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História Amor à segunda vista - Save me


Escrita por: Paky

Notas do Autor


Caralho como eu demorei... me perdoem....
Aconselho a ouvirem King da Lauren Aquilina
Agradecimentos :
~KyaraHeartfilia
~Marinetteever
~Kami_gomi - que comentou 3x hauahua
~Sarah_Dragneell - Clan Dragon
~rafaanime123
~PortugasDMafa
~kimberllyUchiha
~Srta-White - Clan Fantasy
~Kim_Yee
~lucy0412
~Megalodontez

Foram as lindezas que comentaram o capitulo anterior ♥
E gente 45 favoritos *u* parabéns a nós
FANATICAS DE ROLU

Capítulo 4 - Save me


Deixá-la ir fora uma das tarefas mais difíceis que já teve. Ver Lucy sendo carregada por ele o fez ter uma repulsa por ainda existirem homens como aquele nojento. Ouvi-lo chamá-la por sua, tendo a em seus braços asquerosos.  Aquilo o tinha enfurecido de uma forma incomum, difícil saber se fora pela atitude de Minerva. Era claro que ela estava aprontando algo, pelo tom que se referiu a Lucy, sobre essa ladainha de passeio romântico. A loira estava apavorada com a presença dele. Minerva retornou com a ficha da Hearthfilia; Rogue não agradeceu:

-Até hoje a tinha como amiga, como alguém de confiança. Entretanto isso mudou – os olhos vermelhos dele estavam furiosos.

Após isso trancou-se no escritório, sem conseguir raciocinar algo diferente de ser relacionado a sua Lucy. Sua. Era inadimicivel que ela não fosse dele, que outro a tocasse, principalmente ele. Rogue andava de um lado a outro do cômodo, sem saber exatamente o que fazer ou onde ir, escorregava suas mãos do rosto ao cabelo, do cabelo a cintura, os pés se movendo; extremamente irritado. Não tinha certeza do que faria com as informações que tinha. O toque de seu celular o terminava por estressar, tinha decidido ignorar qualquer um, mas com Sting isso seria impossível; conhecia muito bem aquele idiota para saber que seria perturbado até atender o maldito aparelho, e caso não atendesse Sting apareceria ali como um touro selvagem.

-O que você quer Sting? – Rogue bufou, parando de se mover quando atendeu – Não estou afim de conversa.

-Credo, algo ruim deve ter acontecido.

-Você acha? – Rogue riu sem humor.

-Acredito então que amanhã esteja cancelado – O loiro suspirou do outro lado – Justamente quando achei que o veria com uma mulher, após tantos anos.

-Droga. – O Chaney deu um tapa em sua própria testa – Eu havia me esquecido.

-Caramba! Isso é raro. O que aconteceu? – Sting adotou um novo comportamento, a voz ficando seria.

-Eu acho que estou apaixonado. – Rogue soltou. O braço esquerdo apoiado no parapeito da varanda do apartamento, a mão esquerda apertando o telefone contra seu rosto – E por uma funcionária minha, que tecnicamente é casada. E ela acaba de ser arrastada pelo suposto companheiro daqui e não pude fazer nada.

-Nossa. – Sting deu uma pausa – Quando você se enrola, o faz pra valer. – A voz dele foi sumindo entre as risadas um pouco histéricas – Podia ser algo mais fácil como só estar apaixonado, ou ser um caso com sua empregada, normal... Eu casei com a minha...

-É sério Sting! – Rogue se virou, olhando o céu com as costar apoiadas no parapeito. 

-Eu sei que é. – O loiro parou de rir – E qual é a maior complicação nisso tudo? Faça algo, você é Rogue Cheney, filho de Skiadrum. Então pegue a garota debaixo dos teus braços e vão ser felizes porra.

-Não é simples assim, sinto medo por ela.

-Por que não é? – Sting soltou um grito – Você gosta dela e vice versa; você é podre de rico, é muito simples estalar os dedos e ter tudo e mais um pouco, dar o mundo a ela. Crie vergonha nessa tua cara! Você já tem trinta e dois anos Rogue, é dono de um dos maiores impérios hoteleiros da atualidade, um partidão, homão da porra! – Sting suspirou, diminuindo o tom de voz – Pare de ter medo.

-Não quero vê-la sofrer.

-E você vai ficar bem longe dela?

