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História Amor Além do Tempo - De Volta à Seattle


Escrita por: SamusAran

Notas do Autor


Olá de novo!

Hoje como estava empolgada, fui até procurar uma imagem bem condizente com o capítulo. Esse parece triste, mas nem é tanto. Vocês vão notar conforme forem evoluindo na leitura. Espero que curtam.

Boa leitura! :)

Capítulo 40 - De Volta à Seattle


Fanfic / Fanfiction Amor Além do Tempo - De Volta à Seattle

Depois de ajudar Max a arrumar as malas e finalmente terminar de organizar todas as coisas necessárias para a viagem, Chloe foi atingida pela realização de que a garota de sardas iria realmente embora de novo. E, mesmo sendo algo temporário, a sensação de déjà vu que ela sentia naquele momento era grande demais para ser ignorada.

Chloe conseguia lembrar claramente de uma versão de si, 5 anos mais nova, com os olhos inchados de tanto chorar, assistindo à distância o carro dos pais de Max se afastarem com ela no banco de trás, olhando pelo vidro traseiro e acenando tristemente com os olhos também vermelhos, até sumir no horizonte.

E, agora, tantos anos depois, ela sentia como se estivesse revivendo aquele pedaço melancólico de seu passado mais uma vez, sentindo uma dor bastante semelhante à que sentiu na época. Uma sensação que ela não conseguia afastar, por mais que quisesse e mesmo sabendo que a ocasião era totalmente diferente.

- Chlo...? Você tá me ouvindo?

- Tô... por que? - Ela mentiu, finalmente voltando de seu transe temporário para encarar a realidade.

- Porque faz um tempão que eu tô te pedindo pra me ajudar a carregar a Lisa e você nem se deu o trabalho de responder. Pensei que estivesse sonhando acordada.

Max respondeu sem conseguir evitar o tom irritado em sua voz por saber que a punk estava mentindo e, provavelmente, escondendo algo dela, mas, ainda assim, decidiu não perguntar diretamente.

- Está mais pra "tendo pesadelos acordada".

Chloe desabafou, deixando Max preocupada e a fazendo parar imediatamente de organizar os últimos itens em sua mochila para ir se juntar a ela no sofá, sendo abraçada e beijada assim que ficou ao alcance dela.

- É que eu estava lembrando do dia que você foi embora. - Aquela confissão fez Max encará-la com uma expressão ainda mais assustada e, ao notar isso, a punk logo se defendeu. - Olha, não é como se eu estivesse fazendo de propósito. Pode não parecer, mas eu não gosto de ficar me torturando com lembranças ruins. Elas simplesmente surgem na minha cabeça sem aviso prévio e não é fácil ignorá-las. Eu certamente faria isso, se conseguisse.

- Eu entendo, mas eu não estou indo embora. É mais como uma viagem com meus pais.

- Eu sei, mas continua sendo uma droga. - Chloe respondeu bufando de olhos fechados.

- É, mas uma droga passageira. - Max rebateu a beijando rapidamente e conquistando o esboço de um sorriso. - Você precisa me prometer que não vai passar esses dias todos emburrada dentro do seu quarto e também que vai pedir desculpas à sua mãe.

- Tá, eu prometo. - Ela respondeu, revirando os olhos e recebendo outro beijo em resposta.

- Olha que os pais da Kate moram aqui em Arcadia Bay e ela me prometeu ficar de olho em você nós dias em que eu estiver ausente. - Max ameaçou em tom de brincadeira fazendo Chloe rir. - Sendo assim, cuide de cumprir com a sua palavra.

- Eu adoro quando você tenta me manter na rédea curta. - Chloe brincou a beijando e a puxando para cima de si. - Eu vou tentar me comportar.

- E vou sentir muito sua falta. - Max confessou no meio de um suspiro.

- E eu morrer de saudade. - Chloe respondeu de imediato, se aproximando para morder o lábio dela ao final. - Posso pelo menos ficar com sua língua enquanto você está por lá?

Max riu daquela sugestão, balançando a cabeça antes de responder.

- Eu vou ter que negar, mas só porque ela está acoplada ao restante do meu corpo e não é removível.

Chloe fez uma cara decepcionada, que fez Max rir novamente, mas logo foi distraída pelo toque de seu celular indicando que seus pais haviam chegado e trazendo à tona de novo de novo o clima melancólico da despedida.

