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História Amor? - Número de emergência


Escrita por: Thalitad7

Notas do Autor


Boa leitura, pessoal! ;)

Capítulo 29 - Número de emergência


Fanfic / Fanfiction Amor? - Número de emergência

LYSANDRE

 

 

 

Não acho Luna em lugar nenhum. Os últimos tempos tem sido difíceis, sem que ela fale direito comigo ou se quer me deixe tocá-la. A garota está me enlouquecendo. Ontem, quando eu implorei que ela não saísse do quarto para trocar de roupa o rumo que a conversa tomou foi:

-Traga ele de volta pra mim! 

-Luna, não posso fazer nada e nem sei se quero que ele participe da nossa vida de novo. Você já parou para pensar que talvez, talvez nós façamos mal a ele? Nos ver juntos todos os dias... também deve machucá-lo.

Isso pareceu novidade para ela, essa perspectiva, de que nós o poderíamos estar magoando sem querer e de que ficar longe de nós seria o melhor para ele não parece ter passado pela cabeça dela antes. Depois que me acalmei o suficiente para me dar conta de que a única coisa que fiz foi atacá-lo, percebi que ele sofreu calado por muito tempo e que nós, mesmo sem querer, o feriamos estando juntos e fazendo-o assistir tudo de camarote, mas ela descartou a ideia rapidamente em sua mente. Pude ver pela expressão dela.

-Ele precisa de nós, Lysandre. Ele não tem mais ninguém! Se algo acontecer, quem vai estar lá para ele?

Eu não respondi porque vi os olhos dela se encherem de água, eu estava ciente que de que agora deve ter um conflito dentro dela: torcer para que Castiel recomece a vida sem a nossa presença, que ele se refaça longe de nós ou trazê-lo de volta, por causa do medo de que ele acabe se destruindo. Principalmente porque sabemos que ele não reage muito bem a esse tipo de coisa, basta ver como ele ficou no caso da Debrah.

Eu sei que é isso o que ela sente, porque meus sentimentos espelham os dela. Vejo o rosto angustiado e triste dela toda manhã, sempre olhando o celular com esperança durante o dia e com cara de choro durante a noite, mas Luna nunca chora e ontem quando fui na direção dela para abraça-la... ela se afastou de mim e assim se encerrou nossa conversa. A situação está ficando insuportável para mim, não gosto de ficar longe dela e mesmo estando na mesma casa, parece que ela me mantém a quilômetros de distância. 

Saio de casa e a vejo sentada no telhado. Como foi que ela chegou ali? Bem, se ela conseguiu, eu consigo também.

Ando ao redor da casa estudando uma maneira de subir lá em cima e avisto uma escada encostada na parede próximo a garagem. Até que não foi difícil, mas o que ela foi fazer lá?

Subo a escada com um pouco de receio, ela parece leve de mais para suportar meu peso. Bom, pelo menos se eu cair e quebrar a perna isso vai fazê-la falar comigo.

Rio com meu pensamento mórbido.

Chego ao telhado e tento fazer o minimo de barulho possível. Ando vagarosamente até chegar perto, como se ela fosse um passarinho, que vai voar a qualquer movimento brusco meu, só que agora ela não pode fugir de mim. Não tem para onde correr e eu estou no caminho que leva até a escada.

-Oi.

Ela não fala nada e nem mesmo olha na minha direção, mas bate com a mão no lugar ao lado dela.

Eu não perco a chance, me sento ao seu lado e espero em silêncio.

-Hoje vai ter uma festa na casa dos Rosings, e vai ter fogos. Eles fizeram a delicadeza de por um aviso na caixa de correio.

-Então você subiu para ver melhor os fogos?

Ela balança a cabeça em sinal de concordância apertando a babá eletrônica nas mãos. 

-Bebê, olha...

-Eu não quero mais ficar brigada com você.

Nossa, o alívio que eu sinto é tão grande que se abre um sorriso no meu rosto. Eu toco suas mãos e ela não as retira de debaixo da minha, eu poderia dançar um tango agora tamanha a felicidade.

-Vamos trazê-lo de volta.

Eu digo, porque sei que Luna o ama, assim como eu. Castiel nunca vai ser feliz longe de Rose, mesmo que tudo esteja uma merda, ele faz parte da nossa família. Não sei como vamos ajeitar as coisas, eu ainda sinto ciúmes só de pensar e provavelmente nunca mais vou querer os dois sozinhos de novo, mas... as famílias de verdade não se abandonam. Elas tentam resolver o problema.

E como se fosse um sinal divino, os fogos começam a estalar no ar, a magia do momento é indescritível. Sinto que realmente vamos conseguir arrumar tudo. Vamos achar Castiel nem que precise de um detetive. Então vamos conversar e ele vai entender que deve seguir em frente e que não deve mais dar em cima de Luna. Rose vai voltar a ter seu tio postiço e aos poucos vamos nos adaptar novamente.

-Não, não vamos trazê-lo.

Eu quase engasgo, todo o ar que eu tinha abandona meus pulmões.

-O que... o que você está dizendo?

-Eu recebi uma ligação hoje.

-De Castiel?

-Não, eu era o contato de emergência dele... 

 



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