-Não – Rogue não pensou. Não precisava refletir. Mesmo não a conhecendo, apenas a vendo de longe, sentindo periodicamente seu perfume a desejava. Quando teve a oportunidade de toca-la, conhecê-la melhor soube que era ao lado dela. Cada pequeno detalhe nela, os fios soltos do coque, o olhar cansado que ainda sim estava acompanhado de lindos sorrisos para ele, a gentileza em como ela o tocava, as fungadas quando queria dizer algo e desistia, os olhares perdidos em coisas fora da sua realidade, a simplicidade em como conseguia ser elegante e feminina, a forma em como torcia os pés nervosa, os dedos entrelaçados quando nervosa. Cada pequeno detalhe que ele pode admirar nos últimos dias, presenciar e guardar para si. Queria mais. O beijo dela o carregava para outra realidade, e sua impressão era de que acontecia o mesmo com Lucy.

-Então não complique mais as coisas. E o que vai fazer?

Rogue analisou a ficha espalhada, os papeis voando. O sol estava quase sumindo. Seu peito apertou com o mal pressentimento que abalou sua estrutura – Uma loucura; mas não posso permitir que ela passe mais um dia sequer longe de mim, da minha proteção.  – Ele suspirou – Sting, enviarei um endereço. Se em algumas horas eu não te mandar noticia, me procure lá.

 

---

As costas de Lucy estavam machucadas, sentiu a ardência durante a ducha. Precisava a todo custo tirar cada lembrança daquele imundo em seu corpo. A esponja passava com força sobre as marcas, ignorando cada dor lasciva ela prosseguiu, as lágrimas se perdiam nas gotas que caiam do velho chuveiro enferrujado. Lucy se odiava, amaldiçoava cada parte de si, da sua sina maldita com Natsu. Amaldiçoou o dia que havia feito a burrice de segui-lo; se de alguma forma pudesse voltar no tempo, agora era tarde.

A toalha felpuda escorregou por seu corpo, pôs uma roupa qualquer, confortável. O ronco daquele ser desprezível ecoava pelo lugar; sentia cada célula de seu corpo repudiar a lembrança dele ali. Cuidadosamente escolheu algumas mudas de roupa, colocando-as dentro de uma sacola velha. Do alto do armário caiu a caixa que havia escondido o vestido, o belo presente de Rogue; não o deixaria para trás, retirou a peça de dentro do pacote bem embrulhado, colocando junto aos seu trapos velhos.

Havia decido, iria embora. Não aguentava mais um segundo sequer ao lado dele, e agora mais do que nunca teria motivos para partir, e não estava mais sozinha.

Tinha para quem correr, alguém que poderia amar de verdade que a retribuiria de todas as formas. Não era o dinheiro, era a beleza; não eram as roupas de grife, era o sorriso sincero e discreto; não eram os carros, era a humildade; não era ganância, era o mais puro amor. Duvidassem quantos queriam, julgassem o quanto pudessem, não se importaria em ser odiada e mal falada pelas costas; eles saberiam a verdade, e isso era o que realmente importava. Sabia como ele a via e como ela o via, nem Natsu, Minerva ou qualquer outro a impediria de finalmente ser feliz. Sem olhar para trás abriu a porta silenciosamente, escorregando para fora.

-Onde pensa que vai? - Lucy sentiu seu corpo ser puxado contra sua vontade para dentro do local novamente. A mão forte de Natsu a apertava, machucando-a mais. – Não me lembro de ter dado permissão a você, blondie.

Natsu tinha os olhos semi abertos, os caninos se mostrando com voracidade para ela que estremeceu com a lembrança da noite passada, o coração ficando em pânico.

-V-você não manda em mim. Me solte – Lucy puxava seu braço, tentando sair do aperto dele – Estou cansada dessa vida, de você!  - Seus olhos brilhavam pelas lágrimas, o corpo tremia pela adrenalina de estar finalmente enfrentando seu pesadelo.

-Não seja assim querida – Natsu usou sua força para puxá-la até si, passando os dedos sobre o cabelo louro dela – Sabe que amo você, e sabe que eu acabei perdendo um pouco da razão. – a voz afável dele não se encaixava na própria figura ali em pé.

-Amor? Me ama? – Lucy se desvencilhou, aproveitando do afrouxo dele. – Você é nojento! Não sabe o que isso significa; o que é amar alguém além de si mesmo. Acha mesmo que eu deveria simplesmente apagar o que você fez comigo?

-A Lucy, você já fez isso tantas vezes.

