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História Amor, amor, negócios à parte - "Recognize its ruin"


Escrita por: gabs_pz

Notas do Autor


Sempre demoro, mas vim com um capítulo bem expressivo para vocês, aproveitem, se quiserem me apresentar sugestões, teorias, opiniões e criticas. Comentem! É bom saber o que vocês acham, se estão gostando, me dá motivação!

Capítulo 14 - "Recognize its ruin"


“Antes, a questão era descobrir se a vida precisava ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.”

-Não muito, Colin esteve aqui...

-O que aquele maldito estava fazendo aqui Lana?

- O “maldito”, é pai da minha filha, Jen. – disse Lana.

- Ele é o progenitor, ele não sabe nem o que é ser pai, o que ele veio fazer aqui se a Alícia nem conhece esse idiota? Ah não, ela conheceu ele? Como ela está? – Dizia Jen meio eufórica.

-Calma, ela o conheceu sim, ela foi bem madura em relação a ele, pediu que ele fosse embora e entregou uma caixa para ele.

- Como assim? Que caixa?

-Eu não faço ideia, nunca tinha visto aquela caixa.

-E você não perguntou?

-Não, aquela caixa não foi motivo de preocupação em mim, o que me devastou de alegria e de tristeza, foi isso. – Lana disse e entregou a carta de aprovação da Alícia.

-Uau, que ótimo, ela estava querendo tanto conseguir a bolsa. – dizia Jen entusiasmada pela mesma.

- E como você sabe disso?

-Estava conversando com ela outro dia.

-Sério? Eu sabia que ela queria a bolsa, mas não sabia desse entusiasmo pela parte dela.

-Já parou para pensar que a sua vida gira em torno disso aqui, Lana – Dizia Jen olhando pelo escritório – Aliás, quando não é isso, é a empresa. Lana, você não tira férias há anos, você vive para o trabalho, você tem tudo, às vezes eu não sei mais o que você quer, a vida é curta, você quer contar para os seus netos o quanto você trabalhou ou das aventuras incríveis que você viveu?

-Mas eu não tenho nem aventuras, exceto aquele dia em que tive que bolar três estratégias em menos de 5 horas, eu me desdobrei. – Dizia alegre lembrando-se da embolação que foi o dia.

- Jen a encarava séria – O que foi? – disse Lana.

-Você já está falando de trabalho novamente.

-É o que eu faço e me deixa feliz.

-Claro, é a única coisa que você faz para tentar ser feliz, sua filha daqui a uns meses irá embora para o outro lado do país e o que você vai fazer? Se sentar nessa cadeira e esperar ela terminar os estudos?

-Claro que não.

-Então qual é a sua ideia?

-Err... Ok, eu planejava marcar umas viagens para outras filiais.

-Meu Deus, eu estou ficando com uma louca por trabalho.

-Nunca parei para perceber, mas soa tão estranho você falando “ficando”.

-Lana, eu acabei de te chamar de louca por trabalho e você se preocupa com o que eu uso para se referir a nós?

- Desculpa você tem razão, o trabalho é meu único refúgio, quando tudo desandou, ele estava lá, intacto, então foi meu melhor apoio para se levantar e eu acabei me prendendo demais.

-Não precisar pedir desculpas, se você reconhece isso, viva meu bem, mas viva com cautela, pois da última vez que você “viveu”, acabou na cama com meu primo. – Disse Jen enciumada.

-Realmente – diz pensativa e olha para Jennifer – você fica tão fofinha com ciúmes, tão fofa que da vontade de te beijar todinha.

-Ciúmes não são fofos, ainda mais quando eu me lembro de você atrás daquela cortina...

- Mas, olhando por um lado, se aquilo não tivesse acontecido, a gente não teria discutido e nem eu teria te beijado.

-Eu que te beijei, eu acho que mesmo se não tivéssemos discutido naquele dia, um dia, seja lá quando, eu iria te beijar.

-Lana revirou os olhos – Você fala de ciúmes, como se eu fosse a única causadora, você com a Rose não conta?

-Claro que não, eu não fui para a cama com a Rose, bem não naquele dia. – Assim que Jennifer termina de falar, recebe um tapinha no braço, dado por Lana.

-Você é ridícula.

-Você também, mas uma ridícula bonitinha. – dizia enquanto beijava a bochecha da mesma.

-Sai daqui. – diz Lana e morde a bochecha da mesma.

-Só se você me der um beijo.

-Te dou um milhão de beijos se for para calar sua boquinha.

-Irei cobrar cada um – dizia Jen, enquanto a enchia de selinhos.

                                                    ...