Elas se levantaram cabisbaixas e Chloe andou em direção à porta carregando uma das malas até ser interrompida por Max.

- Espera! Antes de ir, eu quero te emprestar uma coisa pra você lembrar de mim enquanto eu não estiver por aqui. 

Sem demora, ela revelou o urso caolho que carregava consigo praticamente a vida toda e o entregou nas mãos de uma Chloe surpresa pela oferta.

- Cuide bem dele porque eu vou saber se ele não tiver sido negligenciado na minha ausência.

- Não se preocupe, Maxaroni. Eu vou evitar comer o outro olho dele. - A punk brincou analisando o bicho de pelúcia com um sorriso e, em seguida, voltando a encarar Max. - E, como eu espero que você lembre de mim cada segundo do seu tempo em Seattle, também vou te dar algo que vai facilitar esse meu intento.

Antes que Max pudesse ficar curiosa, Chloe tirou o gorro da cabeça e o colocou na dela, o posicionando corretamente e ajeitando o próprio cabelo com uma das mãos logo em seguida.

Max sorriu, abraçando Chloe de imediato, enterrando o rosto no pescoço dela e aproveitando aqueles últimos minutos para gravar o cheiro da punk em sua memória e tornar menos difícil o tempo em que ficariam distantes.

Após se separarem, elas caminharam em silêncio até o estacionamento de Blackwell, enquanto Chloe sentia seu estômago dando voltas cada vez mais intensas à medida que se aproximavam de onde os Caulfield esperavam Max.

Tudo só piorou quando as duas finalmente os alcançaram e eles começaram a guardar a bagagem de Max no porta malas do carro. Chloe abraçou a garota mais nova quando a vontade de chorar se tornou intensa demais para que conseguisse continuar encarando-a sem desabar.

Então a punk respirou fundo diversas vezes, tentando se acalmar e sentindo Max responder ao seu pânico temporário distribuindo beijos leves por seu pescoço e afagando suas costas.

- Vai ficar tudo bem. Eu te ligo assim que chegar lá.

Chloe apenas balançou a cabeça, lutando contra si mesma para não dizer o que estava passando por sua mente naquele momento. Entretanto seu cérebro rapidamente se mostrou incapaz de frear sua boca.

- Se eu pedir pra você ficar agora, você fica? - Ela perguntou quase num sussurro, num tom de voz inseguro, totalmente diferente de seu habitual, já embargado pelas lágrimas que começavam a cair por seu rosto.

Max suspirou, enterrando a cabeça no pescoço dela e a abraçando ainda mais forte antes de responder.

- Fico.

Chloe respirou aliviada com a resposta curta e direta, se sentindo mais leve após ouvi-la.

- Desculpa te perguntar isso, mas eu enlouqueceria, se não fizesse. - Ela confessou beijando a testa de Max e se afastando para encará-la - Só que, por mais que eu deseje de todo coração que você fique, não quero que você brigue com seus pais por minha causa. Isso só nos atrapalharia e eu não sou tão egoísta.

- Parece que eu estou sendo uma ótima boa influência na sua vida. - Max respondeu em meio a um sorriso.

Elas perderam o foco na conversa ao ouvirem os pais de Max fecharem as portas do carro e buzinarem as apressando. E, então, a expressão triste de antes voltou ao rosto de Chloe, enquanto uma melancólica preencheu o de Max.

- É meu sinal.

- Eu sei. - Chloe respondeu tentando seu máximo para forçar um sorriso e acariciando o rosto de Max calmamente com uma das mãos, sentindo-a se reclinar de olhos fechados em direção ao seu toque. 

Então a punk se aproximou, extinguindo a distância entre as duas e a beijando, tentando afastar todos os pensamentos ruins e focar seus pensamentos naquele beijo e no sentimento que ele carregava.

Ao fim da aproximação, elas se mantiveram um tempo com as testas encostadas, apenas se encarando e aproveitando até o último segundo de seu tempo juntas. Sendo atrapalhadas pelo novo barulho de buzina e trocando "eu te amo" e várias outras promessas silenciosas, quando Max se afastou em direção ao carro, finalmente largando a mão de Chloe e entrando no automóvel.

Como da primeira vez, 5 anos atrás, Chloe a assistiu se afastando até sumir, tentando convencer a si mesma que daquela vez seria diferente.

