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História Amor(?), destino - Depend on you


Escrita por: Kubiak

Capítulo 19 - Depend on you


(Ricardo)

Acordei com um frio na barriga no domingo. O Vitor praticamente tinha me intimado a ir no apartamento dele, sequer me deu chances de negar. Será que vai ter muita gente lá? Será que os amigos do Vitor vão gostar de mim? Socorro, passo mal só de pensar.

Tomei um pouco de café com bolacha integral, não podia abusar muito pra não pagar nenhum mico, né? Demorei cerca de meia-hora no banheiro, esfreguei partes que eu nem sabia que tinha. Tudo deveria estar perfeito.

A manhã estava um pouco quente, então escolhi uma bermuda jeans, uma camisa branca e o meu tênis favorito. Eu pensei em ir menos casual, mas aquilo era um simples almoço, nada mais, né? Não era como se eu fosse ser apresentado para a família dele, família da qual ,aliás, ele pouco falava. Na verdade, eu não sei nada sobre ele, só fui me dar conta disso minutos antes do meio dia.

(~)

Fechei a casa, desliguei o gás e fui para o portão esperar pelo Vitor. Cheguei no portão por volta de 11:30, um pouco cedo mas eu estava muito ansioso para esperar dentro de casa. Fiquei ali esperando até 12:10, tudo bem... não tinha como cobrar pontualidade dele quando eu mesmo torcia para que ele cancelasse tudo (risos).

Abri o portão e assim que ele tirou um capacete, sorriu para mim como se tivesse ficado 1 ano sem me ver. Confesso que aquilo mexeu comigo. Simplesmente retribuí com um sorrisinho bobo.

-Rick!!!

Me aproximei dele e dei um leve beijo naquela boca incrível, não pude me conter! Ele me olhou com uma cara de extrema surpresa.

-Hum... então quer dizer que você vai me provocar hoje, é?

-Provocar? Não, só estou tentando ser um pouco gentil.

Ele me encarou com um sorriso lindo e colocou a mão direita dele nas minhas costas e a esquerda na minha nuca. Começou então a me beijar profundamente, mal tive tempo para entender o quê acontecia e ele já utilizava a língua. Ficamos daquela forma por uns 30 segundos. Então me soltei dos braços dele e reparei na roupa que ele usava: ele estava divinamente bonito com uma camisa preta e uma calça jeans apertada... aquela visão estava me deixando louco. Isso sem falar dos braços dele.

-Que foi? Gostou da minha roupa?

-Gostei bastante- respondi sem graça.

-Sobe aí e vamos, hoje você vai conhecer os caras que dividem apartamento comigo.

-CaraS? Quantos?- eu estava ficando mais nervoso.

-Calma, quando você chegar lá, vai ver- disse me dando o capacete.

-Aiii, eu vou ficar nervoso assim.

-Relaxa, tenho certeza de que eles vão gostar de você.

-Sei... você já contou algo pra eles?

-Como assim?

Sério que ele não estava entendendo?

-Algo sobre a relação que a gente tem.

-Na verdade não, só disse que traria uma pessoa para almoçar lá hoje.

Oh, deus!! Quer dizer que ele pretendia dizer sobre nós bem na minha frente? E com qual cara eu ficaria?

(~)

Passei todo o percurso de 15 minutos agarrado ao Vitor. Me sentia mais seguro daquela forma. Chegamos até o local e ele estacionou. Subimos o elevador num silêncio sepulcral, não tinha notado mas ele também estava um pouco nervoso.

-Está tudo bem – ele me disse enquanto o elevador abria.

Assenti concordando.

Entramos no apartamento e não demos de cara com ninguém.

-André!! Felipe!! Cheguei- então era esse o nome deles...

O apartamento não era enorme, mas também não era pequeno. Estava minimamente organizado e limpo. Será que o Vitor passou o dia limpando?

-OLÁ- disseram dois rapazes morenos.

-Oi- respondi sem graça.

-Ricardo, este é Felipe – Vitor me disse apontando para o rapaz mais alto. Eu o cumprimentei.

