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História Amor à distância - Primeiro dia de aula.


Escrita por: may_rapha

Notas do Autor


Heeeey 😊

Mais um capítulo pra vocês. ❤🎉🎉🎉

Já agradeço às perguntas que vocês fizeram... Em breve farei a Ask dos personagens. ;)

👉 Está certo que no Canadá o funcionamento escolar é diferente e tals... As aulas deles vão de Setembro a Junho e a carga horária deles dura quase o dia inteiro, porém, decidi deixar com uma "carinha mais brasileira" pra vocês entenderem melhor, e também porque eu não moro lá. :) 👈

Sem mais enrolação...

Boa leitura! 😘

Capítulo 40 - Primeiro dia de aula.


Fanfic / Fanfiction Amor à distância - Primeiro dia de aula.

Gumball

O sinal bateu finalmente.

Todos começaram a entrar em suas salas.

Disseram que esse ano teríamos alguns professores diferentes.

Para mim todos eram diferentes, estudei apenas o finalzinho de outubro e novembro todinho aqui.

Sentei em uma cadeira da frente.

Insisti para que Marceline sentasse do meu lado. Ela recusou dizendo que preferia o fundão. 

Finn e Jake sentaram um do lado do outro. Também no fundão. 

Legal, todas as pessoas que eu conheço gostam do fundão.

Fiquei sozinho na primeira fileira horizontal.

Que saudades do Dako...

Logo algumas pessoas preencheram a fileira da frente.

- Bom dia, 3° ano A! - uma mulher que aparentava ter uns quarenta e sete anos adentrou na sala. Carregava em seus braços duas pastas grossas transparentes; sobre elas: um caderno fino azul e um estojo rosa.

Seus cabelos eram negros, lisos e repartidos no meio, fixos atrás das orelhas; iam até um comprimento de pouco acima do ombro.

Tinha um corpo magro, nariz fino moderadamente longo, olhos castanhos e lábios finos.

Usava uma camiseta branca com a estampa "Respeito ao professor" escrito em vermelho e em letras maiúsculas.

Será uma irônia?

Sua calça era creme com vários bolsos grandes. Era até bonita a calça. Os bolsos eram ocupados por pincéis de quadro nas cores vermelho, preto e azul.

- Meu nome é Ana Beatriz e eu sou professora de matemática. - rugas apareceram no canto de seus olhos juntamente de seu sorriso.

Matemática? Sério isso produção?

Matemática na primeira aula?

Bomba assim? Logo de vez?

- Como essa é a nossa primeira aula, vamos usá-la para nos conhecermos melhor. Apesar de eu já conhecer alguns de vocês... - ela continuou, sua voz era um tanto pacífica.

"Quem não conhece até pensa que é uma velha legal..." - cochichou uma menina atrás de mim.

"Né?! Já estudei com esse capeta também... Super estúpida!" - outra menina cochichou em resposta.

Não consegui conter um riso baixo após escutar esses comentários.

Esse com certeza será um longo ano...

- Vamos lá, turma! Se apresentem! Quem vai começar? - Ana Beatriz esboçou um leve sorriso olhando para todos os alunos.

- Deixa que eu começo essa bagaça logo! - a voz de Marceline quebrou o silêncio.

- Mais respeito, mocinha! - Ana Beatriz forçou um sorriso.

- Tsc! - Marceline revirou os olhos se posicionando ali na frente da turma - Marceline. Para os íntimos: Marcy! Para mais informações acesse o site minhavidanãointeressaànenhumdevocês.com - ela sorriu e voltou para o seu lugar.

Eu amo a minha cunhada, cara...

- Próximo? - Ana Beatriz gritou tentando abafar algumas risadas da turma.

- Bom, pelo visto as meninas são as mais corajosas desse cubico! - a menina que estava cochichando atrás de mim se levantou.  Seus cabelos eram lisos, castanhos, num comprimento um pouco maior que o de Ana Beatriz; olhos castanhos e pele clara - meu nome é Júlia. Tenho 16 anos. Nasci em Madrid-Espanha. Moro aqui no Canadá há 8 anos e fim. - ela voltou para o seu lugar.

