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História Amor a primeira vista - Aquele com o encontro no parque


Escrita por: Lonellyyplanet

Capítulo 1 - Aquele com o encontro no parque


Fanfic / Fanfiction Amor a primeira vista - Aquele com o encontro no parque

T a i n á   F o g a r

Eu esperei por esse dia a séculos e hoje finalmente ele chegou, o dia do show do BTS aqui no Brasil. Estive juntando dinheiro junto a minha melhor amiga Cathe para podermos viver esse momento mágico juntas desde que foi anunciado um futuro show, e aqui estamos.

Alguns dizem que é um desperdício tudo isso, que poderíamos usar o dinheiro em algo nobre, e realmente poderíamos, mas a tentação é muita, é a realização de nossos sonhos que duraria por algumas horas e depois partiria de volta para a Coreia do Sul.

Durante o show, ficamos bem em frente ao palco pulando e cantando loucamente com o calor do momento, era impossível ficar parada com toda aquela energia que se saia de todos ali presentes, uma alegria sem limites.

Eu realmente senti como se pudesse tocar neles, estavam tão perto, meu coração explodia toda vez que eles passavam na minha frente, especialmente Yoongi.

Min Yoongi, ou SUGA para os iniciantes, ele é simplesmente o homem mais perfeito que existe nesse mundo, até seus defeitos são adoráveis, se é que você me entende. Ele é meu UTT (ultimate bias), meu nenê, homem, "princeso", ser intocável.

Eu sempre coloco níveis para admirar pessoas famosas ou com talentos incríveis que eu respeito muito, mas Yoongi estava acima de todos para mim, ele estava no topo do meu pedestal como um deus intocável.

Não sou como as outras garotas que acham mesmo que seria possível terem algo com qualquer um deles assim do nada, que vão casar e ter três filhos e um cachorro. Eu mal imaginei que conseguiria ver eles pessoalmente o que dirá casar. As únicas que chegam próximas de poderem fazer isso são as fãs coreanas que vivem no mesmo país ou na mesma cidade que eles e se duvidar até na mesma rua, elas sim são sortudas.

Desculpa em te deixar na "bad", mas sou bem realista com essas coisas, sempre gosto de colocar os fatos em mãos e ver como estou. No caso tenho 3 cartas que mostram bem os principais motivos para eu não me iludir achando que vou casar com um deles, então vamos por as cartas na mesa:

1° Eu moro no Brasil e eles na Coreia do Sul.

2° Eles são cantores sul coreanos famosos e amados, e eu uma estudante de design moda.

3° Eles são alguém no mundo e eu ninguém.

Aqui estão os principais motivos para não me iludir e colocar o SUGA no topo do pedestal.

Se bem que... não Tainá, não, ele é alguém no mundo com um talento amado enquanto você é um ninguém bem inexistente que faz parte daquele 90% da população que nasceu para viver sua vidinha na moita sem se mostrar ao mundo.

Quando cheguei em casa fiz questão de contar cada detalhe para minha mãe e meu irmão que fingiram muito bem se importar, mas pareciam felizes pela minha felicidade.

Fui dormir feliz e acabei me lembrando do que acontece durante o "High Touch" após o show que as pessoas que compraram o ingresso VIP tinha direito.

Eu estava bem na frente deles, apertei a mão de cada um deles e disse a eles com meu "coreano atrapalhado" tudo que queria um dia dizer a eles, e aí aconteceu, só de me lembrar eu fico toda vermelha, ele me abraçou. Min Yoongi, depois de tudo o que disse ele me abraçou e agradeceu, saí de lá nadando em lágrimas.

Mas mesmo lembrando de tudo isso, me sentia um pouco triste de saber que essa foi a primeira e a última vez que isso virá a acontecer, me senti tão segura naquela fração de segundos em seus braços, e aqueles olhos... aqueles olhos são minha perdição.

(...)

Estava dormindo coberta completamente por causa do frio que estava fazendo na noite passada, mas pude sentir meu corpo esquentar a medida que o tempo ia passando ali embaixo. Quando sai de meu "casulo" senti o sol bater diretamente sobre meu rosto e aquecer o mesmo, a melhor sensação do dia era essa, amo o calor do sol.

Olhei meu celular que estava sob minha escrivaninha e ele marcava exatas 9h da manhã, um pouco mais cedo do que costumo acordar em uma segunda.

A faculdade só abria ao meio dia e fechava a 13h da tarde, então estava com tempo de sobra para fazer algo. Eu gostaria de poder voltar a dormir, mas eu não conseguiria, é um defeito incorrigível meu não conseguir pegar no sono novamente depois de ver o sol.

