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História Amor à Segunda Vista - Marin - Parte 2


Escrita por: aishaandris

Notas do Autor


Olá, pessoinhas! Tudo bem com vocês? Espero que sim...
Peço desculpas pela demora com a fic e tals, mas finalmente voltei com o último capítulo. Tomara que gostem!
Antes de entrar na história, preciso fazer agradecimentos especiais. O primeiro é à minha amiga ruiva, Lisle, que é a maior fã deste casal, e que sempre me apoiou na escrita e se dispôs a ler e opinar sobre as cenas que mando pra ela. Obrigada, ruiva! Esta fic é dedicada a você, aceite como um presentin :3 E não me bata quando sair a fic Aiolyfia, não pode dizer que não caprichei na história Aiorin que veio antes.
O segundo agradecimento é à minha amiga Guerrakia, que mesmo de longe me deu ideias maravilhosas. Sem ela, esta fic teria sido só uma one e não teria metade da graça que tem hoje. Obrigada *.........*
Por fim, agradeço a todos que acompanharam a história até aqui, especialmente aqueles que deixaram comentários de incentivo e carinho. Obrigada mesmo! Sem vocês, escrever não teria a menor graça ♥♥♥
Agora, sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 4 - Marin - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Amor à Segunda Vista - Marin - Parte 2

Mais Uma Vez

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo,
De forma mais profunda do que nunca.
Ninguém jamais expressou seu amor por mim
Com palavras tão belas e gentis como você.

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo,
Com mais fé do que nunca.
Com a certeza de que você sempre estará ao meu lado
Quando meus dias ficarem cinza.

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo
Com uma amizade mais forte do que nunca
Sempre que eu precisar de um ombro para chorar
Eu sei que você vai enxugar minhas lágrimas.

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo
Com mais admiração do que nunca
Eu olho para você e admiro a sua força
E isso me fortalece também.

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo
Com mais felicidade do que nunca
Você trouxe de volta para minha vida sorrisos e gargalhadas
Através de seus olhos amorosos.

Ontem à noite eu me apaixonei por você
Tudo de novo
Com mais amor do que nunca
Pela primeira vez, em muito tempo,
Eu realmente senti o amor.

Naquela noite, embalada pelo meu amor, consegui dormir maravilhosamente. Sentia-me plenamente feliz e em paz, os braços de Aiolia eram meu pequeno pedaço do paraíso. Infelizmente, porém, algumas horas depois, fui trazida de volta à realidade. Tínhamos deveres para com Atena e o santuário.

E com o surgimento da manhã, diversos pensamentos voltaram a me inquietar.

Aiolia e eu havíamos feito amor e tinha sido perfeito, mas não havíamos conversado pra valer. E se tudo não tivesse passado de um momento impulsivo e ainda não houvéssemos feito as pazes de fato? Será que Aiolia havia percebido que essa não tinha sido minha primeira vez? E se não, o que pensaria a meu respeito quando eu lhe dissesse?

Senti um frio na barriga quando ele se sentou na cama e dirigiu seu olhar a mim.

– Bom dia! – Aiolia disse com a voz ligeiramente sonolenta, ao que retribuí prontamente. Ele me olhou mais intensamente, parecendo capaz de ler meus pensamentos. Tenho certeza de que corei neste momento – Marin, está tudo bem? – vi preocupação nos orbes verdes.

– Está! – Droga! Havia respondido rápido demais, e nem de longe tinha parecido convincente. Aiolia franziu o cenho – Quer dizer... Eu e você... Nós estamos... Hun... Bem?

O que estava dando em mim? Eu não era insegura. Devia ter simplesmente perguntado, em vez de gaguejar como uma adolescente.

– Bem como? – Droga de novo, Aiolia! Não podia simplesmente me responder?

– Você aceitou meu pedido de perdão? – pelo menos desta vez eu não tropecei nas palavras.

Aiolia suspirou e me fitou longamente antes de dizer qualquer coisa, e se aproximou mais de mim. Pisquei os olhos, surpresa, quando ele segurou meu rosto entre as mãos.

