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História Amor(?), destino - No way to say


Escrita por: Kubiak

Capítulo 11 - No way to say


(Ricardo)

Cheguei no local onde havíamos combinado e lá estava ele, sorridente, olhando para mim de uma maneira inexplicável, eu estava começando a achar que ele realmente gostava de mim. Me aproximei do banco no qual ele estava sentado e ele pegou na minha mão.

-Já estava sentindo saudades!-eu sentia meu estômago girar, por que ele dizia coisas tão bonitas?

-Ah... eu normalmente uso esse período pós aula para estudar, o quê você acha de ir para a biblioteca?

-Hum... primeiro me diz se você sentiu a minha falta- disse com um biquinho.

-Se passaram apenas vinte minutos desde a última vez que nos vimos- disse sem jeito.

-Só vinte minutos? Só?!- disse se levantando.

Vitor era muito alto, pelo menos 10 cm mais alto do que eu, essa altura o tornava no mínimo “intimidador”. Ele percebeu que eu me encolhi, então me acalmou:

-Tudo bem, vamos para a biblioteca, sim?- dessa vez usando um tom mais fofo.

-Va..vamos.

(~)

Chegamos na biblioteca e sentamos num local de estudos. Peguei o meu caderno de cálculo e tratei de adiantar a lista, não podia me descuidar pois as provas estavam chegando. Ele também abriu um caderno mas não parecia estar prestando muita atenção no conteúdo, para ser sincero, me olhava na maioria do tempo.

-Você não vai estudar, não?- perguntei.

-Eu estou estudando, é que com você aqui fica difícil...

-Difícil?

-Sim, difícil de me concentrar!- corei instantaneamente.

-Mas foi você quem quis a minha companhia, se eu estiver te atrapalhando, posso procurar outro lugar- respondi levantando.

-Não!! De forma alguma- disse segurando o meu braço- Você me interpretou mal. Quis dizer que a sua companhia me tira o juízo, não consigo estar perto de você sem ter uma vontade de... te beijar.

Ele me deixou sem palavras.

-Me beijar? Desde quando você tem essa vontade?

-Ué, não é óbvio? Desde o dia em que nos falamos pela primeira vez.

-Naquele dia em que você foi um babaca?

Ele suspirou e por fim assentiu. A biblioteca estava vazia e aquilo estava fazendo meu corpo ficar cada vez mais quente.

-E então? Você vai deixar?

-Deixar o quê?- a que ele se referiu?

-Deixar eu te beijar. Confesso que estou me segurando.

-Claro que não!- falei um pouco alto- Nós estamos numa biblioteca, aqui não é lugar disso, então nem ouse.

-Então, eu posso te beijar fora daqui- me disse sorrindo- vamos lá pra fora, Rick.

-Claro que não, você não pode me beijar, nós não temos nada!

Ele abaixou a cabeça e começou a me dizer triste:

-Poxa, eu pensei que depois do que a gente fez no cinema você já tivesse algum sentimento por mim...

-Não fique assim, na verdade eu não tenho certeza se sinto algo por você. Mas de toda a forma, eu quero ir devagar com isso, entende? Não sou um rapaz de “lances rápidos”.

-Eu entendo e vou ser paciente. O seu coração ainda será meu.

Cada fala dele fazia com que meu rosto ficasse mais vermelho. No fim, eu estava gostando de tudo aquilo.

(~)

Passamos um tempo na biblioteca e então fomos almoçar. Eu não tirei os meus olhos dele por nenhum segundo. Queria deixar aqueles momentos gravados para sempre na minha mente. Estava considerando a hipótese de estar totalmente apaixonado pelo Vitor. Nunca fui uma pessoa de me jogar abertamente para os sentimentos, nem de fechar os olhos e viver uma situação que não estivesse muito clara em minha mente; o pior é que eu sentia que era exatamente isso que eu fazia naquele momento.

Chegamos no restaurante universitário por volta das 13:30. Nos servimos e fomos escolher um lugar, foi quando eu vi Paulo acenando em minha direção, simplesmente fui em sua direção e me sentei, Vitor me seguiu com uma cara de interrogação.

-Paulo? Tudo bem? Que surpresa te encontrar aqui- disse para o mesmo.

-Oi, tô ótimo. Realmente, você não é uma pessoa muito fácil de encontrar por aí... –me respondeu com um sorriso.

Percebi que Vitor estava desconfortável com aquela situação, então resolvi apresenta-lo para Paulo.

-Então, Paulo, esse aqui é o meu.. a.. amigo, Vitor. Ele está no terceiro ano.

Ambos se cumprimentaram com um aperto de mãos, porém Vitor não disse nada. Começamos a comer e jogamos um pouco de conversa fora, Vitor continuava mudo. Mesmo quando Paulo dizia algo engraçado e ríamos, eu não ouvia um som sequer vindo do meu demônio asiático.

-Fala pra mim, Vitor, como é que você conheceu o Ricardo? –perguntou Paulo.

Meu deus!!! Fiquei apavorado, será que Vitor contaria algo sobre aquele incidente?

-Na verdade, estamos na mesma turma de projetos, então eu acabei pedindo ajuda pra ele num projeto. Disso começou a nossa amizade, né Rick?- disse emendando numa leve piscada pra mim, que Paulo percebeu.

Rick? Ai meu deus, pra quê ele foi me chamar assim?

-Ah, sim. Entendo. O Ricardo realmente é um excelente projetista, já disse que ele tem que trabalhar com isso- eu apenas dei uma risada fraquinha pra não deixar nada mais tenso.

(~)

O clima não estava muito amigável, Vitor respondia de forma ríspida às perguntas de Paulo. Tratei de me apressar e comi toda a comida. Me despedi de Paulo e praticamente arrastei Vitor pra fora do restaurante universitário.

-O quê... foi... isso?- Perguntei e notei um olhar meio agressivo (?) em Vitor.

-Isso o quê? Eu é quem devia perguntar algo, por que você nunca me falou desse seu amigo aí?

Ele estava nitidamente com... ciúmes?

-Eu comecei a falar contigo no início do mês, quer que eu te conte de tudo na minha vida?

-Na verdade, quero sim!- disse se aproximando de mim. Senti que a sua mão esquerda acariciava o meu rosto, ele iria me beijar...

-Não! Não aqui, alguém pode nos ver...- disse tirando a mão dele de meu rosto.

-Então eu posso fazer isso em outro lugar?- ele praticamente sussurrava.

-Claro que não!- recobrei o meu juízo e saí andando na frente dele que logo me seguiu. Dessa vez, foi por pouco.

Passamos o resto do dia juntos, na maior parte do tempo falando bobagens e rindo da vida, estudamos pouca coisa... sim, eu estava me apegando... o meu medo era que aquilo não durasse por muito tempo.


Notas Finais


espero que gostem =)


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