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História Amor. com - Capítulo 5:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 5 - Capítulo 5:


Do lado de fora do Rigel Bar. Camus, Luana, Milo e Máscara da Morte observavam o casal Stella e Heitor saírem entre abraços e beijos, promessas de amor e pedidos de perdão.

—Que noite animada! –Máscara da Morte comentou, rindo. –Milo, na próxima me traga de novo. Quero ver como essa treta toda vai continuar.

—Só não digo que não haverá próxima vez porque significaria que estou desistindo! Apesar de algumas pessoas quererem exatamente isso! –Camus comentou olhando Luana acusadoramente.

—Desculpe, o que disse? –Luana o fitou, parecendo que não tinha entendido nada.

—Tem que se desculpar mesmo! –Camus disse impaciente. –Que raios de encontro é esse? A mulher não era nada do perfil que me passou!

—Eu não tenho culpa se ela mentiu ao fazer a inscrição! –Luana retira o celular da bolsa e acessa o site. –Olhe bem! Ela disse que era solteira, livre e desimpedida!

—Mentalmente incapaz! –Camus esbravejou, apontando o dedo para o rosto de Luana. –Esse site deve ter muitos psicopatas escondidos!

—Não tenho culpa se é imã de psicóticos! –Luana colocou as mãos na cintura, sustentando o olhar acusador de Camus.

—Separamos eles? –Milo perguntou a Máscara da Morte.

—Não. Quer amendoim? –oferecendo o amendoim que pegou do bar e Milo aceitou.

—Escute aqui senhor duPont! Eu tenho uma reputação a zelar com meu site que há anos tem tido 100% de resultado positivo em unir almas gêmeas, bastando acessar o site e fazer um perfil.

Milo ficou pensativo com aquelas palavras.

—Eu já vi a propaganda idiota do site, não precisa repetir. –respondeu Camus.

—Não é idiota unir pessoas que nasceram para ficarem juntas! No entanto. –ela ergue o dedo. –Está claro que deve estar havendo algum problema na seleção das candidatas. Pedirei a Vênus que faça uma avaliação para descobrir se há algum bug no sistema.

—Boa desculpa para a inutilidade do seu sistema!

—ESCUTA AQUI! –ela diz furiosa e Camus se assusta com a ira no olhar da pequena mulher. –Meu sistema não é inútil! E você verá isso!

—Baixinha assustadora! –comentou Máscara da Morte.

—É que não viu os gatos dela.

—Então vamos tornar a aposta mais interessante, senhorita Raccos. –Milo e Máscara da Morte colocam a mão no rosto, balançando as cabeças negativamente. –SE ficar provado a inutilidade do seu sistema com esses encontros falhos aos quais eu nunca irei me apaixonar por alguma maluca desesperada que me apresentar, a senhorita será minha secretária particular por uma semana! Se a senhorita ganhar, eu serei seu secretário particular.

—O que inclui desde servir cafezinho até massagens nos pés? –ela perguntou.

—Oui, mademoiselle.

—Só uma semana? –ela pergunta com um sorriso maligno. –Tem que ser no mínimo um mês!

—Um mês então. –ele estende a mão para firmarem a nova aposta.

—Fechado! –ela aperta a mão dele.

Ficaram se olhando, segurando a mão um do outro um bom tempo. Camus não queria soltá-la, apreciando a pele macia e quente dela contra a sua, e notou que Luana começava a ficar embaraçada com isso.

—Luana?

Ela virou a cabeça devagar, mas, mesmo reconhecendo a voz do homem que lhe falara, não estava preparada para vê-lo. Era eu ex-noivo, que parecia bronzeado, atlético e bonito como nunca. Usava camisa pólo e calça social, com os cabelos loiros e os traços másculos sorrindo para ela.

—Ah... Aquiles. –ela soltou a mão de Camus e fitou o rapaz de modo educado e indiferente. –Você por aqui? Que surpresa! Não sabia que havia retornado à Athenas.

—Voltei a pouco. Soube que está indo bem. –dando um sorriso charmoso e depois fitou Camus. –Pensei que iria embora da cidade, depois de nosso último encontro.

—E ir embora da mais bela cidade do mundo? Não. –Luana disse tentando não aparentar estar tensa, embora estivesse vagamente na defensiva. –Estou indo muito bem! E... –deu um sorriso amarelo.

