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História Amor de verão - O artilheiro


Escrita por: NessaFN

Notas do Autor


Olá, tardei, mas não falhei rsrsrs
Tai mais um capítulo, tenham uma boa leitura e nos vemos nas notas finais :)
¹ Surfin' Bird -Ramones
² Bohemian Rhapsody -Queen

Capítulo 3 - O artilheiro


Fanfic / Fanfiction Amor de verão - O artilheiro

Apesar de eu compará-la a um anjo caído, Yamanaka Ino tem um gosto doce, a boca macia dela moldou-se perfeitamente a minha.

Estou meio perdido, não consigo acompanhá-la -já tive namoradinhas, mas nenhuma delas movimentava a língua dessa forma selvagem- parece que eu serei engolido, que todo o oxigênio que existe em meu interior será sugado por ela.

O ar me falta, relutante eu me afasto, ela sorri travessa e com firmeza Ino segura a minha mão.

-Vem, a minha tia não está em casa. Arrastando-me atrás de si, a garota caminha até a janela na lateral da casa da senhorita Nara.

A janela está posicionada um pouco acima do gramado - o seu tamanho e largura possibilitam que dois corpos a atravessem ao mesmo tempo-

-Por que não usamos a porta? Eu pergunto.

Ino solta a minha mão, escala a janela e a pula.

-Porque eu não tenho as chaves. A garota me responde de dentro da casa -Entre logo ruivinho.

Olho de um lado para o outro e ao constatar que não há nenhum vizinho à espreita, eu pulo a janela.

Ao invés de aterrissar igual á um felino -sobre as “patas”- eu simplesmente caí de bunda no chão. O meu tombo fez a Ino gargalhar histericamente, lhe faço uma careta, mas ela não aplaca a sua risada.

Esfregando o traseiro eu me levanto do chão e observo o cômodo, nós estamos em um quarto pequeno -imagino que seja um quarto de hóspedes- o piso é de taco, as paredes pintadas de rosa shock, não há muita mobília, apenas uma cama de solteiro, um guarda roupa e um criado mudo.

Ainda rindo Ino fecha a janela as minhas costas, ao passar por mim ela tromba propositalmente em meu ombro esquerdo.

-Você é muito engraçado ruivinho.

-Por que eu sou engraçado? Sigo-a para fora do quarto.

-Oras, você é um ex-presidiário que encontra dificuldades em saltar uma janela, isso é muito engraçado!

Ex-presidiário, quem? Antes que algo estúpido saía da minha boca, eu me lembro de que disse a Ino que fui preso.

-É disso que você está rindo? Pergunto fingindo indiferença, ela resmunga confirmando -Não vejo graça. No mesmo instante o riso da Ino se dissipa, é estranho perceber que agora sou idolatrado. Só porque eu lhe disse que fui preso? Essa garota é maluca!

A sala de estar da senhorita Nara também é um cômodo pequeno, o piso é de taco, as paredes são um mesclar de rosa shock com rosa claro, os móveis -o sofá, as poltronas e a mesinha de centro- são Biedermeier, há um rack de ferro na parede de frente para o sofá -nele há uma TV, um aparelho de som, uma caixa porta fita k7 e um videocassete - o Telefone fica sobre a mesa de telefone ao lado das páginas amarelas, As janelas são cobertas por persianas verticais.

Sem cerimônias eu me sento no sofá, Ino abre a caixa sobre o rack de ferro e pega uma fita k7, ela liga o som e coloca a fita para tocar.

Uma batida forte se inicia, eu mal entendo o que o cantor está falando.

-Por que a senhorita Nara não te deu as chaves da casa? Não conseguindo conter a minha curiosidade eu perguntei para a Ino, quando ela se sentou ao meu lado no sofá.

-Porque a minha tia não sabe que eu estou passando as férias aqui. Ino diz banalmente, eu a olho perplexo.

Se mamãe soubesse que eu estou passando um tempo com essa garota maluca, ela me deserdaria, vovó nos queimaria vivos, a minha irmã continuaria a me mostrar o dedo do meio e o meu pai e irmão desta vez diriam para eu ter cuidado, pois apesar de linda a ino é uma garota problema.

