1. Spirit Fanfics >
  2. Amor à distância >
  3. Let It All Go

História Amor à distância - Let It All Go


Escrita por: may_rapha

Notas do Autor


Hiiii ^^
How are you?

MIL DESCULPAS PELA DEMORAAAAAAAA! MIL DESCULPAS! 😭😭😭😭

Já agradeço por todos os comentários do capítulo anterior. ❤
Amo vocês! 😍

Boa leitura! 😘

Capítulo 47 - Let It All Go


Gumball

- BUBBA GUMBALL!!! - Ana Beatriz chamava a minha atenção. Pude escutar a risada de alguns idiotas.

Ela devia ter dito outras coisas antes como indireta para alunos que dormem em sala de aula mas, eu não me atentei a escutar.

- Tadinho, professora! Ele parece exausto... - Júlia acarinhava meus cabelos.

- Exausto? Nem sabia que o Gumball tinha vida sexual ativa! - Gerrard berrou causando mais risadas na sala.

Não consegui reunir forças para revirar os olhos. Permaneci debruçado sobre a mesa.

Sim, não dormi durante a noite e forcei todos os músculos do meu corpo a correrem o mais rápido possível em torno da praça. 

Isso já se repete diariamente...

- Gumball, isso é suicídio! - a atenção de Júlia ainda se voltava à mim.

Na verdade não... É totalmente o contrário. Seria o escape para que o mesmo não ocorra...

- Gumball, vá lavar o rosto! Talvez a água gelada amenize esse seu sono... - Ana Beatriz instruiu.

Duvido muito...

Socorro! Como irei levantar? 

Talvez, se o Tekin estivesse aqui, ele poderia me carregar até a sua moto e me conduzi até a minha casa, mas...

Não! 

Dane-se ele! 

Eu não preciso dele... 

Nem do Marshall... 

Nem de ninguém!

Me levantei com dificuldades e me direcionei até à porta da sala.

Júlia me observava com pena. Já o resto da turma... Desprezo e zombaria.

Não que eu me importasse com isso... Eles são insignificantes para mim. Todos eles.

- Foi deixar o namorado te trair com a Marceline, se ferrou!!! - Gerrard berrou novamente.

Como não pude reparar a ausência de Marceline?

- Eles não estão namorando! E nada comprova que os dois possam estar juntos! - Júlia rebateu.

- Lá vem a outra iludida pelo Tekin...  

Continuei o meu percurso, dali pra frente surgiria uma discussão entre os dois e Ana Beatriz seria incapaz de lecionar a sua matéria. 

Todo dia é a mesma coisa...

Estou farto disso tudo.


- Gumball? Já é a terceira vez na semana! O que anda fazendo a noite? - Carmen, a coordenadora, me interrogou.

- Insônia. - respondi sem me virar e continuei o meu percurso até o banheiro. 

Se tem uma coisa que eu não devo à ninguém é a satisfação.

- Ai, ai... Desse jeito seu rendimento cairá! - ela aumentou o tom de voz ao me ver se afastar.

Rá! Rá! Rá! Queria mesmo estar me importando com isso...


(Favor começar a escutar a música das notas finais aqui)


Adentrei o banheiro e me posicionei em frente ao espelho. 

Apoiei minhas mãos sobre a pia e as pressionei fortemente ao analisar cada centímetro do meu rosto.

Que ridículo... 

Mesquinho...

Inútil...

Até quem jurou amá-lo eternamente te abandonou...

Seus pais discutem atoa e têm cérebros de minhocas...

Seu irmão mais velho vive ocupado e você não sabe absolutamente nada sobre ele...

Seu melhor amigo mora em outro país...

E sua irmã... Bem,... Ela é muito nova.


E os seus outros amigos, Bubba...? 

Outros? 

Existem outros além de Dakota? 

Júlia e Marceline são fissuradas em Tekin...

Finn e Jake... Han... Eu realmente sei quem são eles?


 Minha cabeça dói...


