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História Amor? - Bônus de natal


Escrita por: Thalitad7

Notas do Autor


Um especial de natal.
Uma quebra no tempo e na história com uma pequena curiosidade de como Castiel ganhou um presente de natal diferente.
O próximo capitulo já volta com a história normal.
Boa leitura *-*

Capítulo 23 - Bônus de natal


Fanfic / Fanfiction Amor? - Bônus de natal

CASTIEL

 

 

 

Então é véspera de natal! Rum! Natal... Meus pais não estão no país, mais uma vez.

Levanto da minha cama a casa está completamente escura, eu devia dar uma bonificação pra decoradora indicada por Rosalya e Luna, ela realmente achou cortinas que não deixam passar nenhum raiozinho de sol mesmo as... olho meu celular... a luz do visor fere meus olhos... as 14:00h. Ando pela casa na escuridão total, como uma pessoa cega faz, sei exatamente onde tudo se encontra, sempre foi assim, sou organizado na minha bagunça!

Chego até a porta da geladeira e pego uma cerveja, mas antes de abrir eu paro e penso: isso não pode ser a primeira coisa que vou comer e Luna não vai ficar feliz se sentir cheiro de álcool em mim mais tarde.

Praguejo em voz baixa e procuro outra coisa, a geladeira está preenchida de forma minimalista, a empregada é quem faz as compras e eu quase nunca como em casa, mas essa semana ela escolheu comprar suco de maçã. Pego a caixa e bebo direto do gargalo. Eu devia sair e tomar café da manhã em algum lugar.

Meu telefone vibra na bancada da cozinha. Eu o olho por vários segundos pensando se vou atender ou não, dou dois passos e deixo a porta da geladeira fechar sozinha. Aproximo o rosto lentamente por cima do visor: na tela pisca o nome "LUNA".

Só me resta atender.

-Alô? Castiel?

-Não, a fada madrinha.

Falo ranzinza bebendo mais um gole de suco, acho que não estou de bom humor.

-Por que o mau humor?

-Você ligou só pra me perguntar isso?

Ouço ela suspirar do outro lado da linha.

-Não, liguei pra confirmar que você vai para o jantar lá em casa hoje.

-Vou.

-Queria que você chegasse mais cedo.

A perspectiva de ficar um pouco a sós com ela não me agrada muito.

-E porque eu faria isso?

-Eu poderia inventar mil desculpas, mas... preciso de ajuda.

-Com o que?

Ela hesita. Eu ando até a lata de lixo pra jogar fora a caixa.

-Perdeu a língua?

Falo e não posso deixar de sorrir. Provocar é o que eu gosto de fazer.

-Preciso de ajuda para armar a árvore de natal e todos os outros que poderiam me ajudar já estão ocupados com outros afazeres.

Isso me faz rir.

-Você acha que eu tenho cara de quem pendura lacinhos por aí?

- Isso eu posso fazer. Mas a árvore é enorme e eu não consigo montar sozinha.

-Cadê o Lysandre?

-Na escola.

-Claro!

Falo retorcendo a boca.

-O que eu ganho se eu fizer isso?

-Te dou seu presente adiantado.

A criança dentro de mim balança um pouco com isso.

-Você tem que fazer mais que isso pra me separar da minha cama.

-Fico te devendo essa.

-Não, você sabe do que eu gosto...

-Castiel, por favor isso não.

-É isso ou nada!

-Você é insuportável.

-Correção:Eu sou irresistível!

-Feito.

Me recosto na bancada, vou provocá-la mais.

-Feito o que? Quero ouvir você dizer.

-Vamos ter hambúrguer na ceia de natal!

Ela fala tentando parecer sem emoção, entediada. Mas sei que deve estar se roendo por dentro.

-Boa menina.

-Vem logo.

E depois disso desligou na minha cara. Eu sorrio, ela me surpreendeu, mas eu gosto de garota arisca.

~

-Você acabou com todo o meu planejamento. Eu tive que implorar pro Buffet e eles acharam muito estranho meu pedido para incluir hambúrguer num jantar de natal.

-Ora vamos, eles cozinham coisa muito pior.

-Mais pra direita.

-Isso pesa, anda logo.

-Solta!

Entendi porque Luna não conseguiria sozinha, a árvore pesa uma tonelada e tem quase dois metros. A escolha foi de Rosalya, a árvore desmonta em quatro partes e não dá pra ver como se encaixam as partes. Se você está segurando a parte superior os galho tapam tudo e você só consegue enxergar a parte de cima.

-Encaixou?

-Sim. Graças ao deus da dança esse é o ultimo pedaço.

-Preciso subir em algo.

-Aqui.

Subo numa espécie de mini escada, com apenas três degraus. Não resisto!

-É isso que você usa pra alcançar as prateleiras?

-Na verdade, é sim.

Ela fala séria, concentrada em encaixar as partes da maldita árvore. A provocação não deu certo, não tem graça se ela não se irrita ou solta um sorrisinho.

-Solta!

Solto o pedaço da árvore devagar.

-Luna?

-Oi?

-Cadê meu presente?

-Caramba, a gente ainda nem acabou.

-Você disse que podia pendurar os laços.