Minha família sabe bem o que é uma garota problema -a minha irmã é uma ou como ela se auto-intitula, ela é uma garota incompreendida-.

Sendo quatro anos mais velha do que eu, minha irmã sempre causou preocupações aos nossos pais.

Papai coleciona whiskys, as garrafas cheias ficam expostas em uma prateleira -fixada em uma parede da sala de estar- mas algo que o meu pai não sabe, é que a minha irmã bebeu metade de cada garrafa de  whisky  e antes de recolocá-las no lugar, ela as completou com água -o whisky é apenas enfeite, por isso meu pai nunca saberá dessa peripécia, até porque eu também não irei contar, minha adorável irmã ameaçou raspar as minhas sobrancelhas.

Na cidade todos falam mal da minha irmã, uma vez ela apanhou do meu pai, porque disseram a ele que minha irmã está tendo um caso com o seu professor do cursinho -na verdade ela tem um caso com o filho do professor, o garoto tem a minha idade e não cansa de se gabar que faz amor com uma garota quatro anos mais velha que ele- outro boato que cerca a minha irmã, é que certa vez ela fugiu de casa para cantar em uma banda de rock -isso também é mentira, nesse período ela desapareceu das ruas porque estava com catapora- No entanto o boato de que no sexto ano, ela deixou roxo o olho de um garoto do oitavo ano, maior que ela em todos os sentidos -mais alto e mais pesado- é verídico,  ela bateu nele apenas porque ele a chamou de cabelo de vassoura, como a minha irmã conseguiu deixar roxo o olho do garoto é algo que ninguém consegue explicar.

Apesar da maioria dos boatos ser falsos, a minha irmã não está isenta de culpa, ela é sim uma garota problema.

-A sua tia não sabe… Eu não consigo concluir a frase, pois Ino se agarrou ao meu braço esquerdo.

Os seios dela são comprimidos contra o meu braço, sinto uma quentura em meu interior, que sobe para as minhas bochechas, as minhas mãos formigam e as minhas pernas tremem.

-É que a minha tia não passa muito tempo em casa, então ela não se dá conta que a comida que deveria durar uma semana, dura no máximo dois dias. Ino solta um sorrisinho matreiro -Não seja tímido ruivinho, você pode passar as mãos no meu cabelo e me fazer um cafuné. Eu engulo em seco, todo o meu corpo retesa, essa garota é diferente de todas as garotas de quinze anos que eu já conheci.

Eu não conheço muitas garotas de quinze anos -a maioria fará quinze neste ano- mas as que eu conheço, ficam a quilômetros de distância dos garotos -os pais delas são bem rígidos- a Tsuri e eu somos exceção, porque todos sabem que um dia iremos nos casar.

Como se tivesse vida própria o meu braço se soltou do aperto dela, ele rodeia o seu pescoço, a minha mão desliza até o fim da sua cabeça e a massageia.

-Eu amo cafuné. Ino sussurrou.

A garota deita a cabeça no meu ombro, seu corpo magro contorceu-se todo, um ronronar manhoso escapa por entre seus lábios, apreciando o meu carinho Ino passou a cantarolar a música que estava tocando.

-O que eles querem, eu não sei, eles estão todos agitados e prontos para avançar, eles estão formando em uma linha reta. Ela cantarola

Ino empinou a cabeça, ela depositou um beijo na minha bochecha e outro no meu pescoço. -Isso é que é música ruivinho, eu amo essa banda ela é a minha preferida! A garota se levanta do sofá. -Eu disse que iria te mostrar o que é musica de verdade, Ramones é vida e essa música Blitzkrieg Bop também é vida! Ela abre os braços animada e continua a cantarolar a música.

¹

Ino pula freneticamente ao som da sua banda favorita, a sua camisa de motociclista sobe, deixando sua barriga lisa amostra, Ino Gira, estala os dedos, balança a cabeça, a garota faz diversos movimentos -menos os convencionais de uma dança- porém a empolgação dela é excitante.

