História Amnésia (Sob Edição) - Encontro

*[POV Normal]*

. . .

  — Howdy, Sans. — Disse a morena, de olhos castanhos claros, que agora, um deles estava em um tom rubro.
  — O que...? — Perguntou Sans, confuso pelo fato da pequena estar diferente, e a cor de seus olhos ter mudado para um tom vermelho sangue. A mesma estalou a língua em sinal de desaprovação.
  — Parece que passou-se muito tempo desde aquele dia, hm? — Ela o olhou atentamente, o vendo que estava quase entendendo a situação, estampou um sorriso em seus lábios. — Desde o dia que você morreu.
  — Chara?
  — Acertou! E parece que temos um convidado surpresa.
  Chara olhou para o canto da caverna, ainda com um sorriso no rosto, fazendo Sans olhar também. E lá estava ele.
  — Doutor Gaster.
  Ele sorriu.
  — Vejo que conseguiu fazer o que te pedi, Chara Dreemur.
  — E vejo que conseguiu o que queria..? — Disse Chara, soando como uma pergunta.
  — Não totalmente. Como eu pensava, minha linha do tempo apenas se encontrou com essa, mas isso me impede de ter o meu corpo inteiro. Eu não posso tocar em objetos ou coisas do gênero. E quanto à você?
  Sans permaneceu quieto. Os dois conversavam como se ele não estivesse ali.
  — Ela é muito resistente.
  — Heh, por que você acha? — Ele sorriu.
  — Oh, tem alguém aqui que você não vê há muito tempo.
  Gaster virou-se para o pequeno esqueleto, que os encarava com um olhar sério.
  — Que surpresa te encontrar.
  — O que planeja fazer? — Pergunta Sans, ainda sério. O rosto que o mesmo continha há alguns minutos atrás havia sumido totalmente.
  — Tornar sua vida um inferno, assim como as nossas.
  — Minha vida ja é um. — Um sorriso irônico brotou em sua face. — Como planeja se vingar?
  — Você ficou contra mim esse tempo todo. Nós éramos a melhor dupla que já existiu no subsolo, e você simplesmente me deixou. Eu tenho vários planos para você, e enquanto Frisk estiver em minhas mãos, você perderá seu 1 de HP em pouco tempo.
  — Eu sei me defender, chefe.
  — Não me chame assim.
  — Heh. Nao tem como nao achar graça com essa sua forma pequena e corcunda, ta quase do mesmo tamanho que eu. E pelo que eu me lembre, voce era maior que o Papyrus.
  Gaster estalou a língua, e logo virou-se para trás.
   — Eu não tenho muito tempo para ficar de conversa afiada.
  — Vocês parecem duas crianças. — Intrometeu Chara, de cara fechada.
  — Eu ainda tenho muitos planos, Sans. Por que desistiu de tentar acabar a construção de nossa máquina? — Ele juntou os dedos, e sorriu. — Você nunca foi de deixar o trabalho pela metade.
  — Decidi fazer o melhor. Por que eu iria trazer de volta alguem que quer me matar? Voce mesmo se matou por conta propia. Eu fiquei triste sim, mas voce estava ridiculamente louco e sedento por sangue.  — Gaster deu um pequeno grunhido.
  — Isso é passado.
  — Mas vejo que ainda se importa com ele.
  — Isso é outro assunto. — O mesmo se segurava para não atacar Sans. Ele estava sedento pelo ódio.
  Sans notou sua raiva, e sorriu um pouco mais largo, fazendo a raiva do maior aumentar. O mesmo logo suspirou calmo para não avançar nele.
  — Que tal pararmos com isso? Meu tempo está acabando. A pirralha está tentando resistir. — Disse Chara, irritada com a discussão dos dois.
  — Você escolheu se envenenar, se não fosse por isso, você ainda estaria viva, posso ter certeza. — Disse Gaster.
  — Isso foi por outros bens, e não é algo que seja de seu interesse.
  — Tudo bem.
  — Que seja.
  Chara fechou seus olhos, assim deixando Frisk finalmente comandar seu corpo.

