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História Among the Shadows - Capítulo 7-Anjo


Escrita por: IzaaBlack

Notas do Autor


Hey pessoal
Preparados para mais um ep de twd? To super ansiosa...
Espero que gostem do capítulo

Capítulo 7 - Capítulo 7-Anjo


POV Allyra

Eu não deveria me aproximar de ninguém de Alexandria, mas o fiz com Maggie. Com Aaron. E como se não fosse o suficiente, aqui estou eu  bebendo com Daryl Dixon e meio que desabafando.

Eu não pensava sobre meu lado covarde desde que tinha abandonado isso, mas ali com o caçador, mesmo as lembranças sangrentas de quando eu deixei esse lado se mesclar com o que se adapta as realidades, não me atingem com tanta força.  Ele está simplesmente lindo, sentado largado próximo a mim, me contando sobre seu próprio lado ruim.

Desvio o olhar do seu, me recusando a me perder nesses olhos de um azul tão profundo. Volto a sentar na mesa.

—Cadê seu lado ruim que aparece sempre que você bebe? –pergunto e ele pisca atordoado, como se estivesse perdido em algo.

Para minha surpresa, ele me conta mais um pouco sobre si mesmo. Fala um pouco mais sobre quem era antes, sobre o irmão que perdeu, me conta como a ultima vez que bebeu foi com uma tal de Beth Greene, e como foi um grosso com ela. Brinco dizendo que ele é grosso sempre, e recebo um rolar de olhos em troca.

—Você entendeu o que eu quis dizer- acusa e sorrio divertida.

—Entendo. E acho que ela estava certa, você mudou e só tem que se lembrar disso.- ele me encara por um longo minuto, e sinto quando seus olhos descem por todo meu corpo.

Me sinto quente com aquele olhar tão intenso, e quando dou por mim estou retribuindo na mesma moeda. Olho-o de cima a baixo sem vergonha nenhuma. Ele me lança um sorriso de lado, quase convencido e se levanta começando a caminhar em minha direção. Minha respiração fica presa na garganta, e  com o álcool fica difícil controlar minhas reações.

Ele se move de modo que fica cara a cara comigo, tão perto que sinto seu hálito de tequila batendo em meu rosto.  Faz um movimento e passa uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha.

—Vou dar uma olhada lá fora- sopra roucamente e se obriga a ir para longe de mim.

Suspiro frustrada e tomo um ultimo gole porque já me sinto muito afetada. Me levanto e caminho até a janela com a intenção de ver as coisas lá em baixo.

—As coisas se acalmaram, poderíamos ir agora mas não quero arriscar a sair a noite- diz ainda olhando para baixo atentamente, mesmo que com a pouca luz não dê pra ver nada.

—Caipira, mesmo se estivesse de dia nós não iriamos agora- digo dando um tapinha no ombro dele. – Não depois de bebermos.

Ele olha meio chocado e isso me faz rir como uma retardada

—Bêbada feliz?-pergunta com os olhos fixos, quase como uma secada.     

—Algo assim- dou de ombros e me encaminho para o sofá.

Me sento lá, tirando o suporte com a lança e colocando ao meu lado, e depois me ocupo em tirar as botas. Olho para ele e encontro-o parado na janela.

—Vamos dormir, Dixon.- chamo soltando meu cabelo. Ele segue o movimento com os olhos, e tenho a impressão de que suas pupilas se dilatam.

—O que?- pergunta como se não tivesse ouvido nada.

—Você ficar acordado não vai adiantar nada. As portas estão bem fechadas, aqui está seguro.- digo gesticulando ao redor- Não precisa ficar parado na janela.

Ele parece pensar por um momento, mas eu sou muito impaciente e reajo me levantando e puxo o sofá, transformando em uma cama.

—Vem logo- digo e ele balança a cabeça negativamente.

Uso o álcool como desculpa e me levanto seguindo até ele. Puxo-o pelo braço, usando uma força extra quando ele ameaça fixar os pés. Ele se recusa a se sentar e cruza os braços.

—Não vou dormir agora- diz com a expressão séria- Pelo amor de Deus ruiva já disse que não vou dormir agora.

Concordo com a cabeça como quem acredita e quando ele se distrai e ameaça andar para longe do sofá dou uma leve rasteira que faz ele cair para trás sobre o sofá-cama.

—Você é louca?- ele quase grita, irritado ameaçando se levantar, mas eu simplesmente começo a rir e o seguro levemente.

—Larga de marra.- digo e começo a subir no sofá ao seu lado. – Só dorme. Se tentar fugir vou deitar em cima de você.

—Você é mesmo uma mandona- ele acusa, se virando ainda sentado para me encarar.

—Só um pouco.- pisco lentamente encarando-o - O segredo é saber lidar com isso.

—Ou talvez encontrar alguém que mande tanto quando você. – diz roucamente e eu quase arfo. Quase mesmo.

