História Amor Criminal - O beijo... ou quase...

Pov's Linetta - Itália, 04:00 P.M

Eu já tava querendo entrar na água mas não sabia onde deixar minha bolsa. Fiquei olhando pros lados, tentando achar um lugar pra que ninguém pegasse ou visse. Olhei atrás de uma rocha e ali era um bom esconderijo. Quando encaixei minha bolsa no espaço ali, uma sombra masculina me cobriu (Como eu sabia? Sou foda pra saber dessas coisas). Me virei e encarei o cara que devia entrar no Guiness Book (N/A: não sei se é assim se escreve) com o prêmio de melhor sorriso.

- O que tá fazendo? - perguntou olhando a bolsa atrás da rocha. - Pensei que não podia colocar essas coisas nesses lugares da praia.

- Escondendo minha bolsa pra ninguém pegar. Não conta pra ninguém, pelo amor de Deus! - falei me ajoelhando

- Que dramática! - rimos os dois - Eu não falo se deixar eu colocar minhas coisas aí também. 

- Por mim tudo bem. - disse ainda ajoelhada.

Percebi que ele encarava a parte de cima do biquíni,  ou melhor, o que ele vestia, e minhas pernas

- Então... - falei, o fazendo olhar diretamente nos meus olhos. - Vai me ajudar a levantar, ou vai ficar me olhando? 

- Quer mesmo que eu responda? 

Cruzei os braços e o encarei com um olhar zangado. Ele começou a rir, mas era inevitável não rir, então sorri pra não rir alto que nem ele.

- Vem cá - ele disse estendendo a mão. 

Segurei sua mão e me levantei. Sem querer, tomei impulso demais e acabei trombando em seu peito. Como ele era mais alto, tive que olhar mais pra cima pra conseguir encará-lo. Quando achei seus olhos, os mesmos me encaravam de um jeito que eu não quis recuar. Fiquei um pouco envergonhada e baixei o olhar.

- A-acho que vou n-nadar um pouco. - disse gaguejando um pouco

- Você tá bem? 

- Claro - me controlei dessa vez pra não gaguejar. Eu sempre faço isso quando fico nervosa.

- Não se importa de eu mergulhar com você, né? 

- Não. 

Ele deixou as coisas dele atrás da mesma rocha, enquanto eu tirava o short. Eu já falei que odeio olhares em mim? Pois é. Além disso, era olhares de garotos, garotas (com inveja, obviamente) e do próprio garoto que eu não sei o nome. Que vergonha brother! Fiquei mais ainda, quando ele tirou a camiseta branca. Que definição é essa? É impressão minha ou quem mora na Itália é musculoso: primeiro o Rick depois esse aqui. 

Fomos conversando até a água e descobri que ele se chama Bryan. Chegamos à um ponto em que a água batia um pouco acima do meu umbigo e batia em sua cintura. Acabei pisando em um "buraco" na água e cai, molhando até meu cabelo. Ele tentou segurar a gargalhada, mas não conseguiu. 

- Se é pra ficar rindo aí, prefiro nadar sozinha - me levantei  e voltei a andar até o fundo.

- Tá! Desculpa! Eu já to indo!

- Eu não quero mais! - falei quando a água batia em meus ombros.

- Então agora me espera caralho!

- É proibido palavrão nesse caralho aqui, porra! Num fode!

Ele olhou espantado e desatou a rir. Não aguentei e o acompanhei. Ficamos ali conversando um pouco enquanto as ondas batiam contra nossos corpos. Uma delas era muito grande e bateu com muita força, fazendo eu me afogar e perder a consciência. 

Pov's Bryan - Itália, 04:40 P.M

E agora? É a primeira vez que eu presencio um afogamento e sou o único que pode ajudar. Mil coisas passam na minha cabeça, mas a principal diz: acha ela!

Mergulhei duas vezes mas não a achei. Na terceira mergulhada, eu a achei boiando mais ao fundo, desacordada. A peguei no colo e corri, ou nadei, o mais rápido possível até a margem. A praia estava deserta, o que fez eu me desesperar mais ainda. Sentei na areia e a posicionei entre minhas pernas.

- Line, por favor acorda! Line, Line! Por favor, eu não sei o que eu vou fazer se acontecer alguma coisa com você. - não me importo se alguém está ouvindo. Nem conheço ela direito e já estou ajoelhado por ela. Tentei achar alguém que pudesse ajudar, mas como disse, estava deserto. 

- Caralho, eu vou ter que fazer! - não que seja ruim fazer boca a boca em uma menina, mas em uma que eu já conheço ou que eu já sei algumas coisas sobre ela fica meio estranho. 

A deitei na areia e fiquei por cima dela. Não sei como fazer isso. Me aproximei do rosto dela, o segurando com as duas mãos, e comecei o processo (N/A: que eu não sei descrever). Eu percebi que ela começou a se mexer um pouco, mas eu não iria parar até ela se recuperar totalmente. Eu estava de olhos abertos observando cada detalhe do rosto delicado dela. Mas me concentrei quando precebi que ela abriu o olho de leve. Quando ela me viu ali, arregalou os olhos e se afastou.

- V-você está bem? - falei ainda tentando recuperar o fôlego

- Claro. Então nós vemos né? - perguntou com uma cara estranha

- C-claro. Então… - me levantei - a gente mantem o contato né? 

- Sim… eu já te passei meu número mesmo. - a ajudei a levantar - A gente se vê. 

- Quem sabe depois eu te ligo pra eu te apresentar a cidade.

- Ok… tchau Bryan

- Tchau Linetta...

Ela se virou, pegou suas coisas e saiu andando na direção em que veio. Sentei na areia e observei o sol se pondo no horizonte. Espero que ela tenha entendido que não tenha acontecido nada.