²

Entretanto dando fim a animação da Ino a música da sua banda favorita termina e um chiado enche os nossos ouvidos, para logo depois ser substituído por um coro, acompanhado pelo piano e a inconfundível voz do Freddie Mercury.

Eu me levanto do sofá e ignorando completamente a expressão rabugenta da Ino, eu a convido para dançar.

-Eu não acredito que o idiota do meu primo estragou a minha fita dos Ramones! Ino ralha, porém aceita o meu convite.

Eu a segurei firmemente pela cintura, Ino envolve o meu pescoço com seus braços e me acompanhando ela mexe os pés pra lá e pra cá.

-Por que você está escondida na casa da sua tia e como chegou a Suna? Eu novamente não consigo conter minha curiosidade, Ino revirou os olhos.

-Eu participei de uma manifestação contra a igreja católica e por isso os meus pais disseram que irão me matricular em um internato, aproveitando que os meus primos também iriam fugir de casa nessas férias, eu peguei carona com eles até aqui. Ela diz orgulhosa de si.

-E os seus primos também estão em Suna?

-Não, depois de me deixarem aqui, eles seguiram viagem, melhor assim porque se o Shikamaru estivesse aqui eu o mataria por estragar a minha fita!

O que eu vi nesta garota maluca?  Em toda a minha vida -extensos 14 anos- eu nunca me interessei por garotas problemas, eu sempre as considerei enfadonhas, garotas assim não me chamam a atenção. A Ino porém me atrai, o meu cérebro diz para que eu me distancie, mas as estrelas no azul dos olhos dela me entorpecem de tal forma que o certo -me distanciar- se torna o errado.

-Essa é a minha música favorita. Eu sussurro em seu ouvido.

-Há gostos para tudo. Ela responde.

-Chata. Eu á giro, Ino solta um risinho divertido e quando eu a puxo de volta para os meus braços, não consigo resistir e junto os nossos lábios.

Abandonamos a dança, aos tropeções e beijos nós saímos da sala e retornamos para o possível quarto de hóspedes.

-Feche a porta. Ino pediu e com minha perna esquerda eu dei um “coice” na porta, que se fechou com um estrondo.

A garota me conduz a beira da cama, usando uma força que eu não imaginava que ela possuísse, Ino me empurra e eu caio de costas no colchão.

O meu estômago embrulha ao vê-la tirar a camiseta -o sutiã rosa mal consegue segurar seus seios fartos, a parte de cima está quase saltando para fora- algo em minha virilha ganha vida -ele pulsa desesperado, louco para se ver livre do jeans e da cueca- eu contenho a minha vontade de colocar a mão dentro da roupa e acariciá-lo.

Ino sobe na cama, ela se senta sobre o volume em meu jeans-de pernas abertas e com os joelhos apoiados no colchão-, ela retira o sutiã e libera os seios -eles são lindos, de formato arredondado, com os biquinhos  pequenos e rosados- Atônito eu a observo -estou encantado com seus seios fartos, a sua cintura fina e a sua barriga lisinha-.

Quando ela começa a se mexer sobre o volume na minha calça, eu automaticamente levo as mãos a sua cintura -não sei ao certo o que fazer, já tive namoradinhas, mas eu nunca ultrapassei a barreira do sutiã-.

-Não seja tímido ruivinho. Ino parece se divertir com a minha gritante inexperiência.

A garota retira as minhas mãos da sua cintura e as coloca sobre os seus seios, sem deixar de se mexer ela me ensina a massageá-los.

Os seios da Ino não cabem nas minhas mãos, são macios e gostosos de apertar -posso passar a minha vida inteira aqui, idolatrando-os- Eu quero colocá-los na boca e lamber os biquinhos entumecidos, entretanto quando eu estou prestes a erguer o meu tronco, Ino tira as mãos das minhas e as espalma sobre a minha camisa, ela se curva e me obriga a soltar o par maravilhoso.

Ino me beija lascivamente e eu retribuo, tentando acompanhar os seus movimentos complicados.

