História Amor, amor, negócios à parte - Viva la vida - Parte I

“A felicidade nunca foi questão de ter, o real sentido de ser feliz, está nas escolhas que fazemos.”

                                    Manhã do aniversário da Alícia

 Lana já se encontrava acordada, estava na cozinha tomando café e acertando os últimos detalhes para a festa enquanto esperava o horário de ir buscar sua mãe suas irmãs no aeroporto.

 -Minha filha, irei acordar a Alícia, vê se não perde a hora hein! – Dizia Maria enquanto subia as escadas.

-Pode deixar – Lana sorriu e olhou o relógio vendo que ainda tinha meia hora.

                                                                   ...

-Ei! Bom dia minha flor, vamos acordar?- Disse Maria acariciando os cabelos de Alícia.

-Bom dia Mah – Disse Ali se espreguiçando.

-Feliz aniversário Ali, saiba que você é uma das pessoas mais especiais que eu já conheci, quero que teu dia seja maravilhoso e irei pedir sempre ao papai do céu, para que você seja sempre a mesma e que seja muito feliz!

- Com um bom dia desses, impossível não ter um dia maravilhoso, muito obrigada por tudo, tudinho mesmo – diz e abraça Maria.

-Agora, vai se arrumar e depois desça se quiser ir ao aeroporto com sua mãe.

-Ok, tô indo – Se levanta rapidamente e se encaminha para o banheiro.

                                                                 ...

-Vamos logo filha, se não vamos se atrasar! – Diz Lana no início de escada.

-Já to indo, só mais 5 minutinhos.

-Você já pediu 5 minutinhos!

-Então, espera mais 2 e eu juro que eu desço.

-Ela não é mole – dizia Maria

-Realmente não é, nem eu sou assim. Já vou logo preparando o café dela e levando se ela resolver comer antes vai me atrasar.

-Imagina se fosse né Lana, você só não é mais atrasada, porque preza muito pelo horário do trabalho, mas desde pequena você era assim.

-Realmente, você já é a segunda pessoa em dois dias que fala sobre a minha relação com trabalho, não sei se fico feliz por ser uma ótima funcionária ou triste por ser a louca do trabalho.

-Não precisa ficar triste meu bem, mas saiba que tudo em excesso faz mal. Quem foi a primeira pessoa?

-A Jen

-Ela veio aqui ontem?

-Ela passou aqui ontem.

- Ah sim – dava um riso e olhava a cara da Parrilla.

-Pronto! Vamos? – Dizia Alícia na ponta da escada.

-Lana a olhava com os olhos lacrimejando.

-O que houve mãe? Tô tão acabada assim?

-Não mesmo, você tá linda, só não acredito que você já é um mulherão.

-Ahh isso eu já sou há muito tempo – Disse enquanto ia em direção a Lana e a abraçava.

-Feliz aniversário meu floquinho, a mamãe te ama demais, muito mesmo, nunca se esqueça disso, ok?

-Obrigada mãe, eu te amo muito e nunca irei me esquecer disso, mas estamos atrasadas e eu ainda tenho que tomar café.

-Toma no caminho – Lana entrega o pacote para ela.

-Já pensou em tudo hein.

-Claro meu bem, vamos! Tchau Maria, até daqui a pouco – Beija a bochecha dela e Alícia faz o mesmo.

                                                                    ...

                                          Já no caminho para o aeroporto

POV Lana

-Mãe, minha avó ou as minhas tias sabem sobre ontem? – Observei que ela estava meio distante olhando pela janela.

-Apenas sua avó – digo e a olho nos olhos – Quer falar sobre isso? Você tá bem?

-Queria, mas não agora. Eu estou bem, eu estou mais tranquila, não tem mais aquela ansiedade de saber sobre ele, não tem mais muita coisa, espero que ele me entenda pelas cartas.

-Cartas? Era isso que estava na caixa? Posso saber sobre o que elas diziam?

