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História Amor de Gato - O cérebro da turma


Escrita por: Mallagueta

Capítulo 32 - O cérebro da turma


“Muito bem, Cebola! Você consegue! Você é o mestre dos jogos! O gênio dos planos infalíveis! O grande cérebro da turma!” ele sabia que se perdesse, tudo estaria acabado. A esperança daquele reino estava nas mãos dele e do Cascão. Sua mente estava mais afiada do que nunca e ele se sentia pronto para qualquer desafio.

– Pronto, Cê?
– Pronto! Eu vou acabar com aquele sujeito!
– Tenho certeza que sim! Confio em você.
– Confia mesmo ou só está falando isso para me animar?
– E desde quando eu falo coisas só para agradar?

Ele sabia que ela tinha razão. Mônica não era o tipo de pessoa que inventava mentiras só para agradar. Sinceridade era ao mesmo tempo sua virtude e seu defeito. Se bem que naquele momento estava sendo uma virtude.

– Está na hora. – ela pegou o rosto dele e lhe deu um beijo, deixando o rapaz pisando nas nuvens. – é para dar boa sorte!

Se dependesse daquele beijo, ele ia ganhar disparado do outro campeão.

As trombetas foram soadas e Cebola entrou na arena, junto com seu oponente. Todos estavam ansiosos e os consultores gatos e humanos tinham combinado trabalhar em equipe.

O desafio daquela vez era de inteligência ao invés de força ou agilidade. A arena tinha sido reorganizada em uma espécie de labirinto onde os desafiantes precisavam resolver uma série de enigmas para poderem avançar. Quem errasse, seria forçado a regredir.

Quando o desafio começou, Cebola deparou-se com a primeira prova, que era parecido com os jogos de lógica com os quais ele estava acostumado. Concentração máxima. Aquilo não era só um joguinho bobo da internet, que podia ser reiniciado a qualquer momento. Era algo sério. Em pouco tempo, ele resolveu o primeiro enigma e avançou.

Seu oponente também teve sucesso com o primeiro enigma e também estava avançando. O jogo estava difícil só piorava à medida que ambos avançavam. Às vezes um ou outro errava e era obrigado a retroceder.

“Ai, Cebola, cuidado!” Magali fazia um esforço para não roer as unhas que tinham demorado a crescerem, mas estava difícil se controlar. Aquele desafio era muito importante. Se ele perdesse, tudo estaria acabado. Fidélius também estava a beira de um colapso nervoso.

Somente Teigr gritava feito louco para seu campeão, ignorando que isso só atrapalhava ao invés de ajudar.

“Hum... esse parece difícil... deixa eu ver...” era uma espécie de porta que para ser aberta era preciso resolver uma seqüência numérica. “Tenho que encontrar o padrão nesses números. Ô Franja, uma ajudinha aqui?”

– Espere um pouco, Cebola... ah sim! Achei o padrão dos números. Lá vai!

Eles tinham acertado e Cebola pode avançar. Seu oponente também estava ao seu encalço e ele sabia que não podia errar mais.

Ambos foram parar em uma espécie de galeria no labirinto, cada um em uma sala diferente onde havia várias portas. Só uma estava certa e levaria ao final e a vitória. As outras mandariam o campeão para o inicio do labirinto, onde ele teria que recomeçar tudo de novo.

Para encontrar a porta certa, era preciso resolver uma espécie de quebra-cabeças que para ele não tinha lógica nenhuma. Era apenas um conjunto de peças coloridas com diversos tipos de desenhos que pareciam não ter relação entre si.

– Franja, gente, socorro! Eu não tô entendendo nada desse troço! – apesar de ter treinado várias vezes com aquele quebra-cabeças, Cebola ainda não tinha conseguido entender sua lógica.

Fidélius conhecia aquele tipo de jogo e sabia que ambos estavam em péssima situação. Um jogo daquele tamanho poderia levar dias para ser resolvido e era bem provável que ambos acabassem errando e voltando ao início do jogo.

– Ai, caramba! Eu nunca consegui entender esse jogo direito! – Franja queimava seus neurônios, junto com os assessores felinos.
– Nem nós! Esse é um dos jogos mais difíceis e complicados do nosso povo! Somente os gênios conseguem resolver isso e ainda assim pode levar dias!

“Hummm curioso...” Marina também olhava para aquele quebra-cabeças colorido. Aquelas cores... aqueles desenhos... havia algo de familiar naquilo. Aquele jogo não era de lógica! Não havia nenhuma seqüência matemática para organizar as peças.