Parece que a corrida pela manhã não está adiantando em nada...


Gumball, você não acha que está sendo um pouco egoísta...? 

Uma meia dúzia te ama...


Hilário.


Não vale a pena inalar o oxigênio que poderia estar sendo direcionado a alguém melhor...

Alguém que realmente o mereça.


Fechei a porta principal do banheiro.

Ninguém aparecerá aqui na primeira aula...

Girei a manopla da torneira no sentido anti-horário e observei a água cair. 

Fará alguma diferença?

Alguém sentirá a minha falta?

Não... 

Claro que não...


Prossiga!


Peguei alguns pedaços de papel higiênico e os enterrei no fundo da pia, impedindo que a água se esvaísse pelo cano.

Observei a pequena enchente se formar para mim. 

"Mas se somos fortes o suficiente para deixar entrar... 

Somos fortes o suficiente para largar tudo.

Largar tudo. 

Largar tudo. 

Desprenda-se de tudo agora!"


Já havia água suficiente...

Já transbordava.

Mergulhei de cabeça fazendo com que a minha testa encostasse ao fundo da pia.

O volume de todo o universo pareceu ser minimizado a zero.


"Marshall"? - pensei.  


"Não sei por quê, não sei por quê

Precisamos terminar desse jeito.

Não sei por quê terminamos desse jeito...

Começamos errado e acho que você sabe.

Esperei demais, agora eu tenho que ir..."


Minhas pálpebras iam se fechando lentamente...

A água já parecia ter consumido as minhas vias respiratórias.

Oxigênio já me faltava...

Razão já me faltava...

Amor já me faltava...

Será que a vida também já me faltava...?


--------------------------------------------------




Tekin

- Seus pais ficarão super chateados se descobrirem que você matou aula por minha causa... 

- Ahh... Que nada... Eles são bem tranquilos em relação a faltas. - ela sorriu um pouco ruborizada.

- Certo. Assim fico mais sossegado... 

- Sua casa é um pouco diferente do que eu imaginei... É mais... Organizada! - ela observava ao redor sentada em uma cadeira.

- Pensou que eu fosse um malandro viciado em cocaína que não lava nem o copo que bebe água? 

Ela gargalhou timidamente meneando a cabeça.

- Não seja tão exagerado... - sorri de canto.

- Está com fome? - voltei a observá-la.

- Não, mas aceito um pouco de água, por favor. 

Assenti e me direcionei á cozinha.

Quem diria...

Marceline.

A menina mais despojada do colégio estar tão vulnerável perto de mim.

É realmente incrível.

Mas, infelizmente, o que ela quer de mim, não posso oferecê-la.

E já está na hora de mostrá-la o que eu realmente quero.

Retirei uma corda grossa do armário da cozinha.

Cake sorria para mim recostada na pia.

Não retribui o sorriso, apenas aproximei-me de Fionna e lhe entreguei a corda.

Enchi um copo com água e voltei para perto de Marceline.

- Aqui está, senhorita! - ela sorriu e o pegou.

- Obrigada! 

- Não há de quê... - observei Fionna e Cake surgirem por trás de Marceline.

O copo estilhaçou-se pelo chão no momento em que as cordas envolveram os braços e pernas de Marceline.

No mesmo instante sua boca fora tapada por uma fita de forte resistência.

Fionna e Cake trabalhavam em perfeita sincronia.

O olhar de Marceline para mim foi incompreensível. Parecia ser uma mistura de desespero, frustração e ódio.

Não poderia me dar o luxo de esperar receber outra coisa...

Ela me amava. Isso está bem nítido agora.

- Me desculpar será impossível, eu sei disso... Portanto, vamos pular logo para a segunda parte... - estendi minhas mãos para Cake.

Em movimentos rápidos ela capturou o celular de Marceline e o ofereceu a mim.

A dona do aparelho se contorcia indignada e extremamente irada.

- "Brother Lee 2"... Com certeza deve ser esse. - disquei o número e esperei o atendimento.

