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História Amor de amigos - A verdade


Escrita por: Kamy-Matarasu

Notas do Autor


Voltei!!
Desculpa a demora estava viajando, e no lugar que estava não dava para escrever.
Quero dizer também que minha net ta doida, uma hora to com net outra não estou. Então fica difícil afirmar quando sai o próximo capitulo.
Espero que volte o normal para que eu possa postar os capítulos sem problema.
Bom, eu não sou boa em títulos então relevem por favor.
Espero que gostem
E boa leitura.

Capítulo 2 - A verdade


 

Cansado por correr praticamente todos os corredores do colégio, a procura da Hinata, parei no hall de uma bifurcação de corredores, quando a vi ao lado do Naruto. Ela estava cabisbaixa, andando ao lado daquele loiro que também estava em silêncio. Ambos caminhavam em minha direção, até Naruto me olhar, assim como Hinata que parou no meio do corredor, me fitando como se estivesse espantada em me ver ali. Naruto por outro lado, respirou fundo e continuou seguindo.

Passou por me sem dizer nada. E então aproximei da Hinata, que ficava cada vez mais tensa. Dava para notar sua respiração descontrolada. O que ela tinha afinal?

Parei a sua frente e fui logo perguntando sem preâmbulos:

– Onde você estava? – queria que a pergunta soasse mais tranquila e não acusadora. Como se estivesse julgando antes de saber, o fato dela e Naruto ficar lado a lado com caras suspeitas, como se tivesse feito alguma coisa...

– Você estava me procurando?

Era para estar zangada pela minha repreensão desnecessária, mas ela parecia surpresa por está procurando. Por que Hinata estava tão estranha? E por que estava irritado por vê-la com Naruto?

– Estava. Você sumiu. – tentei controlar meu nervosismo.

– Fui tomar um ar.

– E levou seu outro amigo junto. – soltei um sorriso nervoso, deixando estampando meus ciúmes.

E não deveria ter? Esse Naruto além de abusado quer se colocar em um grau acima do meu. Eu sou o melhor amigo da Hinata, ele chegou agora... Ok, ela o conhece há algum tempo, mas vim primeiro... Mas que ridículo.

– Naruto. Só fizera companhia, nada demais. – respondeu e eu desejei que ela não dissesse de um jeito tão estranho.

Ela resolveu caminhar e eu a seguir ao seu lado. Fiquei observando em silêncio, sentindo que ela me ignorava. Era a primeira vez que Hinata fazia isso e não entendo o por que.

– Vamos sair depois da aula.

– Eu sei. Você falou mais cedo para Sakura.

– Sim. Mas... Quero sair somente com você.

Ela parou e me fitou com os olhos surpresos. Eu também estava com a reação dela. Deveria ficar? Sempre saímos juntos sozinhos...

– Vamos beber alguma coisa antes de voltar para casa. Tudo bem?

– Por que minha irmã não pode ir?

– É... – fiquei sem jeito, não poderia falar o que era de fato, se não ela não iria. – Ela vai com a Ino ao Shopping.

– Shopping? Ela não me disse nada...

– Pois é. Vamos para aula já estamos atrasados. – falei arrastando-a dali.

Estava estranho e ela muito tensa.

Não que eu gostasse dessa situação, mas fui obrigado a fazê-lo. Obrigado por minha covardia que se negou a dizer não para o Kiba.

 

 

Tentei ao máximo não demonstrar a felicidade estampada em minha cara. Era bom demais para ser verdade. Sasuke, querendo sair comigo, eu e ele sozinhos! Meu coração gritava, pulava de alegria. Não que isso seja a primeira vez, mas, percebi em sua voz que o mesmo estava louco para me dizer algum segredo, e quem sabe não seja isso... Será que estou apressada demais e pensando algo que nem deva ser? Mas por que ficou tão corado? Sem dizer que ficou com ciúmes do Naruto. Acho que meu sonho estar começando se tornar realidade.

Voltei ao seu lado à sala de aula. O professor ainda não havia chegado por isso, os grupinhos de alunos conversavam.

Sakura aproximou eufórica assim que nos viu. E já foi falando:

– Hinata! Eu e a Ino iremos ao shopping depois da aula. Você vem né?

Olhei para Sasuke que se sentou em sua carteira. E ele não havia falado nada para ela sobre nosso “encontro”,?

– Eu e o Sasuke vamos beber algo antes de voltar para casa.