As minhas mãos apertam a sua cintura fina com vontade, a garota desceu os lábios para o meu ouvido e enquanto ela me sussurra safadezas eu tento me controlar -não quero fazer feio e passar vergonha- controlar-se enquanto se folheia uma revista ou está assistindo a um filme para maiores de 18 anos é fácil, agora quando se tem um corpo quentinho e sedento sobre o seu, é uma tarefa quase impossível-.

Ino morde a minha orelha e desce os lábios para o meu pescoço, eu embrenho uma de minhas mãos em seus cabelos e os puxo de leve, ela dá uma mordidinha em meu queixo e volta a me beijar na boca.

A minha respiração torna-se ofegante quando a Ino desabotoa a minha calça, a ansiedade pelo desconhecido é sufocante, temendo passar vergonha, eu sem saber ao certo como fazer as coisas, inverto as posições na cama, o corpo magro embaixo do meu se contorce manhoso e sem cerimônias eu abocanhei um dos seus seios macios.

Eu divido a atenção da minha língua entre o seu mamilo esquerdo e o seu mamilo direito, Ino geme e acaricia os meus cabelos.

Beijo o vale entre os seus seios e lambo toda a extensão da sua barriga, deixando para trás um rastro quente de saliva, ao alcançar o cós da sua saia eu interrompo a minha descida -não por medo, já que decidi que iria saborear cada pedacinho daquele corpo- mas sim porque a música que estava tocando de repente -sem chegar ao seu fim- para e também ouço batidas na porta do quarto.

-Quem está aí? A voz feminina perguntou do lado de fora do cômodo.

Um frio cortante transpassou todo o meu corpo -essa é a voz da senhorita Nara, tanto os meus olhos quanto os Da Ino, se direcionaram para a maçaneta da porta, a pessoa que está fora do quarto a forçava. -Seja quem for, dê o fora daqui, eu estou armada. A senhorita Nara disse em tom de ameaça.

Armada? Desesperado eu saltei da cama, no processo acabei por derrubar a Ino no chão, ela soltou um impropério, mas eu dei de ombros e com o jeans em meus tornozelos trupiquei até a janela e tentei saltar por ela.

Entretanto a janela está fechada e eu dou de cara com a vidraça.

A batida foi tão forte que eu estou tonto e acabo por não conseguir me sustentar e caio de costas no chão.

-Eu vou contar e no cinco atirarei. A senhorita Nara continuou com as ameaças. -Um. Ela inicia a contagem regressiva. -Dois, três… Abobalhado eu  me levanto do chão e deixando o meu jeans para trás eu abro a janela e a pulo.

Caio desengonçadamente na grama úmida -ganho alguns arranhões  nas pernas e nos braços, mas nada se compara com a dor em minha testa, provavelmente eu ganharei um galo-

Ouço gritos histéricos vindos do quarto -tia e sobrinha estão discutindo- receando ser descoberto pela senhorita Nara, eu corro até a porta da garagem do vizinho, que para a minha sorte não está trancada, sem hesitar eu entro no local e torno a fechar a porta às minhas costas.

Seguro, eu estou seguro! Um suspiro aliviado escapa dos meus lábios, agora ninguém saberá o que eu estava fazendo, embora que por outro lado eu estou com vergonha, igual a um covarde eu deixei a ino sozinha. Ah ela já deve estar acostumada a lidar com situações embaraçosas como essa. Infelizmente este pensamento não apazigua o meu sentimento de culpa.

Eu desço o primeiro, o segundo e é somente no terceiro degrau da escada que eu percebo que as luzes da garagem estão acesas.

Os meus olhos vasculham o local e é com pavor que eles encontram algo que não deveria estar ali.

O garoto loiro está próximo ao coupé Gts 1983.

Eu conheço esse garoto, estudamos no mesmo colégio, ele porém é um ano mais novo.

