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História Amor? - Café, conversa e banho


Escrita por: Thalitad7

Notas do Autor


Boa leitura! ;)

Capítulo 14 - Café, conversa e banho


Fanfic / Fanfiction Amor? - Café, conversa e banho

CASTIEL

 

 

Acordo com duas mãozinhas no meu rosto, uma entrando na minha boca e outra no meu olho esquerdo. Abro o direito e enxergo um tufo de cabelos loiros.

-Princesa, só mais cinco minutinhos.

Sinto o pé de Rose em cima do meu peito, a danada quer descer da cama. A agarro com um braço e levanto da cama levando ela comigo.

-Vamos deixar sua mãe dormir um pouquinho, certo?

Como resposta ela aperta minhas bochechas com sua mãos.

-Fou considefar ixu um xim.

Falo com dificuldade e saio com ela do quarto. A ponho num cadeirão na cozinha, e me viro procurando algum indicio do que dar pra ela. Antes Luna tinha um “cardápio” pregado na porta da geladeira, mas pelo visto não tem mais. Era pra ajudar Lysandre a lembrar o que podia e o que não podia dar.

-Cassete! Ops ... sabe princesa, nunca te dei café da manhã antes. Acho que sua mãe não vai me matar se eu te der uma frutinha, certo?

Mostro uma banana e Rose faz o sinal de pegar. Eu dou pra ela a fruta descascada e a deixo comer em paz enquanto faço café.

Quando o café fica pronto vejo Luna entrar na cozinha e se dirigir direto para as xícaras. Em seguida ela me abraça por trás ao mesmo tempo que põe duas xícaras na minha frente.

-Bom dia!

Eu devia estar acostumado, sempre foi assim... mesmo quando eu e Lysandre tínhamos que ficar no mesmo flet durante a turnê, era o abraço de “bom dia” e ela segue e repete o gesto com Rose.

-Ainda dando abraços de bom dia?

-Sempre.

-Então: Bom dia!

Falo erguendo uma caneca de café e passando pras mãos dela.

-Tive um sonho muito estranho.

Ela fala bebendo um pouco de café.

-Conta aí.

Ela senta no banquinho da ilha, perto de Rose e eu vou andando pra mesa onde geralmente tem pão numa espécie de mini-cesta de piquenique.

-Sonhei com o senhorito. Foi muito estranho.

-Ué, porque?

-Ah, foi um sonho erótico.

Ela fala, assim, sem mais, nem menos. Enquanto tira a camiseta de Rose que estava toda suja de fruta. E eu engasgo na hora.

-Como?...Porque?...

Tusso pra caramba entre as perguntas sem sentido.

-Eu sei, estranho, né?

Faço sinal com a mão para que ela espere. E enquanto eu me controlo, ela vai buscar água para Rose.

Quando paro de tossir, me sento. Luna já está de volta para seu café.

-Me conta como foi.

-A gente se pegou.

Porra! Ela não vai me dar nenhum detalhe? Sacanagem!

- Se pegou como?

Ela abaixa a xícara.

-Você sabe mais do que eu o que é “se pegar”.

Ah, ela vai mesmo me fazer perguntar tudo.

-Sei muitas maneiras, esse é o problema...

Resolvo provoca-la.

-Tinha algum bicho envolvido no meio?!

-Cruzes, claro que não. Só uns amassos, beijos, umas roupas que saíram e então eu acordei.

O que eu não daria pra ouvir ela falando isso pra mim no porão da escola. Ah! Eu teria imprensado ela na parede e feito cada detalhezinho, que ela não contou, mas eu ia fazer ela contar, virar realidade. Só que agora, nem os detalhes eu posso pedir. Não acho justo outra pessoa saber e ela não... quando vejo, já soltei a frase.   

-Sabia que eu fui apaixonado por você?

Primeiro ela fica estática e depois, gargalha tanto que fica vermelha. Põe as mãos na barriga e começa a tossir do tanto que riu.

-Ai, Castiel. Eu quase acreditei.

Eu sorrio, meio sem jeito. E Luna para e me olha bem. Ela chega mais perto se senta ao meu lado olhando bem pro meu rosto. Isso me deixa nervoso.

-Que foi?

-Você estava falando sério, né?

Eu sei que fico vermelho. Merda, igualzinho a uma droga de colegial!

-Foi sim.

-Ah, cara. Castiel, porque você não me contou?

De repente me surge uma dúvida, tão aleatória. É como se meu cérebro tivesse congelado por uns segundos, então minha boca fez merda e ele voltou a trabalhar numa conversa normal como se nada tivesse acontecido, como se ele tivesse perdido essa parte da conversa: Por que será que Luna nunca me chamou por nenhum nome além de “Castiel”? Nem Cast, ou Cassy, ou pelo sobrenome como muita gente faz.

