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História Amor à distância - Sentindo medo.


Escrita por: may_rapha

Notas do Autor


Heeey!!! 😊

Tudo bem com vocês? 💜

Sim, o capítulo anterior ficou meio "ruinzinho", espero recompensá-lo com esse. 😌

Boa leitura! 😘

Capítulo 14 - Sentindo medo.


- Não, eu não estou namorando! - minhas palavras saíram como um tiro.

- Hmm... Que estranho. Para quem era as flores e os bombons então? - Marceline era insistente.

- Juro que se fosse do seu interesse, eu já teria te falado. - tentei manter a calma. 

- Ui, nossa! Desse jeito eu vou achar que é para um menininho em... - ela já estava me tirando do sério.

- E se for? Não devo nada a ninguém mesmo! Que diferença faria para você se eu fosse homossexual ou não? - ela ficou boquiaberta.

- Por que nunca me disse isso antes? 

- Porque eu não tenho tanta certeza disso. E achei que você não me respeitaria mais. Não sei dizer... - fitei o chão.

- Marsh... Era pro Gumball não é? Você está apaixonado pelo Gumball. - ela se levantou e me abraçou.

- Sim, me desculpe por mentir para você e te enfiar nisso. Ele não me deve nada. O conheço de um tempo atrás. - retribui o abraço.

- Está tudo bem. Irmão é pra essas coisas... - ela sorriu - Agora eu entendi o ciúmes. - revirei os olhos.

- Olha, eu nem sei se ele sente o mesmo por mim... As vezes eu sinto estar forçando ele. E isso não é certo. 

- Que isso, você é lindo, Lee! Óbvio que ele deve estar apaixonadasso por você. Todas as gurias ficam. 

- Ele não é uma guria.

- Mais também não é cego. 

- De que adianta beleza? Um dia ela acaba... 

- Marshall, você não é só bonito exteriormente. Você é uma ótima pessoa! Sabe ser doce, sensível, agressivo quando precisa, cuidadoso e protetor. Quem não se apaixona por você, tem problema. 

Depositei um beijo em sua testa. Por mais implicante que ela fosse, eu a amava. Tê-la como irmã era uma incrível montanha russa. 

- Obrigado, de verdade, coisa chata! - ela sorriu me fazendo sorrir também.

- Bom, quando visitaremos o meu cunhadinho denovo? - ela sorriu maliciosa.

- Aí aí... Por incrível que pareça, eu amei escutar você dizendo isso... - não pude conter um sorriso.

- OMG! O cara está apaixonadasso, minha gente!!! - ela zombava de mim.

Mais era verdade, aquele rosinha estava alterando a química do meu cérebro... E isso era muito bom. 


~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Gumball

1 semana se passou. 

Nada de mensagens do Marshall nem presentes...

Okay, ele não era obrigado a me presentear todos os dias. Não temos nada em comum. A não ser uma paixão secreta pelo outro. Fora isso, eu não sabia nem se "Marshall" era o seu verdadeiro nome.

Será que ele ainda se lembra de mim? Está bem, eu já estava ficando paranóico. Só se passou uma semana.

Ontem recebi uma mensagem de Dako me falando que passou na prova e que estava extremamente agradecido pela minha existência. Fiquei super feliz por ele. 

E hoje ele me mandou outra mensagem dizendo que estava morrendo de saudades de mim. Eu também estava sentindo o mesmo por ele. Dei então a ideia de passar uns dias lá com ele em Madrid. Aproveitaria também para ver mamãe e Bonnie. Queria muito rever as duas. Afinal, eu estava de férias.

Meu pai não gostava da ideia de ficar uns dias sem mim. Para ele eu era a sua única companhia. Mesmo ele viajando tanto e ficando sem tempo para me ver. 

Quando ele viajava me deixava na casa de Cris. Porém eu já estava um pouco cansado dessa rotina.

Após muita insistência da minha parte, meu pai finalmente concordou. Me deu algumas instruções para não ficar muito perto do Matthew (atual namorado da minha mãe), ignorar qualquer proposta da minha mãe para voltar a morar com ela e etc... Instruções que nem pelos meus ouvidos entravam. Fingi seguir todas e ele finalmente me liberou. Mais desta vez foi diferente... Eu iria viajar sozinho. Pela primeira vez. 

Eu estava achando aquilo tudo um máximo apesar de estar sentindo um pouco de medo. Eu finalmente me sentiria um viajante independente. Minha mente já estava criando várias coisas em relação à viagem. Mesmo sabendo que eu não fazeria nada demais dentro de um avião. 

Avisei Dakota que ficou louco de tanta alegria, e minha mãe que ficou morrendo de preocupação. Meu pai a avisara que estava tudo sob controle. Afinal, eu era um bom rapaz e por incrível que pareça, autocontrole era um dos meus dons. Meus pais confiavam em mim, só não confiavam nos outros seres humanos que estariam ao meu redor. Eu os tranquilizei.

A passagem já estava comprada e minhas malas já estavam arrumadas.

- Se cuida, meu bebê. Fique atento em tudo. Durma com um olho aberto e outro fechado, okay? Papai vai sentir muitas saudades. - meu pai fez meus olhos ficarem marejados com toda essa despedida.

O abracei forte. Cris também estava ali presente.

- Bubba, não fique dando sopa pra vagabundo não, em!!! Toma isso aqui, use somente quando sentir que algo está errado. - ele me entregou um canivete que mais se parecia um monstro, tinha tesoura, serra e até um parafuso embutido. Não sabia nem como usar aquilo - Vou sentir saudades. Manda um beijo para mamãe e Bonnie. Diga que as amo! - eu assenti e o abracei também. Cris era super protetor e amoroso. Eu definitivamente amava todos os integrantes da minha família.