Que legal... Não sou o único espanhol.

- Faltou acrescentar a palavra 'feminista' na sua apresentação. - uma voz masculina gritou do fundo da sala fazendo todos os meninos gritarem em concordância.

- Então se apresenta agora e honra essa banana que você tem no meio das pernas! - Júlia disse em resposta fazendo Marcy rir alto no fundo da sala.

- Parem com essa palhaçada agora! - Ana Beatriz protestou.

Apesar da situação estar engraçada, eu queria que essa aula chegasse logo ao fim.

- Minha vez... - me levantei e me posicionei ali na frente fazendo todos se calarem e me analisarem por inteiro. Meu coração acelerou, por um minuto eu me arrependi de ter acordado para vir estudar hoje - Er... Me chamo Bubba Gumball, nasci também em Madrid-Espanha e tenho 16 anos. - cerrei os punhos tentando amenizar a tremedeira.

Meus olhos percorreram a sala, notei que o "motoqueiro misterioso" me observava atentamente.

Senti um frio subindo pela minha espinha dorsal.

- Legal, mais um espanhol! - Júlia sorriu me encarando também.

- Não me representou como homem! Por que você pintou o seu cabelo de rosa, guri? - pude finalmente conhecer o dono da voz masculina que gritou do fundo da sala. Era um garoto da pele morena, olhos verdes, e cabelos castanhos ondulados.

Ah que ótimo! Perguntas: tudo o que eu não queria nesse momento.

- E-eu não pintei... - gaguejei de nervosismo - é genética da minha família.

- WHAT? SEUS PAIS TÊM CABELO ROSA? - ele gritou.

- Não é do seu interesse. - Marcy lançou um olhar tenebroso para o garoto.

- Você é a porta voz do guri rosado, fia? - ele a encarou.

- Rosado? Professora, a senhora me permite decapitar esse viado na sua aula? - Marcy olhou para Ana Beatriz neste momento.

- Não e já podem ir parando com a discussão! - A professora disse já impaciente.

- Obrigado, Marceline. - voltei para o meu lugar apressadamente.

- Próximo!? - Ana Beatriz vasculhou a turma com seu olhar.

Alguns minutos se passaram e a maioria da turma já havia se apresentado, inclusive Finn e Jake... Até que chegou a hora do tão esperado "motoqueiro misterioso" se apresentar.

Todos os olhares se voltaram para ele, o acompanhando enquanto se posicionava de frente para a turma.

Ele lançou um olhar frio e tedioso para todos que o encaravam.

- Meu nome é... - uma garota o interrompeu.

- Motoqueiro mais sexy do Universo!!! - ela gritou fazendo algumas garotas gritarem em concordância e alguns meninos as zombarem.

- Deixem ele se apresentar, meninas! - Ana Beatriz vociferou.

- É, essas meninas são tudo assanhadas mesmo, "fêssora"! - Gerrard praguejou.

Sim, descobri o nome da voz masculina  mais chata do fundão.

- Meu nome é Tekin. - ele disse um tanto monótono.

- TEKIN? WTF?! A TURMA FEZ SILÊNCIO PRA ESCUTAR UM NOME ESTRANHO DESSES? - Gerrard gritou em protesto.

- Não nasci para te agradar. - Tekin lançou um olhar frio para Gerrard e voltou para o seu lugar.

- E a sua idade? - Pérola, uma menina um tanto estranha o interrogou.

- Não é do seu interesse. - Tekin respondeu rispidamente dando início a outro alvoroço na turma.

"Depois dessa eu cuspia no chão e saia nadando..." "Turn down for what!" "Ahhh... Se fosse comigo eu não deixava..." - essas foram algumas das idiotices que foram faladas em meio ao alvoroço.

Logo o sinal bateu e eu quase pude escutar um "aleluia" de Ana Beatriz.

