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História Among the Shadows - Capítulo 18 - Um tipo de droga


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Pessoal quero agradecer de coração os 100 favoritos, sério estou muito feliz ❤❤❤
Vocês são os melhores.

Capítulo 18 - Capítulo 18 - Um tipo de droga


POV Allyra

Conforme a luz adentra o quarto eu me dou conta de que esse não é meu, pois vem do lado contrario, e  eu sempre- sempre-fecho as cortinas. Abro os olhos lentamente e não consigo evitar um sorriso quando me dou conta de onde estou.

É estranho, mas estar toda enrolada em Daryl Dixon me passa uma segurança que não sinto a muito tempo. Observo-o dormindo, sua expressão serena, a boca entreaberta, como que me convidando.  Sinto vontade de toca-lo, mais que isso, de fazer carinho – coisa que eu normalmente não sinto muita disposição de fazer- mas me controlo no ultimo segundo.

 Quero ficar ali pelo resto do dia, mas meu estômago começa a reclamar e preciso levantar. Desenrosco nossas pernas com cuidado e ele resmunga um pouco entre o sono. Sair de seu aperto é a parte mais difícil, e fico muito orgulhosa de mim mesma quando consigo faze-lo sem que o mesmo acorde.

Pego a lança e saio do quarto o mais silenciosamente possível, parando na porta para dar um ultima olhada. Uso o banheiro social e aproveito para lavar o rosto. Meu estômago volta a dar sinal de vida quando estou descendo as escadas.

Meu plano era ir para minha casa, tomar um belo café da manhã e depois voltar para ver se o caçador despertou, mas dou de cara com Carl e Judy na sala.

-Allyra?- pergunta confuso, uma expressão sonolenta estampada no rosto enquanto balança a irmãzinha.

-Oi- respondo meio sem graça.

-O que faz aqui?

-Ah- franzo a testa para mim mesma, o que eu estava fazendo aqui?- Estava com o Daryl.

-Há essa hora da manhã?- pergunta novamente, apertando os olhos para mim. Olho para ele com minha melhor cara descritiva e ele arregala os olhos- Ah.

-Pois é- respondo depois de engolir em seco.

-Vocês dois finalmente se assumiram como um casal então?

Paro para pensar sobre isso por um momento. Um casa? Não sei.

-Que tal você cuidar da sua vida?- pergunto e ele ri.

Ele ri de lado.

-Então, vou indo que eu to com fome- digo e começo a ir em direção a porta.

-Nãaao, espera ai- pede e me viro para ele arqueando a sobrancelha.

-Que é?

-Carol saiu logo cedo, você podia fazer café da manhã aqui, para mim e para você.- pede com carinha do gato de botas

-Haha- digo irônica- Que abusado.

-Por favor.

-Depois vai fazer o que?- pergunto fechando a porta novamente e indo para a cozinha.

Ele se senta na bancada com Judy, que começa a brincar com um copo vermelho de plástico.

-Sair com Enid- responde e olho para ele insinuativa.

-E vocês já são um casal?- pergunto só pra irritar.

-Por que você não vai cuidar da sua vida?- resmunga o mesmo que disse a pouco tempo. Dou de ombros e solto uma gargalhada.

Faço panquecas para nós e então nos sentamos no balcão para comer, e ele me faz algumas perguntas sobre minha saída. Conto quase tudo, e em troca ele me conta o que aconteceu por aqui.

- A louça vai ser sua pequeno pupilo- digo depois de terminar de comer.

-Justo- diz dando de ombros e recolhendo os pratos.

É ai que Daryl desce as escadas com uma expressão nada boa. Arqueio a sobrancelha para ele, que suaviza um pouco quando me vê. Judy estende os bracinhos em sua direção assim que o vê e começa a soltar seus resmungos e meias palavras. Sai algo como Dalyl, meio enrolado.

-Bravinha- diz carinhoso pegando-a nos braços e jogando-a para cima. Ela solta uma gargalhada gostosa de neném.

-Bom dia caipira- digo e ele semicerra os olhos em minha direção.

-Bom dia- responde e se senta ao meu lado, pegando minha caneca que ainda tem um pouquinho de café.

Fico um tempo ali, encantada com a relação que ele tem com a menininha, me dando conta de que estou perigosamente apaixonada por ele, em especial nesse momento.

O resto do pessoal da casa desce, e Maggie também aparece.  Me envolvo nas conversas, e acabo indo para casa só mais tarde. A morena me acompanha, especulando fervorosamente sobre a busca e sobre Daryl. Evito algumas perguntas, mas respondo outras sem problemas.

