História Amor a primeira vista I Temporada - Liberdade

               POV'S JESSICA ON

"De hoje não passa!" Já faz quase dois meses que eu estou dizendo isso e nunca cumpro, mas hoje é diferente, sinto uma enorme vontade de gritar LIBERDADE! Como esta a minha relação com o Pedro? Nunca mais nos beijamos! Parece que foi jogado um balde de água com gelo naquele sentimento ardente que sentíamos, eu continuo sentindo uns arrepios quando ele chega perto de mim mas ele não tem a mesma iniciativa de antes, claro que amadurecemos, estamos mais prudentes e menos afoitos só que por mais incrível que pareça eu sinto saudade daquele tempo. O tempo em que o Pedro me agarrava na cozinha mesmo a casa estando cheia, quando fazíamos amor no carro dos amigos, os beijos roubados, as mãos bobas embaixo da mesa na hora do almoço. Fui tirada dos meus pensamentos por batidas na porta do meu quarto:

Paulo: Posso entrar gata? - Chegou a hora!

Eu: Pode Paulo! Tudo bem? - Ele me deu um beijo no rosto, muito estranho, ele sempre me dá um selinho. - Aconteceu algo?

Paulo: Por que?

Eu: Tu esta com uma cara estranha!

Nós dois: Preciso te falar uma coisa! - Demos risada um do outro.

Paulo: Tudo bem, você primeiro.

Eu: Capaz Paulo, pode falar!

Paulo: Entao, vou tentar ser breve, isso que eu vou fazer é muito dificil Jessica, pode ter certeza disso. - O que sera que aconteceu pra ele me dizer isso?

Eu: Paulo, eu estou ficando preocupada, por favor, sem pausas!

Paulo: OK! Olha, eu sei que errei com voce, errei muito. Ao invés de ser o homem ideal pra você acabei me tornando um monstro ao ponto de te ferir. Eu te amo Jessica, e eu nunca senti isso por ninguém, você coloriu a minha vida. Ao teu lado eu descobri a minha essência, descobri um amor sem medidas, sem limites. Eu tinha a missão de te fazer esquecer coisas que te machucaram no passado, até que eu estava conseguindo mas acabei estragando tudo com o meu ciume, minha possessão e mesmo te amando tanto não posso te condenar a estar comigo. Você nao me amou, não me ama e infelizmente nunca vai me amar e é por isso que te deixou livre pra você viver e ser feliz! - Nesse ponto eu já não segurava as lágrimas, o Paulo tocou no profundo do meu coração.

Eu: Paulo, e-eu de verdade sinto muito. E-eu q-queria ter te a-amado como tu merecia. - Ele pôs o dedo nos meus labios sileciando-os.

Paulo: Você não precisa me dizer nada Jessica, o culpa foi minha. Você disse que ainda estava machucada e eu insisti. Agora, vai ser feliz, que eu tambem vou ser minha linda. - Dos seus olhos saíam lagrimas e eu as enxuguei com meus polegares e ele me abraçou.

Eu: Paulo, te desejo todas as bênçãos de Deus pra tua vida. Muito sucesso e amor e que tu encontre uma mulher que te dê todo amor que tu merece.

Paulo: E você mocinha, não fuja mais do amor que sente pelo Lanza. - Eu arregalei meus olhos.

Eu: Como assim? Que amor? - Tentei desconversar e o Paulo riu, acho que nao obtive sucesso. 

Paulo: Em breve Jessica, em breve. Agora preciso ir, vamos fazer uma turnê pela America Latina e tenho que terminar de organizar as malas. Eu Te Amo e se cuida. - Ele me deu um último abraço. 

Eu: Tu também Paulo. Vão com Deus e por favor, mantenha contato! 

Paulo: Claro que sim. - Ele sorriu. - Adeus Gata! 

Eu: Adeus Paulo! - E ele foi embora. Corri pra piscina mas começou a chover.

Eu: Quer saber?! Chuva aí vou eu! - Dei um salto na piscina com roupa e tudo. - LIVRE! EU SOU LIVRE! LIIIIIVREEEE! OBRIGADO DEUS! - Comecei a chorar mas chorar de alegria, eu realmente me sentia livre, me sentia leve. Comecei a ouvir a voz que é como uma canção pra mim, ele me chamava e eu fechei os meus olhos em meio aquela chuva. 

Pedro: JEESSIICA! PRINCESA? JESSICAA! 

Eu: Estou aqui amor! - Eu chamei ele de amor?! Que loucura é essa? 

Pedro: Você é maluca? Sai dai princesa, você vai ficar doente. - Agora que eu abri os olhos e pude perceber o quanto amo esse homem, que mesmo depois de 6 anos ele ainda causa o mesmo efeito em mim, me sinto nas nuvens quando ele me olha nos olhos e me chama de princesa. Saí daquela piscina e corri pros seus braços, ele estava embaixo da área. Ele me abraçou com a mesma intensidade, suas mãos acariciavam minha cintura e sua boca estava no meu pescoço, deslizei minhas unhas pela sua nuca e mordia o lóbulo da orelha dele, naquele momento poderia o mundo acabar, eu poderia ter um ataque fulminante ou entrar em coma, que eu partiria feliz. Morrer em seus braços seria uma alegria pra mim, eu o amo e não preciso de mais nada pra ser feliz. Ele se afastou e me olhou profundamente. - O que houve meu amor? 

Eu: Eu sou livre Pê! Eu sou livre! - O abracei e comecei a chorar como uma criança que acaba de receber o presente dos sonhos. 

Pedro: Hey, hey! Não chora princesa, olha pra mim. - Eu olhei nos seus olhos e ele acariciou minhas bochechas. - Você está feliz? 

Eu: E-eu sou a pessoa mais feliz desse mundo Pê! - Me afastei dele e peguei em sua mão. - Vem comigo! 

Pedro: Jessica não! Olha essa chuva! 

Eu: FODA-SE! VEM! - Corremos em direção à piscina. Nós pareciamos duas crianças, a chuva caía sobre nós e uma alegria nos contagiava. De repente, em um rapido movimento o Pedro me abraçou por trás e eu sentia seus labios quentes e molhados na minha nuca e as suas maos na minha barriga me fazendo sorrir. Eu queria beijá-lo mas nesse momento ouvimos vozes me chamando.