- Até amanhã, turma! - ela disse recolhendo o seu material e se retirando da sala.

Alguns minutos depois, uma senhora de pouca altura, pele clara e sardenta, e cabelos ruivos adentrou pela sala.

Tinha olhos castanhos claros, nariz longo, porém fino; e lábios finos cobertos por um batom vermelho bem chamativo.

Usava um vestido florido de alças laranjas.

Aparentava ser uma senhora simpática.

- Olá, pessoal! Me chamo Elaci e a minha matéria é Geografia. - ela disse antes de esboçar um sorriso - Dei aula nessa escola no ano passado e reconheço bastante rostinhos aqui presentes. Então, vamos começar essa aula falando de coisa boa?! 

- Sobre o que? A filmadora mais vendida do Brasil? - Leandro sorriu.  

Ri também desse seu comentário.

Leandro é um brasileiro que veio para o Canadá devido ao emprego de seus pais. Me recordo um pouco dele. Estudou na mesma turma que eu ano passado, e vivia fazendo piadas sobre uma tal filmadora "Tekpix" de seu país. Que segundo ele, era super propagada, porém, era uma bosta.

- Não, Leandro. - Elaci disse contendo o riso - Vamos falar sobre as férias de vocês. E logo depois iremos para a sala de informática pesquisar um pouco sobre o ataque psicótico que está acontecendo em Madrid.

- Poxa, "fêssora"! Vamos falar de coisa boa e depois falar de morte? Assim fica difícil ser feliz, né?! - Gerrard reclamou.

Começamos então a falar sobre as nossas férias, exceto Tekin, que disse que para ele não existe férias.

Mais uma aula se passou e logo um outro professor adentrou na sala.

- Bom dia, meninas! - era um cara da pele meio avermelhada, alto, calvo e encorpado. Aparentava ter uns 41 anos. Carregava uma bola de vôlei debaixo do braço e uma mochila preta em suas costas.

- ATÉ QUE ENFIM UMA AULA BOA!!! - Gerrard gritou - Você é o nosso novo professor de Educação Física? 

- Na verdade, vocês nem teriam educação física esse ano por ser o último de vocês, mas... Decidiram fazer um agrado. Sintam-se lisonjeados! - ele sorriu - Meu nome é Joadir e sim, sou o novo professor de Educação Física, meninas! Agora sem enrolação e bora pra quadra! - ele soprou o apito que estava pendurado em seu pescoço fazendo todos reclamarem de uma futura surdez.

Fomos primeiramente para o vestiário  da escola, vestir roupas adequadas para praticarmos esportes; ficavam guardadas em armários azuis.

Obviamente o vestiário dos meninos era separado do das meninas.

Graças a Deus por isso, porque se não fosse... Pensem só na merda que seria... Não, melhor! Não pensem.

Ao chegarmos na quadra, que era enorme - e muito linda - o professor dividiu a turma em dois times para jogarmos vôlei.

A rede já estava montada, o que faltava agora é darmos início à partida de vôlei.

Marceline, Tekin, Pérola, Júlia e alguns outros alunos eram do mesmo time que o meu. Não sei se eram atletas mas, estava orando para que fossem. Odeio perder.

Finn, Jake, Gerrard e Leandro eram do outro time, juntamente com a outra metade da turma.

- AÇÃO, MENINAS!!! - Joadir disse antes de ensurdecer a gente com aquele apito novamente.

O jogo começou. As meninas do meu time estavam babando em Tekin e dando várias manchetes e saques errados.

Isso realmente me deixou estressado.

Marceline, Tekin, Júlia e eu eram os únicos que estavam jogando de verdade.

- Ouu!!! Se for pra ficarem babando o cara, peguem um balde e sentem-se nas escadas! Pelo menos assim vocês não molham o chão e nem atrapalham o jogo! - vociferei encarando-as.

- Iiii, Gumball... Tá com ciúmes é?! Viadinho! - Pérola disse cínica.

- Respeita ele, piranha! Não é ele que está arreganhado a bunda na frente do Tekin não! - Marcy gritou com ela.

