História Amor à distância - Fionna.

Nos separamos pela falta de ar.

- Você não sabe o quanto desejei estar ao seu lado... - Marshall ainda estava com seus braços entrelaçados em minha cintura.

- Desejei isso desde aquele dia naquela festa ridícula... - sorri.

- Festa ridícula? - ele sorriu divertido.

- Sim... Eu achei. - olhei para outro lado.

- Rosinha, me desculpe pela Cake...

- Quem é Cake? - o encarei.

- Aquela menina que estava fantasiada de gato. 

- Aataa... Por que está me pedindo desculpas? 

- Porque... Sei lá... - ele olhou para outro lado.

Sorri.

- Você acha que eu fiquei com ciúmes de vocês juntos? 

- Não, eu não quis dizer isso... Talvez você não tenha gostado daquilo ou achou que era eu que beijei ela e tudo mais... - continuei sorrindo - O que foi? - ele sorriu também.

- Nunca pensei que algum dia isso aconteceria... 

- Isso o que? 

- Marshall Lee me devendo satisfações. - gargalhei.

Ele revirou os olhos.

- Não tô te devendo satisfações... Eu só estou te explicando o que aconteceu, caso você tenha ficado com ciúmes. 

- Por que eu teria ficado com ciúmes? 

- Porque eu sei que consegui conquistar esse coraçãozinho mole naquela noite. Mesmo sem fazer nada... - ele sorriu malandro.

- Ha-ha-ha... Quem te ilude, meu bem?

- Okay... Me desculpe. Talvez você realmente não tenha ficado com ciúmes de mim... Estou viajando aqui. Bom, caso não tenhamos nada mesmo... Tenho um compromisso pra hoje. Vou indo, está bem? - ele soltou minha cintura.

Seus braços ali fizeram uma falta enorme.

- Que compromisso? - cruzei os braços.

- Tenho que levar uma amiga para um casamento lá no Canadá. Quase me esqueci disso...

- Que amiga? - okay, talvez eu esteja com ciúmes.

- Uma amiga minha ué... 

- Marshall, é sério! Que amiga? - o encarei sério.

- Achei que não se importasse com minhas companhias...

- Okay então. Tem razão. Não me importo. Não somos nada mesmo... Pode ir. Eu vou ver o que faço com Flame... - falei um tanto nervoso e triste ao mesmo tempo.

- Eiii!! Vem cá, meu ciumentinho. - ele puxou minha cintura, me deixando de costas para ele, fingi lutar para sair de seus braços.

- Me solta, Marshall!! Vai lá levar sua amiguinha pro casamento, vai... 

Ele sorria e me apertava cada vez mais.

- Não, ela pode se virar sozinha... 

- Não pode não, cumpra seus compromissos com as pessoas...

- Não tô afim... Prefiro ficar aqui...

- Não prefere não! Me solta! 

- Só se você admitir que tem ciúmes de mim. 

- Droga, Marshall... Eu morro de ciúmes do que é meu, está bem? - falei nervoso.

- Eu sou seu, rosinha? - ele mordeu minha orelha de leve. Aquilo me arrepiou por inteiro.

- N-não sei... - agora ele mordia meu pescoço. Ele sabia me deixar louco...

- E se eu disser para você que quero ser seu? - ele sussurrou em meu ouvido. Aquela voz... 

- Não irei me render tão facilmente... - me afastei dele que me encarou incrédulo. Nem eu acreditei no que disse.

- Que poha é essa, Gumball? - ele perguntou nervoso.

- Não sou qualquer uma daquelas suas garotas que cai nos seus encantos em um piscar de olhos. Sinto muito, tenho coisas a fazer agora, licença. 

Me abaixei perto de Flame e peguei seu celular. Agora eu só precisava ligar para Fionna e verificar se ela estava viva.

Marshall ainda me encarava incrédulo. Não sei o que se passava em sua mente nesse momento. Confesso que fiquei com medo.

Até que ele sorriu para mim de um jeito malicioso. Que poha ele estava tramando?

- Tudo bem, Bubba... Nenhum coração é tão duro que não possa ser amolecido. Eu já entendi o que quer, continue. Não será tão difícil para mim mesmo...

- Do que é que você está falando? - o encarei confuso.

- Você está tentando ser difícil. Respeito essa sua vontade de fazer joguinhos comigo. Porém você não me conhece como jogador.

