História Amor de amigos - É da minha irmã que ele gosta!

 

 

 

 

 

O que está acontecendo comigo? Por que não retruquei? Por que simplesmente entreguei meus sentimentos de bandeja para desgraça? Por que era tão covarde ao ponto de não assumir o que sentia...? Apertei fortemente o travesseiro e afogando minhas lágrimas nele. Nada que pudesse fazer me faria sair daquele estado depressivo de dor e desespero. Sakura, o amava assim como eu e como irmã não iria impedi-la? Sim, não iria.

A porta do quarto se abriu, fazendo com que me virasse ao lado da parede, evitando que ela pudesse-me ver chorando. Seria o fim.

Sentir que a mesma não dissera nada, apenas entrara em silêncio e permaneceu assim por longos minutos. Minutos do qual, me fizera virar para fita-la. Ela estava deitada olhando para o teto com os olhos fixos. E mesmo fitando-a tão intensamente, Sakura não se virara para me olhar. Era como se estivesse dormindo com os olhos abertos.

Respirei fundo e virei na posição anterior, até que o sono me dominou completamente...

No dia seguinte, acordei cedo, mais do que de costume. Fiquei alguns segundos, sentada na beirada da cama, observando que a rosada já havia acordado. Levantei e sair do quarto para iniciar minha higiene pessoal.

Quando retornei ao quarto, encontrei-a sentada em frente a penteadeira, penteando os longos cabelos.

– Bom dia. – falei caminhando até minha cômoda.

– Bom dia. – respondeu ela.

Tirei meu uniforme, menos o blazer que não usaríamos hoje, apenas a camisa branca de mangas mediana, e uma camiseta de lá cor bege por cima da camisa branca.

Vesti enquanto a mesma terminava com os cabelos e comentava em seguida:

– Estou cansada de cabelos longos.

Terminei de laçar o laço entorno da gola da camisa e a fitei:

– Está pensando em cortar o cabelo?

– Sim. Dar muito trabalho cuidar de cabelos compridos. Não sei como consegue... – disse virando a cadeira e me fitando. – Você não disse que iria ao salão hoje?

– Sim. Mas desistir... Gostei da franja.

Ela curvou um sorriso e voltou ao espelho da penteadeira.

– Bom. Vou me atrasar para primeira aula, quero cortar meus cabelos logo.

Já ia argumentar, mas fiquei calada, no mesmo momento que a campainha tocou.

– Deve ser o Sasuke. – comentou Sakura com os olhos brilhando levantando rapidamente. – Como estou? – perguntou virando em minha direção.

– Bonita.

Riu e saiu do quarto às pressas.

Soltei um suspiro desanimado e sentei em frente ao espelho, fitando meu reflexo por longos segundos.

O que poderia fazer de diferente para mudar? Nada...

Foi exatamente o que fiz nada. Apenas sair da frente do espelho e peguei minha bolsa, pronta para sair do quarto, juntando toda minha determinação para resistir o charme do Sasuke.

Fechei a porta, olhando de relance ao outro cômodo, e um rápido pensamento passou em minha mente; Talvez fosse o momento de ter um quarto só para mim. Sakura não tinha mais motivo de ter medo de bicho papão.

Sorri comigo mesma recordando de quando erámos crianças, e seu medo por algo inexistente... Porém, meu sorriso se desfez quando observei Sakura tão próxima do Sasuke, que até pensei que os mesmos havia se desvencilhado, exatamente no momento que apareci.

– Bom dia, Hinata. – disse Sasuke com um sorriso.

Por que ele tem que rir assim tão sedutoramente?

– Bom dia.

– Estava falando com o Sasuke que poderíamos fazer uma noite do pijama, o que acha?

– Noite do pijama...? – repetir imaginando o que minha irmã queria com isso...

– Sim. Você pode convidar o tonto do Naruto e eu convido a Ino. Vai ser legal.

Claro... É a oportunidade perfeita de ela flertar o Sasuke.

– Claro... – falei desanimada caminhando até a porta.

Sakura riu e saiu disparada ao quarto, e retornou com a mesma pressa com a bolsa nas mãos.

– Você não disse que vai cortar o cabelo?

– Sim. Vou acompanha-los até o trajeto.

Dei de ombros e sair deixando os dois para trás.

Seguir sem dizer nenhuma palavra enquanto, Sakura falava sem parar de sua extraordinária ideia hoje à noite. Estava me incomodando, mas, resolvi ficar calada como sempre fazia. Sasuke, apenas ria.