Seu nome é Uzumaki Naruto, ele é bem baixo para a sua idade, seus olhos são azuis e seus cabelos amarelos, igual aos demais habitantes de Suna -exceto eu- Naruto possui um tom de pele bronzeado, seu rosto é quadrado, suas sobrancelha são um pouco densas e levemente arqueadas, seus olhos azuis e encapsulados nos dão a impressão de estarem sorrindo, Seu nariz é reto e sua boca é pequena de lábios carnudos, naruto está na mesma fase que eu, ambos temos o físico indefinido -não somos gordos, mas também não somos magros-.

Outra semelhança que existe entre nós é que Naruto também é o caçula de três irmãos, o que nos difere é que ambos os seus irmãos mais velhos são homens -foi o irmão do meio do Naruto quem fez a minha carteira de motorista falsa-.

Por um breve momento nós nada fazemos ou dizemos, Naruto parece tão chocado quanto eu, é como se tivesse uma gota sobre os cabelos amarelos dele.

-Oi. Eu digo constrangido, em uma tentativa de quebrar o gelo.

-O que está fazendo na minha garagem apenas de cueca? Naruto leva as mãos a nuca, mas não suaviza a expressão desconfiada. Eu engulo em seco, não sei o que dizer -Você veio roubar as minhas calças? Naruto segura protetoramente o cós do seu jeans.

Se eu não estivesse em apuros eu teria rido muito da conclusão dele sobre a minha situação. Maneio a cabeça tentando manter o riso preso na garganta.

-Claro que não , eu estava na casa da senhorita Nara e… Naruto não permite com que eu diga uma meia verdade.

-O que você estava fazendo na casa da Yume a essa hora da noite? Ele perguntou encucado -Oh. um brilho acho que de entendimento iluminou os seus olhos azuis e então Naruto diz uma das coisas mais estúpidas que eu já ouvi. -Você entrou na casa da Yume para roubar as calças dela?

Esse garoto é um acéfalo, de todas as conclusões que ele poderia tirar, é essa a que lhe pareceu mais lógica?

Que vontade de voltar a casa da senhorita Nara e roubar a sua arma, esse garoto não merece viver. 

-Papai já me contou sobre pessoas como você, que não se aceitam do jeito que são… Era o que me faltava! Dessa vez eu é que não permito com que ele continue.

-Não é nada disso, eu não estava roubando as roupas da senhorita Nara, aliás eu sou um garoto considerado convencional, um garoto que gosta de garotas tá legal? As conclusões insanas do Naruto estão me irritando. -O que aconteceu é que na pressa de ir embora eu esqueci a minha calça no quarto da senhorita Nara.

Um brilho malicioso passa rapidamente pelos olhos azuis dele.

-Oh, quer dizer que você e a Yume estavam… Naruto gesticula a mão direita vulgarmente, ele está sugerindo que a senhorita Nara e eu estávamos fazendo amor.

Cansado de suas especulações retardadas eu digo o que ele quer ouvir, confirmo que a senhorita Nara e eu estávamos fazendo amor, mas peço para que ele não conte a ninguém, pois caso a polícia descubra a senhorita Nara será presa.

-Você tem a minha palavra de escoteiro, eu não contarei nada a ninguém. Naruto cruza os dedos médio e indicador da mão direita, os leva aos lábios e os beija.

Ele me pede detalhes sobre minha noite com a senhorita Nara e de repente de assaltante eu passo a ser visto como uma espécie de divindade. Espero apenas que essa minha mentira não cause problemas.

***

Depois de ouvir as minhas mentiras o Naruto me emprestou um jeans e me deixou ir.

Chego a casa, a minha avó está na cozinha.

-Cheguei. Grito avisando.

Escuto a vovó Chiyo arrastar os pés pelo corredor que liga a sala a cozinha, antes que ela me alcance eu me apresso em subir a escada de mão e me refugio no segundo andar.

Pela dor em minha testa o galo nasceu e eu não quero preocupar a minha avó.

Verifico a testa no espelho pendurado na parede atrás da cômoda, diferente do que imaginei não surgiu um galo, mas há uma saliência notável no meio da minha testa.

-Gaara está tudo bem querido? Vovó gritou do primeiro piso.

-Sim. Minto.

Se eu analisar como verdadeiramente estou me sentindo a resposta seria mais ou menos.