– Marin, você foi uma idiota! – arregalei os olhos ao ouvi-lo falar daquela maneira, “sutil” como sempre – Mas acha mesmo que eu deixaria passar a chance de ficar com você por causa de uma besteira como essa? – ele mesmo respondeu antes que eu tivesse a chance de fazê-lo – Nunca! Não depois de passar sete anos desejando isso que nós vivemos esta noite. Eu falei sério quando disse que não deixaria mais você se afastar depois de me beijar daquela maneira.

Um sorriso se desenhou nos meus lábios, e senti um peso imenso sair das costas ao ouvi-lo dizer aquilo. Aiolia realmente havia me perdoado! E ainda me queria com ele. Todavia, uma última questão ainda me preocupava...

– Aiolia, eu te amo! – era verdade, e sei que isso estava explícito na forma como eu o olhava, pois dessa vez foi ele quem sorriu. Porém ainda não tinha acabado... – Eu te amo, mas você não foi o primeiro homem com quem eu... – respirei fundo antes de continuar, mas nem precisei...

– Eu sei! – não era de todo uma surpresa, mas ainda assim arregalei os olhos e senti novamente aquele frio na barriga – Eu queria ter sido o primeiro... Mas não podia esperar isso depois de tantos anos. O que me importa mesmo é ser o último a te fazer mulher!

Depois disso, não pude mais me conter e o abracei com força, beijando seus lábios com uma vontade imensa. Estava feliz e completamente aliviada. Não permitiria que nada mais nos separasse depois disso, exceto, talvez, a própria morte. Aiolia retribuiu meu beijo e, poucos instantes depois, nos esquecemos de tudo para nos amar novamente.

E, assim, o tempo foi se passando...

Aiolia me fazia muito feliz, e eu a ele. Passávamos os dias cuidando de nossas obrigações no santuário, e as noites nos braços um do outro, nos amando com paixão, como se nossas vidas dependessem disso.

Foi cerca de um mês depois que as coisas pareceram fugir à normalidade. E, sem motivo aparente, acordei com um súbito mal estar, que fez a simples tarefa de levantar da cama se tornar penosa. Além do enjoo insuportável, ainda sentia uma forte tontura e a vontade de não sair da cama nunca mais, tamanho era o sono e a moleza que me acometiam. Ainda assim, forcei-me a ficar de pé, afinal era terça-feira e meus deveres me chamavam.

Caminhei até o banheiro, despi-me e liguei o chuveiro, torcendo para que a água morna fizesse eu me sentir melhor. E, de fato, pareceu funcionar. Já me sentia bem ao sair do banho, por isso coloquei minhas roupas de treino e comecei a preparar o desjejum. Entretanto, assim que senti o cheiro do queijo, meu estômago voltou a embrulhar e precisei correr para o banheiro. Ainda estava lá quando ouvi batidas na porta e senti a presença de Shaina.

Tínhamos o costume de tomar o café da manhã juntas, na minha casa ou na dela, antes de irmos treinar. Mas havia simplesmente me esquecido de que era a minha vez de prepará-lo. E só depois de devolver o que havia sido meu jantar e enxugar a boca, fui abrir a porta para ela.

– Céus, Marin... O que aconteceu com você? Está pálida! – Shaina foi dizendo assim que pousou os olhos em mim. Eu devia estar pior do que imaginava.

– Estou com um pouco de mal estar, nada demais... – a vi examinar meu rosto e cruzar os braços, não parecendo acreditar muito no que eu havia dito.

– Hmmm, acha que dá conta dos treinos? – ela me perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– Uhun, vamos tomar o café e depois saímos... – era o que eu planejava, mas assim que me sentei à mesa e comecei a comer, as náuseas voltaram mais fortes do que antes. E novamente precisei correr para o banheiro. Quando voltei à cozinha, Shaina me fitava com preocupação.

– Não está em condições de treinar. Pode ficar em casa hoje, eu cubro sua ausência! – o tom de voz dela não deixava margem à contestação, e só o que me restou foi suspirar, resignada – Mais tarde eu passo aqui para ver como você está.

– Não precisa se preocupar... E obrigada! – agradeci antes de ela virar as costas e sair rumo à arena de treinamento.

Passei o resto do dia em casa. Ainda estava com um pouco de moleza, mas nada que me incapacitasse pra valer. E, após lavar as louças e fazer uma rápida arrumação, deitei no sofá e fiquei assistindo televisão. Não tinha muito mais a fazer. Perguntava-me o que tinha causado este mal estar, não me lembrava de ter comido nada estranho, e era incomum que eu ficasse doente. Só torcia para isso passar até o dia seguinte.

