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História Among the Shadows - Capítulo 28 - Pontinha de esperança


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Oi pessoal, como vocês estão?
Eu estou muito bem. Fiquei muito feliz recentemente ao ver que uma fic minha, Stronger Feeling, foi indicada ao The Walking Dead Emmy Awards em melhor fic Daryl x Oc, se vocês puderem votar eu ficaria muito muito feliz. Obrigada desde já. Vou deixar o link nas notas finais.
Espero que gostem do capítulo. Beijos, amo vocês

Capítulo 28 - Capítulo 28 - Pontinha de esperança


POV Daryl

-Eu amo você, Daryl Dixon- ela diz, e sua voz tem tanta convicção e verdade que meu corpo todo treme- Amo você- repete.

Quando ela apareceu a porta, meu primeiro pensamento foi de que algo estava errado, mas então ela me encarou com aqueles olhos tempestuosos e pediu para entrar. Eu nunca conseguiria negar nada a ela, então abri caminho. Esperei que me dissesse o que tinha levado-a ao meu quarto, querendo que fosse algo sobre o beijo, que fosse algo sobre nós. Estava cansado de sentir saudade, e então ela me beijou.

Meu corpo inteiro reagiu a ela, em instinto, saudade e paixão. Tudo o que eu quero é essa mulher, e foi tudo o que eu quis. Beijei-a com posse e sentimento, girando-a e prensando-a na parede. Contato nenhum era suficiente. Eu queria mais. Eu queria tudo. Queria ela.  Os sentimentos rodavam vagamente entre o desejo e a luxuria. Eu a amo. Tinha chegado a essa conclusão antes, e saber disso só tornava as coisas mais intensas.

Minha. Era só o que me passava pela mente, enquanto eu fazia nossos corpos se unirem, enquanto eu tomava para mim o corpo da ruiva que me conquistou tão intensamente. Estar dentro dela era o melhor lugar do mundo e eu não queria sair, então depois do melhor sexo possível, então quando ambos atingimos o clímax eu me mantive no lugar e me deixei sobre o corpo dela, aspirando seu cheiro viciante e procurando restaurar minha respiração. Ela faz carinho em meus cabelos

Eu não deixaria essa Little Monster fugir de mim nunca mais. E então ela jogou a bomba. As palavras ecoaram por meu cérebro sem parar  e eu me apoiei em meus braços para poder encara-la. Os olhos dela estão em um cinza claro e revolto, intenso e verdadeiro.

-Eu não deveria ter dito isso assim- diz e parece estar falando consigo mesma, a testa franzida. Então observo sua expressão ficar determinada e ela voltar a fixar os olhos nos meus – Mas disse e não me arrependo. Amo você. Não sei como começou ou porque aconteceu, mas é verdade. Nunca senti isso por ninguém antes e...É confuso e assustador, mas é ótimo e intenso e só poderia ser você.

Sorrio sem me dar conta e acabo com a distancia entre nossos lábios de novo, dessa vez em um beijo cheio de sentimento e carinho.

-Amo você também, Little Monster- digo olhando no fundo de seus olhos.

-Você não precisa dizer isso porque eu disse.

-Estou dizendo porque é verdade- resmungo e ela ri- Eu não sei falar como todo mundo faz, nem demonstrar, mas eu amo você.

-Ah, você sabe sim- responde sorrindo- Só não tem noção nenhuma disso.

Fazemos tudo de novo, mas dessa vez não é só sexo com paixão. E eu posso ouvir Merle rindo e me chamando de bichinha no fundo do meu cérebro, mas ignoro.

(...)

Estamos deitados, ela apoia a cabeça em meu peito e eu faço carinho em seus cabelos ruivos, apreciando a cor e a maciez contra minha mão. Nossas respirações estão normais, e estamos apenas aproveitando a presença um do outro.

-Eu deveria te contar sobre tudo- murmura enquanto faz desenhos aleatórios em meu peito com a ponta dos dedos, causando uma sensação muito boa.

-Quando você quiser- respondo e ela apoia o queixo em mim e me encara.

-Bem, eu quero- diz e suspira, os olhos desfocando por mergulhar em lembranças- Lembra-se de Suzie? Falei sobre ela antes com você. Era a irmã gêmea de  John. Ela tinha asma e precisava constantemente de remédios. Quando meu pai começou a enlouquecer, eu ela e John pensamos em sair. Nós duas mais que John. Mas ela precisava dos remédios, e meu pai e seus homens conseguiam com mais facilidade, então John estava relutante, e depois de uma crise mais séria eu também fiquei. Fiquei por ela.