Tomo um banho e depois a acompanho até o funeral de Reg. Não é nada muito grandioso, resume-se mais a uma lápide, e de qualquer forma chegamos meio tarde. Rick conversa com Deanna sobre Morgan e eles vão até a cela dele conversar sobre algumas coisas.

(...)

É quase fim da tarde quando Glenn bate a minha porta e me avisa que Rick quer conversar sobre algum novo problema. Franzo a testa  e a sigo por entre as ruas até a casa .

- Que porra está acontecendo?- pergunta Daryl se juntando a nós .

-Ótima pergunta – digo acompanhando os dois.

 Ao chegarmos lá encontramos todos amontoados na sala, Morgan entre eles. Me encosto na parede mais próxima e aguardo Rick começar a falar, enquanto observo Daryl discutir alguma coisa com Carol não muito longe.

Spencer e Deanna entram  e procuram se acomodar. O garoto se aproxima, como se eu quisesse conversar com ele, e Deanna se acomoda próxima a Rick.

-Oi- diz Spencer, e não posso negar que o cara parece meio acabado. Aceno com a cabeça por educação.

-Oi- responde Daryl aparecendo subitamente do meu outro lado. Pisco atordoada e olho para ele surpresa.

Ele me puxa levemente para mais perto pela cintura e olha com uma expressão mais fechada que o normal para Spencer.

-Posso ajudar em alguma coisa ou você vai ficar ai mesmo?- resmunga  me mantendo pro perto.

 Arqueeio a sobrancelha  encarando-o, tentando entender o que diabos está acontecendo. Spencer dá de ombros e vai para o outro lado da sala. Meu cérebro finalmente processa que isso foi um ato de ciúmes e sorrio descaradamente. Ele se limita a fechar a expressão para mim e então voltar a atenção para Rick.

O xerife finalmente começa a falar e junto com Morgan nos conta o novo problema que teremos que enfrentar. Como se os Wolfes não fossem o suficiente agora temos milhares de walkers presos em uma cratera prestes a ter uma abertura. Xingo baixinho.

-Gostaria de ir até lá ver como está a situação- digo quando as pessoas já se dispersaram.

-Eu também quero voltar e fazer um plano melhor- responde Rick com seriedade- Você pode ir comigo sem problemas. Vou daqui a meia hora  no máximo.  Daryl também vai.

-Ok, vou te esperar aqui mesmo- respondo e ele sorri.

-Minha casa, sua casa.- diz apontando para os sofás. Aceno e sorrio de lado.

Ele conversa com Carl, resolve algumas coisas com Abraham e discute outras com Daryl, enquanto assisto tudo sentada confortavelmente de umas das poltronas.

Suspiro sabendo que posso acabar cochilando se continuar ali daquela maneira e ser deixada para trás, já que isso é a cara do Daryl. Me levanto e espreguiço de leve.

Estou nos degraus da varanda quando Carol aparece.

Arqueio a sobrancelha sem falar nada, e espero que diga o que diabos quiser, porque algo me diz que ela quer. Quer desesperadamente.

-Então você e o Daryl...

-Eu e o Daryl?- pergunto impaciente.

-Estão juntos?

-Sinceramente não sei, e sei menos ainda como isso pode ser da sua conta- resmungo irritada. Ela faz cara de surpresa e assustada, mas estou cansada dessa máscara de mulher indefesa que ela usa diariamente.

-Acontece que ele é da minha conta e isso faz com que seja da minha conta- diz me olhando fixamente- Total e completamente da minha conta.

-Isso é o que você acha- digo e viro as costas para ela seguindo para a entrada novamente. Estou com a mão na maçaneta da porta quando ela volta a falar.

-Tem razão, eu não sou só uma dona indefesa.-diz se referindo ao que já disse em sua cara algumas vezes- E  se você fizer merda com ele eu te mato e faço parecer um acidente.

Normalmente eu ignoraria a amiga superprotetora do cara com quem estou saindo, porque sim eu posso acabar magoando alguém, e sim eu já estive na posição de amiga superprotetora, mas essa não é a primeira vez que ela me dá nos nervos, e pra completar ainda me ameaça.

Me viro tão rápido que ela demora processar e quando se dá conta já está prensada na parede.

-Me ameace novamente  e eu vou te mostrar como que se faz de verdade- digo baixo e secamente, uma de minhas mãos em sua garganta. Ela arregala os olhos- Não sou uma boazinha qualquer pra você vir falar merda para mim. Venha se meter na minha vida novamente  e eu vou te mostrar algo realmente intimidador.

-Está me ameaçando?- pergunta apertando os olhos para mim. Sorrio.

