Poderíamos casar. Compraríamos um apartamento em Seul ou talvez até em Los Angeles. Nossa cama nunca estaria arrumada. Mas nossos livros e álbuns estariam sempre em ordem de autores ou títulos. De resto, tudo estaria uma bagunça. A nossa bagunça. Assistiríamos as lutas que passam na tv, como eu fazia com meu pai quando era pequeno e por mais da metade da minha adolescência. Teríamos um cachorro de pêlo brilhante chamado Prinve. Dormiríamos com o computador ligado e escaparíamos da cama para conferir o Facebook. Ficaríamos o dia inteiro assistindo filmes, lendo livros ou escutando música nos dias de chuva.
Não chegaríamos nem perto de uma família perfeita. Você brigaria comigo por chegar tarde e não lhe dar atenção; Querido, você tem que se lembrar que eu sou um jornalista que acabou de se formar e que precisa de novos furos, você sabe que isso sempre foi meu sonho. Discordaríamos quanto à cor das cortinas. A cor das paredes. Adiaríamos tanto o despertador que sempre estaríamos atrasados.
Viveríamos na base de miojo e café se dependesse de nós dois. A geladeira seria repleta de coca-cola e de congelados; os armários cheios de besteiras. Ah, sua mãe pediu pra você ligar pra ela.
Eu riria sem motivo, você me perguntaria porque, eu não responderia. Porque nós saberíamos.
Talvez seja o destino ou algum tipo de mágica, eu não sei, provavelmente acreditaríamos que isso é obra da deusa do amor e do filho de dela. Porque nós combinamos de um jeito estranho, mas verdadeiro.
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