Ela para, e consigo ver a tristeza em seu semblante.

-E então?- pergunto incentivando-a e continuo o carinho em suas costas, passando pela fênix.

-Fizemos funcionar por um tempo. Depois do Reino começamos a ajudar pequenos grupos, e tentávamos melhorar as coisas sem que meu pai surtasse. E então ela teve uma crise sozinha durante a noite e morreu.- ela para, a voz embargada- Estamos na porcaria do apocalipse e minha prima morreu de asma. Eu quem a encontrei, ao abrir a porta pela manhã e aquele corpo se jogar em cima de mim tentando me comer. Eu finalizei.

Lágrimas silenciosas descem por seu rosto e eu a aperto a mim.

-Meu pai foi um completo insensível quanto a ela, e isso foi o fim para mim. Chegou a fazer piadinhas, e enquanto ele pensava no próximo massacre de sangue, sem dar a mínima para a sobrinha morta, eu chorei a morte dela silenciosamente enquanto fazia uma mochila. John não pode vir comigo, então parti sozinha. - ela suspira e eu limpo suas lagrimas com o polegar. Seus olhos se fecham com o toque. - Não foi difícil despista-los, mas um salvador me encontrou. Lutamos na lama, e a arma dele disparou, acertando minha barriga de raspão. Eu o matei e deixei para que os zumbis comessem, de modo que nunca fosse ligado a mim e meu sumiço. Depois de fazer os pontos continuei meu caminho. E ai você  e Aaron apareceram.

Sorrio com a lembrança.

-Estava tão suja- comento fazendo carinho em sua bochecha. Ela ri.- Minha little Monster.

-Ainda bem que não me deixaram partir- diz e eu sorrio.

-Esbarrar com você naquela clareira foi a melhor coisa que me aconteceu- conto e ela se inclina e me beija.

-Eu sei.- dá uma piscadinha e volta  apoiar a cabeça em meu peito.

-Eu também deveria te contar sobre mim- digo e ela concorda se erguendo novamente. –Meu pai era um bosta. Ele é a razão das cicatrizes. Bebia sem parar, e quando chegava em casa batia e espancava quem estivesse no caminho. Meu irmão, Merle, saiu de casa cedo e eu fiquei no inferno por conta própria. Comecei a caçar para ter o que comer, e ás vezes vendia também. Peguei alguns bicos desde cedo para me sustentar, e grande parte do pouco dinheiro o velho pegava para a bebida. Merle aparecia as vezes, mas não era grande coisa uma vez que sempre me levava para drogas e outras merdas. E eu ia. Mexi com drogas, bebi muito, e só depois de um tempo criei vergonha e comecei a trabalhar mais com os bicos de mecânico. Pouco tempo depois o apocalipse chegou, finalizei meu pai zumbi e desgraçado e parti com Merle. Em um mundo sem o apocalipse nunca nos envolveríamos, você a tira do FBI  e eu o bêbado muitas vezes criminoso.

-A vida tem dessas coisas- diz e ergue a mão fazendo carinho em meu rosto- O você de agora é incrível, bom e forte.

Sorrio. Continuamos a conversar, até que caímos no sono.

(...)

Acordo com uma batida na porta e a voz de Rick. Allyra ainda está adormecida, enroscada em mim.

-Já vai- resmungo e observo ela se mover sonolenta, apertando o corpo contra o meu.

-Temos que conversar com Ezekiel. Combinei com Allyra ontem de encontra-la no refeitório- diz ele, a voz abafada pela porta.

-Te encontro lá também- grito enquanto contorno a fênix nas costas de minha Little Monster, os olhos fixos em sua reação.

-Mais cinco minutinhos?- pergunta com a voz manhosa  e o rosto pressionado contra meu peito.

-Infelizmente não- respondo e ela se ergue. Fico momentaneamente sem ar com a intensidade daquele olhar cinza.

Inclino-me em sua direção e a beijo. Depois de um momento de surpresa, ela corresponde erguendo as mãos até os meus cabelos. Puxo-a para cima de mim e um gemido estrangulado sai do fundo de sua garganta.

-Daryl- geme meu nome eu perco o controle, apertando-a contra mim.

Allyra se afasta, quebrando o beijo e respirando fundo:

-Temos que ir- resmunga e rola pela cama, se levantando em seguida. Eu simplesmente me acomodo  e observo enquanto ela se veste apressada.- Dixon, você não vai se vestir?

-Estava aproveitando a vista- digo e ela joga minha roupa em mim, meio brava meio rindo.