__________________________

Quando voltou para casa naquele dia, Chloe fez exatamente o oposto do que havia prometido a Max: Entrou batendo a porta com força, sem falar com ninguém e subindo cada degrau da escada fazendo máximo de esforço para causar muito barulho, se trancando no próprio quarto com o som ligado quase no último volume com músicas que ela sabia que David odiava.

Chloe queria que Joyce viesse e brigasse com ela mais uma vez, ela estava almejando gritar com alguém naquele momento para descontar toda a raiva e a frustração que estava sentindo, mas aquilo não aconteceu. Seu ataque foi ignorado tanto por Joyce quanto por David, os quais, pouco mais de uma hora depois, saíram para seus respectivos empregos, a deixando com a casa só para si.

Quando notou que estava sozinha, ela baixou o volume do som e mudou para uma música mais calma, deitando na cama e acendendo um cigarro, que tragava, encarando o teto, sentindo sua raiva se dissipando à medida que a fumaça era inalada e expelida de seus pulmões.

Depois de horas fazendo basicamente nada além de observar as rachaduras nas paredes, ela notou o visor de seu celular acendendo para indicar o recebimento de uma nova notificação. Ela se esticou até pegar o aparelho e sorriu ao ver o nome de Max brilhando na tela, indicando que a garota havia lhe enviado duas novas mensagens.

[Max]: Eu vi isso e lembrei de você

A mensagem curta foi seguida de uma selfie dela dando língua ao lado de uma placa de proibido estacionar. Ela começou a rir, colocando o cigarro no cinzeiro e se apressando a responder de volta.

[Chloe]: Você está proibida de me zoar quando não está aqui pra encarar minha ira vingativa

[Max]: Então me impeça ;P

[Chloe]: Max, o que já te falei 1000 vezes sobre emojis?

[Max]: Que não são o que você mais ama em mim? 

[Chloe]: Você tem tanta sorte de não estar ao meu alcance agora

[Max]: Você fez o que te pedi?

Chloe hesitou por um momento ao ler aquilo, pega de surpresa pela pergunta e tentando imaginar um meio para escapar dela. Mas não rápido o suficiente.

[Max]: Pelo visto não 

Bom, nenhum emoji. Ela certamente deve estar decepcionada comigo.

[Max]: Meu celular vai ficar sem sinal porque vamos voltar pra estrada. Falo com você depois.

[Chloe]: Desculpa. Eu vou resolver isso antes de você chegar, tá?

Max demorou o que pareceu uma eternidade para responder a mensagem e Chloe ficou ainda mais impaciente quando viu que ela tinha apagado e voltado a digitar várias vezes. Quando a resposta finalmente veio, ela riu, mal acreditando no conteúdo.

[Max]: (^_^) <3<3<3

Maldita hippie!

__________________________

Chloe desceu as escadas assim que ouviu a porta da frente batendo, indicando a chegada de Joyce. Então, se aproximou calmamente da cozinha e ficou escorada de braços cruzados no balcão, observando sua mãe guardar os mantimentos que havia trazido consigo no refrigerador.

Joyce notou sua chegada no mesmo minuto em que Chloe pôs os pés no cômodo, mas decidiu se manter em silêncio, esperando que fosse sua filha a tomar a iniciativa de um possível diálogo.

- Joy... mãe?

Joyce parou o que estava fazendo para olhar em direção à Chloe, esperando que isso fosse indicativo o suficiente de que ela deveria continuar.

- Desculpa pelas coisas que eu disse sobre não sermos mais uma família, por ter gritado com você e pela forma como eu agi hoje quando cheguei.

Joyce apenas sorriu e voltou a seus afazeres, terminando de guardar os últimos itens agora no armário e deixando Chloe impaciente, mas ainda sob controle.

- Foi a Max que te pediu pra fazer isso? - Joyce perguntou quando finalmente concluiu o que fazia e pôde direcionar sua atenção para a filha.

- A primeira parte sim, até porque ela ainda não sabe o que eu fiz hoje. - Chloe confessou sem jeito, assistindo Joyce rir em resposta.

- Nunca deixe essa ir embora.

- Era o que eu estava fazendo antes de você me proibir de ficar com ela.

Chloe rebateu se deixando dominar pelo sentimento de frustração que ainda sentia e pela lembrança da conversa prévia com sua mãe.