-Não vamos pendurar laços. A ideia é decorar a árvore juntos, todos os convidados. Vai ser armada uma mesa onde poderemos personalizar os enfeites.

-Deixa eu adivinhar, Rosalya?

-Na verdade, foi minha mãe e Rosa endossou!

-Então o que ainda falta?

-Vamos só por as luzes. Não desça! Vamos começar de cima.

~

-Vem. Quer beber algo?

-Claro, tem cerveja?

Ela revira os olhos.

-Não. Tem coisa melhor.

-O que?

-Chocolate quente. Topa?

-Por que não?!

Andamos para a cozinha, em cima da mesa tem uma caixa vermelha de madeira. Cruzo os braços e sorrio.

-Meu presente?

-Exatamente!

Ela fala de costas pra mim, pegando xícaras. Ando diretamente para a caixa e puxo a fita que forma um laço.

-Hum, o que é?

-Porque você não abre?

-Vi um presente com meu nome na sala, esse aqui é uma piada?

-Não, esse é só meu para você o outro é meu e de Lysandre.

Isso, isso me deixa desconsertado. Puxo a tampa devagar, em meio a muito papel de seda branco tem um porta retrato virado para baixo. O que diabos ela está pensando? Eu não tenho porta retratos em casa, nenhum. Porque me daria isso?

Pego o porta retrato e tem uma imagem estranha, bem talvez seja só um papel qualquer para ser substituído por uma foto de verdade.

Em baixo dele tinha um cartão. Eu abro e leio.

“Bom, essa é minha primeira foto sei que não parece muito bom, mas mamãe diz que já sou um bebê lindo.

Sabe, minha mãe não tem irmãos, e apesar de tio Leigh ser muito legal... ela acha que seria importante me dar um tio também. E ela acha que você seria a escolha perfeita, e como você é um cara muito especial, nós dois resolvemos fazer isso direito:

Castiel, você me daria a honra de ser meu tio?”

 E em baixo tinha um anel, que eu acho que é de prata, do tipo que eu passei a usar no dedão.

Eu fico tão sem palavras e sem ação. Olho novamente o porta retrato, é a imagem de uma ultrason.

-E então, você aceita?

Luna fala calmamente atrás de mim.

-Você, você tá grávida?

Minhas mãos tremem um pouco enquanto eu guardo tudo de volta na caixa.

-É.

Eu não consigo me virar pra encara-la, eu queria virar e desejar parabéns, mas... não dá, não consigo, travei. A ouço por as xícaras na ilha que ela tem na cozinha.

-Lysandre já sabe?

-Sabe e vamos anunciar oficialmente hoje, na festa. Depois dele, você é o primeiro a saber, mas acho que minha mãe e Rosa desconfiam.

A partir de agora tudo vai ser diferente. Não vai mais haver espaço pra um cara como eu na vida deles. Eu vou ser aquele amigo pra quem mandam um cartão no natal e outro no aniversário. Nada mais de festas, pubs ou festas desregradas na casa deles. Eu mais uma vez, não vou me encaixar.

Luna vem me abraçar por trás.

-E então, você aceita?

Eu pareço um estúpido, não consigo raciocinar.

-Aceito o que?

Luna me vira para ela. Pega minhas mãos e coloca sobre sua barriga, que pra mim parece lisa e normal como sempre foi. Nem dá pra acreditar que tem um bebê ali.

-Aceita virar tio desse bebê que vai chegar? Eu considero você um irmão...queria que meu filho te considerasse um tio.

Eu não sei o que fazer...

Olho para minhas mãos pegando no corpo dela, sinto que fico vermelho. Mas vai ser o filho do meu melhor amigo e da... bom, da Luna. Quem não ama a Luna?

-Claro, aceito.

O sorriso que ela abre é capaz de iluminar a terra toda. Ela se joga nos meus braços e me aperta tanto que eu sinto dor nas costelas.

-Bem, me permita fazer as honras.

Ela pega o cartão de dentro da caixa ainda aberta e desfaz o laço que prendia o anel no cartão. Pega minha mão direta e encaixa o anel no meu polegar. Eu me dou conta da situação e começo a rir.

-Do que você está rindo?

Ela pergunta rindo também.

-Provavelmente isso é o mais perto de um pedido de casamento que eu vou receber.

-É verdade.

Agora nós dois rimos feito loucos, ela divertida e eu de nervoso.

-Bom,  eu pensei que já que você não tem laços sanguíneos com esse bebê, você terá o laço do compromisso. Agora já era, Castiel. Você é nosso para todo o sempre.

Que enrascada me meti!

-O que eu vou fazer com um bebê?

-Ama-lo e provavelmente ensinar coisas que eu e Lysandre não queremos que ele aprenda.

Ela fala voltando a dar uma risadinha.

-Ora essa, como tio, tenho que ensinar as coisas boas da vida pra essa menina.

-Ah não, não sabemos o sexo ainda.

-Vai ser uma menina.

-Porque você diz isso?

-Você tem a mim e o Lysandre, já tem homem de mais na sua vida.

Falo divertido, me abaixo e converso com a barriga dela.

-É melhor você nascer menina ouviu! Já que aceitei ser seu tio... você me deve essa!

Mas é claro que era só uma brincadeira.


Notas Finais


E foi assim


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