Ainda me sinto eufórico -quase tive a minha primeira vez- e ao mesmo tempo culpado -deixei a Ino sozinha para enfrentar a tia- , o sentimento de medo também existe -medo de ter deixado muito claro a minha inexperiência-.

Para uma garota de 15 anos a Ino é bastante safa, se ela notou que aquela seria a minha primeira vez eu espero que ela não caçoe de mim.

Em pensar que por pouco eu não me transformei em um artilheiro, eu me tornaria um mito, já que meu irmão que é 2 anos mais velho do que eu, ainda não é um artilheiro.

Artilheiro é aquele que já marcou um gol, em outras palavras é aquele que perdeu a virgindade.

Eu nunca fantasiei a minha primeira vez, a única coisa que eu pedia em minhas orações é que ela fosse com uma garota bonita e esse desejo quase foi realizado, Ino é linda.

-Tenha uma boa noite querido. Vovó me deseja.

-boa noite. A respondo.

Eu me jogo no colchão e a minha cama geme ruidosamente. Tomara que a Ino me dê uma segunda chance, que ela me perdoe por tê-la deixado sozinha.

***

Durante o café da manhã eu não consigo esconder dos olhos cansados da vovó a saliência em minha testa, ela porém não ralha comigo, minha avó apenas me pergunta se eu terei que comparecer novamente à delegacia, eu digo que não e ela se tranquiliza.

***

Pedalo em direção a praia da Sereia e os trigêmeos, quando eu passo em frente a loja de fogos de artifícios, o velho Thomas me faz descer da bicicleta.

-Bom dia meu artilheiro. Ele me cumprimenta. Artilheiro?

Eu olho confuso para aquele homem de idade avançada -a barba branca do velho Thomas alcança o seu peitoral raquítico, a pele dele é bronzeada, seus cabelos já totalmente grisalhos, batem no seu quadril estreito, os olhos do velho Thomas são castanhos e de aparência sonolenta, o seu nariz adunco contrasta com seus lábios praticamente inexistentes de tão finos, ele é um homem alto e bastante magro.

-Bom dia. Timidamente eu retribuo o cumprimento.

-Está indo marcar outro gol artilheiro? O velho Thomas me pergunta animado.

-Acho que não. O Respondo incerto.

O velho Thomas ri alto e distribui tapinhas calorosos em minhas costas.

-Tá certo, você ainda é um jovenzinho, deve estar cansado da noite anterior, pode ir, não tomarei mais o seu tempo. Eu me despeço do velho raquítico e volto a pedalar em direção a  praia ao leste da cidade.

Exausto da noite de ontem, será que o Naruto espalhou a minha mentira? Maneio a cabeça, ele me deu a sua palavra de escoteiro, eu não sei bem como isso funciona, mas dizem que escoteiros levam a sério as suas promessas. Então por qual outro motivo o velho Thomas me chamou de artilheiro?

***

Assim que coloco os meus pés na praia eu tenho vontade de dar meia volta e retornar para casa.

Há surfistas para todos os lados -esses seres de sorrisos reluzentes, cabelos em sua maioria longos e encaracolados e de peles bronzeadas, me irritam- quatro deles se aproximam, eu camuflo a minha expressão de repulsa.

-Eai Brother. Um deles me cumprimenta, a voz dele é arrastada, parece até que está morrendo.

-Fala artilheiro. Diz o segundo.

-Depois bora pegar uma merreca? O terceiro me convida, eu assinto apenas por educação, não quero pegar uma onda pequena, não que eu queira pegar uma onda grande -na verdade eu não quero pegar onda nenhuma, só quero entender o porquê de tanta amistosidade-.

-É e vê se aparece em um dos luaus. O quarto surfista também me faz um convite.

Atônito eu os encaro sem saber o que responder, reaprendo a falar quando um policial se aproxima.

-Bom dia você é o Sabaku no Gaara? O policial pergunta, eu confirmo.

A sua presença afugenta os surfistas, eles se despedem com um aceno de cabeça e se afastam.

