História Amor de Outra Dimensão Parte 2 - Novas relações

Mesmo com o fim da grande Guerra Ninja Konoha ainda havia resquícios da invasão de Pain, a aldeia estava passando por um processo de reconstrução, o que dava um ar moderno a aldeia.

- Você não acha que essas construções lembram um pouco a arquitetura da dimensão do Yugi. – Sakura comentou enquanto ela e Naruto passeiam por uma rua repleta de novas construções.

- Ahã. – Naruto concordou balançando a cabeça. – Então como estão as coisas entre você e ele?

- Bem. - Sakura começou.

- Bem?! – exclamou Naruto. – Sakura-chan, você e ele não têm passado um tempo juntos, quero dizer, vocês se gostam.

- Eu gosto dele. – Sakura suspirou. – Mas, as coisas não são tão fáceis assim. Eu teria que abrir a mão de muita coisa, e ele, bem, parecem não querer desistir do posto de rei dos jogos.

Naruto e Sakura caminharam em silêncio até o Ichiraku, onde havia combinando de se encontrar com Hinata e Sasuke. Naruto e Hinata tinham a esperança de promover uma reconciliação entre Sakura e Sasuke.

Mas, o plano não transcorreu como ele esperava, quando ele e Sakura chegaram ao Ichiraku encontraram Sasuke e Maria Eduarda no meio de uma conversa animada e Hinata comum olhar aflito.

Como isso aconteceu? – pensou Naruto.

- Sakura-chan? – Naruto murmurou. – Você esta bem?

- Estou. – respondeu Sakura estranhando a pergunta. – Por quê?

Naruto não respondeu, ao invés disso lançou um olhar nervoso na direção de Sasuke e Maria Eduarda, Sakura riu e sacudiu a cabeça. Naruto não entendia que ver Sasuke acompanhado por outra mulher não lhe afetava realmente ela estava indiferente a situação. Naruto podia ser um gênio das lutas, mas, era um tapado em relação ao amor.

A situação ficou ainda mais estranha, durante o almoço, Sakura e Maria Eduarda conversaram como se fossem amigas há séculos e até mesmo falavam sobre a relação com Sasuke, o que deixou Naruto confuso e Sasuke sem graça.

Ao final da refeição Hinata se ofereceu para dar uma volta com Sakura, elas caminharam em silencio até Hinata ter certeza de que Naruto não às seguia.

- Como você esta? – perguntou Hinata timidamente.

- Em relação ao Sasuke? Bem. – falou Sakura achando graça. – Hinata nós dois seguimos com as nossas vidas.

- Você sabe que ela pretende ficar nesta dimensão pelo Sasuke. – Hinata comentou.

- Sei, mas ela não tem muito a perder, na dimensão dela pessoas como nós com habilidades especias são tratados como lixo, eles salvam o mundo em silêncio defendendo seus algozes. Aqui, ela não precisa se esconder, eu entendo ela. – disse Sakura. - Agora você me imaginaria num lugar daqueles, tendo que ser quem eu não sou, escondendo meus jutsos, sendo proibida de fazer o que faço de melhor. O que eu seria lá?

- Entendo... – Hinata começou a falar mas, ficou muda ao ver que Sakura estava chorando.

- Hinata, esta doendo demais, apesar de eu ter tomado uma decisão madura esta sendo difícil bancar a durona na frente de todo mundo.

Hinata ficou quieta, nada que ela pudesse dizer aliviaria a dor de Sakura, ao invés disso ela ofereceu seu ombro para que Sakura chorasse. Chorar não muda uma situação, mas joga fora tudo o que esta pesando na alma.

Sakura estava debruçado sobre o parapeito de seu apartamento vislumbrando a noite em Konoha enquanto saboreava uma bebida quente, seu olhar estava fixo num ponto distante, o que não significava que sua guarda estivesse baixa, ela sentiu que algo estava vindo em sua direção, instintivamente ela estendeu o braço e apanhou a pedra que vinha em sua direção.

- Boa pegada! – gritou uma voz vinda da calçada.

Sakura olhou para baixo e se surpreendeu ao ver Yugi lá em baixo.

- Como descobriu onde eu moro? – Sakura indagou.

- Posso não ser ninja, mas assisto filmes de espiões. – disse Yugi tentando parecer engraçado. - Ei! O que vai fazer? – Yugi soltou um grito.

Sakura subiu no parapeito e saltou para calçada onde Yugi estava.

- Como você?! – Yugi exclamou atônito.

- Eu sou ninja. – disse Sakura ajeitando a postura. – Você ainda não viu nada do que eu posso fazer.

- Puxa! Você é tão forte! E eu... – Yugi pareceu envergonhado.

- Você é forte do seu jeito, não adianta ser forte e ter más intenções. – disse Sakura.

- Podemos conversar? – perguntou Yugi.

- Claro.  – disse Sakura. – Vamos dar uma volta.

- Não poderia ser no seu apartamento.

- Ah! – Sakura parecia indecisa. - Tudo bem.

O apartamento de Sakura era pequeno, as paredes eram verdes claras e os móveis eram de mogno reluzente, Sakura estava preparando uma bebida quente para Yugi, ela deduziu que deveria ser chocolate.

- Vou avisando que não sou uma boa cozinheira. – gritou ela da cozinha. – Mas, as bolachas eu comprei no mercado e são boas.

Sakura voltou a sala trazendo uma bandeja, ela serviu chocolare quente e bolachas a Yugi.

- Então? – ela perguntou bebericando o chocolate.

Yugi estava corado, ele estava passando o dedo indicador na beirada da xícara.

- Qual é o problema? – indagou Sakura descansando a xícara sob a mesa. – Não vamos ter outra conversa triste?

- Não. – respondeu Yugi colando o copo sob a mesa, ele respirou fundo e olhou nos Sakura.

Sakura e Yugi ficaram em silêncio por um minuto que parecia mais um hora, ele a encarava sem dizer uma palavra e se aproximava dela pouco a pouco de modo que seus rostos ficaram perto. Sakura tentou virar para outro lado mas, ele a segurou, ela poderia muito bem ter resistido mas, quis ver a onde isso iria dar.

Ele a beijou, e pouco a pouco o beijo foi ficando mais intenso. Sakura se desvencilhou de Yugi, ofegante.

- O que estamos fazendo? – ela perguntou.

- Algo para nos lembrarmos. – disse Yugi.

Sakura se levantou decidida, e caminhou até a porta.

- Não, Yugi! – disse Sakura. – Isso vai nos machucar ainda mais! E dificultar ainda mais as coisas. Por favor, vá embora! – Sakura pediu abrindo a porta.

- Se eu não quiser? – perguntou Yugi.

- Então eu teria que obrigá-lo.- Sakura sibilou.

Yugi acreditou nela, ele viu em seu olhar a determinação de uma guerreira, é claro que ele jamais faria algo que ela não quisesse, mas ele tinha esperanças de que ela cedesse a uma noite de amor. Yugi se levantou e caminhou letamente até a porta, ele parou a soleira e disse adeus a rosada.

Sakura fechou porta com baque forte, ela encostou-se à porta e escorregou até ficar sentada no chão frio abafando seus soluços com as mãos, lágrimas geladas escorriam pela sua face. No corredor Yugi caminhava cambaleante em direção as escadas chorando baixo.