História Amor à distância - Meu namorado.

Marshall

Meu príncipe veio ao meu encontro com lágrimas nos olhos igualmente a mim.

Envolvi seu rosto delicado com as minhas mãos. Colei nossas testas.

- É claro que eu aceito, meu amor. - ele sorriu olhando para o fundo de meus olhos.

Admirar aqueles lindos olhos violetas era mágico...

Sorri também ainda olhando para o fundo de seus olhos.

Juntei nossos lábios em um beijo de pura paixão e volúpia.

A maioria das pessoas ali presentes aplaudiram. Algumas que me conheciam gritaram: "Até que enfim em, Lee?!"; "Alá, desencalhou!"; "Ué?! Não sabia que ele era gay..."; "Isso aê, molecão!"; "Droga, acabou minhas chances..." 

Gumball encerrou o beijo com selinhos.

- Tenho o melhor namorado do mundo! - ele disse antes de abraçar meu pescoço tão forte quase me estrangulando.

- Eu também tenho o melhor namorado do mundo. E ele é só meu. - disse dando um beijo demorado em sua nuca.

Saímos dali com ele em meu colo com as pernas entrelaçadas em minha cintura.

Gumball agora era definitivamente o meu namorado.

Isso era tão... Sensacional! 

Corri com ele em meu colo até uma praça mais próxima.

Eram 19hrs da noite, mas como era verão no Canadá, o Sol nos acompanharia até o fim da noite. Sim, isso é fantástico. Porém, algumas pessoas acham difícil dormir aqui com todo esse brilho do Sol.

Havia algumas pessoas andando por ali.

Algumas levavam seus animais de estimação para passear, outras estavam em família, outras tiravam várias selfies, algumas eram turistas, outras praticavam esportes e outras eram como eu e Gumball, namorados apaixonados.

Aquela praça era realmente linda.

Tinha belas árvores altas de variadas cores e folhagens, como: amarelo, verde e vinho.

A grama era verdinha e macia.

Rodei com o meu príncipe em meu colo, até ficarmos tontos e cair sobre ela.

Gargalhávamos felizes e apaixonados.

Ele subia em cima de mim, me beijava e rolava comigo pela grama macia.

Apesar da discussão com o meu pai de hoje mais cedo, esse estava sendo um dos melhores dias da minha vida.

Acho que ninguém jamais irá me fazer sentir tão bem como Gumball me faz.

Nos levantamos do chão e fomos comer algo. Gumball estava louco para comer churros após o carrinho do mesmo passar do outro lado da praça.

Eu não queria, não estava com fome.

Mas, ele era insistente, muito insistente.

- Amooor, por favor!!! Eu queruuu! - ele disse manhoso. 

Estávamos sentados na grama neste momento. Gumball estava sentado entre as minhas pernas com a cabeça descansando em meu ombro.

- Mais amor, eu não quero churros. Não prefere pipoca, pastel, algodão doce... - ele interrompeu a minha pergunta.

- Não! - ele disse um pouco alto e cruzou os braços - quero churros e acabou! 

- Uau, que bebê teimoso e autoritário... Cadê o meu docinho? 

- Está de férias. Deixou a autoridade no lugar dele, e disse que se a autoridade não fizer um bom trabalho, a birra irá a substituir.

Sorri com isso. Ele era muito criativo.

- É mesmo? 

- É! E não queira ver a birra, Marshall Lee! 

- Abadeer. 

- Que? - ele me olhou confuso.

- Marshall Abadeer Lee. Esse é o meu nome completo. 

- Hmm... Não sabia. Esse é um dos segredos que desvendamos quando namoramos você? - ele sorriu, sorri também.

- Nunca disse meu nome completo para ninguém. Somente para você. 

Ele se virou para mim nesse momento.

- Sério? Nem para Jake? - ele me observou sorridente.

- Sério. Só para você. 

Isso pareceu o fazer se sentir a pessoa mais importante do mundo.

Juntei nossos lábios, iniciando um beijo calmo.

- Eiii, não mude de assunto! Quero churros! - ele disse após finalizar o beijo.

Como eu disse, muito insistente...

- Tudo o que quiser, majestade. - me rendi.

Ele sorriu, beijou minha bochecha e se levantou. O observei levantar.

Seu corpo era tão atrativo para mim... Era delicado, lindo e estruturalmente perfeito.

Boiava em toda sua extensão.

Ele pareceu notar meu olhar sobre ele.

- O que foi? - ele sorriu tímido me encarando.

- Nada... Nadinha... - sorri me levantando também.

Fomos até o carrinho de churros de mãos dadas.