- Filha, é só uma viagem. Ela vai voltar. - Joyce respondeu assistindo uma expressão de discordância se formar em Chloe ao ouvir aquele comentário. - Eu sei que você queria muito ir, mas você precisa entender o quanto esse natal é importante pra mim.

Chloe suspirou, claramente contrariada, e pronta para rebater aquela afirmação, quando Joyce continuou seu discurso.

- Esse é o primeiro natal em que tenho você de volta, Chloe. Sem toda a raiva de antes, tomando um rumo na vida e até se dando bem com o David. Pra mim é como celebrar a reconstrução da nossa família.

- Mas pra mim soou mais como se você estivesse me punindo, mesmo depois de eu fazer tudo certo. - Chloe respondeu num tom de voz amargo.

- Pois você está enganada, filha. E eu certamente teria te deixado ir pra Seattle logo depois da ceia, se você não tivesse agido da forma que agiu.

- Eu já imaginava essa parte. - A garota de cabelos azuis deixou escapar, suspirando e se odiando por não conseguir controlar seu temperamento explosivo.

- Sua boca grande te prejudica quase tanto quanto sua teimosia.

- Nem precisa me dizer. - Chloe suspirou de novo, colocando as duas mãos atrás da cabeça e permanecendo algum tempo contemplativa. - E, então, nós estamos bem?

- Ainda não. - Joyce respondeu levando Chloe a arquear as sobrancelhas confusa. - Eu quero um abraço pra selar a paz entre nós duas.

Chloe revirou os olhos, mas logo deixou escapar um sorriso, antes de se aproximar de sua mãe e abraçá-la por vários segundos.

- Era muito frustrante pra mim saber que o David tinha ganhado um abraço seu e eu, que sou sua mãe, não tenho recebido um em anos.

- ELE TE CONTOU?! - Chloe perguntou indignada, se afastando boquiaberta para notar Joyce se divertir com sua reação.

- Não... foi a Max. - Joyce revelou deixando Chloe ainda mais chocada. - Quando conversou comigo e me pediu pra relevar seu comportamento, ela acabou soltando essa informação valiosíssima.

- Ah, mas ela não sabe o que a espera quando eu tiver oportunidade de jogar essa traição na cara dela.

__________________________

Chloe estava deitada na sua cama de novo, com os braços atrás da cabeça e as pernas cruzadas, observando cada um dos pôsteres e pichações de seu quarto, tentando entender como o tempo poderia se arrastar tão vagarosamente, enquanto esperava o novo contato de Max. 

Ela experimentou ler, assistir TV e até vagar a esmo pela internet numa busca frustrada para aplacar a agonia da espera, até o momento em que sua ansiedade a obrigou a desistir e se deitar na cama para tentar cochilar, o que também não aconteceu.

Depois do que pareceram dias, ela notou seu celular vibrando e se apressou para olhar a notificação que havia acabado de receber, mas para sua decepção não era de Max.

[Kate]: Oi, Chloe! Como você tá?

[Chloe]: Bem, na medida do possível. E você?

[Kate]: Também. Só um pouco entediada.

[Chloe]: Foi a Max que te pediu pra falar comigo?

[Kate]: Não. Claro que não. Nós somos amigas também :)

O que há com as pessoas de hoje e o uso de emojis?

[Kate]: E, pensando nisso, eu estava querendo te chamar pra comprar presentes de natal durante a semana. Eu poderia pedir aos meus pais ou ir sozinha, mas seria bem mais divertido se fôssemos juntas, como numa aventura. (* - *)

Chloe sorriu com a sugestão, imaginando que aquela seria uma boa forma de ocupar sua mente naquele período e também uma ótima oportunidade para comprar um presente para Max.

[Chloe]: Fechado, Kate. Mas você vai precisar me ajudar com o presente da Max.

[Kate]: Eu estava esperando que você fizesse o mesmo por mim, mas acho que podemos nos ajudar mutuamente :D

[Chloe]: Claro. Só tem uma coisa muito importante que você precisa saber, se quisermos fazer nossa amizade durar

[Kate]: ?

[Chloe]: Emojis estão terminantemente proibidos nas nossas interações virtuais

[Kate]: (╥_╥)

Chloe colocou o celular de lado sorrindo e se preparando para acender um cigarro quando viu a tela de seu celular voltar a se iluminar e esticou o braço para pegá-lo, imaginando que fosse outra mensagem de Kate.