-E esse é o André- apontou para o mais baixo que eu também cumprimentei.

-Este aqui é o Ricardo, o meu...

-AMIGO – cortei Vitor antes que ele falasse demais.

Pude perceber um certo descontentamento da parte dele. Eu sei que tinha sido mancada, mas eu esperava que ele já tivesse contado, né? Eu já estava sem graça ali, imagina se eles descobrissem sobre a “nossa relação”.

-Bom, vamos sentar pra comer – disse Vitor.

-Vamos!! Nós temos uma festa pra ir hoje, você vai com a gente Vitor? – Perguntou Felipe.

Ele olhou pra mim e depois respondeu de forma seca um sonoro “Não”.

(~)

Vitor preparou espaguete para nós. Eu mal comi, estava tão nervoso que a minha fome havia evaporado.

-Nossa, dá onde é que você conheceu o Vitor? – perguntou o moreno mais baixo com óculos, André.

-Ah, eu o conheci na faculdade. Nós estamos na mesma turma de projeto, então um dia ele pediu a minha ajuda... – Vitor estava imóvel, mal olhava pra mim.

-Nossa, mas ele te chamou aqui e até cozinhou pra gente, você deve ter ajudado bastante hein! – todos rimos ao mesmo tempo, eu ri mais de nervoso, mas enfim...

(~)

Acabamos de comer e os outros dois rapazes saíram do apartamento para comprar algo. Eu me levantei e fui lavar a louça junto com o Vitor, que até aquele momento, estava mudo.

-Pode deixar que eu cuido disso- me disse tirando um prato da minha mão.

-Não, eu posso lavar..

-Não.

O prato acabou se desequilibrando e caindo.

-Desculpa – disse tentando me redimir.

-Tudo bem, eu termino aqui, pode ir pra sala.

Apenas assenti e me sentei no sofá da sala.

(~)

Notei que o Vitor foi para um quarto que tinha no corredor ao lado da sala, então tratei o seguir.

-Vitor...

-Sim?

-Você está bravo comigo? – o rosto dele não tinha uma expressão sequer.

-Bravo? Por quê? Tenho algum motivo pra isso?

Sim, ele estava bravo...

-Olha, me desculpa. Eu só estava um pouco nervoso... quer dizer, bem nervoso e acabei me apresentando como um amigo seu.

-Eu só quero entender o porquê, sabe?! Por que você sempre foge de mim?  – ele aumentou o tom de voz.

-Eu não sei... talvez seja um pouco de insegurança por nunca ter vivido algo parecido, e também...

-Também o quê?

-Eu não sei nada sobre você... – murmurei.

Ele me encarou e veio de encontro a mim, pegou nos meus braços e começou a falar:

-Meu nome é Vitor Miyazaki, tenho 22 anos, moro com outros dois amigos da faculdade e sou sustentado pela minha família; família com a qual eu não me dou muito bem; estou no segundo ano de engenharia, meu sonho é trabalhar com automação, mas por enquanto tenho que lidar com as minhas dp’s. Minha cor favorita é azul, não gosto de comer carne vermelha e nunca me senti tão apegado a alguém quanto me sinto pelo senhor Ricardo.

O quê tinha sido aquilo? Ele estava falando com tanta veemência que até me assustou.

-E então, o quê você tem a me dizer?

A minha única reação foi abraçá-lo com todas as minhas forças, como se aquele instante dependesse daquilo e, pela minha surpresa, ele retribuiu. Ficamos agarrados por muito tempo e emendamos o abraço num beijo necessitado. Sim, eu queria que aquele momento se eternizasse, queria nunca mais sair dos braços do meu demônio asiático.

-Me desculpa. Eu juro que não vou fazer mais isso, vamos ficar bem daqui pra frente, sim?

Ele assentiu e nos beijamos mais uma vez. Oh... como batia o meu coração. Eu estava num misto de nervoso e alívio. Mas nada daquilo importava pois eu estava com a pessoa mais importante da minha vida naquele momento: Vitor.


Notas Finais


é isso =)


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