Na hora do almoço, ouvi novas batidas na porta, sentindo o cosmo de Aiolia desta vez.

– Olá! – eu disse assim que a abri, curiosa sobre o motivo de ele estar ali. Não costumávamos visitar um ao outro durante o dia – Tudo bem?

– Comigo sim, mas eu não te vi no refeitório e Shaina disse que não estava se sentindo bem...

– Foi um mal estar de nada, já estou melhor! – abri um sorriso para acalmá-lo. Além do mais, não deixava de ser verdade.

– Tem certeza?

– Uhun, fique tranquilo! – segurei a mão dele e o puxei para dentro de casa, roubando um beijo na sequência – Já que está aqui, almoce comigo.

Aquela indisposição passou rapidamente, e na manhã seguinte eu voltei à minha rotina normal. Acabei me esquecendo daquele mal estar, como se tivesse sido algo bobo e sem importância. Ao menos durante alguns dias...

Era uma segunda-feira, quase uma semana após minha primeira indisposição. Shaina e eu estávamos na arena de treinamento e observávamos os aspirantes praticando lutas em duplas. À exceção dos pupilos dos cavaleiros de ouro, todos eles precisavam passar algum tempo com a gente, aprendendo os princípios do cosmo e do combate físico. Seus mestres desenvolviam habilidades específicas e inerentes à armadura que iriam disputar. O sol estava quente, mais do que o normal para aquela época do ano. Por isso, quando minha vista começou a embaçar, pensei que estivesse começando a sofrer os males de uma insolação. Só me lembro de acordar algumas horas depois na enfermaria do santuário.

– Shaina? Onde estou? – olhei em volta, confusa. Não sabia como havia ido parar ali.

– Estamos na enfermaria, você desmaiou... – Shaina respondeu com a voz mais suave do que era seu costume. E isso teve o efeito oposto ao que ela certamente queria causar, pois comecei a pensar que podia ter algo realmente grave.

– O que o médico disse? Eu estou doente? Fale, Shaina, não me esconda nada! – falei com a voz autoritária que geralmente era usada por ela.

– Você não está doente, Marin... – apesar do que Shaina disse, não consegui me acalmar. Ela ainda estava me escondendo alguma coisa.

– Por que você está com esta cara então? Fale de uma vez! – pedi com ainda mais veemência.

– Você está grávida! – arregalei os olhos ao ouvi-la, e entrei numa espécie de estado de choque.

– N-não é possível! Aiolia e eu sempre usamos camisinha, não tem nenhuma chance de... – retorqui com a voz trêmula. Foi quando me lembrei da primeira vez que fizemos amor. Naquele dia, fomos completamente dominados pelo desejo, e sequer pensamos nas consequências disso.

Sem que eu pudesse controlar, as lágrimas vieram aos meus olhos e irrompi num choro compulsivo, soluçando sem parar. Mais uma prova de que aquilo era mesmo verdade, só podiam ser meus nervos entrando em polvorosa, eu não era histérica assim. Shaina me olhou visivelmente aturdida e sem reação, ainda mais surpresa do que eu. E, inesperadamente, envolveu-me com os braços e me apertou contra o peito.

– Vai ficar tudo bem... Shhhhh... Não chore! – agarrei-me a ela e passei longos minutos, talvez horas, deixando as lágrimas lavarem minha alma enquanto a ficha caía por completo e a realidade me atingia como um potente golpe de cavaleiro.

Um bebê. Ou melhor, um pedacinho de Aiolia e meu que em breve estaria em meus braços. Alguém que, naquele curto espaço de tempo, encheu meu coração de um sentimento novo e completamente inesperado que eu ainda não sabia definir, mas que já era maior do que tudo que eu houvesse sentido antes.

– Desculpe, eu não sei o que deu em mim! – falei, envergonhada, quando finalmente voltei a mim. E só então notei que não éramos mais as únicas naquele quarto, o médico responsável por aquele local também estava ali há não sei quanto tempo – Como você descobriu que eu estava grávida, doutor? – perguntei a ele, secando o rosto com o lencinho que sempre carregava no bolso para enxugar o suor.

