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História Among the Shadows - Capítulo 22 - Problemas a serem resolvidos.


Escrita por: IzaaBlack

Capítulo 22 - Capítulo 22 - Problemas a serem resolvidos.


POV Allyra

Quando amanhece levanto rapidamente e sem problemas.

-Little Monster?-pergunta atordoado- Está tudo bem?

-Sim.- respondo terminando de me vestir. Acho que minha voz me denuncia, pois ele se ergue mais na cama e me encara confuso.

Balanço a cabeça em negativa, abro um sorriso de lado e me inclino beijando-o.

-Vou resolver umas coisas com o Rick, ok?- digo e ele concorda se levantando e começando a se preparar para o dia.

Desço as escadas com pressa e logo estou nas ruas. Minha cabeça trabalha rapidamente, traçando todas as minhas opções. Médico para Maggie, contato com amigos, despistar o inimigo. Não necessariamente nessa ordem.

Encontro Rick conversando com Jesus. Comprimento os dois, e faço sinal para que o xerife se aproxime.

-O que foi?- pergunta me olhando analisador. Desvio o olhar por um momento.

-Problemas, Rick. Estamos com problemas na nossa porta.

-O que você sabe sobre isso?- pergunta apoiando as mãos na cintura e me encarando- Porque aparentemente sabe mais que nós, não é?

Concordo com um aceno de cabeça. Sei.

-Posso resolver parte de tudo isso, Rick.- digo com sinceridade- Preciso que confie em mim, pode fazer isso?

Ele fica em silencio por um longo momento.

-Sim.

Concordo com a cabeça e começo a me virar para sair. Ele me para e diz:

-Você sabe que pode fazer o mesmo conosco, não é?- pergunta e eu me sinto pega de surpresa.

Pisco atordoada por um instante. Talvez fosse uma boa não ter que fazer isso sozinha, mas não posso deixar que mais ninguém se machuque. Não posso deixar que ele machuque uma dessas pessoas, simplesmente não posso.

- Eu sei- digo e então solto um suspiro- mas isso é algo com o que tenho que lidar sozinha.  Volto logo.

Ele acena em concordância e se vira para voltar para onde Jesus está.

-Rick?-chamo e ele se vira imediatamente.- Existe um grupo que se autodenomina Salvadores. Caso encontre com alguma parte deles enquanto eu estiver fora, não os subestime. Nunca.

Ele concorda.

POV Daryl

Minha relação com Allyra evoluiu cada vez mais e sem que eu me desse conta acabei caindo por ela. Quando finalmente admiti isso para mim mesmo, foi libertador e constrangedor. Estar apaixonado, gostar de alguém,  é uma coisa completamente nova para mim e de alguma forma estranha é muito bom.

Algo a está incomodando. Algo está lhe trazendo lembranças ruins e eu não sei o que fazer  a respeito. Quero cuidar dela mas nunca fiz nada assim antes. Nunca fui responsável por uma mulher minha.

Ela sorri de lado e me dá um beijo antes de sair. Diz que está tudo bem, mas a voz está hesitante. Tem algo escondido ali e eu não sei o que é. Não faço ideia.

Arrumo-me para mais um dia por aqui, principalmente porque hoje temos que lidar com a tal de Hilltop e Jesus. Rolo os olhos e resmungo comigo mesmo só de pensar nessa procaria de nome.

Encontro Glenn com o trailer que conseguimos recentemente e conversamos algumas coisas sobre a nossa ida a essa outra comunidade. Maggie aparece, me cumprimenta e passa a discutir o assunto também. Ela tem uma posição bem diferente da minha, acreditando que coisa boa pode surgir dali. Dou de ombros.

Ouço alguém me chamar e me viro para encontrar Carol.

-O que quer?- pergunto e ele explica que precisa de ajuda com algumas coisas.

Estou  carregando uma caixa pesada de armas quando o assunto surge.

-Acho que sua namoradinha via fugir- diz Carol  e isso faz com que eu pare de andar e me vire para encara-la.

-O que?

-A ouvi conversar algo estranho com Rick, e acho que ela via fugir, que não aguentou os problemas. Eu te disse para escolher melhor, Daryl.

-O que está dizendo não tem sentido nenhum- acuso e ela dá de ombros.

-Você nunca parou para pensar com uma mulher sozinha pode ter sobrevivido tanto tempo? Não acho que ela esteve sozinha durante todo esse período.