-Te vejo mais tarde- diz e então veste o suporte, sumindo porta afora.

Levanto resmungando, ainda digerindo tudo o que aconteceu e me visto depois de um banho frio. Apresso-me em direção ao refeitório, e já encontro a ruiva, e o tal primo tomando café ao lado de Rick e Michonne. Sem pensar muito pego uma coisa qualquer e me sento ao lado dela.

Diante do fato de que evitei estar muito próximo dela nos dias anteriores, Rick me analisa por um momento, enquanto eu me limito a dar de ombros.  Comemos rapidamente, e logo o tal Jared aparece para nos guiar até o rei. Allyra segue com uma caneca de café, tomando-o despreocupadamente, como se não estivesse prestes a discutir sobre uma guerra que será travada contra o pai dela.

Jared empurra a porta e todos entramos no que parece ser um escritório. Allyra se senta  na cadeira mais próxima a Shiva e de frente para Ezekiel, e toma o café com os olhos fixos nele.

-Imagino que tenha pensado a respeito- diz e ele arqueia a sobrancelha.

-Você sabe que pensei – resmunga e ela sorri, inclinando para trás e ficando em silencio.

O resto da conversa segue entre Rick e o rei. Eles discutem sobre armas, números e mantimentos. Cada mínimo detalhe é arranjado, e eles parecem entrar em um acordo, mas no ultimo segundo ele se vira para Allyra novamente.

-Você sempre soube o que acho sobre o Negan. Sempre soube sobre as oportunidades que eu precisava, e também sabe que acho que você é uma peça importante no jogo.

-Não é um jogo, Ezekiel.- ela diz se arrumando na cadeira, e encarando-o  séria.

-Toda guerra é um jogo. Toda luta é um jogo. Toda disputa é um jogo. E você é uma peça importante deste. Não quero estar do seu lado se está nisso com dúvidas, Allyra. Algo que me diz que no fim quem vai ter que lidar com isso é você.

Ela o encara fixamente, sem tremer ou hesitar.

-Eu não teria tomado nenhuma decisão se não estivesse certa dela, Ezekiel. – diz com convicção.

Ninguém na sala dúvida. Ninguém mais faz perguntas. Mas eu sei o quanto custa a ela ter tido que tomar essa decisão.

(...)

Pela tarde já temos tudo planejado. O rei visitará Alexandria em breve para decidirmos os últimos detalhes. Jesus está comprometido com a causa também, e parte para Hilltop com um plano em mente, enquanto nós temos como meta chegar em Alexandria o mais rápido possível. Eu decido visitar Carol antes de partir, mas Allyra resolve não me acompanhar, uma vez que nunca foi muito próxima dela. Entendo.

O caminho até a casa indicada é tranquilo, e Carol atende a porta com uma expressão nada satisfeita, que some assim que coloca os olhos em mim. Se joga contra meu corpo em um abraço apertado que eu retribuo sem jeito.

-Que bom te ver, Daryl- diz me soltando, e eu aceno com a cabeça. – Venha, entre.

O lugar é razoavelmente arrumado. Ela me oferece algumas frutas, e então sentamos em uma espécie de sala da jantar.

-Por que foi embora?- pergunta e ela suspira.

-Precisava lidar com as mortes e o sangue que pesa em minhas mãos. Vidas que tirei. Sabia que precisava parar com isso um pouco, e ficando eu pararia nunca.

Aceno afirmativamente, entendendo o que quer dizer. Depois de um tempo ela pergunta sobre Alexandria e eu conto tudo. Conto sobre Abraham, Negan e todo o pacote. O acordo com Rei Ezekiel e sobre a ligação de Allyra depois de uma pergunta por parte de minha amiga.

-Eu sempre soube que ela tinha algo de errado, de sombrio- diz se levantando e olhando para fora da casa. Fecho a expressão instantaneamente, a raiva me atingindo.

-Carol...- digo em tom de aviso mas ela me ignora.

-O que? Só porque ela abriu as pernas pra você, vai ignorar que ela é um monstro?- pergunta cheia de um ódio perturbado- Francamente, Daryl, eu não esperava esse tipo de cegueira vindo de você.

-Você está louca- acuso e ela se aproxima de mim a passos rápidos.

-Não, você que está cego. Allyra Lambertini está acabando com você porque está ocupado demais hipnotizado com a beleza dela. O pai dela é a porra do nosso inimigo e ela é uma arma contra todos nós, mas você não vê isso.

-Não fale como se eu fosse a porra de um idiota- rosno cheio de raiva, perdendo a compostura e a paciência – Todos nós enfrentamos merdas, e não é porque você está passando por algumas que pode falar assim dela.