-Não. Você está me ameaçando. Eu estou te dando um aviso.- digo e a solto lentamente- E Daryl é um homem adulto, sabe quais são  as próprias decisões. Tenha um bom dia.

Entro na casa sem olhar para trás. Rick, Glenn, Maggie e Daryl discutem algumas coisas sobre um mapa. Me junto  a eles analisando o terreno.

(...)

Estamos fudidos. Total e completamente fudidos.

Tudo bem, lidar com isso não é impossível, mas os riscos são imensos. E também não é algo que dá para ignorar. São milhares dessas coisas nojentas, inúmeros walkers se arrastando  de um lado para outro, aguardando uma brecha para ir em direção a Alexandria.

Merda. Merda merda merda.

-Vamos dar um jeito- diz Daryl ao meu lado.

-Desde quando você é otimista?- pergunto me virando para encara-lo.

-Não sou- responde me olhando fixamente- Mas me recuso a perder tudo o que consquistei nos últimos dias.

Concordo com a cabeça sem desviar os olhos dos dele.

-Eu também- digo, e se ele for esperto vai se dar conta de que ele é o ponto máximo.

Analisamos os pontos fracos por mais um tempo, e acabamos descobrindo um ponto mais fraco que logo pode ser uma saída para eles, e ao invés de tentarmos tampar ou reforçar resolvemos utilizar ao nosso favor.

Podemos abrir e guia-los para a direção oposta a Alexandria -e se eu for bem sincera comigo mesma, a um outro lugar também-  e assim deixar a zona na mesma, razoavelmente livre de walkers.

Voltamos para Alexandria assim que escurece e alguns de nós nos juntamos em minha casa para completar nosso plano de evacuação.  Algum tempo depois temos uma base boa de plano para apresentar aos outros no dia seguinte.

Me despeço de Rick, Maggie e Glenn com um abraço e um boa noite. Maggie sussurra um “se divirta” em meu ouvido, me encarando toda sorridente. Balanço a cabeça e lhe lanço uma piscadinha, o que só faz um ar malicioso se apossar dela.

Me jogo no sofá de qualquer jeito assim que eles saem e aguardo Daryl- que foi ao banheiro- aparecer.

Não vou mentir, me divirto bastante com a expressão que se apossa do rosto do caçador quando se vê sozinho comigo. Parece desconfortável, sem graça. Sorrio de lado, achando isso encantador.

-É, acho que eu já vou.- diz se recompondo e caminhando todo dono do mundo para a porta. 

Fico um instante inteiro observando seus movimentos e refletindo sobre meus próximos passos e consequências, e escolho que quero todas as que vierem se Daryl Dixon vier junto.

-Fica- peço e me sinto uma idiota quando noto que minha voz saiu baixa.  Ele para mesmo assim, me ouvindo.

-O que?- pergunta se virando e cruzando os braços.

-Não vou dizer de novo- aviso me erguendo no sofá para poder encara-lo melhor. Ele sorri de lado.

-Não?- pergunta caminhando em minha direção como se eu fosse sua presa.

Balanço a cabeça em negativo.
E então ele está a minha frente, e com um puxão estou de pé. Seus braços fortes me rodeiam e ele se inclina sobre meu pescoço, fazendo todo o meu corpo se arrepiar. Sua presença máscula me excita e sua pegada me leva a loucura. E então ele me beija.

Nossas bocas entram em uma batalha deliciosa, ele explorando cada canto da minha, conhecendo e provocando. Aperta minha cintura com força, suas mãos calejadas em contato com minha pele. Arranho seus braços e gememos baixo em conjunto.

Giro nós dois e então o faço se sentar no sofá, logo em seguida subindo em seu colo. Ele aperta minhas coxas e me puxa para mais perto. Me movo sem conseguir evitar, adorando a sensação, adorando saber que ele me deseja.

Logo minha blusa e sua camisa estão jogadas pelo chão. O sutiã logo segue esse caminho e em seu lugar surgem as mãos experientes do caçador. Eles nos rola no sofá, me prendendo a sua mercê e não me importo nem um pouco com isso.  Gemo sem parar, bamba com o prazer que ele me proporciona. Uma de suas mãos desce para minha intimidade e me leva a loucura.

Um gemido muito parecido com um rosnado escapa de mim e em um rompante nos giro no sofá assumindo o controle. Ele me ajuda com o ritmo, e é simplesmente ótimo ver sua expressão de prazer, que imagino ser um reflexo da minha. É viciante, é delicioso, é intenso.

Não quero parar, não quero que acabe. Quero mais, quero sempre.

Daryl é uma droga- um tipo diferente, mas tão perigoso quanto- e pela primeira vez na vida estou me viciando em alguma coisa, ou melhor, em alguém.



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