[Max]: Liga o computador. Eu quero te ver 。^‿^。

Chloe ficou tão empolgada que, nem ao menos se ocupou em responder. Simplesmente levantou da cama rapidamente, ligando o notebook e mal aguentando a própria ansiedade enquanto iniciava a chamada.

- Olha só o quanto você mudou! Parece até que faz horas que eu não te vejo...

Max brincou logo que a figura de Chloe apareceu nitidamente na tela do computador, a assistindo revirar os olhos e sorrir em resposta.

- Você não viajou num Delorean, Max Mcfly. Pode parar com as piadinhas.

- Eu tô brincando, mas eu já tô com saudades. - Ela falou se inclinando na mesa em que apoiava o notebook, repousando o queixo sobre os braços cruzados. - Possivelmente porque sei que você não está mais a um trajeto de 20 minutos de mim.

- Nem me fale.

Chloe respondeu desanimada, sustentando o queixo na mão apoiada sobre o cotovelo na mesa. Mas seu estado não durou, já que a conversa de pouco antes com Joyce surgiu na sua memória a fazendo mudar completamente de expressão. 

- Acabei de lembrar que estou puta com você. - Ela comentou, cruzando os braços.

- O que...? - Max perguntou confusa, tentando puxar de suas lembranças o que poderia ter feito para irritar Chloe sem nem estar com ela.

- Você contou pra minha mãe sobre o abraço que eu dei no David. - Chloe esclareceu indignada, como se aquele fato fosse realmente algo abominável.

- Che, foi sem querer... eu estava tentando limpar sua barra e acabei deixando escapar sem perceber.

- É inacreditável, Max. - Ela falou balançando a cabeça com um olhar crítico. - Nesse ritmo, você vai acabar contando sobre todo o lance de viajar no tempo também.

Max gargalhou, sem acreditar no que estava ouvindo e assistindo Chloe manter a expressão indignada que ela sabia que estava ali apenas por implicância.

- Sim, Che. São informações com quase o mesmo peso. Me perdoa pelo dano irreparável à sua imagem. - Max falou com a mão no peito, fingindo estar extremamente consternada.

- Tudo bem. Só não deixe que se repita.

Max revirou os olhos e logo mudou de assunto, decidindo contar sobre a viagem e sobre tudo o que havia visto no caminho, depois mostrando seu quarto, andando com o notebook pelo recinto para apresentá-lo à Chloe e, por fim, exibindo para ela algumas das fotos que ela tinha tirado no percurso.

Quando sentiu a si mesma bocejar repetidamente, Max decidiu que era hora de se despedir, já que seus olhos estavam se fechando fora de seu controle devido à exaustão da viagem. Entretanto, ela decidiu tirar uma dúvida final antes.

- Cadê meu urso? Não tô vendo ele na sua cama.

- Fumando na janela. - Chloe respondeu despreocupadamente, conquistando um olhar incrédulo de Max.

- Ele não fuma, Chlo. Ele é um urso de pelúcia.

- Bom, ele ficou revoltado depois que você o abandonou e decidiu se rebelar. - Chloe rebateu dando de ombros.

- Eu não o abandonei. O deixei sob os cuidados da minha linda namorada porque não conheço melhor companhia.

Chloe deixou escapar um sorriso abobalhado após ouvir aquilo, falhando totalmente ao tentar disfarçá-lo e manter sua expressão impassível.

- De qualquer forma, ele tá com saudades. E eu menti. Ele não tá fumando, mas sim chorando trancado no banheiro.

Max sorriu odiando o fato de não poder abraçá-la naquele momento em que adiava até o último minuto o instante de desligar.

- Eu também tô morrendo de saudades de vocês dois. Mas a gente vai superar esses dias. Faltam só mais treze.

- "Só"! - Chloe repetiu num tom sarcástico. - Insira esse "só" apenas quando estiver faltando um dia, hippie.

- Não se preocupe. Da próxima vez eu te trago de qualquer jeito, nem que seja escondida na mala.

- Pode ter certeza que vou cobrar.


Notas Finais


E a Max viajou mesmo, gente. Não teve jeito e não teve Chloe que segurasse.
O que vai ocorrer a partir daí, não sei ainda. Fiquem aí imaginando e me contem as teorias depois, hehe!

Beijos e até a volta!


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