriso simplista...

 

Então essa parte da memória é real? O que mais é real?... Temos mesmo uma amizade meio... Colorida... Ou é só minha imaginação querendo alguma coisa tanto quanto eu? Bom eu não sei, mas isso explica a tensão dele quando perguntei sobre eu ter namorado... Talvez eu já tenha pedido e ele não quis... Sei lá isso é confuso, agora me lembrei de uma coisa... Ele me falou sobre meu primeiro acidente, mas... E o segundo? Por que estava no hospital quando eu acordei? Tento forçar minha mente o máximo que consigo para se lembrar... Lembro-me de estar aqui e o Luh... Ele entrou aqui com uma garota... A garota subiu e ele me falou alguma coisa depois subiu também... Eu saí correndo pela rua... Duas luzes fortes que identifico como dois faróis de um carro que estão vindo em minha direção... Do nado já estava no chão, e o único som de toda essa memória... É LuHan gritando meu nome e eu apagando. O que ele disse de tão grave? Não sei, comecei a me sentir tonta e acabei por escorar no LuHan formulando uma única frase antes de eu apagar completamente.

 

- O que você me falou de tão grave na noite que eu sofri o acidente? – vejo seu semblante triste e preocupado ao mesmo tempo e apago no seu colo.

 

-MEL- escuto alguém gritar meu nome.

 

Estou em uma caixa toda em branco, que do nada se mexe e fica vermelha.

 

-Mel – mais uma vez escuto um grito- Está aí? Por favor me responde –  a voz começa a ficar chorosa -  Me perdoa Mel, por favor.

 

A caixa ficou verde, depois amarela e começou a rodar, quando ela parou, eu caí no chão, minha mãe aparece, e me abraça, depois meu pai também chegou e me abraçou, começamos a chorar e do nada eles somem, eu caio no chão e fico lá, no chão chorando, até LuHan vir correndo não sei de onde ele saiu gritando meu nome, ele que estava me gritando, era ele, de repente sou a Alice e LuHan era chapeleiro louco.

 

Abro meus olhos lentamente, estou no quarto de LuHan e ele estava em uma cadeira de cabeça baixa chorando descontroladamente.

 

- Se você insistir em mentir para mim e falar que está bem, nós vamos ter um problema – digo me sentando e olhando para ele o mais seria que consegui ele parou um pouco de chorar e me olhou.

 

- A culpa é minha Mel - ele volta a chorar muito e abaixar a cabeça.

 

- O que é culpa sua Luh?

 

- Seu acidente Mel... Sua perda de memória... Tudo é culpa minha... Me perdoa... Por favor...- eu o abracei forte sentando de lado no seu colo.

 

- Por que seria sua culpa Luh? 

 

- Não posso falar Mel... Só... Vamos dormir agora ok? – balancei a cabeça positivamente e sai do colo dele, ele se dirigiu a cama e se deitou - Não vem? 

 

- Vou beber água...- ele aponta para a cômoda do quarto em que estávamos e sorri - Desculpe... Realmente tenho que ir lá em baixo beber água ...- ele não entende e simplesmente faz um sinal de positividade com a cabeça, quando vou chegando nas escadas...uma...duas...três...sete lagrimas escorriam pelo meu rosto... O motivo? Lembrei o que LuHan me disse e... estou sentindo falta dos meus pais...muita falta mesmo...

 

Provavelmente ele deve ter escutado ou percebido que eu estava chorando, pois quase que de imediato ele aparece na cozinha e me abraça, sem contestar e nem me mover, apenas continuo lá, parada, sendo abraçada por ele, percebi o quão idiota eu sou por chorar pelo que ele possivelmente me falou, já que, tem possibilidade de minha mente estar me enganado de novo, mas a possibilidade de ser tudo real me assusta e perturba

 

- Mel... Por que está chorando?

 

-Nada demais... - me desfiz do abraço e olhei para ele limpando as lagrimas – Talvez tenha me lembrado de algo... Triste digamos assim – forcei um sorriso e ele colocou a mão no meu rosto me ajudando a limpar as lagrimas.

 

- Odeio quando você mente.

 

- Mas e- fui interrompida por um beijo, que me pegou de surpresa e totalmente desprevenida, o beijo era doce e calmo, bem como a aparência de LuHan, com o passar do tempo o beijo continuava maravilhoso, ainda com as características já citadas, doce e calmo sem se perder e desviar para o vulgar tirando o impulso que ele deu para que eu passasse minhas pernas ao redor do quadril dele, nos meus pensamentos o real motivo disso é que o pescoço dele já devia ter começado a doer a julgar pelo meu tamanho de anã, para ser mais grande que eu ninguém nem precisa ser alto só para vocês terem uma noção do meu tamanho, estava nesse falatório dentro da minha mente enquanto nos beijávamos e nem percebi quando o ar se fez necessário – eu não estou mentindo - disse sorrindo – na verdade não totalmente.

 

-Então do que você lembrou? – olhei para baixo, se eu mentir, ele vai perceber, se eu falar a verdade, o clima provavelmente ficara mais estranho entre nós, mais do que já está.

 

-Do que você me falou no dia do acidente...

 

-Me desculpa Mel... Eu não tinha a intenção de te magoar... e nem de te fazer passar por tudo isso, sabe, me sinto culpado por tudo que aconteceu, pela sua perda de memória, por ter que relembrar de coisas desnecessárias e ... Por tudo... Me desculpa Mel - eu o abracei forte e ele retribuiu na mesma intensidade- A verdade Mel... É que eu... Te amo, não como amigo Mel, te amo de verdade, aquele amor de namorado, quando eu... – ele começou a chorar eu não vi, mas comecei a escutar sua voz tremula e os soluços do choro e alguma coisa molhando de leve minha cabeça-...quando eu te vejo com outra pessoa, meu coração se parte em mil, sobe um sentimento de posse, mas nunca digo nada, porque eu simplesmente te amo e não tenho coragem de assumir, no final, eu sou apenas um belo de um mentiroso que escondeu a única verdade que sabe de si mesmo da pessoa que ele mais considera no mundo- fiquei em silencio processando a informação por um tempo, quando já estava tudo processado fiquei na ponta dos pés tentando alcançar o ouvido dele, mas o máximo que consegui foi alcançar seu queixo.

