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História Amor de Gato - Que comecem os jogos!


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 27 - Que comecem os jogos!


– Não se esqueça de deixar meu capacete brilhando! Como futuro rei, eu tenho que estar impecável! E vocês, tratem de escovar bem o meu pelo! Se eu encontrar um nó, estraçalho todo mundo!

Os criados iam e vinham enquanto preparavam Lorg Teigr para o grande dia. Ele estava usando uma roupa nova, que parecia uma espécie de armadura de combate e queria que tudo estivesse perfeito.

Havia passado alguns dias desde o incidente do desmoronamento e Fidélius não tinha falado nada. O que ele estaria tramando? Como não podia levantar suspeita, Teigr também se calou apesar da curiosidade. Será que seu irmão pretendia se arriscar a lutar com ele? Seria um tremendo erro.

Depois de assumir o trono, ele planejava tomar muitas providências. Primeiro, eliminar Felicius para não ter nenhum herdeiro do seu irmão para lhe causar problemas. Assim ninguém teria o direito de lhe enfrentar. Depois, os olhos de gato. Foi por causa deles que Teigr apressou os desafios ao invés de esperar mais.

Como novo rei, seria fácil coagir a humana para forçá-la a lhe dar os olhos de gato. Ou isso, ou seus amigos seriam triturados um a um. Muito fácil. Talvez ele até escolhesse um para eliminá-lo na frente dela e assim mostrar que não estava para brincadeiras. Genial! Sendo rei e com os olhos de gato, o próximo passo seria o mundo. Depois disso, não haveria mais limites para ele.

***

– Uia, adorei essa roupa! Melhor do que a anterior!
– É roupa de guerreira, né! Ficou demais em você. Como será que os meninos ficaram?
– Ah, o Cebola deve estar um charme!
– E você, Marina, está tudo bem?
– Claro, sem problemas.
– Ufa, cheguei a pensar que você não fosse querer mais voltar aqui.
– Não tenho problemas com gatos, só cachorros.
– Vamos lá, sorriam! Essas fotos vão ficar demais no meu blog!
– Quê? Você trouxe câmera?
– E filmadora, gatz! Achou mesmo que eu ia vir para cá desprevenida?

Quando foram conversar com os amigos e pedir sua ajuda, Magali não viu que Denise tinha arrumado um jeito de ouvir a conversa e não pensou duas vezes em se auto-convidar, apesar das advertências.

– A louca! Vai rolar um babado quentíssimo e vocês querem que eu fique de fora? Não perco essa nem mesmo se houver mega-promoção com desconto de 99% no shopping!

E lá foi ela atrás da turma, alegre e saltitante. Como não teve coragem de dizer que ela estava ali de penetra, Magali apenas explicou que a função de Denise era dar apoio moral. Ao ver o jeito alegre e espalhafatoso da humana, o rei acabou acreditando que não fez mais perguntas.

As moças tagarelavam enquanto as criadas as ajudavam a se prepararem. Como ia encarar um desafio de luta, Mônica tinha sido preparada com uma roupa de batalha, com armadura feita para o corpo dela.

Por ser a namorada do príncipe, Magali usava uma roupa especial destinada à nobreza que era um pouco parecida com a que ela tinha usado anteriormente, embora com detalhes mais ricos, bordados e algumas jóias. Ela ia apenas observar por causa dos olhos de gato. Nenhum dos lados poderia usar magia felina ou qualquer outro tipo de magia.

Os rapazes também se preparavam, cada um a sua forma. Cebola tinha treinado muito nos últimos dias no Reino dos Gatos e em casa, jogando todos os tipos de jogos de inteligência que ele encontrava pela frente. Tudo aquilo até que tinha um lado bom. Depois dos desafios, sua inteligência terá aumentado bastante.

Cascão treinou parkour como nunca, já que seu desafio era algo parecido e ia exigir todas as suas habilidades. Apesar de terem lhe dado roupas novas, ele fez questão de continuar usando seus tênis da sorte, com amortecedores de impacto. Aquelas botas e sandálias que os gatos usavam não eram adequados a esse tipo de esporte.

Franja estava preparando seu computador e distribuindo comunicadores aos amigos.

– Tome, usem isso. Assim a gente vai poder se comunicar durante os desafios.
– Não vamos precisar disso. – os dois desafiantes gatos recusaram. Eles tinham treinado muito durante anos e não iam precisar da ajuda de humanos.
– Peguem isso e usem. Toda ajuda será necessária! – Felicius ordenou pegando um comunicador e colocando no próprio ouvido.