—Ouvi dizer que você abriu um serviço de encontros. -comentou ele. Havia um tom de desdém em sua voz, mas o rosto manteve-se impassível.

—Sim. Se chama Amor.com. É uma empresa pequena.

—Entendo. –deu uma risadinha. –Não sabia que isso era seu... forte.

Camus se posicionou ao lado de Luana, dando um sorriso de lado para Aquiles, dando a entender que estavam juntos. Ele não sabia exatamente o que estava acontecendo, nem quem era aquele tal Aquiles, mas reconhecia um insulto quando ouvia um, mesmo que fosse feito de modo sutil.

—Não fomos apresentados. –Camus estendeu a mão para Aquiles. –Camus duPont.

—Aquiles Alexopoulos. –eles respondeu, apertando a mão de Camus e fingindo que não sentiu o aperto forte do francês. –Bem, preciso ir. A gente se fala por aí.

Assim que o viu se afastar, Camus virou para Luana para perguntar:

—Quem era o idiota?

Não se deu ao trabalho de se perguntar se tinha o direito de pedir tal informação, ou de insultar uma pessoa que ela obviamente conhecia bem. Nem pôde dizer por que se sentiu tão protetor de repente.

—Meu ex-noivo.

—Ex-noivo?

Ela já foi noiva? Era comprometida com aquele cretino? Luana pareceu constrangida com a situação.

—Desculpe por isso. -Camus observou Luana mordendo o lábio inferior.

—Não tem que se desculpar. –Camus lhe disse. –De vez em quando é inevitável conhecermos idiotas em nossa vida.

—Obrigada. –ela lhe sorriu e Camus retribuiu.

—São meio... bipolares né? –Máscara da Morte comentou, ainda comendo amendoim com Milo, deixando Camus e Luana constrangidos.

—Totalmente.

—Bem! –Luana se afastou dando alguns passos para trás, chamando um táxi com um assobio alto. –Vou verificar esse bendito bug amanhã e ligarei mais tarde para avisar do terceiro encontro, tá?

Os três homens a viram entrar no táxi e sumindo pela rua. Milo ergueu o dedo para falar algo e Camus foi categórico:

—Não diga.

—Mas...

—Não.

—Você não sabe o que eu ia dizer.

—Posso ter uma vaga ideia. –se afastando, caminhando.

—Stella e Heitor...

—Pára!

—... se amam, apesar de serem doidos! –continuou Milo, andando ao lado de Camus e Máscara da Morte logo atrás deles com as mãos nos bolsos. –O Site une almas gêmeas mesmo!

—Ridícula sua colocação! –respondeu o aquariano.

—Sei não. –Milo ficou pensativo. –Mas que foram duas situações curiosas, foram.

—Verá que não há uma terceira. –comentou Camus, apressando o passo, mas com o sorriso de Luana em sua mente.

 

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Luana estava deitada no sofá apenas usando um camiseta enorme como camisola, lendo um livro, quando ouviu a campainha da casa tocar. Deu um suspiro e levantou contrariada por alguém estar atrapalhando seu momento de lazer. Abriu a porta e viu Camus parado diante dela, todo vestido de branco.

—Camus?

—Boa noite, mademoiselle Raccos. –ele a puxou pela cintura, entrando na casa e fechando a porta com um dos pés, para a surpresa da jovem. –Está linda essa noite!

—O que significa isso? –ela dizia tentando afastá-lo com ambas as mãos, inutilmente, depois viu Vênus acenando para ela e tocando violino em seguida. –Hein?

—Não resista... mon amour! –a puxou para um beijo ardente, apaixonado.

Luana bem que pensou em resistir, mas ele era muito forte e movia a boca em um beijo tão delicioso que se viu correspondendo em igual intensidade, estendendo os braços para envolvê-lo pela nuca.

Camus levou a mão até suas nádega e a apertou, puxando-a em seguida pela coxa e encaixando seu corpo com o dela. Luana o fitou ofegante, enquanto o atraente francês a colocava deitada em seu sofá, olhando-a com desejo.

—Sei que me quer... cherrie!

E aproximou o rosto dela novamente, passando a língua em seu nariz em movimentos rápidos...

Luana desperta então, com Akenaton, seu gato caolho, lambendo-lhe a ponta do nariz.

—Ah, Akenaton malvado! –ela suspirou, acariciando a cabeça do animal que aninhou em seu colo em seguida. –Que sonho foi esse? Jesus!... Calor!

