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História Among the Shadows - Capítulo 15- Primeira Resposta


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey!
Feliz ano novo pessal, que 2017 seja maravilhoso.

Capítulo 15 - Capítulo 15- Primeira Resposta


 

POV Daryl

Conforme a luminosidade adentra o quarto eu começo a tomar consciência de pequenos fatos, como por exemplo o de que tem um corpo macio enroscado no meu, cabelos fazendo cosquinha em meu nariz e que, pela primeira vez em muito tempo, muito tempo mesmo, não quero me levantar.

Sinto ela se move inquieta e resmungar baixinho. Abro os olhos no momento em que sinto ela passar o rosto contra meu peito e tentar esconder da luminosidade. Sorrio sem perceber, e faço um carinho em seus cabelos ruivos e bagunçados.

-Bom dia- ela murmura com a voz abafada contra meu peito.

-Bom dia Little Monster-respondo fazendo um  carinho em suas costas, meus dedos seguindo os contornos da fênix.

Ela ergue uma das mãos até o rosto, coça os olhos parecendo espantar o sono e depois ergue a cabeça para me encarar.

-Deve ser meio decepcionante, né?- pergunta depois de um bocejo. Parece dividida entre incerta e divertida.

-O que?- pergunto confuso.

-Aposto que estava esperando uma tatuagem em um lugar super sexy e inusitado e ao invés disso é só uma fênix nas costas-responde rindo.

Balanço a cabeça em negativa.

-Eu adoraria dizer que sua fênix nas costas não são nem um pouco sexy, mas estaria mentindo- resmungo irritado, odiando admitir isso em voz alta-É misterioso, e só de ver esse contorno quero te agarrar, de novo, de novo e de novo.

Ela abre um lindo sorriso e  sei que lhe dei material de ataque, o que me faz xingar a mim mesmo mentalmente.

-Você disse que a tatuagem tinha historia. Por que uma fênix?

Ela fica surpresa por um momento e então estreita os olhos.

-Então você presta atenção no que eu digo? Bom saber.

-Está evitando a história- resmungo, meio ansioso por uma resposta e ela rola para ficar totalmente em cima de mim, seus seios pressionando meu peito, enquanto apoia o queixo em mim e ficamos  cara a cara.

-As fênix são diretamente ligadas com o infinito e imortalidade- responde e assisto seus olhos cinzentos ficarem desfocados, claramente viajando por lembranças- Tem toda aquela coisa de renascer, então é um ciclo sem fim. Minha mãe costuma dizer que o tipo de infinito mais bonito é o da fênix, porque trás consigo toda a ideia de que você pode ressurgir das cinzas. Ela dizia que não importa o quão difícil é a sua batalha, que mesmo que você lute até sua chama se apagar e restar apenas cinzas de tudo o que se queimou você pode e deve tentar de novo, renascer, ressurgir, levantar. Nenhum problema é grande o suficiente para acabar com esse infinito, porque você vai lutar até o ultimo suspiro, e então quando estiver acabado, só as cinzas, vai queimar de novo.

Ela para por um momento, suspira e abre outro sorriso. Esse é diferente dos que estou acostumado, é cheio de saudade.

-Ela me dizia para lutar por quem eu sou, o que eu quero e acredito sempre, mesmo que eu me cansasse e me acabasse, e que eu deveria ressurgir do nada, como uma fênix. Era como um lema de vida para ela.

Olho para ela fascinado, surpreso com toda essa perspectiva e com o fato de eu ter uma resposta. É a primeira vez que ela me responde sem ser evasiva sobre seu passado. É mais um pedacinho dela que ela trás a tona, e que me cativa um pouco mais. Saber a história da tatuagem só faz com que eu a ache ainda mais sexy, e sei que vai ser mais um ponto para me levar a perdição que essa mulher é.

-Posso entender o porquê dela ter deixado você fazer então- digo tirando uma mecha de cabelo que cai em seu rosto.

-Ela não deixou- responde inclinando o rosto contra minha mão.

-Não?

-Ela morreu antes da tatuagem, Daryl- responde  de olhos fechados- Mas meu pai deixou eu fazer, me apoiou. Eu quis fazer para nunca me esquecer dela e do que acreditava. Ela sempre lutou por tudo, foi a mulher mais forte que já conheci, e a admiro muito por isso. Sempre ressurgiu das cinzas até que um dia não o fez mais. O câncer não deixou.