-E você me magoou, me trancafiou e me encarcerou por tempo demais. Chega! Me arrependo de cada decisão que tive com você! – Lucy chorava, abraçada a suas coisas – Eu finalmente estou tomando a decisão certa. Indo embora.

-E onde pensa que vai? – Natsu riu. Novamente puxou a mulher para si – Acha mesmo que aquele mauricinho pomposo vai te aceitar? – novamente ele riu – Olhe para si mesma. Uma mulher mal cuidada, suja, empregada, uma qualquer. Seus dias de luxo acabaram a muito tempo Lucy Dragneel; esse é seu nome, se lembra? Você não é mais nem uma sombra do que costumava ser. Você só tem a mim, querida, seu esposo.

-Posso não ser mais uma Hearthfilia, ter perdido minha herança e meu futuro. Eu joguei tudo fora quando decidi fugir com você. Posso ter me tornado burra quando me calei na primeira agressão que sofri. Posso ter desperdiçado minha faculdade em todos os empregos mixurucas que aceitei para sustentar você e aos seus vícios.  – Natsu sorria cada vez que ela concordava consigo e abaixava mais e mais a própria cabeça – Contudo – Lucy se ergueu, o enfrentando – Prefiro morar sob uma ponte a morar sob o mesmo teto que você. Não me importo de passar o resto da vida como empregada, desde que eu  esteja a milhas de distância de você. Espero sinceramente que morra Natsu.

-Não pense que vai ser fácil assim Loirinha.

Ele a segurou pelo braço mais forte, Lucy caiu sentindo suas feridas doerem. Não havia passado muito tempo desde que sofreu o abuso. Natsu passava a língua sob a bochecha dela.

-Me solte Natsu! AGORA! – Lucy lutava com seu corpo ainda machucado.

-Pronta para um segundo round?

-Solte-a!

Natsu não teve tempo para raciocinar, seu corpo foi para trás com o impacto de um punho em seu rosto. Sentiu um filete de sangue escorrer pelo nariz tocando a boca. Passou os dedos na mancha vermelha, logo que olhou para a própria mão ergueu os olhos para ver finalmente quem fora o idiota. Um riso torto estampou sua face quando percebeu ser o mauricinho do hotel; em segundos de impacto ele o acertou puxando Lucy, o moreno mantinha o corpo agachado em ataque com Lucy nas suas costas.

-Ora se não é o chefinho. – Natsu se ergueu limpando o ferimento com o antebraço – Subestimei sua burrice. Além de realmente vir atrás dessa ai – Apontou para a loira escondida com lagrimas no rosto – Tem a ousadia de me bater. Você supera os limites de trouxa.

-Cale a boca. – Rogue rosnou – Vou levá-la para bem longe de você. – O Cheney recuava alguns passos, empurrando Lucy para fora daquele lugar maldito, sem tirar os olhos do Dragneel.

-Não pense que vou deixar – Natsu fechou a mão esquerda partindo para cima do casal – Ela é minha!

Rogue empurrou a loira bruscamente para trás; a Heartfilia soltou um grito agudo com o impacto, chamando atenção dos vizinhos que vieram olhar. Rogue parou o soco de Natsu, com a mão direita, o empurrando com o próprio corpo, dando um cruzado de esquerda no rosado; com o ataque ele inclinou pouco, desferindo uma joelhada na altura das costelas de Rogue. O Moreno perdeu o fôlego com a força. Algumas mulheres gritavam histéricas do lado de fora da casa, pedindo ajuda. Os olhos avermelhados do Cheney viram rapidamente Lucy no chão, com lágrimas grossas rolando pelo rosto, a boca levemente aberta. Seu coração palpitava frenético. Estava um misto de emoções; raiva, medo, insegurança. Estava nervoso, saiu as pressas de onde estava, rezando a todos os deuses para que ela estivesse bem, queria tirá-la dali; entretanto não havia plano.
Havia trocado de roupa no escritório, pego uma xícara de café e saiu. Sem nada armado. Mas ainda tinha um trunfo; mas não queria ter de usá-lo. Com a mão direita alcançou a bainha da sua calça, pegando pela coronha o revolver que havia levado por precaução. De joelhos apontou a arma para o Dragneel; respirava fundo ainda sentindo a dor do golpe recebido. Os olhos verdes de Natsu estavam em chamas, sua raiva borbulhava todo o seu corpo. Ergueu as mãos em rendição.

-Eu vou levá-la para sempre daqui! – Rogue se levantou, ainda apontando para Natsu – Lucy, vamos logo.