– Shaina te trouxe para cá e disse que não era a primeira vez que passava mal. Pelos sintomas, e após descobrir que você tinha se alimentado normalmente e que sua pressão estava normal, foi fácil desconfiar qual era a verdadeira razão do desmaio. O exame de sangue só confirmou minhas suspeitas!

Não havia muito mais a ser dito depois daquilo. Ele me receitou algumas vitaminas e recomendou que eu tirasse o resto do dia de folga, além, é claro, de parar com os treinos violentos durante a gestação. Logo voltei para casa, sob o olhar atento e preocupado de Shaina.

– Está tudo bem, Marin? Você já sabe o que quer fazer? Se eu puder ajudar em alguma coisa, qualquer coisa...

– Eu sei, obrigada! – falei, agradecida, tentando demonstrar uma calma que eu estava longe de sentir – Estou bem, só preciso pensar nisso tudo...

– Está bem. Mas fique tranquila, sei que Aiolia gosta de você de verdade, basta ver o jeito que ele olha pra você. Tenho certeza de que te apoiará e te ajudará a passar por isso!

– Você está certa! – completei, despedindo-me dela e fechando a porta. Em seguida, desabei no sofá e comecei a pensar seriamente no que devia fazer.

O certo seria me acalmar e então achar o melhor jeito de contar para Aiolia. Mas estava ansiosa demais e, antes que pudesse me conter, meus pés já tinham me levado até leão. Ele veio me receber imediatamente, fechando o sorriso ao ver minha expressão e me olhando com preocupação.

– Marin, está tudo bem? – Aiolia se aproximou e segurou meus ombros com as mãos, fitando-me com toda a intensidade de que era capaz. Quase desabei em lágrimas novamente. Tinha tanto amor naquele olhar, que meu coração palpitou acelerado dentro do peito.

– Eu estou grávida! – as palavras saíram da minha boca numa reação automática. Eu sempre havia contado tudo a ele, não tinha como ser diferente agora.

A boca de Aiolia se abriu várias vezes, embora nenhum som saísse. Seu olhar vagou entre meu rosto e meu ventre e, ao parar ali, vi a expressão de surpresa se converter no mais belo e radiante sorriso que eu já havia visto. Imediatamente se colocou de joelhos e encostou a cabeça na minha barriga, abraçando minha cintura com força. E, sem que ele precisasse dizer uma única palavra, eu soube que nosso filho já era a criança mais amada do mundo. Por ambos os pais.

Fim?


Notas Finais


E então, o que acharam? Espero que tenham gostado!
Eu confesso que planejava sim colocar o casamento Aiorin e o nascimento desta coisinha fofa chamada Alexander, mas achei este final perfeito. Desculpem por isso! Eu tenho o costume de fazer roteiros, rascunhos e tals, mas a verdade é que as histórias têm vida própria, e nem sempre eu sigo os roteiros à risca. Achei bom parar aí.
Se ficaram curiosos sobre o que acontece a seguir, a Marin e o Aiolia se casaram e tiveram um lindo filhinho chamado Alexander, que tem os cabelos ruivos e os olhos azuis da mãe. Se quiserem vê-lo, ele teve uma pequena participação no capítulo 13 de "Guerreiros Celestiais", aqui: https://spiritfanfics.com/historia/guerreiros-celestiais-3511837/capitulo13.
Ah sim, gente. Eu tenho uma página no face, onde sempre posto imagens dos cavaleiros gostosos de ouro, atualizações dos capítulos, curiosidades, fotos dos personagens originais etc. Ficaria muito feliz se vocês curtissem. Mas o facebook sempre limita o número de visualizações, ou seja, nem todo mundo que curte a página consegue ver as postagens. O único jeito de ter certeza de realmente ver todos os posts, é clicar onde fica escrito "Seguindo" e mudar para "Ver primeiro". Já fiz o teste e funciona com todas as páginas que eu gosto. Se quiserem muito ver as coisas que eu posto, fica minha sugestão. Este é o link da página: https://www.facebook.com/guerreiracelestial/. Ainda hoje vou postar uma foto do Alex lá.
Em breve devo voltar com novas side-stories de GC e, talvez, nelas eu mostre o casamento do Aiolia com a Marin, o Alex e outras coisitchas mais. Mas não prometo nada, como eu disse, as histórias têm vida própria.
Era isso! Beijinhos e até a próxima fic ♥♥♥


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