Sakura não desfaçou a magoa e surpresa quando escutou minhas palavras.

– Ah... É...? Legal.

– Tem algum problema? – questionei.

– Nenhum. – disse desfazendo toda sua euforia.

A mesma retornou a sua carteira, ainda muito abalada. E eu também me sentei, no mesmo momento que o professor entrava na sala, pedindo para que todos retornassem aos seus acentos.

Olhei para Sakura triste olhando fixamente para a mesma a sua frente, e me sentir mal. Ela desgrudou os olhos, quando o professor iniciou a chamada.

Olhei para frente e vi que Sasuke me fitava, e curvou um sorriso amigável em minha direção, o retribuir com outro e depois olhei ao lado e meu sorriso se desfez com Naruto me olhando sentado no canto da parede.

Engoli a seco e desviei a visão prestando atenção na chamada.

O professor anotava constantemente o assunto no quadro. Escrevia rapidamente, mas parei por alguns segundos pensando, curiosa, no que o Sasuke tinha para me falar. Eu não sei se era bem isso, mas pelo seu jeito, estava agoniado para revelar alguma coisa. Ele nunca foi assim, mas gostei por ele sentir ciúmes... – Sakura por outro lado, me deixava em duvida... Ela jurou que não sentia nada de romântico com o moreno, mas sua reação de minutos atrás dizia ao contrário. Será mesmo? Algo me congelou por dentro. Se for... Não sei como reagir com essa situação. Deveria deixar que ela fosse feliz, massacrando meu sonho de tê-lo, só por ser sua irmã ou lutar por ele, mesmo sabendo que ela o amava também? Minha pergunta ficou sem resposta... Seria a decisão mais difícil da minha vida.

A aula encerrou às cinco da tarde. O professor saiu da sala, nos deixando com algumas tarefas para fazer em casa.

Levantei e fui guardando minhas coisas na bolsa rapidamente, queria muito sair dali logo, e fiquei ainda mais eufórica quando vi que Sasuke já se levantava e virava dizendo:

– Vou te esperar lá fora. – disse saindo tão rápido quanto um raio.

Fiquei observando sem entender aquela reação... Até alguém despertar meus pensamentos.

– Vai chegar muito tarde?

Virei para fitar os olhos verdes da rosada. Que estavam tristes inclusive.

– Não. Volto a tempo de fazer o dever de casa. – falei com um sorriso. Não conseguir evitar a alegria que me dominava.

Ela por outro lado deu de ombros e seguiu Ino, que já a chamava.

Sakura desapareceu da porta pra fora com Ino ao seu lado.

Voltei guardar minhas coisas, e quando já estava prestes a sair da sala, Naruto me interceptou abruptamente:

– Você falou?

Arregalei os olhos.

– Já falei que você não tem nada com isso, Naruto. – respondi irritada por ele insistir em se meter em minha vida.

– Acho que sim... Vão até sair juntos. – comentou ignorando o que havia falado.

– É. Vamos sair juntos, como sempre. Não é novidade.

– Parece que agora é diferente. Que bom que ele te aceitou.

Entreabrir a boca para dizer que estava enganado, que não confessei nada. Mas por algum motivo que não sei, apenas fiz um gesto positivo de cabeça.

Naruto me fitou com a mesma expressão de tristeza que havia nos olhos da Sakura.

– Nossa amizade não vai mudar depois disso né?

– E deveria mudar? – retruquei.

Sinceramente não sei por que estava sendo tão rude. Mas é que detesto quem insiste em se meter em minha vida. Porém, Naruto, era muito bom para mim. Sem dizer que era meu amigo...

– Naruto! – um grito ecoou na sala, fazendo alguns alunos que ainda estavam ali se assustarem.

Uma garota baixinha de cabelos longos avermelhados adentrava a sala caminhando em direção do loiro que a fitava com uma cara carrancuda, observando a moça aproximar segurando sua bolsa com as duas mãos à frente.

– Vamos?

– Vamos para onde? Está louca Tayuya? – retrucou Naruto irritado.

A baixinha ignorou o loiro e me fitou.

– Naruto, o que você está fazendo com essa menina estranha?

O que ela disse?!

– Hinata é minha amiga, Tayuya. Diferente de você. Uma novata louca, que acha que sou sua propriedade.

– Naruto... – murmurou a tal Tayuya magoada.