A loira estava atordoada, piscou algumas vezes antes de processar a cena. Olhou ao redor procurando suas coisas, algumas peças estavam espalhadas; mas ela buscava uma em especial, próximo ao pé de Natsu. Não sairia dali sem aquele vestido. Se esgueirou por entre Rogue e engatinhou rapidamente até ao tecido fino. O rosado percebeu o objetivo dela, quando a mão feminina alcançou o vestido ele pôs o pé na extrema ponta, com as forças opostas o tecido rasgou alto na sala.

-Lucy!  Saia da ai. Esqueça tudo – Rogue gritou desesperado. Tinham que sair dali.

Com o pedaço que conseguira próximo ao peito Lucy saiu correndo , descendo a velha escadaria. Rogue saiu logo atrás dela, dando um tempo para que ela corresse a frente; conseguiria alcança-la, guardou o revolver para correr.

-Não pense que vai ser fácil assim – A voz de Natsu ecoou pelo lugar.

Rogue logo viu a cabeleira dourada de Lucy que estava parada na porta de entrada; ele a puxou para o lado, saindo de perto do prédio, escondendo-se na lateral, em uma ruela escura. A mão dele tampou a boca dela para que ficassem em silêncio. Natsu surgiu na rua, olhando ao redor; praguejando para os lados, passando as mãos no cabelo; logo ele correu para o lado contrario, procurando por ambos.

-Vamos sair daqui. – Rogue a pegou pela mão, guiando-a pela ruela, atravessando e chegando até uma rua mais movimentada, onde ele havia estacionado o carro.

Pôs Lucy no banco do carona, tentou fechar o sinto mas suas mãos tremiam demais pela adrenalina; ela terminou por ele; escorregando para o banco do motorista logo partiu, cantando pneus, desrespeitando qualquer lei de transito ali. Antes uma multa à um projétil. Quando alcançou a avenida em direção ao centro suspirou aliviado, ambos em silêncio; isso estava preocupando Rogue.

-Estou indo para minha casa. – Rogue pôs a mão direita na perna dela – Acabou.

A mão fina de Lucy ficou sob a dele. Impedindo que as suas lágrimas caíssem na pele dele. Fungava um pouco. Pelos deuses, o que havia acontecido? Seu coração estava aliviado e pesado ao mesmo tempo. Era totalmente indigna de tudo. Rogue correu até ela, lutou por ela, a salvou. Sonhou a vida toda em ter alguém assim, mas sabia que isso nunca aconteceria, pelo menos até agora. Em uma semana toda a sua vida havia virado de cabeça para baixo. – Obrigado – Conseguiu sussurrar em meio as lágrimas – Obrigada Rogue, obrigada. – Apertou a mão dele firme.

-Esta tudo bem – Ele entrelaçou seus dedos, puxando a mão dela até sua boca, dando um beijo – Nada mais vai te acontecer. Eu juro.

 

Lucy chorou durante todo o caminho até o condomínio. O carro de luxo entrou pelos portões grandes, andando lentamente por entre as diversas mansões. Tudo muito calmo, bonito, elegante e requintado; algo que estava enterrado nas lembranças de Lucy. A mansão de Rogue era em tons de marfim, com um pequeno jardim na frente, uma pequena arvore torta. O carro parou na garagem, fechando um portão atrás; Rogue desceu primeiro, abrindo a porta para que ela descesse.

-Não precisa se preocupar com nada mais – Ele a guiava para dentro – Amanhã cedo resolveremos as minúcias. – Ele a levou pela cozinha, atravessando a copa até a escadaria de mármore branco. – Quero que me conte o que ele fez a você.

-Não quero falar – Lucy engoliu – Por favor, podemos simplesmente esquecer o que houve?

Rogue não iria a contrariar naquele momento – Por enquanto podemos – Ele a olhou no meio da escada – Mas não posso simplesmente deixar isso de lado. Entenda.

-Sei disso – Lucy apertou a mão dele.

-Agora eu vou te preparar um banho, e ver se Melody deixou alguma roupa aqui, ou até mesmo o jantar – Ele voltou a conduzi-la pelos corredores até a suíte principal. Ele notou que ela carregava ainda o vestido florido rasgado. Ele havia comprado para que ela usasse com ele no sábado. – Não se preocupe , é apenas um vestido. Me importa como você esta. – Ele a beijou na testa.