 

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Camus acordou com um som em seu quarto. Abriu os olhos e acendeu a luz e não viu nada. Dando os ombros voltou a deitar e novamente sentiu que havia alguém mais em seus aposentos. Ele estende a mão para acender o abajur e vê um vulto com formas femininas a sua porta.

—Quem está aí?

A forma deu alguns passos para frente e subiu na cama em movimentos felinos, revelando o rosto ao se aproximar da luz.

—L-Luana? –Camus parecia não acreditar quando a viu ali. –Como chegou aqui? Na Casa de Aquário?

Ela faz um sinal com o dedo indicar nos lábios, pintados de vermelho, pedindo silêncio. Devagar, Luana se inclina e começa a beijar a barriga bem definida de Camus, arrancando dos lábios do aquariano um involuntário gemido. Devagar ela começa a subir por seu corpo, beijando e passando a língua pelo tórax musculoso, pelos seus peitos, dando uma leve mordidinha em seu mamilo.

—I-isso... é bom... –mas ele a segura pelos ombros, forçando-a a fita-lo. –Isso não pode ser real!

—Eu sou tão real quanto deseja que eu seja, meu francês!

Ela lhe respondeu, se ajeitando em seu corpo, sentando seu quadril, retirando a camisola branca e sexy que usava, revelando seu corpo seminu e a calcinha de renda branca que se tornou objeto de suas fantasias recentemente.

Camus viu aquele corpo perfeito novamente. Lembrou de cada detalhe de quando a viu assim dias atrás, estendeu a mão para tocar em seus seios e percebeu a presença de pessoas no quarto, tocando música clássica, reconhecendo Milo em um piano e Vênus em um violino.

—Me toque, Camus! –ela pedia com urgência, dando uma reboladinha em seu membro, fazendo-o ficar rijo, segurando sua mão em seu seio esquerdo. –Me toque...

Camus engoliu em seco, não conseguia resistir aquela mulher diante dele, ergueu o corpo e a puxou para si em um beijo urgente, cheio de luxúria, deslizando o lábios pelo seu pescoço, ombros, descendo ao seios para degustá-lo...

E foi acordado com os sons de um novo dia que havia surgido no Santuário.

—Praga! –murmurou, sentindo que o corpo ainda reagia ao sonho erótico que havia tido há pouco. –Aquela mulher agora me atormenta em sonhos?

Colocou a mão na testa tentando assimilar o que aconteceu, e as imagens do sonho só aumentaram o desejo urgente que seu corpo ansiava. E com as aquela cena ainda vívida em sua mente, relembrando o sabor dos lábios de Luana que havia provado, começou a se tocar tentando encontrar algum alívio para aquele desejo primitivo que o estava dominando.

—Ahhhh... –gemia lembrando da doçura dos lábios de Luana, imaginando se o corpo seria tão delicioso ao vivo quanto em seus sonhos. –Luana...

—Ei, Camus! Acorda para treinar! –Milo foi entrando no quarto. –QUE ISSO, CARA???

—MILO!!!!! –Camus praticamente caiu da cama, pegando o travesseiro para ocultar sua situação constrangedora. -Não bate na porta, não?

—Desculpa cara! –tampando os olhos. –Acho que meus olhos tão sangrando...

Camus joga o sapato em Milo que sai do quarto correndo.

—Te espero lá fora! –gritou Milo. –Lava as mãos!

—Filho da ... –Camus afundou o rosto no colchão. –Que raio de praga é essa?

 

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Já haviam passado dois dias desde aquele mal fadado encontro no Rigel Bar, e Milo havia feito o favor de não comentar a cena constrangedora do quarto, mas as risadinhas dele indicavam que não iria esquecer tão cedo. Aquele sonho e sua reação a ele pela manhã eram claros indicativos que sua longa abstinência estavam lhe causando aquelas situações constrangedoras.

Acreditava que precisaria de encontrar uma mulher e saciar aquela vontade. Seja ela Luana Raccos ou outra disposta a ceder seus favores sexuais ao cavaleiro, coisa que ele considerava não ser difícil de realizar.

Camus desconfiava que Luana não iria ligar tão cedo. Não sabia o que estava lhe deixando mais ansioso, a falta de notícias da jovem ou a perspectiva de um novo encontro que poderia ser bom ou desastroso como o último.