– Por favor, vê se me deixa em paz. Ok?

A garota o fitou e depois franziu o cenho.

– Nunca! Ouviu bem! Você é meu! Só meu! – gritou e saiu louca chorando da sala de aula.

Fiquei observando sem entender aquela reação. Realmente ela era louca...

– Desculpa. – disse o loiro sem graça me fitando.

– Tudo bem. Não sabia que estava paquerando essa garota.

Ele ficou vermelho e falou rápido:

– Não tenho nada com ela. Tayuya é uma louca, acha que só por que ajudei, estou apaixonado por ela. Mas não é isso, não é.

– Ela é bem louca. Mas me parece que gosta mesmo de você.

– Você ficaria feliz caso ficássemos juntos né...?

O fitei intensamente e não conseguir pensar em uma resposta que não me deixasse estranha por dentro.

– Sei lá. – optei em dizer algo confuso.

Caminhei entre as carteiras e ele veio logo atrás.

– Ela não faz o meu tipo, sabe? – brincou.

– Eu sei. Percebi quando magoou os sentimentos da garota.

– Você acha que a magoei? – indagou fingindo surpresa.

– Claro que sim. Foi muito rude, magoaria qualquer mulher falando do jeito que falou.

– Hm... Quem sabe assim ela me deixa em paz.

Parei já no corredor e o fitei com um sorriso nos lábios.

– Você tá mesmo precisando de uma namorada, Naruto.

– Estou?

Concordei.

– Mas como minha amiga, você deveria aprovar a pessoa certa, não?

Sorrir me envolvendo nessa brincadeira estranha.

– Mas é claro. E é melhor essa Tayuya se tocar antes de ficar dando em cima do meu amigo. Não gostei nada dela.

Ele sorriu impressionado. Não sei por que.

– Vou nessa. Até amanhã loiro. – falei lançando um sorriso e depois rodando os calcanhares e me afastando.

Naruto ficou para trás, com uma cara de bobo, impressionado com não sei o quê.

Encontrei com o Sasuke na entrada do colégio. O mesmo estava a minha espera, e quando aproximei seguimos juntos pela calçada conversando sobre as aulas e de alguns joguinhos.

Estava ansiosa, mas o moreno não falava nada a respeito, ao contrario evitava o assunto. Até entrarmos na cafetaria.

Sentamos em uma mesa ao canto da parede de vidro do estabelecimento, dava para ver as pessoas caminharem para o lado e para o outro, e o transito movimentado.

Olhei para Sasuke que estava tenso, me deixando da mesma forma. Estava tão nervosa que fiquei apenas esperando ele dizer alguma coisa.

E disse...

– Vai pedir o quê?

– Achei que já soubesse o que queria... – provoquei sentindo minha face vermelha.

Ele riu.

– Milk Shake de morango. – murmurou levantando-se. – Espera aqui.

Afastou-se seguindo ao balcão mais a frente, até retornar com a taça mediana de Milk Shake e um refrigerante.

Aproximou sentando-se ao meu lado, me deixando ainda mais tensa e nervosa. Por que, não se sentou a frente? Ele queria mesmo ficar mais perto de mim? Talvez...

– Aqui está.

– Obrigada. – peguei a taça e pus sobre a mesa.

Provei e depois muito nervosa o fitei e perguntei:

– Você quer me falar alguma coisa?

Ele respirou fundo, também nervoso.

– Sim.

Meu coração acelerou.

– O quê...?

Sasuke me fitou intensamente para dizer:

– Você conhece o Kiba né?

– Kiba?

– Sim. Então... Ele quer conhecer você melhor. – disse. – Como somos do mesmo time de beisebol, Kiba me disse que gosta de você. E como sou seu colega, pediu para que eu arrumasse um encontro para que ele a conhecesse melhor.

Fiquei fitando-o perplexa, ouvindo o barulhinho dos cascos do meu coração se quebrar em mil pedaços.

Então... Não era um encontro entre me e ele. E sim, com outro! Sasuke estava ajudando esse tal de Kiba, a ficar comigo... Que destruidor.

Virei à frente e tentei ao máximo para não chorar. Concentrei na taça sem dizer nada. E Sasuke ficou em silêncio.

Depois de alguns segundos, Kiba chegou todo atrapalhado, esbarrando com as cadeiras até chegar a nossa frente e ficar parado feito um porte, com um sorriso idiota nos lábios.

– Obrigada Sasuke.

