História Amor a primeira vista - Você sumiu

P.O.V DAVID 

Não era certo, eu sei que não, ela tinha dezoito anos e eu trinta, mas a menina mexeu comigo, ele me deixava desnorteado, sem controle sobre mim mesmo, aquele olhar negro, misterioso e ingênuo que me deixava perdido, aquela boca rosada que me levava ao delírio só de olhar, tudo nela era perfeito, o jeito de falar, de agir, ele era incrível, e eu não podia e não conseguia deixar ela escapar, aquele beijo foi um dos melhores beijos que eu já provei na minha vida, minha mente, meu corpo e meu coração implorava por mais e mais, eu precisava ter ela pra mim.

Você é incrível! – sussurrei em seu ouvido e a abracei forte

Você também... – ela sorriu fraco e me abraçou também. Ela realmente era incrível, um rosto angelical, um corpo maravilhoso de enlouquecer qualquer marmanjo, eu não sei oque essa menina tem, só sei que ela me levou a loucura, a afastei um pouco do meu corpo a encarando, segurei seu rosto com as pontas dos dedos e acarenciei sua bochecha com o polegar, fiquei fixado em seus olhos até que a beijei novamente, seus lábios tocando nos meus e sua  língua brincando com a minha me deixando com mais vontade ainda de ter ela pra mim, de ter aquele corpo no meu...

Eu sabia que tava rolando algo entre vocês. – Dudu surgiu do nada nos atrapalhando, se existe ser humano mais inconveniente que o Dudu nesse mundo eu desconheço, puta que pariu 

O que é que você quer em? – falei sério 

Será que dá pra gente conversar ali? – ele apontou o canto da varanda 

Ue, é alguma coisa séria? – perguntei confuso e ele assentiu com a cabeça– Só um instante, princesa.– dei mais um beijo nela e fui falar com o Dudu.– Fala aí. 

A Bruna tá aí cara.– ele falou nervoso 

O que? – falei quase num grito – O que ela quer?

Eu não sei mano, ela disse que quer falar com você. 

Eu não tenho nada pra falar com essa mulher Dudu. – falei entre os dentes

Vai parceiro, vê oque ela quer, ela tá lá fora, não quis entrar.

Eu vou levar ela embora e vai ser agora.– disse raivoso, fui até Carol da um último beijo – Eu tenho que ir embora. 

Já? Aconteceu alguma coisa? – ela tava bastante confusa 

Nada demais, só um probleminha que eu tenho que resolver, depois eu te ligo tá bom? Tchau. – dei um último beijo nela e sai antes que ela falasse qualquer coisa, fui de encontro com Bruna que tava na entrada da casa encostada no meu carro – O que você quer Bruna? –disse seco 

A gente precisa conversar meu amor, nós fomos muito precipitados, a gente se ama David, não podemos nos deixar por uma coisa atoa. 

Vamos conversar sobre isso em outro lugar – destravei o carro – Entra – ela não questionou e fez o que eu mandei, levei Bruna na minha casa pra conversarmos lá. 

David, eu te amo, por favor, não me deixa, eu não quero voltar pro  Brasil, quero ficar aqui com você! – é isso mesmo? A vadia só queria ficar comigo pra ficar na minha casa?

Bruna – falei tentando ser paciente – Não dá mais, já deu pra nós dois. 

Eu não quero ir embora e não vou, você não pode fazer isso comigo.. – em questão de segundos ela grudou o rosto no meu me abraçando e precionando seu corpo no meu – Eu sei que você me ama, sei que você me deseja... 

Realmente, ela não estava errada, eu a desejava, não a amava,  mas a desejava, assim como desejava qualquer mulher, qualquer gostosa que se oferecesse pra mim, não a amava, a única mulher que eu tinha amado de verdade em toda a minha vida foi a Sara, ela foi a primeira mulher que eu mais tinha amado na vida, mas também foi minha maior decepção, me trocou por um babaca português, e era assim, eu vivia correndo de qualquer relação, de qualquer coisa que envolvesse amor, eu até tentei entrar num negócio sério com a Bruna, mas não deu, não conseguia ter nada com ela além de sexo, a Sara tinha sido única na minha vida. 

Bruna, por favor, não força. – a empurrei, ela me olhou incrédula 

Quê que deu em você? – ela tava com os olhos arregalados 

Bruna, eu tô confuso, eu não quero magoar você, mas você não ajuda. – passei as mãos nos cabelos impaciente – Vai embora, a gente não tem mais nada pra conversar. – fui grosso e ela não pensou duas vezes, pegou a bolsa e saiu, a Bruna era complicada, não aceitava um não, mas o meu ela iria aceitar mesmo não querendo.. 

P.O.V CAROL

1 semana depois 

Uma semana se passou e ele não deu nenhum sinal de vida, nenhuma ligação, nenhuma mensagem, carta, sinal de fumaça, nada. Já havia se passado uma semana desde aquela festa, Luna me disse que ele saiu com a namorada que ele havia me dito que era ex, talvez eles tivessem reatado, mas mesmo assim eu havia ficado todos esses dias com esperança, esperança de receber uma ligação ou uma mensagem dele dizendo que também pensava em mim assim como eu pensava nele, eu tava me sentindo uma idiota, uma completa idiota por achar que poderia haver alguma coisa entre nós... Estava com os olhos grudados no celular que estava em minha mão, e pensando em mil coisas. 

