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História Amor de amigos - Sentimentos


Escrita por: Kamy-Matarasu

Notas do Autor


Yo!
Voltei de novo, dessa vez é para ficar.
Bom, é uma história de romance entre amigos, um pouco diferente. (me inspirei nos doramas que assisto)
Os casais são os tradicionais de sempre, no entanto, no inicio vai ser meio bagunçado.
Espero que gostem.
Vou demorar para postar o próximo, pois estou longe de casa.
É isso.
Boa leitura.

Capítulo 1 - Sentimentos


 

 

 

 

 

 

Dezembro, Ano novo.

31.12.2005

 

 

 

 

 

Papai me levou e minha irmã para o alto do parque que havia em nossa cidade, para que pudéssemos esperar a contagem regressiva, a espera do ano novo.  Muitas pessoas caminhavam para o lado e para o outro, felizes, com seus filhos grudados nas mãos dos pais, assim como eu e a Sakura fazíamos com nosso pai. Percebi que além das garotinhas da minha idade, as mães delas também usavam quimono. Uma delas andava apressada, risonhas até a barraca de churros. Respirei profundamente assim que me lembrei da mamãe. Provavelmente ela estaria conosco também tão bonita quanto aquela mulher...

– Olha só. – disse meu pai atraindo minha atenção.

Olhei a frente e eram os pais do meu melhor amigo, Sasuke Uchiha.

Aproximaram-se e cumprimentaram meu pai, tão logo, papai se entreteve com os dois casais, deixando eu e minha irmã Sakura na companhia do moreno.

– Você está linda Sakura. – disse Sasuke fitando minha irmã que retribuiu com um sorriso maroto. – Você também Hinata.

Assenti curvando um sorriso também.

– Você também. – falei observando-o com uma calça, uma camisa escura e um casaco com capuz.

Sasuke aproximou ainda mais, ficando ao meio de nós duas, olhou para o céu nublado, nesse mesmo momento a brisa gélida balançou seus cabelos. Fiquei tão fascinada que nem percebi que minha irmã me fitava. Desviei o olhar para o céu, no mesmo momento que Sasuke disse:

– Ainda faltam alguns minutos para contagem. Vou comprar algo para comermos. – disse afastando-se.

Segui-o com os olhos até sumir entre a multidão. Depois voltei à frente e dei uma olhada de relance ao papai que conversava com o senhor Fugaku e a senhora Mikoto.

– O Sasuke está tão lindo. – comentou Sakura.

Fitei-a e não disse nada.

– Lá vem ele. – falei assim que virei na mesma direção que o mesmo havia encaminhado.

Sasuke aproximou com três maças do amor. Parou em nossa frente e entregou a primeira a minha irmã mais velha, depois para mim. Para meu azar, meus dedos não tocaram com firmeza fazendo com que o palito contendo a maçã despencasse ao chão.

– Caramba... Não se preocupa, compro outra para você.

Fitei-o e toquei em seu ombro antes que o outro virasse e seguisse rumo à multidão novamente.

– Não precisa. Deixa que eu mesma faça isso. – falei. – Faça companhia Sakura enquanto compro outra.

Antes que ele voltasse falar, sair seguindo pelo mesmo caminho.

Pelo caminho apressei o passo quando ouvi alguém, atrás da barraca de doces informarem, que faltavam cinco minutos para a contagem.

Aproximei da barraca segundos depois, uma a frente e afastada das demais. Comprei outra maçã de amor e rodei os calcanhares retornando apressada. Acabei tropeçando e cai de ajoelhado sobre o chão úmido, deixando que a segunda maçã caísse ao chão.

– Minha maçã... – choraminguei.

De repente assim que ergui a cabeça observei um garoto loiro parado a minha frente. O mesmo estendia sua mão para me ajudar, e aceitei mesmo não o conhecendo.

Assim que me levantei passei as mãos sobre o quimono, tirando o excesso da areia até limpa-lo.

– Obrigada. – agradeci o garoto.

– Toma. – disse ele de repente estendendo a maçã de amor que estava em sua mão.

Fiquei em silencio fitando ele e a maçã. Até tomei coragem de pegá-la.

– E você?

– Compro outra.

Assenti e disse:

– Tenho que ir. Tchau. – falei.

Passei por ele, e logo parei assim que o mesmo disse:

– Espera.

Virei e voltei fita-lo.

– Como se chama?

– Hyuuga Hinata. E o seu?

– Uzumaki Naruto.

Ficamos nos olhando e admirei seus olhos azuis. Depois com um sorriso tímido afastei dali deixando que o mesmo me observasse até desaparecer.

Quando retornei, encontrei todos juntos. Meu pai foi o primeiro que me viu, mas só tive olhos para o moreno que grudou seus olhos negros em minha direção, assim como seu sorriso.