 

- Eu também te amo Luh... da mesma forma que você me ama, na mesma intensidade que você me ama, sinto os mesmos ciúmes que você, no final, nós dois somos ambos mentirosos, e sabe o que eu acho?

 

- Hum?

 

- Mentirosos se merecem.

 

Puxei seu pescoço para mais um beijo, um longo e demorado beijo, que mesmo sendo calmo, tinha uma coisa a mais, tinha mais desejo que o outro. Depois do beijo não rolou mais nada, fomos para o quarto dele e fomos dormir, ele abraçou minha cintura e deu um beijo no topo da minha cabeça sussurrando um “eu te amo”, fechei meus olhos e fiquei assim até pegar no sono

 

-... Simplesmente não aguentei quando vi você e o Isaac como casal mais bonito do colégio, quando os boatos de estarem realmente namorando começou eu...eu... já não pensava coerente, sai da escola e fui atrás de uma distração, passei o dia andando por ai, desliguei o celular para ninguém me interromper, e eu achei minha real distração em uma esquina qualquer da cidade, a trouxe para casa na intenção de te implicar, SIM, esse é o real motivo dela estar aqui, você sabe o que vamos fazer lá em cima não sabe? Simplesmente é o que você vive fazendo com seus namorinhos de uma semana, sabe qual a diferença entre vocês duas? Ela ganha para fazer isso, para abrir as pernas para qualquer um e você? Faz isso de graça! - já estava em lagrimas, me levantei e corri até a porta e antes de sair olhei para trás e ele estava com um sorrisinho vitorioso e subindo as escadas, quando ele estava quase entrando no quarto com aquela puta

-EU SOU VIRGEM SEU IMBECIL!- nesse momento a ficha dele cai junto com o sorrisinho, eu saio de lá fechando a porta por fora, sem trancar ela, e vou para a rua, sai correndo pela mesma, mais precisamente em direção a casa da Lanna que fica algumas quadras daqui, quando olho para o lado, ainda com a visão meio embaçada por causa das lagrimas, vi dois faróis, deduzi ser um carro vindo em minha direção, estava sem reação, totalmente estática até escutar meu nome, sendo gritado por uma voz doce que acabara de partir meu coração e tudo se apagar.”

 

Acordei desesperada e olhei pela janela, já era de manhã, LuHan também se assustou com a ferocidade que acordei e sai da cama indo para meu quarto me trancando no mesmo, não tinha mais possibilidade de não ser real, quando se vê algo com tantos detalhes e em cores tão vivas não se tem dúvidas de que seja real, por mais que ame LuHan e tenha admitido ontem para ele, fiquei com ele apenas pela dúvida, queria que ele não tivesse me falado aquilo, mas como falou... Sabe... Tente me entender, o que ele falou, não é o tipo de coisa que se perdoa do dia para noite, é algo que demora... Eu não quero deixar ele, eu o amo, mas é melhor eu... Passar um tempo na casa da Lanna, não vou mentir, não me lembro muito dela, mas sei que posso confiar nela... ao menos até eu ter certeza de mais coisas, mas por agora não vou sair do quarto, não vou mostrar para ele que estou chorando, não vou mostrar para ninguém além da Lanna o que estou sentindo...

Por sorte, ou não, Lanna veio me visitar e foi para o meu quarto, falamos sobre mim, sobre ela, sobre seu relacionamento com Pedro, sobre meu relacionamento com as pessoas da escola, e claro falamos do LuHan, ela disse não ser capaz de opinar sobre o que contei, mas na opinião dela, é melhor eu me afastar até eu decidir o que vai ser melhor para ambos os lados, comentamos também sobre o baile de outono e ela falou que acha que um tal de Isaac vai me convidar, eu não me lembro dele, mas lembro do nome dele do meu sonho e algumas lembranças borradas, ela me falou que eu devia aceitar se ele me convidasse, mesmo a contra gosto eu concordei, ela me mostrou a foto dele e devo admitir ele é muito bonito, se comparando ou até indo além da beleza de LuHan.

- LuHan... Eu vou passar essa semana na casa da Lanna... Tchau...

-Tchau... ah e me desculpe Mel...

Fomos para casa de Lanna e foi até que divertido, brincamos comemos e conversamos, já se passou uma semana e no final de tudo decidimos que era melhor eu voltar para casa e agir normalmente com LuHan... Esquecer do que já foi, e realmente, é o melhor a se fazer, não consigo nem mesmo esconder que eu amo ele, Lanna falou que amanhã quando formos para a escola que eu não me deixe abalar pelas meninas ao redor dele, pois todos já estão sabendo da minha perda de memória e com certeza algumas pessoas vão se aproveitar disso.

Como já esperado, aconteceu como a Lanna falou, mas assim que LuHan me viu correu até mim e me abraçou apertado quase sufocando.

-Senti saudades Mel... Aquela casa fica tão vazia sem você... Me desculpa por tudo Mel, mas agora, quero que entenda uma coisa... Eu te amo, e muito e definitivamente não quero te perder... Não me deixe mais... por favor.

- Também senti sua falta Luh... E... Eu também te amo

 

~fim


Notas Finais


Fim


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