-Ela não esteve- resmungo, me lembrando de nossas conversas onde ela me contou que esteve em um grupo antes.

-Exatamente, e o que aconteceu com o antigo grupo? Morreram ou ela os abandonou? Não sei Daryl, só sei que a conversa foi suspeita.

-Tudo o que está dizendo são apenas especulações sem sentido- acuso e volto a andar.

-Você acha mesmo? Eu já acho que tem algo mais por trás da Lambertini. Ela chegou sozinha e do nada, e logo estava envolvida com todo mundo... Muito estranho.

-Ela não chegou aqui sozinha, eu e Aaron que a trouxemos. E ela se envolveu com o grupo todo porque é assim que Allyra é : Total e completamente envolvente- resmungo sem nem me dar ao trabalho de olha-la.

-Bem, ou talvez seja uma mulher muito esperta que se aproximou de todos os elos fracos. A garota que estava abalada pela perca da irmã e precisava de uma amiga, o adolescente que precisava de atenção. O coreano que conversa com todo mundo, a mulher que não conversava com ninguém.

-E eu, entro onde exatamente nessa lista?- pergunto achando tudo isso um absurdo.

-No que homem que tem voz no grupo, braço direito do líder forte e que ainda estava solteiro. Sinceramente, Daryl, você acha que ela se envolveria com você por qual motivo? Vocês são completos opostos. Tudo bem que ela também é séria,  tudo mais, mas tudo o que ela tem de carismática você tem de fechado, tudo o que ela tem de alegria você tem de mal humor. Isso para não citar a idade.

De um modo brusco as coisas que ela diz me atingem e começam a criar duvidas em minha cabeça. Xingo baixo. Tudo isso que Carol disse é uma grande merda, sem nenhum sentido.

-Vá se foder- resmungo e saio de perto.

Quero encontrar Allyra e conversar, e tenho que tomar cuidado para não deixar as palavras venenosas de Carol criarem dúvidas em minha cabeça. Encontrei algo bom, uma pessoa que desperta em mim coisas novas e que gosta de mim também, e ainda assim...

POV Allyra

Procuro por Maggie. Explico que tenho que sair, que tenho que resolver algumas coisas e que volto em mais ou menos uma semana. Peço que tome cuidado em Hilltop, e que cuide das coisas por mim. Ela fica preocupada, e tenta me tirar de ideia de todas as maneiras possíveis, mas eu tenho que ir.

Converso com Carl também.  Ele fica particularmente chateado, mas me entende. Ou tenta fazer parecer que o faz.

Finalmente volto para casa. Arrumo algumas coisas em minhas mochilas, grande parte de minhas armas que estavam escondidas desde que cheguei, os rádios, um par de roupas, alguns suprimentos. Nada demais.  Não vou passar muito tempo fora.

Arrumo meu cabelo em uma trança, ajusto a lança no suporte e coloco a mochila nas costas. Só tenho mais uma fera para enfrentar, e é Daryl Dixon.

Encontro-o no muro, conversando algo com Tolby. Ele me avista de longe e logo sai da conversa, vindo em minha direção.

-Esqueci de alguma saída hoje?- pergunta me analisando e eu balanço a cabeça em negativa.

-Preciso resolver um problema.

-Ok, estou pronto para sair em 10 minutos- diz cheio de convicção, e me surpreende se inclinando e beijando levemente meus lábios. Retribuo.

-Não Daryl- seguro-o pelo braço quando ele começa a avançar em direção a nossa casa.- Isso eu tenho que resolver sozinha.

-O caralho que tem – resmunga e então cruza os braços- Você não está mais sozinha, Allyra.

-Sei disso- respondo, meu coração começando a doer.- Mas esse problema veio de antes de eu não estar mais.

-Allyra...

-Sinto muito, Daryl.

-Espera- resmunga, sua expressão ficando surpresa e seus olhos demonstrando dor- Você está indo embora?

-Não. Vou sair, ficar fora por mais ou menos uma semana e então estarei de volta...

-Não.- ele me interrompe bruscamente- O que está indo fazer? O que é tão importante que você tem que ir agora e sozinha? Podemos resolver isso depois de ir a essa tal Hilltop.

-Não podemos, Daryl- resmungo irritada.

-O que você está indo fazer, Lambertini?- pergunta  e o simples uso de meu sobrenome me mostra a dimensão da raiva.

-Não posso te contar, não agora- digo irritada também. – Você tem que confiar em mim.