- Marcy?!!! O Cris te passou o meu número? - sua voz era um tanto histérica.

- Aqui quem fala não é a "Marcy". Se for o Marshall desse lado da linha, peço que colabore com as minhas perguntas caso queira que a sua irmã permaneça viva. - lancei a bomba.

- O-o quê...? - sua voz vacilou.

---------------------------------------------


Marshall

~ Nove horas antes...

                  - Madrid, 9:30hrs da manhã-


HOJE É O GRANDE DIA! 

Hoje é a minha estreia!

Meu primeiro show oficial como cantor...

Primeiro show que serei a atração principal do início ao fim.

Quantas pessoas virão?

Quantos ingressos foram vendidos?

Como foram feitos os anúncios? 

Estou tão nervoso...

Terei como primeiro público os madrilenos.

Irônico, não? 

Bubba, meu amor, você podia estar morando aqui agora...

Quem sabe eu não o conquistaria de uma outra maneira...?

Será que Dakota virá?


Ainda faltam dez horas antes do show, eu sei... Mas, o frio na barriga já é inevitável.

- Lee? Venha! Vamos almoçar! O dia será corrido hoje! - Jeffrey exclamou do lado externo da porta.

- Já estou indo! - amarrei os cadarços do meu tênis rapidamente e fui de encontro a Jeffrey.

Lumpy estava ao seu lado fuçando um iPhone 7. 

Ela é tipo o que agora? Meu bichinho de estimação?

- Daddy, que tal camarão ao molho branco?  - ela perguntou ainda sem desviar o olhar do iPhone.

- É uma ótima pedida, querida! Frutos do mar são especialidades da culinária espanhola! - Jeffrey sinalizou para o garçom do hotel.

Lumpy escolheu aleatoriamente uma mesa e se sentou sobre uma cadeira.

Sentei-me distante da mesma. Digamos que na cadeira ao lado da que ficava à sua frente.

- E para você, Lee? O mesmo? - Jeffrey me observou juntamente do garçom.

- Ahn... Sim, por favor. 

Jeffrey pediu as bebidas - suco - e o garçom se retirou assentindo.

- Droga! Não conheço nenhuma celebridade espanhola... - Lumpy reclamava ainda vidrada em seu iPhone.

- Quer conhecer o melhor clube madrileno, filha? - Jeffrey abriu um largo sorriso sentando-se ao meu lado, de frente para Lumpy.

- Clube? Qual? - ela finalmente o observou curiosa.

- Real Madrid. - seu sorriso foi sarcástico.

- Ahhhh pai!!! Eu detesto futebol! - sua atenção retornou ao iPhone após revirar os olhos.

Retribui o sorriso que Jeffrey me direcionou.

- Me avisaram que os dez mil ingressos foram esgotados! 

- Óbvio! Dez mil é muito pouco! - Lumpy reclamou novamente.

Esgotaram? Dez mil pessoas querem me assistir cantando?

UAU! ISTO É INCRIVELMENTE INACREDITÁVEL!

- Pra um começo, está excelente! - meu sorriso era de orelha a orelha.

- Sim, claro. Mas não podemos pensar pequeno, meu rapaz... Esse número tem que aumentar cada vez mais! Não se contente com pouco. - Jeffrey desbloqueou seu celular de marca estrangeira. 

- Certamente... - disse fitando um vidro de pimenta posto sobre a mesa ainda com um sorriso nos lábios.


--------------------------------------------

~ Meia hora antes do show.

18:20hrs

Será que todos os cantores morrem antes de começar um show, como eu?

Não se esqueça de nenhuma letra, cérebro, por favor! São músicas produzidas por você...

Caramba...

Se eu continuar nervoso assim, logo, logo terei um ataque cardíaco...

Controle-se, Marshall! 

Pense em...

Gumball

Isso mesmo! Pense naqueles olhos violetas pincelados com tonalidades rosas...

Naqueles lábios macios...

Naquele labirinto sem saída que ele apelidou de "corpo"...