Sasuke assentiu sem graça e ficou ao meu lado calado.

Kiba aproximou sentando a minha frente.

– Sou Inuzuka Kiba, integrante do time de beisebol da escola! Prazer em conhecê-la Hinata.

Fiquei observando-o e minha vontade era de jogar o Milk Shake na cara dele. Porém, minha educação não permitia tal coisa, então só o respondi com palavras curtas.

– Prazer.

– Oh! Gosta de Milk Shake de morangos? Vou anotar isso. – disse tirando um bloquinho de dentro do bolso do blazer, e uma caneta.

Que idiota...

– O que gosta mais? Por acaso você gosta de futebol? O que gosta de fazer aos domingos?

Aquelas perguntas idiotas estava me sufocando. E o pior de tudo era Sasuke que parecia um monge calado ao meu lado, com aquela cara como se sentisse culpado.

Levantei abruptamente pegando minha bolsa e saindo dali sem ao menos terminar a taça do Milk Shake, e muito menos responder as perguntas daquele idiota.

– O que foi que fiz? Será que perguntei demais? – indagou Kiba confuso.

Sasuke levantou e saiu, antes de dizer:

– Melhor esquecer a Hinata, Kiba.

O mesmo ficou fitando o moreno sair do estabelecimento sem entender nada.

Caminhei lentamente pela calçada, me sentindo derrotada e magoada. Meu coração estava em pedaços. A cada passada sentia como se uma faca penetrasse bem fundo. Como pude me enganar que Sasuke, o que sempre deixou claro que me considerava uma irmã, pudesse pensar em algo como paixão? Ele não estava apaixonado, não me amava dessa forma. Foi, tudo para ajudar um colega de time...

Respirei fundo e doeu ainda mais meu coração. Só queria chegar a casa e chorar até que não restassem mais lágrimas. Elas já rolavam por minha face sem permissão.

– Hinata!

Parei perplexa ouvindo a voz do moreno a me chamar.

Ele não poderia ver chorando, então, tratei de caminhar mais rápido.

– Espera Hinata!

Parei novamente desistindo de fugir. Até sentir o mesmo próximo atrás de mim.

Fiquei parada feito um porte, cabisbaixa, apertando com força a alça da bolsa em minhas mãos.

– Hinata?

Demorei alguns segundos para me recompor e por um sorriso falso como se nada daquilo tivesse me magoado, e virei para fita-lo.

Mal tive tempo de sorrir, quando sentir o mesmo me abraçar abruptamente. Aninhando-me em seu peito.

– Desculpa Hinata.

Fiquei surpresa, e meus olhos se encheram novamente de lágrimas.

– Não deveria ter ajudado dessa forma, antes de comunica-la. Confesso que não foi nada agradável vê-lo daquela forma com você, lhe fitando como se fosse um pedaço de carne. Desculpa, nunca mais farei algo do tipo.

Ele estava arrependido por arrumar o encontro de supetão e não por que não queria me ver com outro...

Respirei fundo e desvencilhei.

– Você não gostou? – indaguei.

– Não. – respondeu me fitando intensamente. – Eu odiei isso que fiz. Sou um idiota.

– Não é não.

– Fui sim. Arranjei esse encontro sem comunica-la, ou perguntar sobre suas intensões com o Kiba. Nem sou amigo desse cara, ele é apenas um colega de time.

– Tudo bem, Sasuke. Não precisa se sentir culpado.

– É inevitável, uma vez quando me lembro das coisas que ele me falou sobre você.

– Que coisas?

– Melhor não saber. – disse obscuro. – Coisas que só um idiota como ele fala. Ainda bem que você o rejeitou, estava torcendo para isso no fundo.

– Ciúmes?

Ele ficou corado e curvou um sorriso carinhoso.

– Não posso sentir ciúmes da minha melhor amiga?

– Claro que pode. – respondi com um sorriso meigo.

– Vou leva-la em casa. – disse aproximando pegando em minha mão e me conduzindo a frente.

Ele não me amava como queria, mas era um amigo perfeito.

 

 

Estava tão louco, que quase fui atropelado quando atravessava a rua. Saber que Hinata, sentia ciúmes da Tayuya era algo que deixava meu coração acelerado, pulando por dentro feito louco.

Será que um dia teria a chance de tê-la ao meu lado? Mas e o Sasuke? Ele não a amava como a mesma queria, mas a queria a todo custo ficar ao seu lado.