- Aff, Marceline! Você é o que? Namorada dele é?! - Pérola cruzou os braços debochadamente.

- Ô DESGRAMA! VOU TER QUE JOGAR MILHO NESSE GALINHEIRO AÍ É?! QUERO CONTINUAR O JOGO, POHA! - Gerrard gritou do outro lado da rede.

Olhei sério para o professor que ria da situação.

- Já sei! Vamos mudar o Tekin de lado... - o interrompi.

- Está falando sério, professor?! Ele é um dos únicos que está fazendo alguma coisa desse lado no jogo! - disse indignado.

- Relaxa, rosadinho! Você também joga bem. Te darei pontos extras se carregar o seu time nas costas. - ele piscou para mim.

- O QUE EM? EU TAMBÉM VOU GANHAR NÉ?! ESTOU CARREGANDO O MEU TIME NAS COSTAS! - Gerrard reclamou, como sempre.

- Seu rabicó! Todo mundo está jogando sério aqui! - Leandro repreendeu Gerrard.

- Já disse! Ponto extra para o rosadinho se ele carregar o time nas costas e ganhar. - Joadir disse ainda sentado nas escadas com os dedos entrelaçados na nuca.

- Ganhar? O senhor não disse que precisava! Isso é impossível! - reclamei também.

- Nada é impossível, rosadinho. Basta  apenas acreditar. - essa foi a sua última fala antes de começar um assovio melódico.

Voltamos então ao jogo.

Resultado final? Sim, meu time perdeu.

Voltamos então aos vestiários para nos trocarmos.

- Perdeu os pontos extras em, rosinha! - Gerrard começou.

- Pois é... Não se preocupe, depois eu recupero todos eles. - disse vestindo meu suéter rosa por cima da minha camiseta branca.

- Isso foi um desafio ou um deboche, rosado? - Gerrard se aproximou de mim com os braços cruzados.

- É tão burro a ponto de não conseguir discernir uma afirmação? - o encarei desafiadoramente.

Eu já estava mesmo com vontade de descer o punho na cara de alguém depois do estresse que foi o jogo. E Gerrard seria a pessoa ideal.

- Você me chamou de que, viadinho? - Gerrard se aproximou de mim já irritado.

- Vocês não conhecem outro adjetivo pejorativo não? - o lancei um olhar tedioso.

- Conheço sim. Seu homossexual! Gay! Garoto que transa de costas! Baitola! Bixona! Arco-íris humano! - ele praticamente cuspia essas palavras no meu rosto.

- Sorry, mas... Não está me ofendendo. - enxuguei alguns resíduos de sua saliva em meu rosto descaradamente e puxei fortemente a gola de sua camisa fazendo com que ele ficasse a pouco centímetros de mim - Eu sou gay, baby!  

- ARGHHHH!!! - ele se afastou de mim bruscamente - EU SABIA! TEM MÓ JEITÃO! VIADO DE MERDA! CUIDADO EM RAPAZIADA! O GUMBALL É VIADÃO! - Gerrard gritou.

Revirei os olhos.

- E daí? Você tem preconceito? Ele por acaso transmite alguma doença mortífera? - Tekin se aproximou de Gerrard enquanto vestia a sua jaqueta jeans azul escuro por cima de sua regata preta.

- E se transmitir? Eu vou lá saber? - Gerrard sorriu cínico.

- Ele não parece ter nenhuma doença, já você... Inúmeras, começando com a mental! - Tekin retribuiu o sorriso cínico.

Sim, eu estava quieto só observando a treta.

- Por que está defendendo ele? Você é gay também? 

- Faria diferença para você? - Tekin arqueou uma sobrancelha.

- Dúvido que você seja. Só acredito vendo! - Gerrard gargalhou feito um idiota.

- Está bem... - Tekin deu de ombros e em um ato veloz puxou minha nuca para ele colando nossos lábios em um beijo.

- O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Joadir adentrou no vestiário.





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