Quando relanceei os olhos para observá-los logo ao meu lado, percebi os olhos do moreno brilhar quando olhava para rosada. E meu coração trincou depois desse feito. Será que ele correspondia o mesmo sentimento dela...?

– O que foi? – perguntou Sakura me fitando.

Desfiz minha cara de espanto e praticamente corri a frente, por pouco não tropecei.

Então... Não a nada que eu possa fazer, a não ser evitar esse sentimento dentro de mim. Mas, estou sendo muito precipitada. Sasuke nunca dera indícios que gostava da Sakura dessa maneira, na verdade ele nunca falou nada...

– Ei Hinata!

Interrompi os pensamentos assim que o vi correndo até a mim.

Estava sozinho, e então percebi que Sakura caminhava em sentindo contrário do outro lado da rua.

– Está chateada com alguma coisa?

A pergunta me pegou de surpresa. Mesmo sem fita-lo respondi:

– Não.

– Você anda muito estranha ultimamente. Tem alguma coisa acontecendo? Ou é por ontem...

– Não é nada. Estou bem Sasuke. – falei com um dos meus sorrisos falso.

Ele assentiu e continuou caminhando ao meu lado em silêncio.

Passamos pelo templo e em seguida atravessamos a rua, até o mesmo quebrar o silêncio.

– Sabe Hinata. Tenho algo para falar.

Observei-o assim que caminhávamos.

– O quê?

– O aniversário de sua irmã está se aproximando... Queria sua ajuda para poder comprar um presente legal, para Sakura.

Aos poucos meus passos se tornaram lentos, tão lentos que percebi que estava parada no meio da calçada e fitando o chão com os olhos nublados.

– Hinata?

O fitei e disse:

– Pensei que você achasse a Sakura irritante. – as palavras saíram sem querer.

– Achava isso só para perturbá-la. – respondeu com um sorriso bobo nos lábios. – Sua irmã cresceu e se tornou uma linda mulher... Bem...

Meu coração parou e eu fiquei fitando-o esperando o que ele estava prestes a dizer.

– Bem...?

Ele me fitou intenso:

– Gosto da Sakura. E pretendo falar isso para ela hoje à noite.

Quê...?

Uma bomba explodiu dentro de mim. Tão forte era a dor, que minha vontade era de sair correndo e deixa-lo para trás. Mas se fizesse isso o que ia achar? Precisava ser forte e engoli toda dor.

– Boa sorte. – falei em um fio de voz caminhando.

Ele me seguiu sem parar de falar.

– Você é minha melhor amiga, e irmã da Sakura, por isso que gostaria que você me acompanhasse amanhã ao shopping para comprar o presente.

– Tá.

Finalmente o colégio estava próximo à frente.

Sasuke calou-se para meu bem, e só voltou falar quando estávamos dentro da escola caminhando pelo corredor.

– Aonde vai?

– Vou ao banheiro, molhar o rosto, estou um pouco sonolenta.

Ele assentiu e seguiu ao corredor entre as pessoas.

Caminhei ao banheiro e entrei, e havia apenas duas meninas que cochichavam contentes. Pararam quando me viram e saíram no mesmo momento, com os celulares nas mãos.

Fiquei um breve momento olhando ao espelho, e lavei o rosto para afastar o choro. Quando sentir que estava recuperada, sair do banheiro e fui caminhando até a sala, pelo corredor já vazio.

 

 

Não conseguir nenhum minuto para de fita-la. O que ela tinha afinal? Estava mais para baixo do que ontem. Algo me diz que tem a ver com o Sasuke... Esse Uchiha dos infernos! Sempre no meu caminho, tanto no amor quanto nos jogos, e para piorar fingia falar comigo só para agradar a Hinata. Eu sinceramente não sei qual é a dele... Já pensei milhares de vez, que no fundo ele gostava dela, mas em outra parecia realmente ser apenas amigo.

Quando a segunda aula encerrou, Sakura a irmã mais velha da Hinata entrou em sala, quase no mesmo momento que a professora de inglês. Estava diferente com os cabelos curtos, impressionou a todos, principalmente o Uchiha... Meus olhos reviraram com o jeito dele, de querer agradar as duas com suas amáveis palavras.

A segunda aula se iniciou, e invés de prestar atenção fiquei, ligado na Hinata, que fingia escrever os assuntos, mas na realidade estava no mundo da lua.