O sono começa a me dominar, e a ultima coisa que vejo é o caçador ainda sentado, parecendo resolver se deita ou não.

(...)

Em meio ao sono pesado que o álcool sempre me trás acabo passando um dos braços por cima de Daryl. Sorrio ao me dar conta de que ele dorme ao meu lado e me aconchego melhor. Ele rosna irritado e me empurra levemente. Olho para ele meio grogue e encontro seus olhos abertos.

—Não mesmo que você vai dormir em cima de mim- diz meio enrolado e dou de ombros, já começando a dormir de novo- Você está gelada.

—Não tem coberta- digo já de olhos fechados, me virando paro o outro lado.

Um movimento pesado no sofá e então os braços fortes estão ao meu redor e uma das pernas dele se enrolou nas minhas. Sinto seu calor me esquentar e sorrio quando sinto seu rosto em meu pescoço.

—Achei que era pra eu não ter contato com você- digo sonolenta, muito confortável com seu peso sobre mim.

—Eu disse que você não dormiria em cima de mim, não que eu não dormiria em cima de você – diz rouco, sua voz tão próxima ao meu ouvido que arrepio totalmente.

—Isso me parece uma vingança por eu ter mandado em você para dormir, e agora você quer controlar alguma coisa- digo e ele solta uma espécie de risada.

Apago de novo.

(...)

 Acordo com o sol começando a entrar pela janela. A luz meio que me cega, minha cabeça lateja levemente, e me sinto meio presa pelo corpo de Daryl. Não que eu esteja reclamando. Posso sentir seus braços fortes me rodeando, e seu peito musculoso contra minhas costas. Sua respiração bate contra meu pescoço, me fazendo arrepiar, e uma de suas mãos se encontra em minha barriga.

Começo a me mexer para sair do sofá, mas ele me segura mais forte e reclama no meio do sono. Caio na risada.

—Mas que coisa Little Monster, fica quieta- rosna próximo ao meu ouvido.

—Acorda Daryl, é hora de levantar- digo entre as risadas e começo a me mexer novamente para sair.

Ele solta um gemido com um de meus movimentos e então pula para longe de mim como se eu tivesse chutado-o para fora, enquanto eu fico estática.

 Sinto todo o meu sangue correr mais rápido por minhas veias ao mesmo tempo em que meu rosto fica vermelho ao de dar conta do que aconteceu. 

Não sei se caio na gargalhada de novo, se escondo meu rosto de vergonha ou se me sinto frustrada, porque verdade seja dita sentir a ereção dele despertou todo e qualquer desejo em mim.

Depois de uma pequena luta interna, me sento no sofá e amarro os cabelos em um rabo de cavalo alto, só então me virando para ele que está na ponta oposta.

—Bom dia- digo  e fico satisfeita por meu tom de voz estar normal.

Ele resmunga alguma coisa como “dia” e se levanta meio que espreguiçando. Noto que está no controle novamente quando ele me olha com aquele olhar sarcástico.

Minha cabeça lateja levemente e apoio-a em minhas mãos.

—Ressaca ruivinha?- pergunta e quase posso ouvir uma risada nesse tom de voz.

—Uhum- concordo levantando.

Ele vai até a janela, analisa o ambiente e depois se vira para mim.

—Lá fora as coisas estão tranquilas- diz dando de ombros – Mas vamos descer pela loja, talvez tenha algo útil.

—Tudo bem- concordo colocando o suporte nas costas e já ficando com a lança em mãos.

Ele abre a porta sem problemas e descemos as escadas juntos, ele um pouco mais a frente. A lojinha está revirada e temos a desagradável surpresa de encontrar cinco walkers. Ultimamente nós temos trabalhado tanto juntos que é bem tranquilo, apesar de como sempre começarmos uma espécie de disputinha, a qual eu ganho porque matei 3 enquanto ele matou dois.

Depois da noite passada é como se estivéssemos em um novo nível de intimidade então faço uma espécie de comemoração quando noto que ganhei, levantando um dos braços e sorrindo para ele.  A tensão entre nós também aumentou.

—Você é mesmo perigosa, Little Monster- diz balançando a cabeça e vindo em minha direção olhar as prateleiras próximas ao balcão também.

—Nesse caso você deveria se afastar, Anjo, antes que a Little Monster aqui te desvirtue – digo me referindo as asas de seu colete, com uma voz provocante e uma piscadinha.

Seu olhar escurece e a próxima coisa que noto é que ele me puxou pela cintura e me prendeu entre ele e o balcão. Muito próximo. Vejo em sua expressão que ele entendeu a provocação. Seus olhos escurecem,e ele abaixa o rosto contra meu pescoço e passa a barba por toda a extensão deste, me fazendo tremer em seus braços.

—Na escola que você estava aprendendo a brincar antes do apocalipse eu já era formado- diz contra meu pescoço e meu corpo inteiro reage, se arrepiando.