Assim que entraram no quarto as luzes ascenderam, a cama de casal ficava de frente para a porta, a esquerda uma porta de vidro que levava a sacada, a direita duas portas próximas, o banheiro e o closet. Rogue soltou-se por um tempo, indo até ao banheiro, enchendo a banheira para ela. – Você pode se lavar, há toalhas limpas. Vou deixar uma troca de roupa para que use por enquanto e providenciar nosso jantar enquanto isso.

Lucy piscou levemente; um banho de espuma seria relaxante, para a mente e corpo. Não gostaria de demorar muito então logo saiu. Como ele havia dito, havia um pijama feminino sob a cama, e chinelos felpudos no chão sob o tapete. Lucy se aprontou e desceu as escadas, olhando ao redor, absorvendo ao redor. Ouviu a voz de Rogue vinda da cozinha. Ele falava com alguém ao telefone. Silenciosa ouviu.

-Estou bem Sting. Chegamos a pouco aqui em casa. – Ele andava ao redor da mesa – Ela está relativamente bem, ainda não tive a oportunidade de conversar direito, saber o que esta passando na cabeça dela. Sorte que a Mel tinha deixado um pijama aqui, o jantar vou ter que pedir. Assim que tiver noticias avisarei. Ate mais.

-Esta tudo bem? – Lucy surgiu na porta, assustando um pouco Rogue. Ele vestia algo diferente das roupas de antes, uma calça de moletom e uma camiseta preta simples. Devia ter tomado banho em outro quarto.

-Sim, mas me importo com você! – Ele caminhou até ela. Pegando uma mecha do cabelo louro – Fiquei com tanto medo.  – Ele a abraçou forte, inalando o cheiro da pele que ela tinha. – Sorte que minha empregada havia deixado um pijama reserva. – ele riu  baixo – O que acha de comida italiana?

-Faz algum tempo que não como.

-Então será isso. – Rogue voltou as costas, digitando no celular o pedido.  – Vinho?

-Não. – Aquela situação era no mínimo bizarra. A poucos dias ela era uma simples empregada e agora... continuava sendo uma empregada mas estava na casa do seu chefe – Rogue – Ele se voltou para ela – Como será daqui pra frente?

Ele a olhou encabulado.

-Sinceramente não sei. – Ele puxou uma das cadeiras se sentando, indicou a que estava ao seu lado para ela. – Você pode ficar aqui, apenas se quiser, é minha convidada. – Ele pegou a mão dela assim que ela sentou – Mas Lucy, eu do fundo do meu coração desejo que você fique. Sei que tudo tem sido estranho e com certeza hoje foi uma noite horrível para nós dois. – Rogue sentia seu sangue ferver e sua cabeça girar. – Não queria deixá-la ir com ele; eu tive medo. Do que estava sentindo por você, dessa vontade maluca de estar com você; contudo, tive mais medo ainda de não tê-la comigo. Eu quis ir até você, sinceramente não imaginei que veria aquela situação e isso – Rogue esticou a outra mão, afastando o tecido da camiseta fina, expondo a marca arroxeada na clavícula dela. – Lucy Hearthfilia, eu de toda o meu coração e com toda a minha alma eu estou apaixonado por você e quero tê-la perto a todo momento.
“ Não posso ir dormir sem antes pensar em você, no teu cabelo, na sua voz ou até na sua risada. Jamais me senti assim antes – Rogue não desviava o olhar, via os olhos castanhos dela marejarem – Eu sei que sou um covarde. Tenho te acompanhado a meses e nem sequer percebi que íamos todos os dias para o mesmo lugar, não pude ver essa linda flor no meio daquele ouro todo do hotel; você se camuflou direitinho. E agora, não posso, não quero mais passar um dia sequer da minha vida sem ter você como minha. Me perdoe por ter demorado a ir te buscar.

-O que eu posso te oferecer? – Lucy soltou da mão dele, com mais lágrimas caindo – Eu não tenho nada alem de um coração quebrado e um corpo marcado. Você tem tudo Rogue, eu perdi tudo.

-Eu não tenho tudo. Ainda não tenho você – Ele se ajoelhou diante dela – Me deixe te amar; me deixe te mostrar que nada além do passado está perdido; e você pode recuperar tudo o que desejar e um pouco mais. Se me pedir estrelas eu te darei, a Lua ou o Sol. E jamais vou pedir algo em troca.

-Me salve – Lucy se ajoelhou diante dele – Me salve de mim mesma.