Após me despedir deles e também de Adriana, meu pai me levou até o aeroporto.

Após ser avisado do meu embarque, abracei meu pai o mais forte possível.

Por um momento, naquele abraço, quis desistir da viagem. Me senti como um passarinho que estivesse sendo obrigado a voar sem a ajuda de seus pais. Mais fui eu que inventei aquilo, tinha que arcar com as minhas consequências.

Tive que soltá-lo com um segundo aviso de embarque. Enxuguei minhas lágrimas e entrei naquele avião.

Após ser lacrado, olhei para a pequena janela, vi meu pai lá embaixo, acenando para mim com a expressão mais triste do mundo. 

Eu iria, mais com certeza o meu coração ficaria.

Tentei olhar para outro lado, não foi uma boa ideia, uma criança estava chorando no colo de sua mãe. Fechei meus olhos. Queria tranquilizar minha mente, dizendo que estava tudo bem e que aquilo não demoraria tanto. Coloquei meus fones de ouvido, uma música triste me mataria, tentei escutar alguma animada, mais eu realmente não conseguia. Pensei na última viagem que fiz na companhia de Cris e meu pai para retornar ao Canadá. Aquela alegria dos dois me fizeram uma falta imensa naquela hora.

Senti um estranho sentar ao meu lado, estava de capuz, óculos escuros e muletas que logo foram guardadas por uma aeromoça. Senti medo e pena dele ao mesmo tempo. Me encolhi em minha cadeira.

"Por que alguém deixaria um cego viajar sozinho?"

Logo uma senhora sentou ao seu lado, ocupando o único banco vazio que restava em nossa fileira. 

Ah! Ele estava acompanhado. Menos mal...

Adormeci.

Acordei no outro dia com a cabeça no ombro do rapaz. Me afastei instantaneamente. Deduzi que ele também estava dormindo, não conseguia ver seus olhos através daqueles óculos escuros.

Uma aeromoça logo veio com uma bandeja nos oferecendo o café da manhã.

Só consegui comer alguns waffles e beber um capuccino. Adormeci novamente. Queria encurtar aquela viagem. E consegui.

Fui acordado com algumas cutucadas de uma aeromoça.

"Rapazinho, acorde. Já chegamos ao seu destino..." - ela dizia sorridente.

Eu devia estar com o rosto todo amassado. Esfreguei os olhos e levantei saindo do avião.

Peguei minha bagagem e fucei o Google Maps.

Pesquisei uma lanchonete mais próxima da casa de mamãe. Não queria preocupá-la em preparar comida para mim. Já eram 16hrs da tarde.

Peguei um táxi que me levou até lá.

Como uma cidade pode ter mudado tanto em apenas 1 ano? Não reconheci aquela lanchonete. Entrei mesmo assim e me sentei em um banco. 

- Boa tarde, senhor. Deseja alguma coisa? - um rapaz loiro dos olhos castanhos me atendeu. Devia ter uns 34 anos. Tinha um sorriso no rosto.

"Senhor"? Eu ri com isso.

- An... Boa tarde! - esbocei um sorriso - Aceito um misto duplo, acompanhado de um suco de laranja natural. Sem açúcar, por favor. - eu estava com muita fome.

- Okay... Mais alguma coisa, senhor? - ele anotava em um pequeno bloco de notas.

- Não... Apenas uma pergunta, essa lanchonete é nova, não é?! 

- Sim, abrimos faz 3 meses. - ele sorriu.

- Ah! Sim... Está explicado. Obrigado! - retribui o sorriso, ele assentiu e se retirou.

Como não notei antes os bancos e mesas novos? 

Fiquei ali por um tempo após terminar de comer e pagar e fui embora.

A rua para a casa de mamãe continuava a mesma. Porém... Eu sentia que estava sendo seguido. 

Já eram 17:45hrs, o sol já estava se pondo, e isso deixou a rua um pouco escura. Pois os postes ainda não haviam sido ligados. Senti algo ruim.

Ouvia passos atrás de mim, mas sempre que me virava para trás não via ninguém. Apressei então o passo.

Bati desesperadamente na porta de mamãe. Escutei os passos novamente atrás de mim. 

Ela abriu a porta e pude a abraçá-la fortemente.

- Você chegou, meu bebê!!!! - ela depositou um beijo em minha testa.

- Sim, mamãe. Estava morrendo de saudades... - continuei com a cabeça em enterrada em seu pescoço.

- E como foi a viagem? Tranquila? 

- Morri de medo a cada segundo. Dá próxima, venho acompanhado, nem que tenho que pagar alguém para isso. - sim, eu era muito medroso.

- Odó do meu bebê, gente... - ela sorria enchendo meu rosto de beijos.

Finalmente me senti seguro. 

Olhei por cima de seus ombros para uma janela da casa e pude ver um vulto passar por ali rapidamente. 

Meu coração disparou novamente. 

- M-mãe, Matthew e Bonnie estão em casa? - perguntei tentando esconder o medo.

- Não. Bonnie foi acompanhar Matt no supermercado. Fiquei aqui para te esperar. - ela sorriu, não consegui retribuir o sorriso.

Minha mãe e eu estávamos sozinhos sendo vítimas de um vulto negro que estava pairando pela casa.

Eu poderia estar paranóico, mas, ainda assim continuava com medo.

Escutamos batidas na porta. Impedi minha mãe de abrir. Estava com medo de quem poderia ser. 

- Bubba, para com isso! Vai que é o Matt com a Bonnie?! 

- E se não for, mãe? - eu temia o pior.

- É o que vamos descobrir agora... 

Ela foi em direção a porta e a abriu.




Notas Finais


Quem será? '0'

Espero que tenham gostado. 💜

Beijoooos 😘


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