Aproximei postando ao seu lado, e em menos de segundos, todos que estavam ali se reuniram, olhando para o telão enorme, mostrando os números, iniciando ao numero dez.

Quando finalizado, o céu se encheu com faíscas coloridas dos fogos. Fogos coloridos de todas as formas, que faziam com que nossos olhos brilhassem.

Nesse momento, sentir o calor em minha mão esquerda, e percebi que Sasuke havia segurado, minha mãe. Fitei-o, e o mesmo olhava para os fogos estourados a todo o momento. Do outro lado, minha irmã também olhava os espetáculos dos fogos. Percebi que Sasuke também segurava sua mão, e então desviei o olhar e seguir a visão de todos para o céu, estrelado de faíscas coloridas de varias formas, recebendo o ano novo.

 

 

 

 

Onze anos depois...

Janeiro de 2016.

 

 

 

 

Terminei de vestir o uniforme do colégio. Uma saia quadriculada azul, com listras verticais e horizontais brancas, seguida por uma camisa branca, mais um lenço vermelho, no qual fazíamos um laço na gola, o blaze finalizava a parte do uniforme. Depois vinha as meias pretas que chegavam até a panturrilha, mas sapatos pretos. No momento, estava sentada em frente à penteadeira, tentando arrumar meu cabelo, necessariamente a franja que estava bem grande.

Se não fosse agonia da minha irmã mais velha resolveria esse problema. Mas Sakura é tão agoniada, que às vezes me deixa nervosa.

– Anda Hinata. Vamos chegar atrasadas no primeiro dia.

– Calma. Estou tentando arrumar meu cabelo.

– Já faz meia hora que você está ai se arrumando, sabe que o colégio não permite que use maquiagem né?

Respirei fundo e rodei a cadeira para fita-la.

– Não estou usando maquiagem.

Ela aproximou no mesmo momento que retornei a frente.

– Nossa Hinata, como consegue enxergar com esta franja?

– Não consigo. Por isso que estou demorando tanto, quero arrumar um jeito para que ela não fique caindo nos meus olhos.

– Você não marcou no salão para manhã?

– Sim. Mas pelo visto não posso esperar até amanhã. – falei nervosa me entregando ao desespero.

Sakura tocou em meus ombros e fitando-me através do espelho disse:

– Relaxa maninha. Posso resolver isso se quiser.

– Como?

– Confia em mim?

– Não. – respondi começando ficar amedrontada.

– Você quer ou não se livrar do problema?

– Quero.

Ela me dirigiu um olhar e eu retribuir outro assustado, até me render completamente.

– Calminha aí.

Sakura afastou-se abrindo em seguida a gaveta da cômoda do lado de sua cama. Vasculhou, vasculhou, até tirar de dentro uma tesoura enorme me deixando em pânico. Aproximou com aquele objeto enorme nas mãos.

Rodou minha cadeira e pegou minha franja sem ao menos penteá-la.

– Espera...

– Relaxa Hinata. – disse concentrada na minha franja.

Abaixei os olhos e em menos de segundos, fiapos de cabelos começaram cair sobre o chão e em minhas pernas.

– Acho que está bom. – falei depois de alguns segundos.

– Não. Ainda tá grande.

Meu coração estava acelerado. Sakura nunca foi bem às ideias e nem sei por que estava prestando a tal declínio. Acho que sou mais louca ainda por aceitar tal coisa.

Apesar de irmã, Sakura e eu não somos irmãs da mesma mãe. É uma história longa, mas vou resumir:

Sakura é filha de Mebuki, uma mulher bem chata que não quis saber dela depois de alguns meses, entregando de papel passado para o pai. O problema era que Mebuki bebia muito e ficava loucona, e uma dessas suas crises de loucura ela já até tentou matar a única filha, por essa razão meu pai entrou na justiça para tê-la definitivo, mas não teve nenhum problema já que a mulher a entregara, de mão beijada. No ano seguinte nasci, mas infelizmente minha mãe morrera no parto, deixando uma carga gigantesca para meu pai, que teve que criar duas filhas, sozinho. E olha que ele mandou bem esse tempo todo, o problema agora que com seu trabalho ele vivi viajando, enquanto, eu e Sakura ficamos em casa, ansiosas para revê-lo ou ter o prazer dele ficar pelo menos dois dias na nossa companhia.

– Prontinho.

Interrompi os pensamentos assim que a outra virou a cadeira.

Olhei para o espelho e engoli a seco com a franja repicada. Não era meu estilo, mas pelo menos não caia mais nos olhos.

– Lembre-me de pensar ser cabeleireira caso medicina não dê certo para mim. – comentou orgulhosa.