Uma coisa todos concordavam. Desde aquela noite com o jantar com Nádia, Aldebaran era outra pessoa. Mais feliz, encantado e apaixonado pela fisiculturista. Diziam mesmo que haviam sido feitos um para o outro.

Então, na manhã do terceiro dia, Luana ligou para Camus:

—Bom dia, senhor duPont!

—Achei que já havíamos passado das formalidades, Luana.

—Bem...- sentiu uma certa hesitação da mulher. –Se preferir usar o primeiro nome, Camus. Eu liguei para falar do terceiro encontro. Vai ser hoje!

—Hoje?

—Sim. A moça pediu discrição. –ela foi explicando. –Ela gostaria de te encontrar em uma livraria próxima a casa dela, se não se importar. É um lugar que ela frequenta muito. Ela se chama Andressa, tá? Ela disse que vai estar de casaco preto.

—Casaco preto? Com esse calor? –estranhando, mas pensando que talvez por frequentar uma livraria fosse uma companhia agradável. -Não, não me importo. Pode me passar o endereço, Luana.

Camus anotara o endereço e antes de perguntar mais alguma coisa a Luana ela havia desligado. Olhou um pouco desapontado para o aparelho, queria poder ter ouvido mais da voz agradável dela ao telefone.

—Encontro novo? –Milo perguntou aparecendo de repente.

—Você tem que parar com essa sua nova mania de aparecer do nada! –Camus resmungou.

—Ainda tá bravo pelo o que houve naquela manhã? –Camus o fitou mortalmente. –Já deletei aquela cena da minha mente!

—Tenho um novo encontro. –avisou Camus. –Ainda disposto a me ajudar se eu precisar?

—Claro. Só não conte comigo pro cinco a um!

Milo saiu correndo da Casa de Aquário na velocidade da luz, desviando de um Pó de Diamante.

 

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Na hora e local marcados, Camus esperava pela tal Andressa na livraria. Para a sua infelicidade, Milo estava ali com Máscara da Morte novamente. O italiano havia se auto convidado, na certeza de que iria se divertir às custas do cavaleiro de Aquário novamente.

Sentiu novamente aquele mesmo cosmo enfraquecido, mas a sensação desapareceu tão rápido que o cavaleiro pensou que pudesse ser de um de seus companheiros.

Discretamente, Camus notou a presença de dois outros rostos conhecidos. Sentadas numa mesa na lanchonete ao lado da livraria, estavam Luana e sua secretária Vênus, certamente acompanhando os acontecimentos.

Foi quando notou uma bela jovem de tez negra entrar na loja, com um casaco preto. Ela tinha cabelos encaracolados que chegavam aos ombros, cuidadosamente arrumados, estava perfeitamente maquiada e sorriu ao ver Camus.

—Camus? –ela perguntou, se aproximando.

—Andressa?

—Sim, muito prazer!

Do outro lado da livraria, os dois cavaleiros observavam discretamente os dois conversarem.

—Filho da mãe esse francês! –disse Máscara da Morte. –Que mulherão!

—É... o Camus se deu bem nessa! –disse Milo sorrindo.

—Sério! –Máscara da Morte estava encantado pela beleza de Andressa. –É uma rainha africana! Ela se chama Andressa?

—Sim. –Milo olhou para o amigo, estranhando.

—Uma rainha...

—Mask?

 Na lanchonete do lado.

—Parece que estão se dando bem. –Vênus comentou, vendo Camus e Andressa conversando animadamente e sorrindo um para o outro.

—Verdade. Ela é bem bonita mesmo! –Luana estranhamente não se sentia bem vendo os dois conversando com tanta intimidade. –Vênus, pode tomar conta de tudo agora? Eu vou pra casa... dar banho na Nefertari.

—Hã? Tá... claro.

Disse a moça, vendo a amiga se afastar e sorrindo, apoiando o rosto na mão, vendo o casal a frente dela.

—Bem, é uma mulher bem culta, senhorita Andressa. –Camus comentou, achando a companhia da jovem muito agradável. –Então, trabalha na embaixada americana na Grécia?

—Sim. Adoro meu trabalho! –ela diz sorrindo. –Está calor, acho que não vim com a roupa certa. Podemos ir até minha casa para me trocar?

Camus notou o tom sedutor na voz da mulher e sorriu. Sim, achava que seria uma boa ideia desfrutar da companhia de uma linda mulher naquele noite. E Andressa não era apenas linda. Era culta, inteligente, o tipo de mulher que o atraia.