-E você por acaso confia em mim?- rebate se aproximando e me encarando fixamente.

-Claro que sim- respondo erguendo o queixo para encara-lo mais diretamente.

-Não parece- rosna na minha cara e o olho indignada.

-Grande merda- resmungo e ele balança a cabeça.

-Acho que na verdade você está indo embora. Acho que nunca planejou ficar, mas as coisas ficaram fáceis.- diz revoltado- E então não estão mais fáceis. Não temos suprimentos e temos essa coisa com essa tal Hilltop, que não é uma certeza. Você não quer os problemas.

-Vá se ferrar- grito cheia de raiva, indignada que ele tenha coragem de dizer isso para mim, quando venho buscando suprimentos e ajudar de todas as maneiras possíveis.

-Se não pode falar o que está indo fazer então na verdade está indo fazer nada- quase grita, expressão fechada, olhos em chamas.

-Você sabe que isso não é verdade.- digo passando a mão pelo rosto e tentando me acalmar.

-Quando me disse que era covarde não acreditei em você, mas agora faz sentido. Está fugindo.- acusa e eu quase perco o controle. Fico com raiva e chateada ao mesmo tempo, tudo em uma bagunça na minha cabeça.

Ele está chateado e acho que no lugar dele eu estaria desse modo também, então simplesmente tento conter alguns xingamentos.

-Quando eu voltar, conversamos.- digo tentando amenizar as coisas. Ele me olha meio raivoso.

-Se for embora não precisa voltar- diz e isso me faz olhar para ele totalmente atordoada.

-O que?

-Você me ouviu. Se for, por mim é melhor que não volte- diz e sinto meu coração começar a se partir.

Não entendo essa revolta brusca, não entendo o que ele pode pensar que estou fazendo, não entendo o porque de toda essa raiva. Não estou acostumada a me importar tanto com alguém, então também não estou acostumada com a dor que vem junto com a magoa. Xingo baixinho.

-Então acho que isso é um adeus.- digo. Minha voz sai arquejante e parece ser difícil respirar.

Viro as costas para ele e caminho a passos largos para o carro que Rick arrumou para mim. Cada passo para longe dói e é como se um fio invisível se esticasse entre nós, e que para voltar eu só deveria segui-lo.

Entro no carro e dou a partida. Alguém abre o portão para mim. Vejo-o pelo retrovisor, os olhos azuis fixos em mim. Outra pontada  de dor. Piso no acelerador e sigo em frente.

Não sei muito bem quanto tempo dirijo, mas sei que não é muito. Logo que sei que o carro não é mais visível para alguém de de vigia nos muros, paro o carro.

Bato no volante com força, com ódio, enquanto lagrimas sufocadas sobem rapidamente por minha garganta e saem por meus olhos, junto com soluços. Choro sozinha, em um carro no meio do nada, porque inferno estou totalmente apaixonada por Daryl Dixon e essa dor de te-lo magoado e estar magoada é intensa.

É algo novo e surpreendente, e também é ruim. Dói. Respirar é difícil e as lagrimas descem sem parar por meu rosto. Soco o volante novamente, e bato a cabeça contra o encosto do banco. Porra Daryl Dixon.

Eu nunca tinha me apaixonado antes, mas o fiz agora. O fiz e o perdi.  Seria mais uma perda para eu colocar na conta dele? Fecho os olhos por um momento, e controlo minha respiração. Aos poucos o choro para.

Vou fazer o que tiver que fazer e então vou voltar e lutar por respostas e por Daryl. O caçador vai ter que me dizer o porque de ter ficado tão chateado com isso, e eu vou ter que lhe contar minha historia. Quando eu voltar, não vou mais esconder as coisas, ou ter tantos segredos. E ele vai ter que escolher se vai querer ficar comigo com toda a bagagem que eu tenho, ou se vai querer seguir em frente.  Talvez quando eu voltar ela á o tenha feito... Não. Algo me diz que ele também tem sentimentos por mim apesar de não ter dito nada com todas as letras. Oh, ele tem. Sei que tem.

Dou a partida novamente e atropelo um walker que se aproxima.  Sigo na direção onde sei que eles estão. Já tenho um plano formado, e tudo o que preciso fazer é com que me vejam e me sigam. Preciso que me sigam para bem longe de Alexandria.


Notas Finais


Pessoal eu não revisei, se encontrarem erros por favor me mandem mensagem com eles? Obrigada!


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