O policial me entrega o meu material de limpeza -um saco de lixo, luvas de jardineiro e um apanhador mecânico- o homem diz que eu sou um filho da impropério de um sortudo e igual ao velho Thomas o policial se despediu me dando calorosos tapinhas nas costas.

***

Nunca pensei que a praia fosse tão suja -eu encontrei na areia de copos descartáveis á preservativos-

São 11 horas e eu ainda não terminei de limpá-la, o quiosque do meu tio parece um oásis no meio do deserto. Preciso de água.

Arregalo os olhos ao encontrar o Naruto sentado em um dos bancos, próximos ao balcão do quiosque, ele e o meu tio -que está dentro do quiosque- sorriem maliciosos e é por esses sorrisos que eu entendo o que está acontecendo. O naruto espalhou que eu fiz amor com a senhorita Nara.

-Eu vou te matar Naruto. Digo entre dentes, solto a sacola e o pegador mecânico -a sacola abre e todo o lixo que estava nela novamente suja a areia da praia.

-Ah Gaara. Meu tio choraminga ao ver o lixo espalhado.

-Você me deu a sua palavra de escoteiro. eu ignoro o meu tio e me dirijo ao Naruto.

-Eu nunca fui escoteiro. Naruto diz, ele pula do banquinho e corre para longe, irradiando ódio eu corro atrás dele.

***

Sentado na areia eu observo o Naruto limpar a praia -essa é a punição por ele ter espalhado a mentira que eu lhe contei na noite passada- se chegar aos ouvidos da delegada que eu passei a noite com a senhorita Nara, isso gerará uma confusão, na qual a senhorita Nara provavelmente será presa.

Alguém se senta ao meu lado na areia, eu olho para a figura feminina, sorridente a ino me entrega uma sacola, eu arqueio uma de minhas sobrancelhas.

-É o seu jeans, eu o lavei e passei. Ino me explica o porquê da sacola plástica.

-Como você me achou? Eu coloco a sacola no vão entre as minhas pernas.

-Você me disse que iria limpar as praias, então eu decidi te procurar em todas as praias da cidade e ainda bem que eu comecei a busca por essa… O sentimento de culpa me domina ao ponto de eu interromper a garota.

-Desculpa por ter fugido ontem. Desvio o meu olhar dos seus olhos azuis.

-Não se preocupe, teria sido pior se a tia Yume tivesse te visto. Ino diz relaxada -Eu escondi a sua calça debaixo do colchão, por isso ela não teve escolha a não ser acreditar que eu estava nua da cintura para cima porque iria tomar um banho. Não evito o suspiro aliviado, o que eu menos preciso agora é de outro motivo para ficar de castigo.

-E agora que a senhorita Nara descobriu que você está escondida na casa dela, o que acontecerá?

-A tia Yume me deu uma bronca, mas não me colocou de castigo. Ino bufou frustrada, eu torno a olhá-la, dessa vez não há estrelas no azul dos seus olhos, eles estão marejados. -Ela ligou para os meus pais e os avisou que eu estou aqui, eles disseram que virão me buscar e que dessa vez irão me matricular em um internato. Um soluço escapa da boca da garota ao meu lado, entretanto ela engole o choro.

-Eu queria que nós tivéssemos mais tempo. Essa frase saiu tão espontaneamente, que eu mesmo me assusto com ela, mas essa é a verdade, eu queria mais tempo com a Ino, para poder conhecê-la melhor e entender o porquê de tanta rebeldia e loucura.

-Eu também ruivinho. Ela sussurra e descansa a cabeça no meu ombro.

 


Notas Finais


Pessoas eu acabei de escrever esse capítulo, por isso não revisei, depois farei isso, então se encontrarem erros, saibam que serão consertados.
Bem inicialmente eu disse que essa fic teria no máximo 4 capítulos, mas se eu quiser escrever um hentai eu terei que dar uma aumentadinha nela e como eu quero escrever um hentai, eu vou aumentá-la, no máximo ela deve ficar em torno de 5 á 6 capítulos.
Então tenham uma ótima passagem de ano e nos vemos em 2017? Espero que sim,
Beijos e até a próxima :)


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