-Sim, falava sobre tudo, sobre tudo mesmo, cada sentimento em relação a ele durante esses anos todos. Ele não parecer ser má pessoa, mas isso não quer dizer que eu queira ele na minha vida, pelo menos não agora, pode ser que em um futuro bem distante que  eu o perdoe, mas pode ser que ontem tenha sido a primeira e ultima vez que eu o vi, mas agora meu coração está em paz.

-É bom saber disso, fico feliz em saber que você tá bem, agradeça sua avó, pois por mim você demoraria anos para conhecê-lo.

-Pode me deixar, agradeço sim, ver ele ontem te fez mal?

-Não, coloquei uma pedra em cima de tudo sabe, tem coisas na nossa vida que vem para fazer o passado ficar no chinelo.

-Por exemplo?

-Enigmas da vida, me desculpe não ter sido tão honesta com você por esse tempo.

-Tudo bem, se você acredita que foi por um bem maior, eu confio em você.

-Que bom meu bem. Tá ansiosa?

-Demais, a Anne chegou mais cedo de viagem, ela estava visitando os avós e vai lá pra casa.

-Faz bastante tempo que não a vejo – Anne era uma amiga de Alícia de infância, mas quando elas fizeram uns 12 anos, ela se mudou, pois o pai recebeu uma ótima proposta de emprego. – Filha, quando você me pretendia contar da faculdade?

-Depois de hoje, não queria que você ficasse chateada no dia do meu aniversário, eu sei o quanto a senhora queria que eu fizesse uma faculdade por perto, mas você sabe que lá é a melhor faculdade de direito, é rapidinho, logo eu volto mãe.

-Seu rapidinho demora demais filha, chegamos!

-Você nem vai perceber, olha elas ali.

-Claro que vou, Alícia. – Vou indo na direção delas.

-Meu neném, eu disse que nós viríamos. - Diz Bex e abraça a Alícia – Feliz aniversário meu feijãozinho e agora que o melhor da vida começa!

-Obrigada tia, como assim agora que começa?

-Sexo, drogas e rock and roll meu bebê, troca às drogas pelo álcool.

-Rebecca! Olha o que você fala pra minha filha!

-Não falei nada demais.

-Oi meu amor, feliz aniversário meu anjo, bex tem razão, mas primeiro vá estudar – diz Deena e abraça Alícia. –

 Sua mãe fala, mas assim que ela fez 18, só queria saber disso – sussurra no ouvido de Alicia.

-Obrigada tia, não duvido muito – sussurra de volta.

-Agora é minha vez – diz Dolores e empurra Bex e Deena – Oi meu amor, feliz aniversário meu bem, muito juízo, muitas felicidades e muita paciência com suas tias – diz e gargalha.

-Obrigada vó, te amo!

-Só ela que ganha beijos e abraços?- Diz Lana emburrada.

-Ai que carente - diz Bex e abraça-a de lado.

- Queremos novidades né - As três seguem abraçadas e entram no carro indo em direção a casa de Lana.

                                                               ...

                                                        Pov Alícia

 Confesso que as coisas ultimamente não estão acontecendo do jeito que eu imaginava, mas finalmente eu tirei qualquer duvida sobre tudo que eu tinha e apesar de tudo, o dia mal começou e já estou amando.

 Confesso também que um das coisas que mais me deixa feliz hoje era o fato que Anne viria para cá, ela havia se mudado há um tempo e raramente ela voltava, só matamos a saudade através do skype, pensando bem, assim que eu entrar na faculdade irei vê-la mais vezes já que ela mora bem próximo de lá.

 -Assim que chego em casa vejo o Mat no portão com umas flores e um caixa na mão, sério ele é tudo que eu queria e mais um pouco. Mal o carro para e eu já desço e corro para abraçar ele. - Oii amor – dou um selinho.

-Oi, meu amor! Feliz aniversário. –Ele me beija e depois beija minha testa.

-Ah Lana você não me disse que ele tinha jeito de almofadinha- diz Bex enquanto olha eles.

-Bex! – Diz Dolores e Deena ao mesmo tempo.

-Melhor um “almofadinha” do que os namorados que você trazia em casa, como era o nome daquele mesmo? Dennis Cavalo? – dizia enquanto tentava se lembrar.

-Não Laninha, Dennis Pilantra. - Diz Deena.