A aula terminou, e outra se iniciou só depois quatro aulas tivemos um descanso de meia hora.

Sair da sala, mas minha vontade era de ficar, sentar ao lado da Hinata e perguntar o que ela tinha, mas Sakura, Sasuke e a Ino estava ao lado dela conversando sem parar sobre assuntos desnecessários. Não queria me intrometer por esse motivo sair da sala.

Seguir pelo corredor até uma sala onde havia umas cinco refrigeradoras. Peguei um refrigerante e seguir meu caminho até o terraço, o único lugar onde podia ficar sozinho com meus pensamentos covardes.

Sentei no chão, encostando minhas costas na pilastra ao meio do terraço. Abrir a latinha de refrigerante e beberiquei, e depois a segurei fitando o horizonte, até o celular vibrar no meu bolso.

Peguei o aparelho e desbloqueei a tela, e havia uma mensagem. Abrir e era da Hinata... E na mensagem dizia: “Onde você está?”.

Respondi, enviando: “Estou no terraço”.

Não demorou muito para que a mesma respondesse: “Estou indo aí”.

O que ela queria?

Restava esperar para saber.

Demorou alguns segundos para ela aparecer à frente, fechando a porta de ferro e caminhando em minha direção segurando o celular na mão direita.

Fiquei observando os movimentos perfeitos dos quadris, e sua face bela, e seus cabelos graciosos flutuar com a brisa. Ela era linda, Sasuke seria um tolo se não enxergasse isso...

Hinata parou a minha frente, formando uma sombra sobre mim, na qual pude observá-la sem ter que por a mão na têmpora.

– Sempre sozinho. – comentou.

– É. Sou um cara solitário.

Ela riu e sentou ao meu lado, cruzando as pernas.

– Queria convidá-lo para a noite de pijama, hoje na minha casa.

Fitei-a não muito convincente se iria.

Ela riu.

– Não faz essa cara. Você vai sim.

– Você quer tanto que eu vá mesmo?

Ela me fitou e concordou com um gesto de cabeça.

– Claro. Você é meu amigo.

– Não tão intimo como o Sasuke.

Sua expressão se entristeceu abruptamente e até me arrependi de ter falado tal coisa.

– Desculpa, não queria falar mal de seu amigo.

– Não é isso. – disse descruzando as pernas e deitando-se sobre o chão.

Observei-a olhar atentamente para o céu com seu rosto triste mais ao mesmo tempo sereno.

Atrevi a me deitar ao seu lado, também seguindo a mesma visão do céu azul, cheio de nuvens.

– Eu menti Naruto.

Virei à cabeça ao seu lado, mas ela continuou olhando o céu.

– Não confessei meus sentimentos ao Sasuke. – ela riu amargurada. – E agora nem vale mais a pena.

Continuei fitando-a observando sua tristeza profunda.

– Ele gosta de outra garota. – continuou. – Ele gosta da minha irmã.

Uma lágrima rolou no canto do olho perolado. E minha vontade era de fazê-la esquecer desse animal do Uchiha, beijando-a intensamente, como naqueles filmes românticos. Mas sei que no mínimo ela esbofetearia minha cara por tal ousadia. No entanto, sofria com sua dor, sabia exatamente o que estava passando.

– Ele é um idiota, para não notar que uma garota tão legal e bonita, está afim dele. – falei.

Hinata finalmente virou sua face fitando-me.

– Você não deveria sofrer por alguém que não te merece Hinata.

– Você acha que o melhor a fazer é abrir mão dele? – quis saber me fitando intensamente.

Não conseguia falar tais coisas olhando nos olhos, por esse motivo, voltou olhar as nuvens e disse:

– É o que seu coração está pedindo?

– Meu coração está em pedaços... Mesmo assim, ainda gosto dele. Mas me sinto mal, por se interferir no amor deles dois.

– Sakura correspondeu?

– Sim. Ela me confessou ontem que gosta dele. E hoje... Hoje ele me confessou o mesmo.

– Sinto muito. – falei olhando curioso para nuvem que se formava. Parecia um cogumelo?

– Acha que se eu confessar poderia ter chance?

– Se o ama, deveria lutar por ele. Ou simplesmente tomar uma decisão definitiva. Deixar que sua irmã seja feliz com o homem que ama, ou, confessar de vez para os dois seus sentimentos.

– Não tenho coragem...