Um senhor, que aparentava 54 anos, nos atendeu com um sorriso. Ele usava uma blusa branca gola polo, calça branca social, um tênis também branco e um avental vermelho bem chamativo estampado com a sua logomarca "King of churros".

- Boa noite, garotos! Querem comprar churros do Rei dos churros? - sua voz era consideravelmente engraçada.

- Sim... - Gumball sorriu - dois, por favor!

- Dois? Eu não quero, Bubba!

- Quer sim! É dois mesmo, senhor! - ele insistiu.

- Está bem... - o "rei dos churros" sorriu começando a preparar dois churros - qual o sabor? Chocolate, doce de leite ou nutella com leite ninho? 

- Os dois de nutella com leite ninho. - Gumball disse tomando a frente.

O rei dos churros concordou.

Não demorou muito e ele nos entregou. 

Pagamos, o senhor agradeceu e voltamos a andar pela praça.

- Sério que você não vai comer? - Gumball disse me encarando.

- Eu disse que não queria...

- Mais eu comprei... - ele disse antes de lamber um pouco da nutella que estava em cima do seu churros.

Observei aquela cena. Confesso, minha mente perversa pensou besteira...

Sorri safadamente.

Gumball olhou pra mim super corado.

- Safado! Mente suja! Me deixa comer em paz! - ele tentou fazer uma parede para esconder seu rosto com uma das mãos.

- Eiii, quem disse que eu pensei em alguma coisa? - sorri divertido.

- Seus olhos demonstraram isso. Seu sorriso safado também! - ele tentava comer escondido de mim.

- Se você continuar se escondendo eu não vou comer o meu! 

Ele tirou a mão de seu rosto, pegou o meu churros e ameaçou enfiar em minha boca.

- Eitaaa!!! Vamos deixar as brincadeiras sexuais para outra hora, meu amor. - sorri malicioso.

- Ha-ha-ha! Viado! - ele revirou os olhos.

- Sou mesmo... - disse o fazendo sorrir.

- Meu viado! - ele me abraçou e voltou a comer o seu churros.

- Só seu! - sorri e depositei um beijo em sua cabeça.

Ficamos mais um tempo por ali.

Sim, Gumball me obrigou a comer o churros, tive que comer.

O levei para a sua casa por volta de umas 21:15hrs da noite.

- Obrigado pelo perfeito dia de hoje. - ele sorriu próximo à porta da casa.

- Eu que agradeço. Não seria perfeito se você não estivesse lá. - beijei as costas de suas mãos. 

- Nos vemos amanhã? - ele disse ainda sorrindo.

Eu amo esse sorriso...

- Sim, meu docinho. - sorri também.

- Então, até amanhã, meu amor. 

Ele juntou nossos lábios em um beijo.

Escutamos o celular de Gumball tocar.

Ele encerrou o beijo, tirou o celular do bolso e olhou o visor.

Era seu pai preocupado com ele.

- É melhor eu ir, antes que o sr. Gareth me mate. - sorri, beijei sua bochecha, esperei ele entrar em casa e logo em seguida fui embora.

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Gumball

Entrei em casa e fui em direção ao meu quarto, antes disso, fui interrompido pela voz de meu pai. 

Fui até ele, estava sentado no sofá assistindo futebol, seu passatempo preferido.

- Aonde estava? 

- Com Marshall. - meu namorado.

- Ahhh, sim. Está bem. Foi divertido?

- Sim. Muito! - sorri.

- Aonde foram? - essas perguntas não acabam? 

- Numa praça. Comemos churros. - caso ele quisesse saber o que comemos...

- Hm, parece bom. Vai dormir?

- Pretendo. 

- Então, boa noite, filho! 

- Boa noite para o senhor também, pai. - fui até ele e depositei um beijo em sua bochecha.

- Ahhh, antes que eu me esqueça, teria como você preparar o almoço amanhã e dar aquela caprichada? 

- Sim, mais... Por que? - o encarei.

- Quero te apresentar à sua madrasta. - ele sorriu.

Eu não achei graça alguma.

Como assim madrasta? 

Está certo que mamãe também estava namorando, mais... Era diferente! 

Sim, eu tenho ciúmes do meu pai e só o aceito com a minha mãe.

Jamais irei aceitar outra mulher substituindo minha mãe. 

- Que? Que madrasta? - disse tentando esconder a raiva.

- Ashley. 

Droga, eu conhecia essa Ashley. Era a secretária de meu pai, na empresa de Gales.

E confesso, nunca fui com a cara dela.

Tirarei essa história a limpo amanhã.

Não deixarei uma puta viver ao lado de meu pai e comer seu dinheiro com besteiras.

Nem que isso custe a felicidade dele.