Apesar de contrariados, os dois não tiveram escolha a não ser obedecer. Paciência. Bastava ignorar qualquer sugestão idiota daquele humano e tudo ficaria bem.

***

– E então, Fidélius. Nervoso?
– Nem um pouco. Por que estaria?

Aquilo o desconcertou um pouco. Não era para seu irmão estar arrancando os pelos? O que ele estaria aprontando?

– E seus campeões?
– Serão apresentados em breve, assim como os seus.

“O que esse desgraçado está aprontando? Não há mais campeões, estão todos mortos!”

Trombetas foram soadas e todos voltaram seus olhares para o meio da grande arena que tinha sido preparada para os desafios. Havia um grande público acompanhando e aquilo também estava sendo transmitido ao vivo por todo o reino dos gatos. Grandes telões cercavam a arena por dentro e por fora permitindo que todos acompanhassem os desafios.

– Mas que diabos é isso? – ele gritou assim que viu os campeões de Fidélius entrando na arena. Seria impressão sua ou havia humanos entre eles? – É algum tipo de piada? Se for, não tem graça nenhuma!
– Não há nenhuma piada aqui. Esses são meus campeões. Pelo que eu sei (e eu sei muito bem), não há regra nenhuma que impeça a participação de humanos nos desafios.
– O que? Você só pode estar louco! E por acaso você também pode me dizer por que essa humana está sentada aqui conosco?
– Ela é a namorada do meu filho e a portadora dos olhos de gato. Isso lhe dá o direito de se sentar junto a nós. Se não lhe agrada, poderá sentar em outro lugar.

Fidelius tinha providenciado para Magali um lugar especial no seu camarote, perto de onde Felicius se sentaria. Havia o trono para o rei e outras cadeiras mais abaixo destinadas aos filhos e a quem mais ele decidisse convidar. Teigr estava sentado numa dessas cadeiras e não gostou nem um pouco de ter aquela humana ocupando um lugar de honra.

– Agora faça silêncio, eu quero assistir aos desafios em paz.

O público aplaudia e gritava, todos curiosos sobre como os humanos iam se sair naqueles desafios. E o primeiro prometia ser um grande espetáculo.

***

– Caraca! Olhem só o tamanho daquele cara ali!
– Agora eu fiquei preocupado. Mônica, você tem certeza de que quer enfrentar aquele sujeito? Eu heim! Aquilo ali mais parece um Franksgato!
– Pra mim é só um gato grande e feio. Eu tinha a esperança de que fosse dar pra usar o couro dele para fazer tapete, mas eu acho que não vou querer aquilo no meu quarto não!
– Eu tô falando sério! Vou só o tamanho das garras dele? E aqueles dentes?
– E daí?
– E daí? Endoidou, criatura? Se aquele cara te pega de jeito, nem sei o que pode acontecer!
– O Cebola tem razão! Ele vai é te mastigar e cuspir o resto fora!
– Seus manes! A gente convive durante anos e vocês ainda não me conhecem? Já enfrentei tipos piores do que aquele ali. Não vou perder para um gato anabolizado.

O primeiro desafio foi anunciado e os demais concorrentes retiraram da arena. Magali quase tinha caído da cadeira ao ver o oponente da Mônica. Aquilo era um gato ou um monstro?

O adversário da Mônica era conhecido como Mung, o gladiador mais forte de todo o reino. Ele tinha sido recrutado e treinado por Teigr por vários anos e se tornado um exército de um gato só.

– Ah, vejo que ficou impressionada com o meu gladiador, hã? Pois é para ficar mesmo! ele vai triturar sua amiguinha em poucos segundos! – ele, satisfeito, falou ao ver o espanto de Magali.

Fidélius também ficou preocupado. Ele tinha ouvido falar que só o bafo daquele gladiador derrubava uns vinte guerreiros. Como aquela moça pequena e franzina ia dar conta daquele colosso?

Os dois ficaram frente a frente, esperando o sinal para começar a luta. Mung rosnava, mostrando seus dentes enormes e amarelados e também suas garras enormes. Ele ultrapassava os dois metros de altura e era puro músculo.

Mônica o olhava com pouco caso. Ela só precisava tomar cuidado com as garras e procurar não subestimá-lo. Ele podia ser grande e pesado, mas como gato talvez fosse ágil também.

Quando as trombetas tocaram, ambos se colocaram em guarda. A luta tinha começado.



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