– Você precisa ter Hinata. – do que estava falando? Nem eu tinha coragem de falar o que sinto para ela. Como sou idiota...

– Vai me machucar ainda mais.

– Você já está machucada.

Ela ficou em silêncio e pelo canto do olho, percebi a mesma olhar para o céu.

Acho que a magoei com minhas palavras secas e frias.

– Veja só essa nuvem! – exclamou Hinata apontando para o céu. – Parece um morango...

– Morango? Acho que você não está enxergando bem. Parece um cogumelo.

– Não, parece um morango, veja só o formato.

– Você só pode está com miopia. – brinquei.

Ela riu e eu bobo virei para fita-la, me perdendo em seu sorriso.

Ficamos nos fitando até o momento, que me levantei abruptamente.

– A aula vai começar.

– Aula de biologia. – disse a mesma.

– Você conhece o professor, ele não admite atrasos.

Seguir a frente me amaldiçoando pelo modo de trata-la. Deveria pelo menos ajuda-la estendendo a mão para levantar. Mas preferir seguir a frente deixando-a para trás.

Seguimos para aula de biologia em silêncio.

 

 

 

– Sasuke o que você está olhando? – indagou Sakura me fitando.

Tirou os olhos da dupla ao lado e a fitei.

– Nada.

Sakura espiou por cima dos meus ombros e depois disse:

– Está incomodado com o Naruto?

– Não... Claro que não. – mentir olhando no microscópio.

Sim, estava incomodado com o que ambos conversavam. Desde quando ficaram tão amiguinhos?

– As duplas farão um trabalho de dez paginas e me entregarão na semana que vem. – interveio o professor anunciando o trabalho.

– Que maravilha... – murmurou Sakura.

Depois que percebeu que eu havia escutado seu murmuro a mesma corou, e olhou para o caderno entreaberto.

– Também acho que será uma maravilha. – comentei observando a rosada me fitar com seus olhos esmeralda, e com um sorriso nos lábios.

Estávamos nos flertando o dia inteiro, mas nenhum confessava. Pela manhã, fiquei mais tranquilo, pois a Sakura correspondia meus sentimentos e até ousava a comentar certas coisas afundo, deixando claro que ela estava afim. Entretanto, não confessei, esperaria a noite, para que pudéssemos ter um momento, sozinhos, se é que teríamos.

A aula encerrou e como o professor de química não veio, fomos liberados mais cedo. No entanto, eu e Sakura ficaríamos para limpar a sala.

– Vou espera-los na entrada. – disse Hinata triste.

– Gente! – Ino apareceu como uma louca, por pouco não atropelou Hinata. – Não vai dar para eu ir à festinha do pijama. Tenho um encontro!

Ela pulava, dançava louca da vida.

– Tudo bem. Então seremos apenas nós quatro. – comentou Sakura.

Ino mal esperou para ouvir o comentário, já saiu em disparada pelo corredor.

 Hinata e Naruto observaram até decidirem caminhar sem dizer nada. E enfim, eu e Sakura ficamos sós.

Fechei a porta assim que a rosada pegou a vassoura e iniciou varrer no canto da sala. Pegou outra vassoura e a imitei varrendo, sem parar de olhá-la.

Limpamos a sala, organizamos as mesas e só faltava o quadro, que a rosada apagava as letras com o apagador.

Corri pegando outro apagador, ajudando-a.

– Vamos ver quem termina primeiro! – exclamei no mesmo momento que a rosada apagava rapidamente.

Até nossas mãos se chocarem ao meio do quadro e os apagadores caírem ao chão limpo.

Ela se abaixou para pegar, mas fui mais rápido, interrompendo-a assim que segurei em suas mãos delicadas.

Sakura me fitou surpresa, com os olhos verdes cintilantes fitando-me.

– O que foi Sasuke...?

Não respondi apenas a tomei nos braços e beijei-a com ternura.

Sakura retribuiu o beijo com a mesma calma, capturando meus lábios inferiores, enquanto capturava os seus superiores, em um beijo envolvente e ao mesmo tempo carinhoso que ficava cada vez mais urgente. Puxei-a pela cintura, e ela envolveu suas mãos alvas e delicadas em meu ombro, aprofundando o beijo. Permitindo que minha língua vasculhasse e encontrasse a sua em uma dança casual.

Quando finalizamos estávamos ofegantes e corados. No entanto, tomei a atitude de fita-la intensamente e dizer:

– Estou apaixonado por você, Sakura.