Peguei uma muda de roupa que achei melhor servir para aquele tempo quentinho porém fresco e fui ao banheiro fazer minha higiene do dia a dia.

Assim que sai do banheiro pude ouvir um tumulto vindo do outro cômodo, então presumi que havia mais lunáticos acordados. Separei minha bolsa com meus matérias e deixei em cima da cama, está na hora de seguir até a cozinha e ver o que temos para matar a fome.

Assim que sai pela porta de meu quarto dei de cara com outro ser atravessando a casa, no caso o idiota e inconveniente do meu irmão.

— Você acordada a essa hora? Caiu da cama foi? — Thiago, meu irmão, perguntou me irritando como de costume.

— Não te devo satisfações da minha vida! — disse seguindo até a cozinha onde a mesa do café já estava pronta.

— Nossa! É assim? Tá bom, não te compro mais bala! — ele respondeu virando de costas para mim.

— Amigo!! Você sabe que eu te-a-mo né? — disse toda amorosa pra ele.

— Eu sei, todos me amam porque eu sou irresistível! — ele respondeu se achando a última bolacha do pacote vindo até a cozinha.

— Aham sei! Mas sobre o fato de acordar cedo é que eu sonhei com você!

— Sou tão belo que faço as pessoas perderem o sono pensando em mim!

— Na verdade você é tão feio que eu acordei assustada!

— Ai, vocês dois não se cansam de irritar um ao outro? — minha mãe perguntou saindo de ser quarto.

— Não! — respondemos juntos dando de ombros.

Minha mãe estava apressada se arrumando para ir ao salão, sempre gostava de ser a primeira a chegar e a arrumar tudo, afinal a dona era ela mesma. O sonho dela sempre foi abri um salão de cabeleireiro comigo, mas nossos sonhos não se batiam, eu ajudei o máximo que pude, mas nem de longe quis trabalhar com isso.

Aproveitando que ela estava de saída eu e meu irmão pegamos uma carona clandestina, quando ela viu já estávamos no banco de trás do carro e ela não poderia dizer não.

Eu nem sabia para onde ir, acabei ficando com ela um pouco no salão, mas não estava suportando o tédio e decidi ir caminhar pela cidade até a hora que a faculdade abrisse. Acabei no parque do Ibirapuera e por sorte eu estava carregando comigo minha câmera Polaroid favorita, não existe coisa melhor.

Eu tinha algumas horas para ficar por ali até a mãe da Manu passar para me buscar junto as outras meninas para irmos todas a faculdade.

Caminhei até a praça perto do lago para tirar algumas fotos e ficar ali fazendo nada que era o que eu mais gostava de fazer nesse lugar, é tão cheio de paz, não é atoa que o nome dela é "Praça da paz".

A praça da paz era um dos lugares mais lindos do parque, na minha opinião, e onde eu mais tirava minhas fotos de paisagem para as aulas de fotografia que eu faço junto com a Cathe.

Depois de tirar muitas fotos até o filme da minha Polaroid acabar, resolvi ir para entrada afinal já eram quase 12h e a mãe da Manu vai passar ali no portão para me buscar daqui a pouco. 

No caminho aconteceu aquilo que eu mais temia, eu dei uma de "Tainá" e achei boa ideia andar enquanto olhava as fotos sem ver o que ou quem estava na minha frente. No final, se eu tivesse que ter caído dentro do lago teria caído porque eu não estava vendo nada, mas por sorte só esbarrei em alguém... sorte nada né, porque sinceramente preferia ter caído dentro do lago e me afogado.

— Perdão! — me desculpei com a pessoa que esbarrei e quando olhei pra cima para ver o rosto da mesma, vi que se tratava da última pessoa que eu achei que encontraria na vida, muito menos aqui.

Nossos olhares se cruzaram e nos encaramos por um longo segundo, um segundo que eu gostaria que não tivesse fim. Aqueles olhos negros pareciam ter um universo próprio dentro, quem me visse aquela hora provavelmente riria da minha cara de tonta.

— Digo... mianhamnida!

— Tudo bem! Pode me chamar de louco, mas eu tenha certeza que já te vi antes! — ele disse me analisando como se tentasse se lembrar.

— Acho bem difícil!

— ... Ei! Você é aquela garota de ontem não é?

— Você se lembra de mim? Meu kimchi apimentado, que memória boa!

— É difícil esquecer daquelas palavras, mas enfim o meu nome eu sei que você sabe então... poderia me dizer o seu?

— Ah sim, perdão! Me chamo Tainá Fogar, prazer em conhece-lo! — respondi me curvando como cumprimento.

— Que educação... não vou mentir, gosto de ser tratado com respeito!

