História Amor de infância (malec) - O começo para o fim

Mais um dia naquela merda de restaurante. 

Magnus sorria falso para todos que o cumprimentavam, ou faziam o pedido.

Os cabelos que sempre andavam espetados de tanto gel agora era penteado para o lado como um integrante de banda de k-pop, que tanto odiava. Seus olhos não eram mais ousados com aquele belo lapis de olho e rimel. Sua roupa que sempre estava na moda e dierefenciada foi trocada por um mero uniforme do Dumorts. E seu turno só aumentou, diferente de seu salário. 

Agradecia - Bom ele é ateu mas creio que se acreditasse ele agradeceria - a Deus pelo amigo que fez no orfanato o oferecer um emprego em seu restaurante, que aliás era o melhor da cidade.

O relegio em seu braço apitou, avisando que estava no horário do almoço e que seu turno iniciava. Saiu correndo de onde estava sentado e empurrou com o ombro a porta, que se abriu com o choque.

 Em suas mão estavam um lapis e um caderninho onde estava prestes a escrever o pedido do casal, indeciso, em sua frente, chegou a revirar os olhos de tanto esperar.

Ouviu a porta principal abrir e seu coração acelerou, depois de duas semanas trabalhando ali já sabia o som que Alec fazia ao entrar.

- E uma lasanha. - O homem falou por fim. Magnus assentiu e arrancou a folha do pedido. 

Magnus assoprou o cabelo em seu olho e correu para o balcão onde se encontrava Camille.

Camille sempre trabalhou ali, mas diferente de Magnus ela só trabalha meio turno pois a noite ia para a faculdade, a mesma que Magnus fora expulso. 

- Aqui. - Magnus entregou o papel e Camille o pegou com raiva.

- Eu falei pra você não bater de frente com Valentine.

- E você me lembra todo dia. - Magnus disse, sorrindo. 

Se virou para mirar a mesa B18. A mesa de Alec, todos já sabiam. Era a menor mesa do local e a mesma onde Alec se sentava todo dia no almoço e, as vezes, no jantar.

Alec parecia concentrado no celular quando Magnus se sentou na sua frente.

- Alexander? - Magnus chamou a atenção. Alec abaixou o celular e sorrio radiante. - Noticias boas?

- Hoje chegará a carta em Valentine. - Magnus suspirou e se ajeitou na cadeira. - Não me olhe assim, Bane. Agora que o jogo vai começar! Finalmente vamos coloca-lo na justiça.

- Eu sei que você está animado mas.. - girou a cabeça.  - Você não acha que falta provas? Você sabe que ele é poderoso e..

- Você disse que ia se vingar.. 

- Eu sei, amor. Eu só.. - Alec olhou divertido para o homem atrás de Magnus, que estava o imitando conforme falava.

- Rafael! - Magnus sussurou em olha-lo e Alec assentiu.

- Volte ao trabalho, Bane. - Rafael advertiu. - Eu cuido dos de olhos azuis. - Alec parecia pensar.. Não lembrava da última vez de alguem o chamou assim.

Magnus se levantou com caltela, encarou Rafael e em seguida Alec.

- Sua prova é na proxima semana e você não pode rodar. - Magnus disse em um suspiro, e foi em direção a outra mesa.

Alec lembrava da prova mas ela parecia insignificante comparado a prender Valentine por estrupo. 

Alec passava a colher na volta da xícara vazia, e seu olhar estava na janela que dava para a rua. Viu um homem grande caminhando de mãos dadas com um menino de uns 3 anos, o fazendo relembrar de Max..

- Primeiro turno acabado. - Comentou Magnus, contente. Alec ainda não o olhou. Magnus olhou para a rua e viu a mesma visão de Alec, abaixou a cabeça e fechou os olhos. - Você nunca fala dele.. 

Alec virou o rosto com calma e enxugou as lagrimas que tinham em seu rosto. 

- Não tenho nada a contar. - Alec disse, juntando as coisas para sair. - Era meu irmão, gemeo da Izzy que adoeceu e morreu aos 5 anos. Eu mal lembro dele. - A voz de Alec era rígida. - Sabe? Uma semana antes da morte dele eu percebi que eramos 3 irmãos que faziam aniversário no mesmo dia.. Era pura conhecidencia mas na verdade só eu fui a conhecidencia. Eles eram irmãos gémeos e eu nasci no mesmo dia em ano diferente. Achava que por eles terem a mesma idade eu tinha que cuidar de ambos.. e quando ele morreu.. - Puxou a muchila para o ombro. - Eu tenho que pegar meu voo. Estou atrasado.

- Alexander. - Magnus olhou o restaurante quase vazio. Já havia acabado o horario de almoço então so ia movimentar novamente a noite. - Pensei que você estava me esperando.

- Eu estava.. - Alec sorrio minimamente. - Para fazer isso.. - Alec caminhoi até Magnus e o puxou para um beijo.

Magnus grudou seus labios já abertos para a lingua passar, e Alec não parecia diferente. Os braços do asiático passou pela cintura do moreno, que tinha suas mãos no rosto do mais velho.

Camille revirou os olhos por de baixo da revista e Rafael cruzou os braços sorrindo.

- Se ele te tratar mal.. - Magnus sussurou após o beijo.

- Eu te amo. - Alec disse. Deu outro selinho rapido e correu em meio as mesas.

- Eu também te amo! -.Magnus gritou. - Boa sorte..

E a porta se fechou.

..............

Horas depois..

O uber seguia o endereço que Alec o passou.

Alec olhava Los Angeles pela janela, era lindo, tinha que admitir, tinha paisagens que não veria em Nova York e talvez nem no paraíso. 

Seus pensamentos voavam com o reencontro e no soco na cara que queria dar. Magnus sempre foi o estressado e Alec o calmo, mas nessas circunstâncias..

- Chegamos. - O motorista alertou.

Alec puxou o dinheiro do bolso e o entregou.

Passou uns 2 minutos apenas encarando a pequena casa em sua frente. Respirou fundo antes de dar um passo em direção da porta, que já estava sendo aberta.

- Eu só vou sair com o.. - Izzy estava gritando quando bateu de cara com Alec. - Alec?! - Alec a encarou sem expressão. 

- Você disse Alec? - Robert questionou de dentro de casa. Izzy abriu um pouco mais a porta e Robert chegou mais perto para ver quem era. Ao chegar mais perto Izzy se afastou e Alec continuava parado. - A.. - E quando menos esperava um soco acertou seu rosto, em cheio.

- Ola papai. - Alec comprimentou balançando a mão dolorida.