– Gente, acho que já entendi esse jogo!
– O quê??? – até o Franja ficou surpreso. Embora soubesse que a namorada fosse inteligente, ele não imaginou que ela fosse capaz de matar aquela charada em tão pouco tempo.
– Já entendi isso. Cebola! – ela chamou pegando o fone de ouvido do namorado rapidamente – Cebola, escuta bem e vai organizando as peças de acordo com o que eu for falando!
– Tem certeza?
– Confia em mim!

Ela foi dando as instruções enquanto ele seguia tudo cuidadosamente tomando cuidado para não errar.

– Ei, seu burro! Anda logo com isso! Eu não tenho o dia inteiro! – Teirg gritava furiosamente para seu oponente que também se esforçava para resolver o quebra-cabeça. Ele ia juntando as peças de acordo com as instruções que recebia da sua equipe de apoio, que era maior que a de Fidélius. Se Lord Teigr parasse de gritar, seu trabalho poderia ser mais fácil.

Ele era um dos maiores especialistas naquele tipo de jogo. Fora por isso que Teigr o escalou para ser seu campeão. Aquele humano não ia ter nenhuma chance nem com todo o apoio do mundo. Mais algumas peças e tudo estaria acabado. Ele avançaria para o próximo nível enquanto o humano acabaria voltando ao inicio do jogo.

– E agora você coloca a peça vermelha com folhas verdes na 25º posição... isso! Está quase acabando!

O outro campeão finalmente tinha terminado seu quebra-cabeça. Só faltava mais uma peça para ele entrar no caminho da sua vitória e...

– Não! Seu maldito, estúpido, filho de uma gata de beco!

Magali teve que tapar os ouvidos por causa dos palavrões que Teigr começou a falar. Credo, que boca suja!

– Comporte-se, Teigr! Onde você pensa que nós estamos?
– Ora, vá a...

Fidélius deu outro suspiro. A quem seu irmão teria puxado?

Cebola ia colocando as peças conforme as instruções de Marina e pouco a pouco todos perceberam que o jogo estava sendo montado corretamente e em menos tempo. Como aquela moça estava conseguindo tal façanha? Os especialistas de Fidélius mal podia acreditar que uma simples humana estava sendo capaz de resolver aquilo tão rapidamente.

– Gente, falta só mais uma peça!
– Coragem, Cebola, vai dar tudo certo!

Após criar coragem, ele finalmente colocou a última peça. Se tudo desse certo, ele teria sua vitória. Do contrário, o jogo estaria perdido.

Magali mal respirava e Fidélius se esforçava para não desmaiar. Dentro da sala dos campeões, grande expectativa. Finalmente ele colocou a última peça.

– Êeeeeee! O Cebola conseguiu! Conseguiu!

Todos comemoraram, Fidélius suspirou de alivio e Teigr jogou seu capacete no chão com tanta força que quase acabou acertando Magali. Aquilo só podia ser um pesadelo!

Na sala dos campeões a alegria também era geral. Agora eles tinham uma vantagem sobre os campeões de Teigr.

– Nunca ninguém conseguiu montar esse quebra cabeças tão rápido! Como você conseguiu?
– Na verdade eu apenas combinei as peças de forma a deixar o conjunto com uma estética bonita.
– Não acredito! – eles estudavam aquele tipo de jogo a anos e nunca tinham conseguido entender sua lógica totalmente. Quem ia acreditar que uma simples humana fosse capaz de desvendar aquele enigma?
– Pois é. O jogo não era de lógica, era um jogo visual.

Quando Cebola voltou à sala dos campeões, foi saudado pela Mônica com um grande abraço e um beijo.

– Grande Cebola!
– Mandou bem!
– Muito bom!
– Blé... nem foi grande coisa!

O riso foi geral. DC nunca perdia o hábito.

***

– Pelo jeito, a decisão recairá sobre você.
– É o que parece.

Ela se encolheu, sentindo medo. Se aquele idiota tivesse vencido, uma grande carga teria sido tirada dos seus ombros, já que Lord Teigr precisava de pelo menos um empate. Com aquela derrota, cabia a ela dar um jeito de vencer o jogo ou as conseqüências seriam nefastas.

O gato não pode deixar de sentir pena dela. Tão jovem, tão bonita e com grande chance de ter um destino terrível caso não conseguisse vencer aquele desafio.


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