Meu sangue esfriou quando lembrei que ambos estávamos juntos há essa hora, provavelmente beijando-se... Ela não me disse nada, mas confirmou que havia confessado. Ela confessou e ele aceitou de imediato? Será mesmo?

Voltei ao meu estado frustrante. Pelo jeito não tenho chance... Como sou idiota, me enchendo de esperanças falsas. Não tenho a menor chance.

Eu e Hinata somos amigos, mas ela não me trata como se fosse, sou praticamente um colega de classe para ela, é assim que a mesma me trata e me ver. Talvez, se ela me conhecesse mais afundo pudesse notar algo? Mas, depois de tanto tempo, Hinata nunca teve o interesse, será que precisava fazê-la enxergar isso? O que fazer? Hm... Preciso pensar em algo que a faça me conhecer melhor, e perceber quem sabe o quanto a amo. Prometo que no final, enfrento minha covardia e confesso de uma vez o que sinto.

 

 

Hinata anunciou sua chegada e eu continuei sentada no sofá distraída com a televisão ligada. Passava uma novela dramática, mas, não havia prestado atenção na história. Estava afundada em sentimentos dos quais não podia contar para ninguém. Era agoniante e sufocante guardar isso.

– Pensei que fosse demorar no Shopping. – comentou Hinata ao lado caminhando em direção ao quarto.

– Ino tinha um compromisso. – menti olhando para TV.

Hinata me fitou e aproximou:

– O que você tem?

– Nada.

Ela continuou ao meu lado, sentada me olhando. E já estava me incomodando.

– Como foi o passeio? – indaguei engolindo a seco.

– Sasuke havia arranjado um namorado para mim.

Fitei-a surpresa.

– Sério?

– Sim. Kiba esse é o nome do garoto que Sasuke ajudou.

– Kiba do time de beisebol?

– Esse mesmo.

– Você o aceitou? – indaguei curiosa.

– Não. É um bobo.

Soltei um sorriso amargurado e voltei olhar a TV.

Ela se levantou, e desapareceu. E só retornou a sala, depois que já estava vestida no moletom com estampadas de bichinhos. Aproximou com algumas correspondências nas mãos.

Sentou-se no tapete da sala a frente da mesa de centro, e começou ler as correspondências.

– Tenho que ligar para o papai e avisar que as contas chegaram. – comentou.

– Ele já ligou hoje. Já deixou o dinheiro na conta. – respondi.

Ela me fitou intensamente e eu a ignorei, respirando fundo e grudando os olhos naquela novela chata.

Hinata levantou-se deixando as correspondências sobre a mesa de centro, sentando-se ao meu lado, e me cutucou.

– Ei, você ainda está chateado por causa da franja mal cortada?

– Mal cortada? – indaguei irritada. – É claro que não.

– Ficou bem legal. Acho que nem vou amanhã reparar o cabelo. – disse tentando me convencer.

Minha língua coçou e minha curiosidade também, assim como meu coração que acelerou ansiando pela verdade.

Por essa razão perguntei abruptamente:

– Você gosta do Sasuke?

Hinata me fitou surpresa, depois lançou um de seus sorrisos carinhosos e respondeu:

– Gosto como amigo, você sabe.

– Não é o que parece, Hinata.

– Para com isso Sakura. Já disse para você que não gosto do Sasuke dessa forma.

Fiquei em silencio. Depois voltei falar:

– Eu gosto.

Hinata me fitou perplexa como se acabasse de receber uma bofetada na cara.

– Você gosta dele...?

– Eu o amo. Mas parece que ele não me enxerga dessa forma. E eu penso que é por sua culpa, por que ele gosta de você e não fala, assim como penso que você o ama também. Então irmã. Se você o ama, não irei atrapalhar, mas se não o ama... Vou lutar por ele.

– Sakura...

Fiquei tão emotiva que sentir meus olhos arderem.

– E então? Posso ou não lutar por ele?

Hinata ficou em silencio, triste cabisbaixa olhando para o lado esquerdo, até voltar me fitar. Com os olhos mais tristes do mundo.

– Pode.

Com isso, se levantou e saiu da sala abruptamente. Depois de alguns segundos ouvir a porta do quarto bater.

Fiquei surpresa e confusa ao mesmo tempo. Não parecia que a mesma falava a verdade sobre seus sentimentos.

 

 



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