                                         Pov. Colin.

 Saí da casa de Lana meio desnorteado, para falar a verdade, eu nem sei como cheguei a casa. Passei anos da minha vida ignorando o fato de que tinha uma filha e que não fui um pai presente, aliás, nem fui um pai, ignorar era mais fácil, e se teve algo que eu sempre preferi foi o caminho mais fácil. Tudo era muito simples, até aquele dia, até as vezes que tive vontade de ser o pai que minha filha precisava foi mais simples que aquilo, tomar a decisão de me apresentar para Alícia foi difícil, não só por ser o caminho mais complicado, mas também por não se tratar apenas dos meus sentimentos e sim da menina que não teve pai durante a maior parte de sua vida.

Pensar nesse assunto me fazia ver a que ponto eu cheguei, eu estava no fundo do poço, eu traí a mulher pela qual eu mais amei por toda minha vida, traí a minha família, meu casamento, meu papel como um homem, eu me tornei um lixo para essas mulheres. Meu pai sempre dizia “A gente se afunda sem ver e quando somos avisados, abominamos quem nos avisa, quem nos ajuda e quando percebemos é tarde demais. Então, nunca despreze avisos de quem te ama”, Lana me avisou, céus, como ela me avisou, aquela mulher me amou com todas as forças, mesmo sendo o carrasco que eu fui e tudo que eu dei para ela foram motivos para ela me odiar.

Entrando na sala, vi minha secretaria eletrônica estava com 3 chamadas perdidas, duas eram de Lilith, normal, Lilith era minha secretaria há anos e achava que nosso envolvimento era algo sério, ela tinha mania de achar que mandava em minha vida, não compareci ao trabalho hoje, então já imaginava o que fosse e resolvi ignorar, a 3ª chamada era de Rose. Hoje não seria um dia bom para nós, Rose me procurava todo mês quando vinha para Vancouver, mas hoje não era um bom dia. Resolvi ignorar e sentar com a caixa, nunca havia sentido tanto medo, segurar uma bomba talvez fosse mais fácil, seja o que for que tinha naquela caixa, não seria legal. Por fim, resolvi abrir e no mesmo instante meus olhos lacrimejaram, havia um desenho, nela estava Lana, Alícia e um homem com uma interrogação. Era isso que eu era uma interrogação na vida dela, na mesma sequência tinha uma carta, quase ilegível, realmente aparentava ser escrita por uma criança com a habilidade de escrita recém-aprendida.

“PapAi, oge eu sai com a mamae a gente foi na prasa dar comida para os pato tinha muita criança com os papai delas mas vose nao pode vir com a genti, foi divertido, tomamo sorvete de xocolate e brincamos no escurega.”

Nessa série tinha várias cartas nesse gênero mais duas me chamaram atenção, as escritas eram maduras, de uma caligrafia impecável...

 “Querido pai que eu nunca conheci, eu não sei o seu nome e eu não quero saber por que isso não tem nenhum propósito para mim. Você provavelmente está lendo isso pensando que eu vou te dizer como você foi um pai terrível e que você deveria se envergonhar de como você me abandonou. Não é este o caso. O que eu estou aqui para dizer é…

Eu te perdoo.

Eu te perdoo por você não ter estado lá porque isso me fez mais forte. Quando eu era mais nova e nós tínhamos a celebração de Dia dos Pais na escola, eu tinha o meu tio Sean. Quando me perguntaram “Onde está o seu pai?”, eu disse a eles que eu não tinha um, mas eu tinha a coisa mais próxima disso. Tio Sean me ensinou a nunca me intimidar com nada nem ninguém. Ele me mostrou que eu nunca deveria ser tratada como nada menos do que um ser humano.

Eu te perdoo por me afastar de você porque isso me fez encontrar novos braços para me aproximar. Minha avó me ensinou a ser respeitável e confiável. Ela me ensinou a sempre ser verdadeira com todo mundo que você entrar em contato, porque mentir para eles seria pior do que qualquer palavra que você lhes dissesse. Ela não permitia que eu fosse desrespeitosa com os outros, e se eu fosse ela também me ensinou que punição era algo real. E eu estou te dizendo, ela não tinha medo de fazer uso dela.