Sorri, ele estava louco?

- Eu deveria ficar com medo disso?

- Não digo medo, apenas fique esperto. Não jogarei como você está pensando, vou jogar da maneira mais sútil e limpa. Afinal... - ele se aproximou de mim - Eu te amo. 

Meu coração hesitou uma batida...

Que vontade de matar aquele guri...

Tão idiota, puto... E apaixonante... 

Não podia deixar ele ficar por cima da situação. Puxei a gola da sua blusa preta para mim. Tive uma visão perfeita de seus olhos avermelhados. 

- Eu também te amo, Marshall. - dei um beijo curto em seu lábios. Ele quis continuar o beijo, mas me afastei. - Agora, me dê licença, tenho uma ligação a fazer... 

- Como quiser, majestade. Se cuide. Ou melhor, se precisar de mim, é só me chamar, estarei sempre à alguns passos atrás de você. - ele sorriu e se afastou de mim. 

Eu estava realmente amando toda essa atenção de Marshall, confesso, o amor que eu estava começando a sentir por ele, não é só de amizade. Era algo muito além... 

Suspirei... Estar apaixonado novamente era tão bom... Sorri bobo.

Mas, voltei ao mundo real e me concentrei no que eu iria fazer.

Encontrei o número de Fionna e iniciei a ligação.

Logo fui atendido.

- Flame? Aonde você está, amor?

Amor? Achei que Fionna era passado... Filho da puta mentiroso!!!!! Por que ele mente tanto assim? Sério, qual o motivo? 

- Fionna? Aqui é o Gumball... - ela me interrompeu nervosa.

- Gumball???? O que é que você está fazendo com o celular dele? 

- Ei, fique tranquila, aconteceu um acidente aqui, eu vim visitar minha família aqui e vi ele caído no chão. Me lembrei que você era próxima dele e liguei para informá-la desse acontecimento.

- ACIDENTE? VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA, GUMBALL? NEM DE CARRO FLAME ANDA DIREITO! VOCÊ VOLTOU PARA SE VINGAR NÃO É?! SE CONSIDERE UM FILHO DA PUTA MORTO! - ela desligou.

Fiquei boquiaberto.

Qual era o problema dela?

Tentei ligar novamente para ela.

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Marshall

Aquele rosinha era um sonho que se tornara realidade em minha vida...

Era lindo, meigo, inteligente, um pouco medroso e absurdamente sexy...

Queria ter o conhecido antes, para hoje já estarmos casados. 

Ele estava querendo brincar comigo. Entrei no seu joguinho, aceitaria qualquer coisa por ele. 

Estava o vigiando de longe, parecia estar meio preocupado com alguma coisa que escutou após a ligação que havia feito. 

Eu conhecia Fionna, era minha colega de trabalho.

Nos dávamos super bem. Infelizmente, cheguei a ficar com ela por um tempo, mas vi que ela não era uma pessoa tão certa assim.

Fionna apesar da bela aparência de moça de família, bebia e se drogava escondido de todos. Uma vez, no nosso curto "relacionamento", a flagrei fazendo tais coisas.

A impedi, dizendo que era errado, que ela estava destruindo a sua própria vida... Mas, ela simplesmente me mandou ir pro inferno.

Não fui pro inferno mas, a obedeci dando a tal distância que queria de mim.

Depois disso, o nosso relacionamento era profissional, apenas como 2 colegas de trabalho.

- Marshall? Sentiu minha falta, foi? 

Olhei para trás, Fionna sorria como uma psicopata enquanto rejeitava uma ligação em seu celular.

- O que está fazendo aqui? - a encarei preocupado.

- Vim resolver umas coisinhas com um garotinho... 

Gumball? Óbvio que era ele. 

Jamais a deixarei fazer algum mal a ele.

Avancei nela, tentei neutralizá-la, mas em sua outra mão tinha uma seringa com algo de uma cor bem chamativa dentro, ela enfiou a agulha da seringa em meu braço antes que eu pudesse impedi-la. Senti o mundo girar, minha visão havia ficado turva... Tentei levantar, mas senti seu pé chutar fortemente minha barriga. A única coisa que pude ver antes de apagar totalmente foi ela indo em direção ao Gumball.

Tome cuidado, meu amor...

Enfim, desmaiei.