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História Amor à distância - Visão do inferno.


Escrita por: may_rapha

Notas do Autor


Enfim, mais um capítulo. 🎉🎉🎉

Boa leitura! 😘

Capítulo 19 - Visão do inferno.


Marshall

Consegui abrir meus olhos, ainda estava caído no chão com o rosto colado no asfalto.

Que poha aquela garota tinha colocado naquela seringa?

Levantei com dificuldades.

Eu ainda estava meio sonso devido à droga. 

Coloquei uma mão em minha testa que doía muito.

Percorri os olhos pelo beco escuro...

Não havia ninguém lá.

Aonde está Gumball?

Andei mais depressa. 

Vasculhei em todos os lugares daquele beco. Gumball não estava lá.

Percebi que no chão havia meio que uma trilha de sangue.

Meu coração hesitou uma batida.

Segui aquela trilha temendo ser de quem eu estava pensando que fosse.

Ao seguir por algum tempo aquela "trilha" pude começar a escutar algumas gargalhadas.

Andei mais um pouco. A trilha levava a uma roda de pessoas.

As gargalhadas neste momento estavam bem altas. Pude ver de quem eram.

Fionna, Flame e Cake estavam em cima de um palanque, não muito alto, de madeira. 

Desci meus olhos para a roda de pessoas. Todas vestiam preto.

Algumas pareciam zombar do que estava ali no meio, algumas tinham um rosto inexpressivo... Pude escutar o alto choro de algumas daquelas pessoas, mas não conseguia vê-las.

Empurrei alguns corpos vestidos de preto de minha frente e finalmente consegui ver de quem era aquele choro.

Notei rostos familiares.

Ali estavam os pais de Gumball e sua irmãzinha. A mulher chorava incontrolavelmente junto com a criança. O homem tinha um olhar vazio e arrependido. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar.

Aquele era um cenário de sofrimento.

Escutei um choro ainda mais alto, a pessoa já soluçava.

Meus olhos voltaram-se finalmente ao meio daquela roda. 

Um garoto de cabelos brancos com pontas rosas estava debruçado sobre o corpo de um outro garoto que eu não conseguia identificar.

Cris? Óbvio que era ele.

Cris parecia apertar fortemente os braços e pernas daquele garoto. Não entendi o porquê.

Afastei Cris, notei que sua roupa preta estava ensopada de sangue. Seu rosto não estava diferente. Alguns fios de seus cabelos brancos, agora se encontravam vermelhos devido ao sangue.

Pude, finalmente, olhar para o tal garoto que Cris escondia.

Meu coração disparou.

Não! Não! Não!

Não... Não podia ser...

Não, não pode ser...

Não... NÃO!

Gumball estava ali. Esquartejado.

Uma sensação de loucura tomou conta de mim. Comecei a sentir uma tontura, aquilo não podia ser real... Eu não sentia mais meu corpo.

Caí de joelhos no chão. Lágrimas deslizavam em minhas bochechas.

Tentei juntar os braços e pernas de Gumball ao seu tronco. Aquilo parecia inútil, eu era inútil. 

Por que eu deixei ele sozinho com a Fionna? Por que eu não tentei ser mais forte do que aquela droga? 

Tentei juntar sua cabeça ao seu pescoço... Minha visão começara a ficar embaçada devido ao meu choro... Suas orelhas haviam sido cortadas, os dedos de suas mãos também haviam sido cortados...

Havia uma poça de sangue ao seu redor.

Aquela foi a pior visão que eu já tive em toda a minha vida.

Fionna, Flame e Cake haviam conseguido tirar de mim a pessoa que eu mais amei em minha vida. 

Não tive nem a oportunidade de dizer isto a ele... Não tive nem a oportunidade de chamá-lo de "meu", não tive nem a oportunidade de dividir o mesmo teto com ele... Não tive nem a oportunidade de viver como eu queria ao seu lado.

Aquilo não podia ser real...

Enterrei meu rosto em meio ao seu sangue.

Senti uma mão sobre meu ombro.

- Que pena... Era tão ingênuo... 

Fionna gargalhou.

Criei forças em minhas pernas e levantei. 

Não sei como, nem de onde, mas com algum tipo de força sobrenatural o meu braço atravessou sua pele. Pude arrancar seu coração para fora.

O coração de Fionna pulsava em minha mão.