—Que bom, odeio gente inexperiente – digo virando o rosto para encara-lo.

E então seus lábios estão sobre os meus em um beijo intenso, voraz e até mesmo um pouco bruto. Suas mãos descem de minha cintura para minha bunda, apertando, e ele me ergue me sentando no balcão, com as pernas abertas de modo que ele fique entre elas. Perco o foco e esqueço até meu nome. Ele leva uma mão até minha nuca e aprofunda ainda mais o beijo, me guiando em seu ritmo. Aperto minhas pernas ao seu redor, puxando-o para mim.

 Arranho sua nuca e puxo seu cabelo levemente, enquanto minha língua trava uma luta com a dele. Ele aperta uma de minhas coxas e me puxa para mais perto.  Abandona meus lábios e vai para meu pescoço, e gemo baixinho perdendo as forças e agradecendo por estar sentada.

Empurro-o para longe de meu pescoço, e ele me olha confuso achando que para mim acabou, mas tudo o que faço é eu mesma atacar seu pescoço, mordendo e beijando. Ele claramente não esperava por isso, pois rosna e me puxa contra seu corpo com mais força. Sorrio com esse pequeno ato de descontrole.

Ele puxa meu rosto de volta e reivindica meus lábios como seus. Entramos em outra briga por controle, uma que eu sei que nenhum dos dois vai ganhar. Passo as  unhas por seus braços fortes e me esqueço de tudo ao meu redor. Uma de suas mãos vai para minha cintura, encontrando uma faixa de pele exposta e um choque de prazer me percorre. Quero mais.

O beijo se acalma e nos afastamos  um pouco, ambos ofegantes. Não consigo desviar meu olhar do dele, não consigo regularizar a respiração. Chego a ficar com raiva de mim mesmo por isso. Ele abre um sorriso sacana.

—Você fica uma gracinha vermelha- diz apertando levemente minha perna e me encarando firmemente.

—E você fica ótimo  quando se descontrola- digo abrindo um sorriso de lado para ele.

Ele sobe uma das mãos até meus cabelos e os liberta do rabo de cavalo, depois abaixando ela para  a nuca e me puxando para outro beijo. Sorrio entre o beijo.

—Anjo?-pergunta contra meu ouvido.

—Referencia as asas do colete- digo  me afastando para olha-lo nos olhos.

Um arranhado na porta nos arranca do momento e ele se afasta de mim. Tenho que controlar meu olhar para não se fixar em partes indevidas. Ele parece notar e sorri de lado. Desço do balcão sentindo minhas pernas meio fracas e saco minha lança. Saímos juntos, esquecidos do que procurávamos.

Assisto ele atirar a flecha naquele zumbi, e juntos caminhamos em direção a moto. Ele se senta e vou logo atrás dele, apertando meus braços ao seu redor. Ele aperta minhas mãos e então dá a partida. Não conversamos nada pelo resto do caminho e nem precisamos. Sinto uma áurea de faísca ao nosso redor, o beijo só intensificando qualquer tensão de antes.

Dessa vez não enfrentamos nenhuma horda e chegamos a Alexandria sem problemas. Sasha abre o portão para nós e assim que a moto para salto para o chão e me ocupo amarrando meus cabelos novamente, já que alguém fez o favor de desamarrar e eu me esqueci completamente. Aaron corre até nós, visivelmente preocupado e eu o tranquilizo.

Rick se aproxima, nos cumprimentando e perguntando se estamos bem.  Daryl conta o que aconteceu, ou parte disso e eu me concentro em Aaron. Me despeço de todos com um tchauzinho simples e começo a caminhar em direção a minha casa tranquilamente.

Maggie me aborda no meio do caminho, falando que odiou esse negocio de eu passar a noite fora e que achou que eu ia morrer.

—Ei, calma ai- digo fazendo sinal com as mãos para ela parar por um segundo- Eu sempre convivi com o que rola lá fora, não vou morrer fácil assim não.

—E como foi passar a noite lá fora com Daryl Dixon?- pergunta me acompanhando no caminha de casa.

—Tranquilo- digo dando de ombros.

 -Espera ai- ela diz levando as mãos até meus ombros e me parando. Olho para ela confusa que abre um sorriso de quem sabe alguma coisa.- A noite foi boa em?

—O que?- pergunto desnorteada por um momento.

—Seu pescoço está vermelho, ruiva. – diz sorrindo de orelha a orelha- Não acredito que alguém conseguiu fazer Daryl Dixon se descontrolar um pouco.

—Ah  cale a boca- digo meio irritada, meio divertida.

Ela ri com gosto e faz sinal de rendição.

—Vai descansar um pouco- diz como se eu não tivesse dormido nada a noite toda-Que hoje estamos de guarda.

—Nem me fale- digo me despedindo e voltando a seguir para casa.


Notas Finais


E então? Me contem o que acharam desse capítulo, eu particularmente gostei de escreve-lo


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