Eu te perdoo por não ter sido um pai porque a mamãe foi capaz de limpar a sua sujeira. Ela tem tido este mesmo trabalho desde o primeiro segundo em que eu nasci. Ela me criou, segurou um emprego e sempre nos manteve. Às vezes, ela pode ter exagerado, pois sempre queria mais para mim, mas sou eternamente grata por tudo o que ela fez por mim. Quando nós saíamos de férias, ela trabalhava duro para tirar folga e me levar para viajar, e ter certeza de que eu tivesse os melhores dias da minha vida . Ela foi a todos os eventos dos quais eu participei, todos os eventos do ballet, todas as lutas de quando eu cismei de fazer judô na 6ª série, e tem fotos de cada um deles. Ela sempre esteve presente em quase tudo e teve orgulho de mim por cada memória que eu criei.

Eu te perdoo por todas estas coisas porque eu sei que eu sou uma pessoa melhor por isso. Eu fui para o meu primeiro dia de aula no ensino fundamental sem você, eu estou me formando no ensino médio sem você, eu começarei minha faculdade sem você. Eu estou em paz com quem eu sou e com quem eu quero ser. Agora eu sei quais pais eu tenho como modelo para quando eu for mãe. Não te ter não definiu o meu sucesso, isso me empurrou e me motivou para que eu fosse ainda mais bem sucedida. Não porque eu quis provar algo para você, mas porque eu quis provar para mim mesma. Quando eu olho ao redor, esta família que cresceu com o tempo e as pessoas que entraram e saíram da minha vida preencheram o vazio que você deixou.

Apenas lembre-se, você não me ferrou quando você foi embora, quando você deixou de estar com a mamãe e quando você fugiu dos seus problemas. O meu mundo continuou sem você. Eu realmente espero que você tenha encontrado a felicidade, e eu te perdoo por ter sido o homem que me fez, mas que não me quis.”

 E a última carta tinha uma data bem próxima...

“Bem, essa semana o senhor me enviou uma carta, mal sabe você que eu tenho um monte para lhe mandar. Você disse para eu não esquecer que tinha um pai, que me amava e que queria meu bem mesmo longe, eu hoje não entendo que tipo de amor é esse, eu espero sinceramente um dia poder entender, outra coisa, eu NUNCA, um dia sequer da minha vida esqueci que tinha um pai, quem esqueceu alguma coisa foi você.

  Eu não o conheço, não faço ideia de como você é; tia Bex disse por alto uma vez que você é muito bonito, mas levando em consideração o gosto dela, eu realmente não sei, mas eu não me importo, mesmo que você fosse o homem mais bonito, seu coração parece não ser, eu não sei se você teve motivos que justifiquem esse ato, e se tiver tem que ser algo muito grave, pois eu não acho que tenha justificativas para abandonar uma família a troco de nada, mas afinal o que eu sei? Eu não sei nada, não tenho informações sobre você, não sei onde você mora, nem tentarei descobrir, deixarei por conta da minha mãe, sei que um dia ela me contará mesmo que demore anos, não farei por conta própria seria o mesmo que uma facada nela.

 Ah e sobre minha mãe, eu realmente não sei o que você fez a essa mulher, mais também tenho certeza que não quero descobrir, imagine que horrível começar a sentir nojo de você, independente do que aconteceu, tenho certeza que ela não mereceu, Lana Parrilla é de longe a mulher mais incrível que eu conheci, qualquer homem ficaria louco de ter seu coração e você descartou isso, ou você é um louco ou tem sérios problemas.

Mas falando nela como mãe, hoje eu vi medo no olhar dela e tristeza, quando eu falei que você me escreveu, ela sentiu medo, o que você fez? O que a deixou com tanto medo de que você falasse comigo? Eu espero que ela não tenha medo de um dia me perder para você e também espero que você não tenha exigido isso, você não tem esse direito sobre mim, nem deveria querer ter, ela não merece isso, ela merece tudo do melhor, se eu pudesse daria o mundo por ela, ela é a melhor mãe/pai do mundo, uma das melhores pessoas que eu já conheci e seja lá o que você tenha feito para ela, você foi horrível para ela, não sei se quero isso para mim e quando vi essa expressão nela, acho que perdi toda vontade de te conhecer.

 Não fiz essa carta para despejar ódio em você, até porque eu não sinto isso por você, mas fiz para que você soubesse que ela não criou uma menina boba e que nunca maquiou o que aconteceu, ela pode não ter me contado ao certo, mas ela não mentiu, e eu sei disso, espero que você tenha cara de pau para se desculpar descentemente  e a altura dela, mas quem precisa dessa desculpas é você, ela já te superou e pôs uma pedra em cima de você, mas você deveria se corroer por ter sido um crápula e ter a magoado como magoou.”

 

 


Notas Finais


A penúltima carta eu vi em um blog e mexeu bastante comigo, dei uma alterada para bater, se quiserem ler eu ponho o link para vocês. Beijos, até a próxima!


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