História Amor de Brasa - Capturando o momento

Ele a puxou e beijou. Com o rosto colados disse: - Eu estou em brasa Mara, isso ta me queimando. -Então deixe queimar! 

Se beijaram no meio da rua e trocaram afeições constantes. Confirmou-se no olhar o que já sabiam. - Eu tenho uma chácara, e não espero que recuse. Ela disse. Seguiram a diante até o carro e entraram, enquanto ele dirigia Mara o olhava com ternura, captando os instantes e momentos em que grava aquela imagem, inquestionável. Ele é insanamente peculiar. 

Como eu gosto de vê-lo, não paro para pensar sobre como do nada nos conectamos e agora, indo para um local a sós, quem sabe o que irá acontecer. Ao chegarmos abri a porta e lá estávamos nos beijamos, parecíamos dois inconsequentes se entregando a algo maior do que imagina-se. Ficamos durante dias conversando, se beijando, a chuva caía e nós deitados na cama, sentia o seu coração bater enquanto víamos TV. 

Depois de alguns dias. 

Limitações são fardos exuberantes em que me descontrolo entre uma realidade e outra, controvérsias inquietantes que nem mesmo a esperança controla.

Na chácara, eu sobre o sofá com roupas íntimas enquanto ele sentado na cadeira me encara.  -Você é muito nova, tem uma vida toda pela frente. -E do que vale a vida inteira pela frente se só colecionamos egoísmo? -E do que você sabe? -Se você acha que idade é sabedoria, você é tolo. -Não é disso que falo! Ela se levanta do sofá em trages íntimos começa a se despir. - Pare!  -Não. -Não devíamos.

Se aproxima completamente nua. - Será que não?! O segura na mão e leva até seu peito, sentindo os batimentos fortes entre olhares por alguns segundos  ele a beija intensamente, trocam carícias e ela vai o despindo que não hesita em acariciar seus seios. Para e a olha sério dizendo: -Eu não posso fazer isso. -Por favor, não faça isso comigo! 

-O que tanto lhe aflinge Antônio? - É o que você irá me dizer depois que souber. - O que? - Olhe para mim, eu sou velho, eu não quero filhos mais, eu não sei o que estou fazendo.