Concordou e desceram juntos para a casa da jovem que ficava a duas quadras dali, sendo seguidos por Máscara da Morte e Milo. O italiano parecia incomodado com o que via.

—Vamos embora. –pediu o Cavaleiro de Câncer.

—Não. Camus pediu que ficássemos de reforço. Se algo der errado, a gente ajuda.

—Está na cara que ele não vai precisar disso hoje.

—Só vamos esperar uns dez minutinhos e vamos, ok?

Um pouco contrariado, ele aceitou e seguiram o casal que havia entrado em uma casa com um belo jardim a sua frente.

Na casa de Andressa, Camus observava a decoração enquanto a mulher entrou em um quarto para se trocar. Ele sorriu, antecipando que a noite seria proveitosa, mas alguns minutos depois, Andressa retornara a sala e o sorriso no rosto de Camus desaparecera.

—A..Andressa? –sorrindo sem graça.

Andressa retornara usando roupas de couro, que consistia em um corselet preto, botas até as coxas e uma calcinha também preta. Também usava luvas e uma máscara no rosto e em sua mão havia uma algema, algumas roupas e um chicote, que estalou no ar.

—Que foi, Camus? –ela estranhou. –Em seu perfil dizia que você estava aberto a novas experiências, incluindo... –dando uma estalo no chicote bem perto de Camus que saltou de lado. –Brincar um pouco.

—De onde tirou isso? –engolindo em seco ao reparar no quarto de onde ela havia saído, vários instrumentos de BDSM estavam ali. –Andressa?

—Cale-se! –outro chicotada no ar. –Só pode falar quando sua Ama e Senhora ordenar! Agora, veste isso e vamos brincar!

Ela jogou aos pés dele uma coleira e uma sunga preta, esperando com um sorriso cheio de malicia que ele as vestisse. Ela se aproxima e bate com o chicote em suas nádegas.

—Não demore, meu cachorrinho!

—PINGUIM!!!

—Hein?

—Eu esqueci meu PINGUIM solto no quintal! Tenho que ir! –dizia, tentando abrir a porta. –PINGUIM!!!

—Camus, espera!

Andressa tenta argumentar, mas Camus abre a porta rapidamente e dá de cara com Milo e Máscara da Morte que já vinham ajudar. Sem falar nada, ele sai apressado para a rua. Milo olha para dentro da casa e faz uma cara de toparia numa boa a brincadeira, mas o grito de Camus por seu nome o faz correr atrás do amigo.

Máscara da Morte fica parado na porta, ora olhando para a bela mulher ora para os amigos que saíram correndo.

—Não acredito nisso! –Andressa parecia frustrada.

—Perdoa ele. Só é um babaca! É meu amigo, mas não sabe lidar com as mulheres. –disse o homem, pegando um maço de cigarros do bolso. –Se importa?

—Não. Isso vai te matar um dia. –ela falou sorrindo.

—O que não mata, dá prazer. –ele sorriu malicioso. –Gianni Belotto.

—Andressa Masters.

—Gosta de jogar, hein? –ele apontou para o chicote dela.

—Gosto...e você?

Máscara Gianni da Morte entrou na casa e fechou a porta atrás de si, ainda com o sorriso malicioso e cheio de promessas na face.

 

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Camus e Milo pararam de correr alguns quarteirões longe da casa de Andressa, foi quando notaram a ausência do cavaleiro de Câncer.

—Onde está o Mask? –Camus perguntou, olhando ao redor.

—Eu não sei. Acho que foi embora! E eu também vou! –Milo parecia meio aborrecido. –Camus, não me chama mais pra essas presepadas! Tô quase com dó da Luana que vai perder essa aposta! Mas qual foi o problema com aquela mulher?

—O problema? –Camus parecia indignado. –Milo, eu não curto essas coisas estranhas!

—Nunca brincou com uma namorada?

—Já! Mas não assim! –suspirando. –Eu estou até com medo do que aquele site vai arranjar pra mim na próxima vez!

—Vou pra casa e... ei! –vendo Camus pegar o caminho oposto ao Santuário. –Onde vai?

—Falar com a Luana! Está na cara que aquele site é um perigo a saúde pública!

—Camus, deixa pra lá! –vendo ele se afastar e desiste.

 

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Em seu escritório, Luana olhava fixamente para a tela do seu computador, precisamente para a foto do perfil de Camus e tocou nela, suspirando. Havia algo que a estava incomodando profundamente ao reler todos os dados do francês que ali estava.