Rogue passou os dedos pela bochecha dela, enxugando a lágrima que caia – Seu pedido será meu objetivo de vida agora. – Os lábios dele tomaram os trêmulos dela. Calmo e tranquilo.
Perderam a noção do espaço, adentraram em seu próprio universo, nada nem ninguém poderia tirá-los de lá. Rogue a conduziu de volta a suíte principal; o objetivo era nina-la até que pegasse no sono e descansasse; porém seus corpos pediam mais do que uma noite de descanso. Lucy segurava os ombros de Rogue para que ele não pudesse ir, sentia seu coração quente, seu corpo correspondia a altura. Não era estranho, era mágico, um sentimento que nunca chegou nem perto de sentir. Ninguém merecia isso dela alem dele, ninguém alem dele poderia tratá-la melhor; não confiaria a mais ninguém seu corpo e sua alma.
As mãos sobre ela eram delicadas, os beijos que recebia em seu corpo arrepiava cada pelo; as feridas já não doíam; ela as estava curando.
Senti-la abaixo de si, entregue era ter seu sonho realizado, ter sua alma ligada a alguém após tanto tempo. Nunca se pode planejar por quem irá se apaixonar, mas alma gêmeas existem, e estão sempre destinadas a se encontrar, a se ligarem e finalmente ele havia encontrado a sua. Tomava cuidado em como a tocava, sabia que ele a havia machucado, mas não sabia a extensão dos ferimentos dela; pensava que seu interior mais do que seu exterior estava dolorido, cravado.

Lucy gemeu baixo quando Rogue tomou seus lábios enquanto massageou seu seio esquerdo; calmo mas ainda assim cheio de luxuria. Os botões do pijama emprestado foram abertos calmamente por ele, e assim que sua pele estava exposta ele a beijava com carinho, voltando ao pescoço e boca antes de tocá-la mais. Os cabelos louros espalhados pela cama, as respirações descompassadas, ofegantes. Ambos envoltos pelo amor que queriam dividir. Rogue a ajudou a tirar a roupa, quando viu as outras marcas hesitou por um momento; viu as costas dela arranhadas. Sentiu ânsia, não por ela. Por ele.

-Lucy, me desculpe, não posso – Ele se ajoelhou diante dela, encostando sua cabeça nas pernas dela – Não me sinto bem sabendo que ele... que ele... abusou de você.. dessa maneira. Me perdoe. Eu não posso fazer isso com você.

- Eu sinto muito por não estar inteira para você – Ela cobriu os seios fartos  com os antebraços – Mas eu quero. Por favor Rogue, me ame. - Ela o ergueu, beijou-o novamente. – Você não irá me machucar. Confio em você.

O Cheney sentiu seu corpo revirar, a queria, não negaria; e jamais negaria qualquer pedido dela. Se pôs sobre ela, beijando seu pescoço e clavículas novamente, a mão esquerda apoiada ao lado da cabeça dela enquanto a direita a fazia caricias pelo corpo, descendo calmamente. A amaria, mas de uma outra maneira, de uma forma que pudesse ficar em paz consigo mesmo. Não sentia repulsa por ela, mas pelo crápula que a tocou de forma suja. Ela precisava saber que era linda, que ainda podia ser amada, e ele queria dá-la essa certeza.

-Você não precisa fazer nada por mim, querida – ele parou o beijo, encarando-a nos olhos – Eu a amarei essa noite, farei de você a mulher que precisa ser.

Baixou os dedos até a feminilidade, massageando o clitóris, levando-a ao extremo prazer; sua boca sugava os seios expostos enquanto a masturbava, sentindo o corpo dela reagir positivamente.A voz arrastada, soltando gemidos e palavras incompreensíveis. Fazendo-a revirar sob os lençóis. Finalmente sentia-se viva, mulher, amada. Como sempre desejou ser. Lucy abriu lentamente os olhos após chegar ao ápice, encontrando as orbes avermelhadas dele, tão derretidas, como em seu sonho, mas dessa vez era real. E nada poderia acorda-la.

-Eu estou apaixonada por você, Rogue Cheney. – assim adormeceu.

 


Notas Finais


Quero agradecer ao meu namorado (Lucas) que me ajudou e me incentivou a continuar a história e para quem gosta eu vou divulgar o canal dele do Youtube, ele faz lives de games ♥ link:
https://www.youtube.com/channel/UCWJEJH9NVckZ6D413nQmVNQ

Até mais ♥


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