-Por que você nunca me chamou por um apelido?

Ela faz uma expressão de que não entendeu a mudança de assunto, mas relaxa e recosta as costas na cadeira.

-Lembro até hoje de quando sua mãe te chamou de “Cassy” e você não gostou nadinha. Lembra, no dia da peça no ensino médio?

-Lembro, mas o que tem haver?

-Ora, se nem sua mãe pode, porque eu poderia?

Ela fala sorrindo e se inclinando levemente pra trás levando a cadeira junto. Realmente eu não gosto muito de demonstrações de carinho em público, mas ela eu teria deixado.

-Bom, eu nunca gostei de demonstrações de afeto em público, mas na intimidade, tudo bem.

-Ah, tarde de mais pra isso?

-Só se você quiser.

-Você contou isso para alguém?

Sei exatamente do que ela tá falando: do fato de eu ter falado que era apaixonado por ela. Mas não quero voltar no assunto.

-Não, geralmente as pessoas não me chamam por nenhum apelido, então não tenho problemas.

-Castiel, eu te conheço muito bem, sei que você entendeu exatamente o que eu queria dizer.

-Não,  Lysandre não sabe.

-Você ainda sente isso?

Me remexo desconfortável na cadeira. Já pensando em mentir na cara dura e sem nem pensar em que mentira ia sair pelos meus lábios. Quando abro a minha boca...

-Não minta pra mim!

Puta merda!

-Na verdade, eu não sei. Tenho o maior respeito por você, um instinto de proteção muito grande. Mas...

Ela levanta uma sobrancelha pra mim, ela não precisa dizer mais nada, sei que é uma pergunta sem palavras.

-Mas você é uma mulher linda e encantadora... Tudo o que eu sei é que amo você de algum jeito.

Falo sem olhar para o rosto dela.

-Bom isso é o suficiente pra mim.

Olho para seu rosto e ela está sorrindo. Sem problemas, sem revolta, sem DR. Ela simplesmente já abstraiu e tudo é como era antes. Tem como não ama-la?

-Tudo bem pra você?

-E por que não estaria? Ora essa, se Lysandre não existisse... provavelmente eu teria me agarrado com você naquele acampamento.

Ela não faz ideia do que as palavras dela estão fazendo com a minha cabeça.

-Ah não sem chance.

-Sério, cara!

Ela fala rindo e pegando Rose no colo.

-Meu Deus, como deixei isso passar?

Falo batendo na testa e levando a louça para a pia. E pronto tudo voltou ao normal entre nós, e voltamos ao modo brincadeira.

-Vai ver você não me achava gostosa na época.

Ela fala jogando o cabelo e piscando muitas vezes, como os desenhos animados flertam.

-Realmente, minha tábua favorita...

Ela atira o pijama de Rose na minha cara.

-... eu ainda não tinha interesse em você nessa época.

-Quando começou?

Ela fala seguindo em frente e eu a sigo.

-Não sei ao certo. Foi aos poucos, eu sempre achei você uma garota bonitinha.

-Ai, que insulto!

Eu rio.

-O que? Levou um tempo, cara.

Ela me mostra a língua e entramos no banheiro do quarto de Rose.

-Então você só me amou quando eu não fiquei mais disponível?

-Não, amei você, ou melhor percebi que amava você, quando aconteceu toda aquela merda com a Debrah.

Luna põe Rose na banheira.

-Nem me lembre!

-Nunca ninguém tinha se preocupado tanto comigo e eu fiquei com tanto peso na consciência pelo modo como tratei você... me torturei por dias pensando em você. Eu não parava de pensar em você, em como conseguir seu perdão! E no dia daquela festa de Haloween, tive total certeza que eu tava caidinho por você.

 -Aquela que você me levou pra casa?

-Essa mesmo.

-E depois no meu aniversário... eu quase disse que te amava.

-Hum, eu já tinha ficado com o Lysandre nessa época.

-Mas eu não sabia.

-Ninguém sabia.

-E você me jogou na friendzone.

-Tadinho do Castiel!

Ela fala com uma voz de pena e me joga água.

-Você adora me molhar, não é não?

-Só um pouquinho.

Rose cai na gargalhada e começa a espalhar água pelo banheiro. Luna grita ao receber um jato e começa a rir.

-Tá vendo? Você tá levando sua filha pro lado negro.


Notas Finais


Obrigada a todos <3 Cada vez que alguém favorita ou comenta, me dá mais vontade escrever.


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