– Eu também. – respondeu com os olhos brilhando.

Sorrir e já ia tomar seus lábios novamente, quando alguém abriu a porta abruptamente, fazendo-nos afastar rapidamente.

– Vocês ainda estão aqui? – indagou o coordenador do colégio.

– Estávamos arrumando a sala. Mas já terminamos.

– Certo.

Eu e Sakura saímos da sala, levando os materiais de limpeza, com o olhar do coordenador sobre nós.

Assim que deixamos na dispensa, caminhamos pelo corredor até a saída. Na entrada no portão ao longe, encontramos Hinata, que nos fitou não muito animadora.

– Vamos? – falei.

Hinata deu de ombro caminhou sem ao menos nos esperar. Naruto apenas me fitou, como se soubesse de algo e seguiu a morena, em silêncio. O que estava acontecendo afinal?

Seguimos em silêncio até a casa das Hyuugas.

Adentramos na casa, e Naruto foi logo sentando no sofá. O seguir e sentei também, enquanto olhei Sakura sumir dentro do quarto. Hinata, no entanto, parou no meio da sala e disse:

– Vou preparar algo para comermos.

– Vou ajuda-la. – eu e Naruto falamos juntos.

Paramos e nos entreolhamos.

– Não precisa. Assistam TV enquanto isso. – disse pegando o controle remoto e ligando a TV.

Tão logo saiu da sala.

Continuei observando aquele loiro, assistindo, até o momento que ele me fitou com o cenho franzido.

– O que foi?

– Nada. – respondi seco.

– Então para de ficar me olhando.

– Está incomodado?

– Sim, me incomoda.

Ficamos nos fitando e então desviei a visão para TV.

Depois de alguns minutos, Naruto interrompeu dizendo:

– Que programa chato. Vou ajudar a Hinata é bem melhor do que assistir isso. – levantou-se.

Levantei no mesmo momento.

– Não. Você não. – falei sério.

Ele semicerrou os olhos e me fitou.

Sakura apareceu vestida em um vestido azul claro, e parou no meio nos fitando sem entender.

– O que está acontecendo?

– Nada. – respondeu ele se afastando.

Continuei fitando-o até sumir.

– O que foi Sasuke? – quis saber Sakura.

– A Hinata não deveria ter convidado esse idiota. – resmunguei sentando no sofá.

Sakura sentou ao meu lado.

– Ele fez alguma coisa?

– Só fica enchendo o saco da Hinata! Com esse grude excessivo. – falei bravo.

– Está com ciúmes?

Fitei-a.

– Não é isso. – desconsiderei a ideia e também me sentir confuso, por ficar tão irritado com isso.

– Ele é amigo da Hinata, Sasuke.

– Eu sei...

– Bom. O que minha irmã está fazendo?

– Foi preparar algo para comermos.

– Hm... Tomara que ela esteja fazendo aquela macarrona. Sabe, a Hinata é ótima na cozinha.

– Eu sei. – respondi recordando de quando fiquei com a mesma ajudando no almoço da família há alguns anos.

– Será que poderíamos repetir o que fizemos no colégio? – indagou Sakura com um sorriso travesso nos lábios.

Espiei o corredor e depois voltei fita-la. No mesmo momento que a tomava seu rosto e beijava-a.

 

 

Ela estava servindo os pratos na mesa, quando adentrei a cozinha assustando-a.

– Vir ajuda-la.

– Já terminei. Você poderia chamar a Sakura e o Sasuke?

– Claro. – falei rápido dando meia volta.

Só de saber que passaria a noite olhando para cara daquele Sasuke, me dava náuseas. E para piorar, acabei encontrando os dois aos beijos. Será que eles não percebiam que magoariam a Hinata profundamente, se pegando nos lugares impróprios? Minha vontade era de falar toda a verdade e como isso fere os sentimentos da Hinata. No entanto, não era da minha conta. Só ela tinha esse direito.

– Ei! – chamei-os.

Ambos se desgrudaram.

Sasuke me fitou com as sobrancelhas franzidas e Sakura normalmente.

– A comida está pronta.

Sakura foi à primeira levantar. Ele levantou lançando aquele olhar mortal em minha direção.

Nossa convivência nunca foi boa. E depois de hoje acho que só vai piorar.

Seu problema é querer as duas Hyuugas para si. Que pena, por que não deixarei que massacre ainda mais os sentimentos da Hinata.