- Dennis Bravo, isso foi um erro já recorrido, agora não me envolvo com caras assim. Ah Lana não podemos esquecer seu envolvimento com o grande Josh.-Diz Bex.

-Não foi um envolvimento, foi algo rápido.

-Um envolvimento, Laninha.

-Vamos meninas! – Diz Dolores saindo do carro. - Logo o Josh filha? - Sussurra Dolores.

-Então esse é o famoso Mattew? Preparado para o interrogatório mocinho?- Diz Deena.

-Sou o mesmo – sorri sem graça e cumprimenta as três. –Oi sogrinha.

-Oi Matt, não adiante me olhar com essa cara, essas consequências são suas.

-Vocês vão traumatizar meu namorado – digo e entro em casa, mas logo sinto um peso vindo contra o meu corpo e caio no chão.

-Oiii Lica – diz Anne e depois do ocorrido se desculpa e a ajuda a levantar – Foi mal não era minha intenção. – Agarra Alícia – Que saudades Lica.

-Ai Anne, que saudades – abraço – Porque não me disse que viria pra cá primeiro?

-Era surpresa dãm!- diz como se fosse óbvio. 

-Oi my sunshine, como você está?- diz Lana enquanto abraça Anne.

-Ah eu to ótima little star, e você? – diz animada.

-Também estou meu bem.

-A cada ano que passa essas Parrilla’s ficam mais maravilhosas – diz Anne e abraça Deena, Bex e Dolores.

-Sem puxar meu saco Anne. – Diz Dolores enquanto beija a sua bochecha e se senta encarando o Mat.

-Mas pode puxar o meu que eu gosto – Diz Bex e faz o mesmo.

-Você não pode falar muito não Page, está realmente maravilhosa, da ultima vez que ti vi você era um grão de feijão. – Diz Deena.

-Não é pra tanto né Dee. –Sorri e encara Mat – Você é o interrogado da noite né? Prazer- Estende a mão para o mesmo e se senta ao lado de Bex.

Pov Alícia Off

-Que comecem os jogos.- Diz Bex vendo Mat sentar de frente para elas.

-Bom, Mat. Quais são suas intenções com a minha neta?

-São ótimas, Dona Dolores.

-Sem o Dona por favor!

-Mat você já violou a virgindade da minha sobrinha?

-Ouuu, pega leve Bex. – diz Alícia envergonhada, Lana que estava na cozinha se retira e encara Mat.

-Não, claro que não, jamais, não... não jamais, ah, não.

-Se enrolou demais hein rapaz- Disse Dee.

-Tsc tsc, acho melhor se sair bem na próxima.- Diz Anne rindo deles.

-Quantos anos você tem e quais seus objetivos na vida?- Pergunta Deena.

- 19, eu comecei a faculdade de engenharia civil há algum tempo.

-Passou no teste teórico, se supere na prática se não você vai dançar meu querido. – Diz Dolores enquanto vai a cozinha conversar com Lana. –Tudo bem meu amor?

-Tudo sim mama, e você? Ta bem? Não quer descansar?

-Tô ótima filha, não quero não. Não tem nada para me falar?

-Não, tudo o que tinha que contar, foi aquilo sobre o Colin.

-Alicia tá melhor?

-Ela disse que sim, que as dúvidas dela em relação a ele sumiram, claro que eu sei que não sumiram por completo, por que foi apenas um dia, mas ela não quer falar sobre, mas se mais lá na frente ela quiser, por mim tudo bem.

-Ah que bom então, eu te avisei! Ceda Lana!

-Eu cedi né mãe.

-Filha, você ta tão leve, ta transmitindo algo tão – pensa um pouco – alegre, tem alguma coisa que eu não sei, talvez alguém.

-Talvez.

-Como assim talvez?

-Tem alguém sim!

-Posso saber quem?

-Ainda não, não é nada concreto madre.

-Lana, Lana, olha lá onde você está se metendo hein.

-Eu sei, aonde eu tô me metendo mãe, até você sabe.

-Eu sei?

-Sabe?

-Lana, às vezes eu tenho vontade de te dar uma surra.