-Está tão encantado por ela...- balança a cabeça em negação- Por que nunca pode enxergar o mesmo em mim? Pelo amor de Deus. Eu podia aceita-la antes porque gosto muito de você,  mas agora ela é sim a inimiga. Pode dizer o que quiser agora, mas na hora H vai ficar do lado do papai porque é assim que funciona

-Nunca te vi dessa maneira porque nunca gostei de você assim, caralho- digo sem paciência, andando de um lado para outro.- É muito hipócrita de querer julga-la pelo pai que tem, quando nós não te julgamos por seus atos, Carol. Matou duas pessoas inocentes e do nosso grupo a um tempo atrás e ainda assim a perdoamos. Você não tinha nenhum pai psicopata nas suas costas quando o fez.

-Ora, esse é o ponto. Foi uma decisão minha. Duvido muito que a desgraçada tenha tomado uma própria decisão.

-Não fale de minha mulher desse jeito- rosno cheio de raiva, andando em sua direção até que estamos cara a cara. Ela pisca atordoada diante de minhas palavras.

-Sua mulher?- repete atordoada.

-Minha mulher. É isso o que Allyra é.- digo sério- Aprecio sua amizade, e se um dia você sair novamente desse poço de amargura, enfrentar as próprias merdas e resolver que quer ser minha amiga novamente isso vai ser possível, mas Allyra Lambertini ainda vai estar em minha vida e faz parte do pacote. Aceite isso ou siga em frente. Você não é a única a enfrentar merdas no fim do mundo e por isso não vou considerar as merdas que você falou dessa vez. Espero não ouvi-las nunca mais.

Digo tudo de uma vez, e com convicção. Da ultima vez cai nesse papo e duvidei da ruiva, o que quase me fez perde-la. Não vai acontecer novamente. Viro e começo a caminhar em direção na porta. Abro-a calmamente e me viro para olhar Carol uma ultima vez.

-Fique bem  e fique viva- digo e ela acena em uma concordância hesitante.

É uma boa amiga, uma das primeiras que fiz nesse apocalipse, mas está afetada demais com tudo.

Sigo de volta para o Reino, e assim que chego, partimos.

(...)

A viagem parece ser muito mais tranquila sem toda aquela tensão entre mim e Allyra. Ainda não sei lidar com o primo dela, e algumas coisas parecem tensas entre nós, mas de modo geral muitas coisas voltaram naturalmente.

 Depois de algumas tantas horas de viagem, sendo que ela me acompanhou na moto na maior parte, chegamos a Alexandria. Padre Gabriel abre o portão para nós, e entramos sem problemas. Fico aliviado ao notar que os Salvadores não atacaram nesse meio tempo.

Observo ela se alongar depois que o padre some de vista. John, Rick e Michonne seguem para a casa do coreano, onde alguns nos esperam.

-Preciso de um banho quente e relaxante- diz para si mesma e eu sorrio.

Podemos arranjar isso- digo e a puxo para perto, roubando um beijo em seguida.

-Eu vou cobrar- diz depois de recuperar a respiração.

Seguimos em silencio até a casa, e assim que entramos somos atingidos por atividade. Mal colocamos os pés dentro da casa, e Carl já está em cima de Allyra abraçando-a.

- Não tive tempo de brigar com você em Hilltop por ter sumido sem me dizer tchau, mas agora eu tenho. – diz se afastando e ela o olha surpresa- Você não pode se aproximar desse jeito e depois simplesmente ir embora.

-Desculpe- diz sem graça e emocionada. Ele a abraça de novo, e a puxa em direção a  onde Enid e Maggie estão.

Jantamos todos juntos, como uma grande família em almoço de feriado. As conversas variam entre a guerra e assuntos aleatórios.

-Vamos vencer, como sempre fizemos- diz Rick e todos concordam. – Temos um futuro pela frente, muita coisa pra viver.

- Realmente- concorda Glenn- Essa guerra vai acabar, e teremos um futuro, não só para nós, mas para nossos pequenos. Para Judy e para meu filho que está por vir.

-Juntos podemos tudo- diz Maggie pegando na mão do marido- Somos todos uma família por isso.

E é ali, em uma mesa cheia de gente que se recupera das merdas da vida, que se prepara para guerras e que luta, ao lado da mulher da minha vida e perto de tantas pessoas importantes que eu entendo que a  maior e melhor arma que possuímos é a esperança.  Uma esperança que somente esse grupo consegue ter e inspirar um nos outros.


Notas Finais


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Beijinhos


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