-Sinto muito- digo com sinceridade e ela volta a abrir os olhos, fixa eles em mim.

-Eu também, mas já faz muito tempo- diz e então se move para me dar um selinho.

Acho o ato estranho, um tipo de carinho que nunca compartilhei com ninguém, mas ainda assim bom. Incrivelmente bom. Ela se afasta, abre os olhos e então ri de minha expressão surpresa.

-Mas é mesmo um anjo inocente- brinca se jogando ao meu lado na cama, saindo de cima de mim- Não sabe nem o que é um selinho?

-A inocente aqui é você, Little Mosnter, por dar selinhos- respondo e rola para cima dela. Ela ri e o som me hipnotiza como sempre, mas dessa vez não tenho que me segurar.

Capturo seus lábios inicialmente com calma, mas as coisas vão saindo do controle. Suas mãos enlaçam meu pescoço e arranham minha nuca, o que me faz perder o foco e atacar seus lábios com voracidade.

O ar se faz necessário então abandono sua boca e sigo para seu pescoço, onde dou chupões  que vão deixar marcas depois, ao mesmo tempo que minhas mãos descem desabotoando minha camisa que ela usa.

Ela arranha minhas costas e deixa um gemido escapar o que só me excita mais e me deixa louco. Jogo minha camisa longe e desço os beijos por sua clavícula, seguindo até seus seios. Ela se contorce e arqueia em minha direção, suas pernas se enrolando ao redor de minha cintura.

Aperto sua bunda e a puxo em minha direção, o que só faz com que nossos sexos se encontrem. Gememos juntos.

Ela consegue força não sei como e nos gira na cama, ficando por cima de mim, um joelho de cada lado do meu corpo. Arranha meu peitoral, descendo perigosamente, ao mesmo tempo em que beija meu pescoço, distribuindo chupões que vão deixar marcas depois. Não consigo me importar com nada disso no momento.

Minha cueca boxer some graças a suas mãos habilidosas e não perco tempo e arranco sua calcinha também. Nos giro na cama novamente, ficando por cima. Volto a beija-la intensamente  e ela volta a passar as pernas ao redor de mim.

Depois de conferir se está pronta para mim, penetro-a lentamente, ficando ainda mais duro com seu gemido longo e rouco. O ritmo aumenta, ela arranha minhas costas mais e mais e morde meu ombro.

Os corpos suados se mexem em sincronia e não existe nada nesse mundo que não seja a Little Monster. Nada é mais importante que ela nesse momento. Chegamos ao clímax juntos.

Depois de um banho maravilhoso me encontro ajudando-a a fazer um café da manhã para nós dois, enquanto discutimos um pouco mais sobre a saída que teremos depois do almoço. É mais uma cena estranhamente familiar que não quero abandonar.

Comemos calmamente e depois disso ela se arruma para finalmente começarmos nosso dia, bem mais tarde que o de costume.  A ruiva desce as escadas pronta, correndo. Se despede de mim com beijo intenso que me pega de surpresa e some em direção a casa de Aaron.

Me encaminho até minha casa, e entro para encontrar Abraham, Rosita e Michonne em casa ainda. Cumprimento-os com um aceno de cabeça e subo para trocar de roupa. Meu olhar segue até minha cama e não posso evitar de imaginar Allyra ali.

Saio do quarto sem delongas, brinco com Bravinha, que chega na sala com o irmão quando estou de saída e depois disso vou conferir os suprimentos para a busca, assim como o carro e a moto.

Carol aparece na garagem quase na hora do almoço, perguntando se estou bem. Olho para ela com descaso e aceno que sim com a cabeça.

-Você saiu mais cedo hoje?- pergunta se aproximando- Achei estranho, não te vi chegar ontem e nem sair hoje.

-Não dormi aqui- resmungo novamente, sem tirar os olhos da moto.

-Mesmo? E dormiu onde? Ah, imagino que com Allyra- diz e sinto um tipo de acusação nessa fala.

-Não vejo como isso pode ser da sua conta- digo me levantando e indo até a caixa de ferramentas.

-É claro que é da minha conta- resmunga me seguindo, o que me deixa irritado-Pelo amor de Deus Daryl tem um chupão no seu pescoço, você está o que, no ginásio novamente?