Não parecia em nada com o Camus que conheceu. Os gostos, os anseios, o tipo feminino que lhe atraia mais a atenção, não condiziam com o mesmo Camus com o qual conversara outras vezes.

Pensou seriamente que era apenas uma cisma boba. Movida pelo ciúmes que não queria estar sentindo por saber que nesse momento, Camus e Andressa poderia estar se conhecendo melhor, talvez intimamente. Talvez ela fosse sua alma gêmea, refletiu.

Foi por isso que ela se assustou ao vê-lo abrir a porta de seu escritório e bater como se pedisse autorização da jovem para entrar ali. Luana ficou boquiaberta, não acreditando que ele estava ali, e por isso demorou um pouco para se levantar e assimilar que o rapaz não estava usufruindo da companhia selecionada para ele.

—O... o que faz aqui? –ela perguntou, abrindo mais um pouco a porta para ele. –Deveria estar com a Andressa. O que houve?

—Bem, nós... eu... descobrimos que possuíamos alguma divergências que não poderiam ser contornadas! –explicou, ocultando dela as informações que considerava desnecessárias do seu mal fadado encontro, admirando o modo que ela se vestia e como um simples vestido tubinho preto, com mangas curtas e um cinto rosa evidenciando sua cintura fina, a deixavam irresistivelmente sedutora, sem precisar ser vulgar.

—Lamento muito. –ela parecia transtornada. –Eu realmente não sei o que está havendo! Nunca aconteceu isso antes! O site nunca errou na seleção!

—Sempre há uma primeira vez!

—Me recuso a aceitar isso! Ainda temos dois encontros! –ela avisou.

Camus a observou indo até o computador e a acompanhou, lendo os detalhes da sua ficha. O Aquariano leu os detalhes, franzindo o cenho a cada linha e se perguntando porque não havia reparado naquilo antes? Talvez fosse a raiva pelo o que Milo causou com aquela história, que fez o cavaleiro se recusar a acessar e ler a página. Se tivesse feito isso antes, muitos aborrecimentos poderiam ter sido evitados!

—Milo, filho da mãe! –ele falou bem próximo ao ouvido de Luana.

—O que? –ela o fitou, e ficou corada ao perceber a proximidade perigosa em que se encontravam.

—Acho que descobri... –ele virou o rosto e a fitou, estando ambos os lábios a poucos milímetros um do outro. Aqueles lábios carnudos que tem tomado conta de seus pensamentos desde que os provara aquela noite. –O problema do site...

—Impossível... o site nunca erra... –ela aspirou seu perfume, achando-o delicioso.

—Mas houve um erro... –disse Camus, adorando sentir o hálito quente e perfumado de Luana em sua pele. Movido pelo impulso, aproximou-se mais, sentindo o aroma de sua pele. –Um erro... bobo...

—S-sério? –Luana sentiu um súbito calor e o coração acelerar.

—Oui, mademoiselle...

Camus mandou a prudência às favas e tomou novamente os lábios de Luana em um beijo ardente, puxando-a pelos ombros de encontro a si. Luana corresponde ao beijo, segurando o rosto de Camus com ambas as mãos.

—Camus! –ela o empurrou, tentando recuperar o fôlego e o auto controle, se levantando, mas impedida pelos braços fortes dele, que a forçam a se apoiar na mesa. –Isso é...

—Luana, seja sincera. –disse o homem diante dela com um sorriso sedutor no rosto. –Estamos atraídos um pelo outro, e queremos isso. Ou não quer?

—Eu... eu quero sim. Mas não é certo isso! –o viu abrir a camisa, botão por botão e sentiu a boca seca. – Você é meu cliente! –ele retirou a camisa deixando o peito nu. -Isso não é... profissional... e...Não pode... –pegou a mão dela e a levou até seu peito, colando seu corpo no dela, fazendo-a sentir o quanto seu membro já estava animado e rijo com a sua presença.

E ela o puxou e voltou a beijá-lo com ardor, Camus a segura pelas nádegas e a faz sentar sobre a mesa, fazendo-a se deitar sobre ela.

—Realmente é o que quer, Luana? –perguntou, entre beijos e mordidinhas em seus lábios.

Ela estende as mãos e agarra as nádegas de Camus, puxando-o, voltando a beijá-lo com paixão.

 

Continua...



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