— Não era de se esperar menos do senhor Min Yoongi, o segundo mais velho!

— É... é a vida! Mas e ai, o que faz por aqui? Não deveria estar na escola?

— E você não deveria estar num asilo vovô?

— Ham, ta legal! Então quer dizer que não é tão nova quando parece?

— Tenta adivinhar minha idade!

— Deixa eu pensar... dezessete?

— Ai, errou feio! Eu tenho vinte e três anos! Já estou terminando a faculdade!

— Depois dizem que eu quem não pareço ter minha idade, olha essa criança! Vinte três anos com cara de dezessete!

— Minha aparência nunca fez justiça a minha idade!

Sim, eu estava diante de Min Yoongi e eu não faço a menor ideia de como isso foi acontecer. Ver aquele sorriso doce e alegre que eu era apaixonada mais perto do que nunca e saber que fui eu quem o fez aparecer é uma sensação de vitória.

Só não vou me beliscar e dar uma de louca aqui porque não quero passar micão, mas quero deixar registrado que vou pedir para Manoela me dar um baita de um beliscão para conferir se morri, se estou sonhando, ou se hoje é o melhor dia que eu já vivi.

— Deixando bem claro que foi a sua altura que me fez errar sua idade! — ele disse me tirando do meu devaneio.

— Como se você fosse alto né? Eu tenho 1,58cm com muito orgulho!

— ... Você é a mais velha das suas amigas, porém a mais baixinha né?

— Por acaso você é algum tipo de espião?

— Só deduzi... e também vi a foto na sua bolsa! — ele disse apontando para a foto que eu coloquei de enfeite em minha bolsa — Você parece ser a mais baixinha!

— E como sabe que eu sou a mais velha?

— Pra se gabar tanto da idade tem que ser a mais velha!

— Ei! Eu não me gabo... Só gosto de ser a mais velha!

— Você me lembra o Jimin quando alguém irrita ele! — gente, ser comparada com o Jimin séria meu sonho?

— Por quê?

— Baixinha e invocada! — ele terminou rindo, tinha que estragar o que estava perfeito.

— Obrigada pela parte que me toca!

— Por nada!

Começamos a rir juntos da situação e de repente um silêncio invadiu fazendo nos encarar um ao outro, ambos com um sorriso bobo no rosto.

De repente ouvindo um grito e quando nos viramos para ver quem era se tratava de Park Jimin que vinha caminhando até nós junto aos outros meninos. Meu coração estava batendo mais forte do que o normal, mas eu sei me controlar.

— Hyung! Quem é essa? — Jimin pergunta para Yoongi baixo.

— Essa é Tainá ela... — Yoongi estava prestes a responder quando JungKook o interrompe com um grito.

— NÃO FALA!! — JungKook gritou nos fazendo ficar em silencio, o mesmo me observava atentamente — Ela é a garota que você abraçou ontem que te fez ficar sem dormir porque não parava de pensar nela!!

— JUNGKOOK!! Não fale besteiras, ela entende o que a gente fala! — Yoongi disse a última parte em tom mais baixo na esperança que eu não ouvisse.

— Vai me dizer que não é ela? — JungKook perguntou provavelmente querendo constranger Yoongi.

— Sim, lógico que é ela! Mas tinha que dizer o resto em voz alta? — Yoongi falava tão baixo que quase não ouvi.

— Desculpe! Mas enfim... — JungKook me abraçou de lado e fez como se estivesse dizendo algo em meu ouvido — Finge que eu to te contando algo de muito sério e fica surpresa olhando pro hyung!

— ... Jinja?? — fiz como ele pediu e olhei para Yoongi com expressão de surpresa.

— ... O que você disse para ela sua praga— Yoongi perguntou ficando irritado.

— Só o que você disse ontem a noite no dormitório! — dito isso JungKook sai correndo e Yoongi vai atrás dele.

É muito estranho ver eles assim, agindo como pessoas normais que conheço, mas o mais estranho mesmo é como eles são parecidos com meus amigos.

— Bom, enquanto os dois se matam, vamos ter a honra de conhecer essa garota tão inspiradora com suas palavras! — Jin disse indo me abraçar, meu peito estava repleto de amor por esse menino.

— Na tela do meu celular vocês parecem ser menores sabiam? — disse rindo da própria piada horrível, mas ele acabaram rindo também, Jun muito mais que os outros.

Conversei um pouco com eles até que os dois brigões voltaram da corrida cansados, e Jungkook com sua bunda doendo pela chute que Yoongi acertou na mesma. Eu ainda não consigo acreditar que aquilo estava acontecendo, se for um sonho por favor não me acordem, quero ficar nele pro resto da vida.