Esperando ligação do David? – Luna surgiu não sei de onde 

O que? Claro que não. – falei um pouco abafado 

Então por que tá com o celular grudado na mão? – ela perguntou debochada 

O celular é meu, é crime agora? – falei um pouco grossa e ela revirou os olhos – Luna, a gente só ficou uma vez, eu nem penso mais nisso...

Ata! Me engana que eu gosto. – ela saiu indo em direção a cozinha, sim, ela tinha razão, eu realmente estava esperando uma ligação dele, mesmo tendo na cabeça que ele não ligaria, no meu coração ainda havia esperanças, fiquei na sala assistindo TV quando o celular tocou, olhei na tela e sim, era ele, finalmente era ele, automaticamente um sorriso de orelha a orelha se abriu no meu rosto, deixei tocar um tempinho até que atendi.

Alô?

Oi princesa!

Quem é vivo sempre aparece não é mesmo?– falei debochada e ele sorriu

O que vai fazer hoje a noite? 

Creio que nada. – respondi seca

Vamos sair pra jantar?

Você merece?– perguntei e mais uma vez ele riu

Realmente um marmanjo como eu não merece a companhia de uma mulher como você, mas não custa nada tentar né?! – sorri fraco – Te pego as 8h tá bom? Beijo 

Ele desligou antes que eu respondesse qualquer coisa, FILHO DA PUTA, por mais que ele não merecesse eu passei o dia inteiro procurando algo pra vesti e quando me dei conta já eram 19h, tomei um banho rápido e me troquei, vesti um vestido vermelho justo e um pouco curto, fiz uma make não muito forte, coloquei meu salto e quando eu já estava pronta recebi uma mensagem do David 

"Tô aqui em baixo te embaixo te esperando."

Desci e la estava ele encostado no carro, ele tava muito lindo com aquela calça jeans preta, uma camisa branca e uma jaqueta também preta, me aproximei e ele me abraçou. 

Você tá maravilhosa. – ele me olhou de cima a baixo 

Obrigada! – falei seca – Ainda tô brava com você. – afastei meu corpo de dele

Ah princesa, esquece isso.– ele tentou tocar meu rosto mas eu afastei sua mão 

Você sumiu David, e agora volta como se nada tivesse acontecido! – falei manhosa e ele riu pelo nariz

Tive uns problemas. – deu de ombros 

Com a sua namorada? Eu soube que você saiu daquela festa com ela...– sei que tava cedo pra cobrar ciúmes mas né?! 

Ela não é mais minha namorada! E foi, tive uns problemas com ela. – ele abriu a porta do carro pra eu entrar 

Ok!– entrei no carro, ele não queria falar sobre aquilo e eu não iria insistir, logo ele ocupou seu lugar no motorista e saiu cantando pneu, fomos calados boa parte do caminho até que ele quebrou o silêncio 

Você tá bem? – ele pois uma das mãos na minha perna e a outra manteve firme no volante 

Tô. – não queria muito assunto 

Ainda tá chateada?– ele alisou minha coxa me causando arrepios 

Não! – respondi seca, chegamos no restaurante em minutos, saímos do carro e fomos em direção a entrada do restaurante, ele abraçou minha cintura 

A gente vai jantar juntos, não dá pra você melhorar essa carinha não? – ele selou os lábios nos meus de uma forma rápida me fazendo da um sorrisinho fraco, entramos no restaurante, pedimos nossos pratos e ficamos conversando, nada de muito interessante, ficamos jogando papo fora, depois de comer nós saímos,  estávamos voltando pro carro 

E aí? Pra onde a gente vai agora? – perguntei 

Pra onde você quer ir?

Sei lá. – dei de ombros 

Vamos lá pra casa?– ele falou enquanto abria a porta do carro pra mim 

Pra sua casa? – falei meio surpresa 

É, algum problema? – ele franziu a testa 

Não, problema nenhum. Vamos. – entrei no carro e ele em seguida ocupou seu lugar no motorista, fomos pra casa dele, em questão de uns 15 minutos chegamos a sua casa, e que casa, parecia mais uma mansão, entramos, ele saiu pra algum lugar daquele casarão e me deixou na sala, depois de um tempinho ele voltou com um vinho e duas taças, me sentei no sofá e ele se sentou ao meu lado, ele me serviu o vinho e em seguida se serviu, nós brindamos e bebemos, ele não tirava os olhos de mim um segundo e eu já estava corada de tanta vergonha. 

Você é muito linda... – ele se aproximou de mim e eu senti meu corpo queimar em desejo, ele roçou os lábios nos meus e me beijou, um beijo lento e gostoso que logo se tornou intenso, ele sugava meus lábios com urgência, ele se deitou por cima de mim, começou a beijar meu pescoço enquanto apertava minhas coxas, eu queria aquilo, nunca tinha sentido aquela sensação na minha vida, meu corpo estava em chamas, minhas mãos suando frio, eu queria, eu precisava daquilo, mas eu não podia me entregar daquela forma..

D–David... P–para, por favor... – não conseguia nem falar nada direito 

O que foi? – ele me olhou confuso

David eu... Eu sou virgem...

Ele me olhou incrédulo mas não falou nada, apenas levantou e foi em direção a um corredor que tinha lá, e eu fiquei na sala meio frustrada.