  Frisk acordou. A mesma assustou-se ao ver WD Gaster em sua frente, junto de Sans.
  Esfregou a mão nos olhos, e ao ver novamente, o maior não estava mais lá. Ela olhou para Sans, e ele a olhou de volta.
  — O que aconteceu? — Perguntou, confusa.
  — Nada de mais. —  Sans suspirou, logo dirigindo-se em direção à saída da caverna. — Vamos sair.
  Sans e Frisk retiraram-se daquele lugar e caminharam em direção à casa de Sans.
  Eles andaram sem nenhuma preocupação, e logo Sans chegou em casa, abrindo a porta.
  — Hey criança, voce...-  —  Sans olhou para trás e não viu ninguém. Será que a menor estava lhe pregando uma peça? Ele deu de ombros e decidiu entrar. Caso ela não voltasse em pouco tempo, iria a procurar. — Paps?
  Não havia ninguém lá. Ele olhou confuso, será que ele estava nas aulas de Undyne? Mas hoje ele não tinha... Talvez estaria comprando espaguete? Dando uma volta por aí?
  Mas ele já comprou, e as lojas estão fechadas.
  E se estão fechadas, ele não teria nada para fazer, assim não saindo de casa.
  E quando ele fica em casa, quando está com muito tédio ele... Fica em seu quarto mexendo no computador, vendo suas redes sociais.
  Sans então entrou no quarto de Papyrus e não encontrou ninguém. Ele procurou em seu quarto, sala, cozinha, e nem sinal de Papyrus. Em um ato desesperado à procura de seu irmão — E também de Frisk — passou a procurar em toda Snowdin, mas todas as lojas estavam fechadas e os moradores em suas casas. Por um momento ele até se perguntou por que havia trabalhado hoje... Talvez para tirar um tempo descansando?
Ele logo encontrou um lenço laranja pendurado em uma árvore, seguida por um rastro de pegadas.
  Sans assustou-se, e segurou para não gritar ali e agora. Os únicos que podiam fazer aquilo era Gaster e/ou Chara.
Ele tirou o lenço da árvore, e o abraçou com força, logo vendo um papel caindo no chão, vinda do mesmo. Ele pegou o papel e sua raiva o dominou ao ler : "Gostou do nosso presente? Sorria, ainda temos mais".
  Ele então seguiu o rastro de pegadas correndo para que não aconteça nada com eles. O caminho o levava para Waterfall, onde não tinha neve e o mesmo não podia saber onde estavam. Ele então procurou na passagem secreta da cachoeira, mas não havia ninguém lá. Ele procurou por toda Waterfall, se for possível ele iria até o castelo apenas para procurar Frisk e Papyrus.

  Ele chegou em Hotland. Podia ser o único e provável lugar em que Gaster estaria.
  O laboratório.
  O antigo laboratório de Gaster certamente fica onde Alphys trabalha atualmente, mas obviamente, escondido.
  Sans foi até o laboratório de Alphys com esperança de que ela não o visse ali, e então entrou no lugar que seria "o banheiro" e andou um pouco por lá.
  Ele sentia que Gaster estava ali.
  "Isso mudou muito desde a ultima vez que vim aqui..." — Pensou Sans, observando o lugar com atenção.
  Ele foi até uma sala cheia de espelhos e flores douradas. Lá havia uma passagem que provavelmente nem Alphys sabe que existe. Ele ouviu uma conversa abafada, então tentou tirar um dos espelhos dali, e com sucesso, entrou em um pequeno buraco que havia lá, e ao chegar do outro lado, viu que realmente todos estavam ali.
  Papyrus estava inconsciente, e Frisk se mantinha quieta.
  Aquele era um pequeno laboratório, que continha várias estantes cheias de fracos e... Determinação.
  — Eu sei que voce quer se vingar de mim, mas nao precisa descontar neles... — A voz de Sans ecoava por aquele lugar empoeirado.
  — Mas você os ama. Isso iria certamente machucar mais em você do que neles.  — Disse Gaster, tentando de algum jeito mexer nos frascos.
  — Por que nao fazemos as pazes logo?
  — Não consigo voltar a ser seu amigo.
  Você morreu pra mim, e logo pra essa timeline.