As pessoas ao redor ficaram aterrorizadas.

Fionna gargalhou novamente.

Mas o que...?

A encarei pasmo.

Percebi em sua mão esquerda uma faca afiadíssima.

Cambaleei para trás caindo de costas.

Fionna ainda estava de pé, ainda estava viva.

Havia um buraco em seu tronco. Sangue escorria incessávelmente de lá.

Ela se aproximava cada vez mais de mim.

Aquilo mais se parecia uma visão do inferno.

Ela levantou a faca para o alto, sorriu e desceu com tudo em minha testa...

Acordei com o meu coração querendo sair pela boca.

Era só um pesadelo.

Encostei novamente a cabeça no travesseiro.

Senti um cheiro doce próximo a mim.

Olhei para o lado.

Gumball estava dormindo como um anjo.

Lágrimas brotaram de meus olhos.

O ritmo das batidas de meu coração começaram a desacelerar.

Puxei seu corpo para o meu. O apertei tão forte que ele resmungou algo baixinho.

Gumball estava vivo. Estava ali, do meu lado. 

Eu torcia para que esse momento não fosse só um sonho. 

Ou talvez eu esteja no céu.

- O que foi, Marsh...? Por que está me apertando? - sua voz era sonolenta e doce, sorri. Estava morrendo de saudades daquela melodia.

- Ainda bem que você está aqui, comigo. - puxei seu rosto para mim e depositei um beijo calmo em seu lábios macios.

Ele sorriu, me fazendo sorrir também.

Como eu iria viver sem aquele sorriso, em?

 Não queria contar nada do que eu havia visto naquele pesadelo. Não queria nem que ele tivesse acontecido.

- Marshall, você finalmente acordou! - ele parecia ter acordado agora pra vida.

- Entrei em coma? - o perguntei preocupado. Será que esse pesadelo durou 1 semana?

- Não... - ele sorriu - Fionna havia te envenenado. Esqueceu disso? 

Se eu estava vivo e Gumball também... O que aconteceu com Fionna?

- Não... É verdade, me lembro disso. O que ela fez contigo? 

O sol começou a clarear o quarto...

Notei arranhões em seu rosto, seu maxilar estava roxo.

A raiva tomou conta de mim.

- FILHA DA PUTA! AGORA EU VOU ESTRAÇALHAR ELA. Tá doendo, Bubba? 

- Não, não... Eu dei um jeito nela.

- Bubba, eu tô com tanto ódio dessa vadia que você nem imagina. Juro que quando eu levantar dessa cama eu vou matar ela com as minhas próprias mãos!

- Marsh, eu também estou com ódio dela. Mas, violência nunca será a melhor opção. Esqueça isso. As pessoas colhem o que plantam. - ele estava certo.

Porém eu queria muito acabar com aquela filha da pu... Espera! Ele está me chamando de "Marsh"? 

Deitei em cima dele. 

- Eiii, que isso? Do nada? - ele parecia confuso.

Sorri bobo.

- Você me chamou de "Marsh"...

Ele revirou os olhos. Parece que ele havia se lembrado do nosso joguinho.

- Sério? Nem reparei...

- Jura? Já é a segunda vez que me chama assim... Apelidos são o segundo passo de um relacionamento sério em... - brinquei malicioso.

- Foi mal, devo ter bebido antes de dormir ontem. 

- Aham, demais até, né? Tirou até minha blusa... Se queria alguma coisa era só ter me acordad... - ele me interrompeu.

- Vai tomar no cu, Marshall! 

Sorri com essa educação.

- Eu sei que você está feliz que eu acordei... - lambi uma de suas bochechas. Ele fez uma cara de nojo e limpou.

Sei que aquilo era uma encenação. Ele me amava...

- Não tô feliz não! 

- "Marshall você finalmente acordou!!!" - imitei o tom de voz animado dele naquela hora.

Ele revirou os olhos novamente.

- Talvez um pouquinho feliz. E olha que pouquinho é diminutivo de pouco! 

- Que bom que você admitiu, rosinha! Agora posso morrer feliz. - ele sorriu.

Não pude me conter, o beijei novamente.

Eu também estava muito feliz por ele ter acordado. Na verdade, por ele estar vivo.





Notas Finais


Foi dark, porém fofo esse capítulo. ❤😂

Hahaha!

Té mais! 💞


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