– Nem sei se cabeleireiro vai dar certo para você também. – falei levantando, pegando minha mochila e saindo do quarto que dividíamos.

– Não sei ainda por que te ajudo sua ingrata. – resmungou seguindo-me.

Seguimos para fora de casa, e seguimos juntas pela calçada.

– Amanhã vou ao cabeleireiro para repara-la melhor.

A mesma estava com uma cara desanimada, caminhando ao meu lado sem dizer nada.

– Ei! – dei um leve empurrãozinho em seu ombro. – Obrigada.

– Agora nem adianta mais.

Já ia argumentar quando a mesma disse:

– É o Sasuke.

Olhei rapidamente à frente, pousando meus olhos no rapaz alto encostado na pilastra do templo, no meio da cidade grande. O mesmo estava mexendo no celular e com os fones de ouvido, na orelha.

– Sasuke!

Mas com os gritos histéricos de minha irmã, ele tirou os fones de ouvido e virou em nossa direção. Sakura seguiu a frente correndo até ele. Por minha vez continuei caminhando, admirando ao poucos e de longe sua beleza.

Ele estava tão lindo naquele uniforme... Tudo realçava ainda mais sua beleza tão natural.

Sasuke usava o mesmo uniforme, porém, sem o blaze, talvez por rebeldia por não seguir as regras do colégio. Usava apenas a calça azul escuro e a camisa social branca de mangas cumpridas, que ele fazia o favor de enrolar as mangas até a altura dos cotovelos, a gravata vermelha estava envolta da gola da camisa, e seu cabelo mais despojado como nunca, todo arrepiado e com estilo que só ele tinha.

Aproximei e parei a sua frente.

– O que aconteceu com seu cabelo, baixinha?

Corei e lancei no mesmo instante um olhar mortal a minha irmã ao lado.

– Acabei confiando em certa pessoa...

– Não se preocupe, continua linda como sempre. – disse com um sorriso estonteante.

Fiquei parada perplexa, corada com seu elogio, enquanto os dois seguia a frente.

– O que achou do uniforme novo? Caiu bem em mim? – indagou minha irmã.

– Sim. Muito. – respondeu Sasuke também corado.

Despertei do transe e os seguir ficando ao meio deles.

Sasuke foi e continuará sendo meu “Crush”. E isso não é de hoje, sempre fui apaixonada por ele. Porém, Sasuke nunca me olhou com outros olhos, ao contrário me considerava como uma irmã. E para piorar percebi o interessa de minha irmã em chamar sempre sua atenção. Com o tempo, Sakura começou falar coisas estranhas dele, que me fez pensar que ela também estava afim. Já havia até questionado uma vez, mas ela negou de pé junto, e disse que só o via como irmão. Nesse mesmo dia ela também desconfiou dos meus sentimentos, mas covarde como sou, neguei, declarando a mesma coisa.

Apesar de o moreno ser amigo de infância de nós duas, ele era apagado mais a mim. Digamos, assim. Ou melhor, andávamos mais juntos do que ele, com a Sakura. Sem dizer, que às vezes, ele a tratava mal, cortando-a quando Sakura começava com suas conversas “estranhas”, dá para entender que o que sente pela rosada é só amizade. E por isso, até pensei que talvez a paixão despertasse nele também, e ansiava que o mesmo me olhasse com outros olhos, mas infelizmente isso não estava acontecendo.

Chegamos ao colégio juntos, e já na entrada deparo com Naruto, meu outro amigo não tão amigo como o Sasuke era, mas era amigo.

– Vocês demoraram. – disse o mesmo.

Sakura franziu o cenho e seguiu para dentro do colégio.

Parei e fiquei a frente do loiro, enquanto Sasuke parou na entrada ao lado nos observando.

– Você não vem Hinata? – quis saber Sasuke.

Olhei e concordei.

Naruto por sua vez seguiu ao lado, até chegarmos ao pátio. Sakura já estava lá bisbilhotando os lembretes grudados no painel da parede do pátio, com os nomes dos alunos, e suas salas.

Aproximei e antes que olhasse o papel, Sakura me dirigiu um olhar triste.

– Parece que esse semestre, vamos estudar separadas.

Olhei para o papel, estava o nome do Sasuke, o meu e do Naruto, menos o dela. Ela estudaria na sala d3, pavilhão quatro do, terceiro ano.

– Para de drama, Sakura. Vamos nos ver todos os dias.

– Vamos sempre sair para comer algo, depois da aula, Sakura. – interveio Sasuke.

– Vou ficar em uma sala estranha, com pessoas que não conheço... – resmungou ela.

– Para com isso. – falei tentando alcança-la, já que a mesma caminhava em direção ao corredor onde havia os armários com os pares de sapatos que usávamos no colégio.