Só não lembre que você já está a três meses sem desfrutar de tudo isso.


Deixei que meu corpo desabasse no sofá do camarim.

Droga...

Não, Marshall... 

Você está muito feliz para se entristecer assim do nada...


Fui retirado dos meus pensamentos com o vibrar do meu celular.

Mar...celine? MARCELINE? 

Atendi imediatamente.

- Marcy?!!! O Cris te passou o meu número? - perguntei histérico.

Será que ela está aqui? 

Não, provavelmente só me ligou para desejar boa sorte. Ela estuda.

- Aqui quem fala não é a "Marcy". Se for o Marshall desse lado da linha, peço que colabore com as minhas perguntas caso queira que a sua irmã permaneça viva. - uma voz masculina desconhecida para mim respondeu.

Um calafrio tomou conta de mim. 

Marcy está em... Perigo?

Pânico.

- O-o quê...? - minha voz ridiculamente vacilou.

- Sua irmã é importante para você?

- QUE DIABOS DE PERGUNTA É ESSA? ÓBVIO QUE A MINHA IRMÃ É IMPORTANTE PARA MIM! - me levantei já irado.

- Ótimo! Vamos colocar isso a prova, então... Só pra confirmar... Sabe o Gumball? 

Meu coração hesitou uma batida.

- O q-que tem ele? - gaguejei e pressionei meus dedos sobre as minhas pálpebras já temendo o pior.

- Digamos que eu esteja muito interessado nele - problema é seu, ele já tem dono! - e ele ainda, meio que, se sente preso a um amor que não existe há três meses... Entende aonde quero chegar?

- De maneira alguma. - disse já impaciente.

- Certo... - pelo seu tom de voz, deduzi estar rindo sarcasticamente nesse momento - Vou esclarecer as coisas então... Deixar bem nítido! - ele frisou essa palavra - Ou você termina o seu namoro com ele ou você dá adeus à sua irmãzinha​!

Tiro.

Bem no meio do meu coração.

Essa foi a sensação.

Não havia uma proposta mais ridícula?

Só pode ser pesadelo...

Chega! Já quero acordar...


- Dez minutos, pessoal! - Jeffrey gritou do lado externo do camarim.

Isso não pode estar acontecendo...

E justamente hoje...

Que precipício.

Que loop sem fim...

E quando você acha que as coisas estão dando certo... A vida vai lá e derruba a torre de Babel em sua cabeça.

- Dou-lhe uma... Dou-lhe duas... 

Você só pode estar se divertindo...

Eu descobrirei quem tu és...

E já adianto que quando encontrá-lo, o estraçalharei sem nenhuma piedade!

- Dou-lhe três...

- Solte-a! Terminarei com Gumball. 

Foi doloroso dizer isso...? 

Apenas não sinto mais as batidas do meu coração.

- Ótima decisão... Ahh!!! Enquanto você pensava em optar por uma escolha, fui notificado de algo aqui... Sei que não é mais do seu interesse e tals... Mas, me parece que o Gumball tentou suicídio. Portanto, nossa conversa termina por aqui, cuidarei do meu futuro namorado. Tenha uma boa noite! - a ligação foi encerrada.

Pude sentir o celular deslizar de minhas mãos lentamente.

Gumball tentou... Suicídio?

- Faltam dois minutos! Lee! Vamos! - Jeffrey adentrou o camarim.

Dois minutos...

Dois... Minutos?

Minha cabeça girava...

Meu estômago começara a embrulhar.

As pessoas entravam e saíam do camarim em câmera lenta...

Senti meu corpo ser empurrado para o palco.

Avistei a multidão mas não escutei o seu barulho.

Meus joelhos estavam se... 

Dobrando?

É impressão minha ou a multidão está cada vez mais próxima de mim?

Espera...

Eu acho que estou...


- LEE????? SOCORRO! TRAGAM UMA MACA! O IMPACTO FOI FORTE! 

- RÁPIDO! HÁ SANGUE NO PALCO! 




Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...