— Então, Yoongi hyung, tirou suas fotos? — Namjoon perguntou apontando a câmera que Yoongi carregava pendurada no pescoço.

— Claro! — ele respondeu e então me olhou de forma estranha — Só falta mais uma para recordação! — o mesmo tomou distancia e tirou uma foto minha com sua câmera.

— Se é assim! — fiz o mesmo e depois caímos na gargalhada como dois idiotas.

— Hm... — Taehyung parecia pensativo olhando para mim e nem percebeu que eu estava olhando para ele com cara de indiferente.

— Que foi Taehyung?

— Quantos anos você mede? Digo, quantos anos você tem? — ele perguntou atrapalhado passando a mãos sobre os cabelos e rindo sem graça.

— Vinte e três anos!

— Vinte e três? Pensei que tivesse dezessete! — Jimin ficou surpreso.

— Yoongi disse a mesma coisa! Gente eu sou baixinha, mas também não é a minha altura que me define! JungKook e mais novo que o Yoongi, mas é bem mais alto!

— É, nosso pequeno grande JungKook! — Hoseok disse bagunçando os cabelos do mais novo que fez cara de irritado com o ato.

— Maaaaano! Eu acabei que arrumar essa merda de cabelo depois de correr 50km do Yoongi hyung ai vem o Hoseokão e bagunça tudo! — JungKook resmungou arrumando o cabelo todo nervosinho.

— Me chama de Hoseokão de novo pra você ver onde vão parar seus dentes de coelho! — Hoseok disse alterado com olhar desafiador para Jungkook.

— Ho-seo-kão! - JungKook disse provocando.

— A é? Agora que você morre! — Hoseok disse começando uma perseguição atrás de Jungkook que corria novamente.

— Acho melhor vocês irem pega-los antes que a treta fique maligna!

— Melhor mesmo! — Namjoon disse indo junto aos outros pega-los me deixando a sós com Yoongi.

— Então... —Yoongi estava tão sem assunto quanto eu.

— É... eu preciso ir sabe... faculdade! — disse ajeitando minha mochila nas costas.

— A sim! Foi um prazer te ver de novo!

— O prazer foi todo meu!

Ele se aproximou de repente e me puxou para um abraço, apertado e quente, o melhor abraço que já tinha recebido nessa vida, parecia fazer todos os problemas do mundo desaparecer.

— Espero que um dia possamos nos ver novamente! — ele desfez o abraço e me deu um beijo na testa, pude sentir meu rosto queimar de vergonha e eu comecei a me abanar antes que eu surtadas ali mesmo.

— Digo o mesmo! Só o futuro pode dizer! — disse dando passos pra trás sem tirar os olhos dele e então acenei.

— Que o futuro seja gentil conosco então! — ele disse acenando também.

Sai de lá sorrindo olhando a cada três segundo para trás para ter uma visão de Yoongi uma última vez, mas ao ver o horário no meu celular comecei a correr em disparada para o portão. Duas ligações não atendidas da Manu, eu com certeza ia morrer.

Foi só eu entrar no carro da mãe da Manu que a dona começou o interrogatório, e eu nem tinha argumentos contra qualquer sermão, tirando o fato que trombei com BTS na praça da paz e fique batendo papo com eles.

— Posso saber que milagre acontece pra você não atender nenhuma das minhas ligações? — Manoela perguntou parecendo estar brava, mas só se fazia, era aniversário dela, não tinha como estar brava.

— Antes de qualquer coisa: me belisca! — disse estendendo o braço até o banco da frente onde ela estava.

— ... Tá! — Manu me beliscou com muito prazer.

— AI!! Ca...ramba Manoela! Eu disse pra me belisca, não arrancar uma parte de mim! — quase disse um palavrão por culpa dessa quenga.

— Segurou bem! — Catherine que estava do meu lado disse baixo para mim enquanto ria.

— Enfim Manu, eu sei que você não vai acreditar e vai querer me matar, mas mesmo assim vou contar!

— Epa, epa, epa... ela matou o Floquinilson! — Catherine disse zoando insinuando que eu matei o gato de Manoela.

— Quieta aí! Eu quero ouvir a história dela! — Manoela disse para Catherine dando um tapa nela.

— Mas antes de qualquer coisa... — abri minha mochila e tirei de lá o presente de Manu — Te amo! Feliz aniversário!

— Ah, não precisava meu amor! — Manoela disse pegando o presente.

— Conta logo a historia Tainá! — Jamilly disse me balançando já irritada.

— Aí ai! Tá bom! — me ajeitei em meu lugar e limpei a garganta — Tudo começou quando a tonta aqui estava caminhando sem ver por onde andava!

(...)



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