Largo a ferramenta que seguro bruscamente  e me viro para encara-la.

-Novamente, não vejo porque diabos pode ser na sua conta. Vá cuidar da sua vida-rosno.

Ela me olha fixamente por um momento, e então começa a rir, o que só me faz pensar que se vestir como uma madame enxerida a fez uma enxerida meio doida mesmo.

-Meu deus, isso está acontecendo mesmo- balança a cabeça em negação e depois volta a me encarar- Só espero que ela não magoe você, porque se ela o fizer vou acabar com a raça dela.

Rolo os olhos e resolvo ignora-la, que percebendo que não vou falar mais nada vai embora. Assim que tenho certeza que a moto está boa deixo-a pronta e vou almoçar.

Converso com Rick durante o almoço, e ele comenta que Allyra foi um grande acréscimo ao grupo, ajuda de todas as maneiras possíveis e que parece ter estado sempre aqui.  Discordo, porque ainda tem muita coisa sobre ela que é um mistério, que ainda tenho que descobrir, e isso impede que ela seja vista por mim como alguém que sempre esteve aqui.

No horário combinado saio em busca de meus parceiros para podermos sair. Vou até a casa de Allyra, e encontro-a sentada na banco do motorista, comendo algumas balinhas e conversando com Maggie.

Estaciono próximo as duas e as comprimento, logo depois perguntando pro Aaron.

-Está com Deanna, logo ele passa na casa dele se despede do Eric e podemos ir- responde e estende o saquinho com as balinhas gelatinosas em minha direção, oferecendo. Nego com a cabeça e sinto o olhar fixo de Maggie.

-Acho que acabei de descobrir o motivo da felicidade repentina da Allyra- murmura a mulher do coreano ainda com os olhos fixos em mim. Arqueio uma sobrancelha e ela sorri mais ainda.- vejo vocês depois. Trás minha amiga de volta hein Daryl. Tchau ruiva.

-Tchau Maggs- responde se levantando e abraçando a morena.

Assistimos em silêncio ela sumir virando a rua, e só então me viro para encarar a ruiva.

-Então viraram amigas mesmo- digo sem saber exatamente o porquê  e ela dá de ombros, já sentada novamente.

-Também me surpreendeu- responde depois de engolir outra balinha- Meu plano era ficar aqui uma semana, dar uma organizada na segurança daqui, mas olha eu aqui até hoje, super envolvida com todo mundo.

-Queria mesmo ir embora? Por quê?

-Porque tinha outro lugar para ir, motivo nenhum para ficar.

-Ainda pensa em ir embora?- assim que a pergunta sai de minha boca me dou conta de que me importo com a resposta.

-Não tanto quanto no começo- diz me olhando nos olhos e abrindo um sorriso de lado.

Aceno afirmativamente com a cabeça, por dentro sentindo um alivio sem motivo aparente, e ainda assim ficando um pouco preocupado porque não foi uma resposta concreta.

-Vou só me despedir de Eric, coisa rápida, juro- grita Aaron a uma distância razoável.

Aceno com a cabeça e ela ergue o polegar em concordância.

-Você não esteva brincando quando disse que certas coisas deixam qualquer homem de bom humor- murmura me olhando de olhos cerrados, o que me faz olhar de volta confuso.

-O que?- pergunto meio surpreso ao reconhecer que disse a ela a um tempo atrás, em uma clara provocação.

-Está com um humor melhor hoje, Dixon- diz se levantando e ficando cara a cara comigo- Em seu mal humor natural estaria irritado com a demora.

Rolo os olhos e a puxo pela cintura, pronto para beija-la quando ouço a porta de Aaron se abrindo a distância, o que me trás de volta a realidade. Solto-a lentamente, frustrado e ela rola os olhos com essa minha atitude. Sei que para ela é fácil ter esse tipo de contato em qualquer lugar, sem se importar com platéia, mas não consigo.

O casal termina de se despedir na varanda e ele corre em nossa direção, nos cumprimenta com um sorriso e se acomoda no banco do passageiro.

-Nos guie- diz a ruiva antes de virar as costas, entrar no carro e fechar a porta com um baque seco.

Assumo a liderança e finalmente pegamos estrada.



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