– Tudo bem. Vou suportar esse semestre, mas é uma puta de uma sacanagem isso.

Algo me diz que não é por causa de minha presença que ela está triste... Por outro lado, me sentir aliviada, por não ter ela o tempo todo tentando chamar atenção do moreno, mas por outro lado me sentir mal. Era a primeira vez que estudaríamos sozinhas. Mas seria apenas o primeiro semestre, poderíamos resolver isso no segundo deste ano.

– Vamos nos ver sempre nas aulas de educação-física e biologia, esqueceu que os professores têm costumes de juntar as turmas? – voltou argumentar Sasuke.

– É verdade! – disse ela com um sorriso nos lábios. – Nem pense que vão se livra de mim.

Calçamos os sapatos e tão logo seguimos pelo corredor movimentado, até a sala. Despedimos da rosada que seguiu pela escada para o pavilhão superior, enquanto isso... Eu, Sasuke e Naruto seguimos a sala do canto direito.

 

 

Como Sasuke havia mencionado, o professor resolveu juntar a turma na sala de biologia. E tão logo Sakura apareceu risonha aproximando.

– O diretor deixou que eu estudasse com vocês! Não é maravilhoso?

O quê...?

Fiquei fitando-a confusa, enquanto ela comemorava.

O professor logo entrou na sala e sorteou as duplas e por azar, faria dupla com Naruto. E Sakura com Sasuke.

Observei-os seguirem contentes até a mesa ao lado, enquanto sentei na outra ao lado do loiro que parecia bem estranho.

Não conseguir esconder minha decepção e nem de parar de olhá-los.

– Se você quiser trocar, posso informar o professor.

Olhei para Naruto rapidamente.

– Não, não precisa.

Nossa. Não era legal ficar triste por fazer dupla com ele, aliás, Naruto também era meu amigo.

– Tem certeza?

Concordei e então ele virou a frente assim como todos, prestando atenção nas explicações do professor.

Quando estávamos fazendo as atividades, tentava todo custo não olhar para o lado, mas acabava me pegando observando-os e a sintonia que ambos tinha. Apesar de ele às vezes ser rude com a rosada, aparentemente, parecia bem satisfeito com ela como sua dupla.

Respirei fundo e voltei anotar as perguntas no caderno, que deveríamos entregar ao professor, após resolver os problemas das atividades.

– Falta apenas a ultima questão.

Voltei fitar o loiro e depois olhei para o telescópio à frente.

– Nossa... Perdão. Fiquei tão distraída que deixei você fazer tudo sozinho.

– Não tem problema.

Envergonhada terminei de anotar as questões e depois as respostas. Precisava me desligar um pouco dessa paixão, ou não faria nada o semestre inteiro.

A aula acabou assim como minha paciência.

Sair da sala tão apressada que nem os esperei. Era intervalo e queria respirar ar puro e ficar sozinha. E o melhor lugar era o terraço da escola.

Assim que abrir a porta do terraço, caminhei até a grade ao lado. Toquei minhas mãos nelas, e adentrei meus dedos pelos buraquinhos da grade e abaixei a cabeça apertando com força o ferro, de acordo que minhas lágrimas rolavam.

– Como posso ser tão estupida?!

– Você não é estupida.

Virei rapidamente em direção da voz que vinha. E dei de cara com Naruto, aproximando. Limpei as lágrimas rapidamente e fiquei em pé olhando a paisagem a frente das arvores e a cidade, com seus prédios e edifícios enormes.

O loiro se postou ao meu lado e ficou em silencio sem dizer nada.

Seu silêncio estava me matando, até que o outro resolveu falar:

– Sempre soube que você gostava dele.

O fitei, mas ele continuava olhando a paisagem.

– E o que isso te interessa? – falei ríspida.

– Tem razão. Não me interessa. Mas como seu amigo, me preocupo, com você.

– Não somos tão amigos a tal ponto. – retruquei.

– Talvez por que você não aceita isso. Já está dominada por ele. Você acha que vale a pena sofrer? –indagou fitando-me. – Por que não fala logo de vez sobre seus sentimentos para o Sasuke?

– Não posso.

– Se ele te ama, vai te aceitar.

– Não tenho certeza disso... – minha voz falhou. – Ele me ver como... Como uma irmãzinha mais nova.

Naruto ficou em silêncio.

Depois de alguns minutos se, pois a falar:

– Só vai ter a certeza quando confessar.

O fitei em silêncio.

– A próxima aula já vai começar. – disse e virou-se caminhando até a porta.

Fiquei observando-o desaparecer até segui-lo, com aquela ideia de confessar meus sentimentos ao Sasuke.



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