-Não tenho mais idade para isso né mãe.

-Mas parece precisar.

-Eu sou um anjo na sua vida, pode falar, olha as filhas que você tem, eu sou realmente um anjo.

-Lana você é um anjo porque você é mãe, porque quando você não era e nem era casada, você também era assim.

-Humilha mais que tá pouco, mas olha pelo lado bom, pra ser a filha do meio, eu já tô bem organizada de vida.

-É talvez, mas você é meio maluquinha com o trabalho.

-Não aguento mais ninguém me falando isso.

-Então ceda Laninha.

-Chega de ceder mama.

- Você não tem jeito. Vamos levar o almoço, antes que eles morram de fome. – Diz Dolores e leva o almoço com Lana.

-Que a minha sogra cozinha bem eu já tirei a prova, mas já me contaram que você é fera na cozinha, Dona Dolores – diz Mat.

-Lana teve com quem aprender, sem o Dona, por favor. Mas também fiquei sabendo que você leva jeito.

-Eu me viro né.

-Se tem alguém que é ótima com comida esse alguém sou eu, mas sou comendo. – diz Anne.

-A gente sabe disso. – diz Alicia rindo da amiga.

 No mesmo clima descontraído que acordaram continuaram no almoço e seguiram assim até o salão, Mat já havia ido para casa e só restavam elas. No meio de conversas, fofocas e risadas escandalosas, elas já estavam quase prontas para seguir para festa, apenas aguardavam o horário.

                                                            ...

Lana aguardava sentada, enquanto Alicia dava seus últimos retoques na maquiagem, quando recebeu uma mensagem de Jennifer.

“Olha como estou linda, pode falar que eu sou a mulher mais bonita que você já ficou”.

 Em seguida mandou uma imagem de si mesma, estava vestida com uma calça social preta, e um terninho feminino e uma trança lateral. Lana parecia uma babona, olhando a foto, transmitia um sentimento indescritível apenas com o olhar, nunca soube ao certo o que tinha com a loira, nem quando começou, mas sabia que era algo imensurável, único e puro.

“Realmente não posso negar, você esta maravilhosa. É claro que é a mais bonita, é a única.”

“Tinha esquecido, mas tudo bem. Tô ansiosa para ver você e a minha floquinho devem estar maravilhosas”.

“Ela está parecendo uma princesa, acho que me apaixonei mais”.

“Tô ansiosa, estou indo amor, vou passar na casa da Emillie e vou para o salão, beijos.”

“Beijos”

-Estão prontas? – diz Lana se levantando e vê todas observando ela. – O que houve? Estou suja? Borrei a maquiagem?

-Você estava olhando para o celular quase babando, tia. – diz Anne.

-Eu falo para vocês ela tem um namorado, vocês que não acreditam. – diz Alícia.

-Não acreditamos, porque sua mãe não pode ter UM namorado, sim VÁRIOS. – diz Bex rindo.

-Claro, olhem a minha cara de Bex. – diz Lana, imitando uma das caretas de sua irmã.

-Falando em namorado, tenho uma novidade- diz Deena – Estou namorando!

-Como assim? Você nem me contou? Por isso não estava saindo mais comigo! Deena você é uma cretina- diz Bex.

-Parabéns, eu sabia que você ia se acertar primeiro – diz Lana e põe o dinheiro na mão de sua mãe.

-Eu não acredito que vocês apostaram isso! – diz Deena.

-Vocês apostaram sobre o Ricky, isso não é nada. – diz Lana.

-Quem é Ricky?- diz Alícia por fora da situação.

-Um namoradinho que sua mãe teve meu bem. – diz Bex.

-Vamos logo, se não vamos se atrasar. – diz Anne.

-Verdade – diz Lana e liga para alguém do salão para saber se já podiam ir. – Já está tudo pronto só falta a gente.

- Então vamos! – diz Alícia – Estou doida pra experimentar aquelas margueritas.

- Vocês duas, por favor, não me deem trabalho, quero que vocês sejam responsáveis e não bebam algo além da conta.

-Sim senhora. – dizem Alícia e Anne juntas.